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História Caminhos Traçados - Larry Stylinson - Capitulo 6


Escrita por: MariaRaissaAA

Notas do Autor


Uma amiga minha fez uma OneShot baseada nessa fanfic e ela tem putaria hehehehehe, o link é do wattpad e vai estar lá nas notas finais pra quem quiser ler, espero que gostem desse capitulo e juro por dels que já to escrevendo o próximo e ele vai ser maior porque agora a história vai ficando ainda mais complexaa.

Amo vocês xxx Mari

Capítulo 7 - Capitulo 6


Todos nós temos o costume pouco pratico de planejarmos tudo.

Calculamos como queremos que seja nosso futuro, nosso ano, nossos meses, nossos dias. E por mais que tentemos nunca conseguimos prever o que virá em nossa direção nem mesmo no próximo minuto.

Eu ainda não sabia. Mas o segundo em que coloquei meus olhos sob Harry haviam mudado minha vida para sempre, e mesmo com o arrepio que percorria minha pele e a palpitação quando ele sorria eu não poderia prever exatamente o que tudo aquilo significava.

Eu possuía certezas. Acreditava saber quem eu era.

No entanto, sempre que meus olhos se encontram com as orbes esverdeadas de Harry tudo que eu sei sobre mim mesmo se torna pouco. Aparece um desconhecido dentro de mim, um desconhecido que gosta quando Harry me toca de formas simples, que espera ansiosamente para ter a sua atenção e sua aprovação.

Eu não podia negar que meu corpo estava respondendo a ele. Negar isso para mim mesmo não vai concertar a péssima situação em que me meti, estou atraído por Harry. E bem meu camarada Deus, se eu percebi, você também percebeu.

Solto uma risada que mais parece um engasgo e uma mulher passando na rua me olha, aceno e aumento minha velocidade rumo ao orfanato. Além de atraído por Harry não preciso ser considerado louco pelas pessoas na rua.

A paranóia que me corrói parece saltar entre as pessoas e me pergunto se não dá pra ler na minha expressão corporal que estou escondendo algo.

Não é uma maravilha o funcionamento de nossa mente? Sempre pronta para piorar o que já parece péssimo?

Quando eu e Isabela chegamos para a visita o ambiente está mais movimentado que jamais vi antes. Familiares circulam pelo recinto espalhando suas conversas altas que não me presto a ouvir por toda parte. O papel na parede que eu nunca havia reparado decreta "Visitas ás TERÇAS-FEIRAS das 08:00 ás 16:00 horas, nos SÁBADOS das 07:00 ás 18:00 horas".

Algumas famílias apenas sentam-se e comem juntos sem falar nada, apenas se olhando e talvez tentando criar um ambiente, uma bolha, onde todo o resto do mundo não seja real. Outros recebem visitas de suas namoradas. Alguns detentos esperam sozinhos nas mesas.

Harry está sentado em uma mesa na área das visitas, uma mulher bonita de olhos verdes e cabelos negros como os do filho está sentada a sua frente sorrindo para ele, mas analisando seus hematomas que já estão verdes e sumindo.

Vê-lo interagindo com a mãe me causa uma sensação de intimidade que me incomoda e cogito a possibilidade de dar meia volta e retomar nosso projeto somente no outro dia, mas Isabela como a pequena traidora que é, declaradamente apaixonada pelo encantador Harry, corre até a mesa onde Harry e sua mãe estão antes que eu possa impedi-la.

Sem muitas opções caminho lentamente até lá e sorrio para Harry que me encara com um sorrisinho divertido e espero que ele me apresente para a sua mãe que intercá-la o olhar entre nós dois.

- Vocês seminaristas não deveriam usar uma roupa, não sei, menos normal, ou você está de folga ou algo assim? Nossa você é tão bonito quanto Harry disse, não acredito que vai casar com Deus, Deus é sortudo você não acha Harry? – Ela dispara falando rapidamente e rindo de sua piada. Coro e percebo que provavelmente a Sr. Styles já sabia quem sou por Harry ter falado sobre mim para ela.

- Mamãe, não seja mal educada – ele repreende e ela revira os olhos o ignorando – eu pedi que o Louis se vestisse de forma normal porque isso me deixa mais confortável na nossa amizade – esclarece as perguntas de sua mãe sobre minhas vestimentas.

- Louis querido, sente-se ao meu lado – Anne, como Harry me disse outro dia que sua mãe se chama, bate a mão na cadeira me chamando para sentar, quando o faço ela continua a falar – não deixe que esse garoto se aproveite de você, se deixar, como bom brasileiro que é ele fica folgado e aproveitador.

Harry bufa e afunda sua mão nos cabelos de Isabela mexendo com os cachos embaraçados. Observo seus movimentos atentamente enquanto penso em uma resposta que pareça digna, mas estou mudo.

Um a zero para a timidez.

Sou salvo por Isa, que com a curiosidade típica de crianças começa a tagarelar sobre Harry e sua mãe;

A conversa se estende por vários minutos. Anne parece ser boa com crianças e sempre responde as perguntas de Isa com paciência, e a mesma sempre tem outra na ponta da língua.

Assim descubro coisas sobre Harry e Anne, enquanto Harry faz caretas para me fazer rir e responde algumas perguntas da pequena e esperta xereta.

Agora sei que Anne trabalha como diarista desde que se mudou para Itumbiara, que a viagem do RJ até aqui de ônibus dura muito menos do que imaginei, e que se não fosse pela briga que Harry se meteu com outro detento ele já teria a pena convertida em serviços sociais e acompanhamento graças a seu bom comportamento no geral.

E que Anne não pretende colocar os pés no RJ nunca mais, porque apesar haverem lembranças boas elas estão manchadas pela pobreza desregrada e pelas dificuldades que uma pessoa de baixa renda passa lá, que não são nem um pouco parecidas com aqui.

Em nenhum momento Anne fala abertamente sobre crime, ou cita o que levou Harry a estar ali, provavelmente por causa de Isabela, ou talvez porque o assunto não é bem visto por Harry. Mas sem que perceba ela cita seu nome quando me agradece por estimular Harry a continuar centrado nas coisas que lhe agradam, porque desde que Harry perdeu Marcos havia perdido um pouco do gosto por essas coisas.

A menção do nome torna as coisas um pouco mias sombrias e finjo não perceber que Harry parece magoado por sua mãe citar o nome de Marcos em nossa conversa.

Tentando desviar o foco pego as sacolas com os panos e as fantasias começadas e sugiro que Harry peça ajuda para sua mãe que o ensinou a costurar para criar a fantasia da raposa. Anne me dirige um olhar agradecido e percebo que gosto dela.

Uma mulher firme e convicta, alguém que sei que jamais permitiria que Harry afundasse se pudesse evitar, e que ainda está aqui, lutando para que não aconteça. Observando a desenvoltura dos dois me pergunto o quanto não sei.

Não conheço o Harry bom filho, que mesmo magoado com algo que sua mãe disse lhe dirige um sorriso amoroso. Não conheço o Harry que existia antes de tudo isso. Não conheço o Harry que amou tanto alguém que se perdeu quando o perdeu.

Mas quero conhecer, então puxo minha cadeira para seu lado e me sento de forma que nossos ombros se toquem.

E em minha mente sei que estou buscando contato, e sei quanto isto é tremendamente errado, e mesmo assim a ideia de me afastar não vem, estar tocando-o e com o estomago em chamas parece tão certo que deixo-me esquecer porque estou aqui, permito-me não lembrar que estou aqui para salva-lo e não para ser salvo.


Notas Finais


Louis percebeu que é viado e tá atraído pelo Harry ey to muito emocionada ninguém me toca.
Louis na parte religiosa é inspirado em uma das minhas melhores amigas que é evangélica e é uma militante da porra <3, então ele não vai surtar por perceber que tá atraído por um homem nem nada disso porque ele não tem nenhum preconceito, ele só vai surtar por estar apaixonado (quando isso acontecer evidentemente) porque por enquanto assim como ele percebeu é só atração


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