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História Camouflage (EM PAUSA) - Chapter Eleven


Escrita por: poetyeeun

Notas do Autor


Hallo!
Espero que gostem. Boa leitura. MWAH!

Capítulo 12 - Chapter Eleven


Fanfic / Fanfiction Camouflage (EM PAUSA) - Chapter Eleven

Os dias que correram tornaram-me um caco nas últimas horas antes que meu corpo desabasse sobre a cama. Sabia que meu trabalho exigiria mais que minha atenção redobrada diante papéis de contratos e anotações, mas eu estava esgotada. Justin agarrou-se a um novo método de me tratar, usando toda a sua frieza, suas ligações para a minha sala eram tão breve quanto meus minutos de paz para respirar aliviada. Estive encarregada por sua agenda sempre agitada, e nunca pensei que homens de negócio pudessem ser tão irritados e sem educação, quase perdi a cabeça com os dez primeiros que enfrentei no começo da semana. Meu chefe estava evitando-os, e isso não os satisfazia, queriam a todo custo mais uma chance de se comunicar com o grande Bieber. Os seguranças tiveram que me ajudar em alguns momentos, enquanto o homem que se trancava em sua sala, pouco se importava com o que acontecia da porta para fora.

Estabelecemos entre nós, ainda que inconscientemente, uma relação estritamente profissional. Éramos apenas chefe e funcionária. Um homem mal humorado que contratou uma universitária a beira de ser despejada. Isso era tudo. Eu devia estar feliz com isso, pois era o que devíamos ser, mas algo apertava o meu peito, e empurrava um nó apertado como uma bile em minha garganta.

Suspirando, risco a última linha do contrato lido. Junto os papéis espalhados em minha mesa, e coloco-os todos em uma pasta para enviar para Justin assim que a reunião com os acionistas chilenos chegasse ao fim. Há mais de quatro horas estava em sua sala, e em uma única ligação, pediu-me apenas duas coisas, para que pedisse para enviar cinco xícaras de café, e que ninguém o incomodasse. Segui suas ordens, e encolhi-me pelas horas que passaram em minha cadeira.

Meu celular vibra em minha mesa, ao lado da minha caneca vazia. Esboço um sorriso ao avistar o contato de Trenton brilhando em minha tela. Era o seu dia de folga, e por ser uma sexta feira, convidou-me para acompanha-lho a um clube noturno que acabava de inaugurar na cidade. Não tinha aula na universidade essa noite, e mesmo preferindo passar o resto da noite em casa, passei a cogitar a ideia de aceitar o seu convite devido a sua insistência.

Talvez fosse bom espairecer um pouco.

Nos últimos dias, Trenton havia se tornado um bom amigo. Levou-me até a universidade, todas as noites, como dito que faria, e ainda insistia em acompanhar-me até minha casa quando a aula terminava, não importava quantas vezes eu negasse. Ele era divertido, e muito gentil. Ao seu lado, de alguma maneira, sentia-me um pouco mais perto de casa. O seu jeito espontâneo e sempre paquerador lembrava-me o que um dia foi Kyle, o garoto sorridente que não se importava com nada que pudesse tirar o seu sorriso do rosto.

O meu pobre irmão.

— Não jogue em minha cara que está dentro de uma piscina, sendo servido com frutas em sua boca nesse exato momento. - resmungo ao atender sua chamada.

— Eu adoraria lhe contar sobre como minhas servas são gostosas, mas já que não quer saber... - reviro os olhos, rindo de seu bom humor. — E sobre a nossa saída, Doyle?

— Estou pensando em ficar em minha cama por toda a noite, comendo pipoca, alternando entre me deliciar com os irmãos Salvatore e Whinchester. - cantarolo e ouço-o bufar.

— Eu me ofereceria para ficar com você, em sua casa, mas não irei aguentar você suspirando por aqueles caras novamente. - mordisco o lábio inferior, controlando uma risada. — Sou bem melhor que eles. Admita.

— Como nunca poderei ter uma noite com eles... - suspiro, dramatizando. — Posso me contentar com você.

— Isso é muito doce de sua parte, Kelsey. - ironiza e eu giro em minha cadeira, ficando de costas para a mesa. — Saia comigo. Podemos jantar e depois vamos ao clube.

— Tudo bem. - dou-me por vencida. Afinal, ele insistiu nisso por toda a semana.

— Irei lhe buscar às nove.

— Mal vejo a hora. - retribuo sua ironia de segundos atrás e ele pragueja, mas ri em seguida. — Agora vá aproveitar suas servas e piscina. Deixe-me trabalhar.

— Tenha um bom dia, querida. Não se atrase para um homem ansioso. - diz e eu sorrio antes de encerrar a ligação.

Sem conseguir conter o meu sorriso, viro-me novamente de frente para a minha mesa. Deposito meu celular em um canto qualquer, e franzo o cenho ao sentir um aroma diferente preencher a minha sala. Havia uma nova presença. A mesma que se manteve dias longe, mas seria capaz de identificá-lo, sempre. Ergo meu rosto, avistando a figura de Justin entre os batentes da minha porta aberta. Ele tinha que parar com essa mania, e eu devia começar a fechar a porta sempre que entrasse em minha sala.

— Céus! O senhor quase me matou de susto. - murmuro.

— Se estivesse concentrada em seu trabalho, isso não teria acontecido. - rebate com a voz grossa e rouca dos últimos dias em que me tratou dessa forma.

Suspiro, controlando-me para não lhe dar uma resposta à altura.

— Terminei todo o meu trabalho ainda cedo. Revisei duas vezes cada documento, e estava apenas esperando o senhor acabar a reunião para lhe entregar tudo. - indago, cautelosa.

Não queria enfrentar a sua fúria desnecessária. Vagando pelos corredores, consegui perceber que seu problema era apenas comigo. Algumas garotas na sala de café estavam comentando como ele era educado e charmoso por abrir portas e puxar cadeiras de maneira elegante e cavalheira. Comigo, ao contrário de tudo isso, seus olhares eram nebulosos, e suas palavras de bom dia se resumiam agora em apenas mandar-me ir a algum lugar, carregar papéis e seguir suas ordens do dia. Queria confrontá-lo, empurrar seu corpo contra uma parede e gritar com ele, exigir maturidade de sua parte, pois se quisesse que eu ficasse longe, bastava me demitir, e não agir como um grande idiota.

Sempre o visualizei como um homem maduro, devido a sua compostura e racionalidade perante aos negócios, mas analisando-o de perto, desde que o conheci, não passa de um jovem que assumiu uma responsabilidade pesada demais. Ele é um menino, tão prepotente quanto muitos que já conheci.

Verônica gargalhou quando contei o que estava acontecendo, mas disse que era apenas orgulho ferido, ou que eu possa ter errado no momento do sexo. Ela não usou bem as palavras, não querendo me magoar ou ofender, mas compreendi. Assustei-me com a possibilidade, não que eu devesse me importar. Embora não quisesse mais olhar em seus olhos por pensar que posso ter sido frustrante na cama, causando-lhe desgosto. No dia seguinte, ele agradeceu pela noite. E pensando bem, pode ter sido apenas para não me deixar sentindo como mera vadia.

Ele limpa a sua garganta e arrasta o polegar por seu lábio.

Essa era mais uma de suas manias que tinha quando estava ficando nervoso ou ansioso. Algo corriqueiro sempre que estamos sozinhos em sua sala, na mesa de reuniões antes dos empresários chegar, ou no elevador.

— Quer que eu lhe agradeça por isso? - ergue as sobrancelhas escuras. Meus lábios descolam de tamanha a minha incredibilidade. — Esse é o seu trabalho. E a senhorita não é paga para ficar de conversa fiada no celular enquanto há uma empresa ao seu redor.

Antes que eu articule alguma resposta a sua altura de macho alfa arrogante, ele vira-se e abandona a minha sala em passos largos. Sinto meu rosto esquentar, olho para os lados, procurando por algo que eu possa quebrar, mas se a minha situação já estava complicada por eu ter feito algo que não lhe agradou, imagino que na manhã seguinte poderei estar sendo despejada da minha sala por quebrar suas coisas.

Justin Bieber era definitivamente um homem egoísta e estúpido.

Minha mente tenta articular adjetivos que o definam, mas parecem ser poucos perante a raiva que estou sentindo.

Encaro o horário em meu relógio, observando que faltavam apenas duas horas para o meu turno acabar, e eu poderia ir para casa, descansar dessa empresa, desse homem e de tudo o que tem o seu nome, pegadas e cheiro.

Maldito cheiro.

(...)

Finalmente chegando em casa, livro-me dos meus sapatos e caminho até a cozinha. Abrindo a geladeira, vasculho todos os cantos, procurando por algo que pudesse ser rápido e apetitoso. Não tinha muito, apenas algumas frutas, sucos e os restos de uma lasanha que sobrou da noite anterior. Puxando a travessa, fecho a porta da geladeira e paro em frente ao micro-ondas, colocando meu lanche da noite.

Enquanto esquentava, me apresso pelo corredor, passando direto por meu quarto, adentrando no banheiro. Dispo-me depressa, e entro no box, girando o registro. Deixo a água lavar minha cabeça e corpo. Massageio os fios do meu cabelo, usando meus produtos. Após me lavar por inteiro, desligo o chuveiro e esticando o braço para fora, alcanço duas toalhas, enrolo a maior ao redor do meu corpo, e a menor para secar o cabelo molhado.

De volta na cozinha, retiro a lasanha já pronta e muito quente do micro-ondas, e sirvo-me em um prato. Sento-me em um banco atrás do balcão, e devoro cada pedaço. Não tinha tido tempo para almoçar, e apenas fiz um breve lanche no café do outro lado da rua. Terminando, lavo toda a louça suja e retorno para o quarto, secando as mãos molhadas em minha toalha.

Começo a me aprontar, antes, procurando por algo para vestir. Reviro minhas gavetas e cabides, perdendo alguns minutos em minha dúvida sobre o que usar. Visto-me em um conjunto de lingerie preta, sobrepondo um vestido preto que nunca havia tido a oportunidade de usar. Encaro-me no espelho, arrastando as mãos pelo tecido macio e aveludado. Era simples, com alças finas e um leve decote nos seios e costas, o comprimento parava na metade das minhas coxas, e combinaria com minhas sandálias de tiras azuis.

Ajoelho-me ao lado da cama e arrasto meus sapatos. Sento-me e calço-as, apoiando as mãos no colchão para voltar a ficar de pé. Apresso-me para escovar os fios ainda úmidos do meu cabelo, e no banheiro, utilizando um secador, faço tudo depressa. Finalizando, abuso da minha máscara de cílios e um pouco de batom em meus lábios. No quarto, vasculho meu porta joias em busca do par de brincos que ganhei de Kyle no meu aniversário de quatorze anos. Encaixo-os em minhas orelhas, e complemento com um colar de corrente fina que comprei em alguma loja de bijuteria qualquer.

Suspiro com minha imagem, e espirro gotículas do meu perfume em meu pescoço e pulsos. Enquanto depositava o frasco de volta em minha cômoda, ouço um soar de punhos em minha porta. Franzindo o cenho, olho para o relógio no criado mudo, notando que ainda não marcava o horário que meu amigo disse que me buscaria. Ele estava meia hora adiantado, mas não retruco, apenas salto sobre meus sapatos e avanço em passos largos para chegar antes de novas batidas ecoarem.

Chegando na sala, abro um sorriso, parando em frente a porta para recebê-lo.

— Eu sabia que você era impaciente, mas não a esse ponto, Trent... - perco o resto da minha fala ao deparar-me com alguém que não era Trenton.

Engulo em seco ao passear meus olhos arregalados pelo rosto da morena de olhos esverdeados parada em minha porta. Eu conhecia-a, de algum lugar, não tinha dúvidas. Como nas capas de revistas, tabloides e manchetes de jornais populares, a bela mulher estava vestida elegantemente em um conjunto social composto por uma saia escura e uma camisa muito bem alinhada para o seu corpo exuberante, as pernas esguias pareciam ainda mais alongadas pelo par de saltos modernos e que aparentavam custar mais que o salário que eu receberia em dois anos de trabalho corriqueiro. As joias brilhantes, a maquiagem tão leve que chegava a ser confundido com o natural, tudo se encaixa bem a ela, Eleanor Bieber, a mulher do meu chefe.

Após fitá-la como se fosse um ser irreal, avisto uma pequena criança. Era o mesmo garoto que esteve na empresa, dias atrás.

— Kelsey Doyle? - sua voz suave e aveludada quase me faz chorar.

— Sim?

— Sou Eleanor Bieber, esposa de seu chefe, Justin Bieber. - isso soa mais doloroso quando sai de sua boca. — Ele me passou o seu endereço.

— Aconteceu algo? – pergunto, um tanto quanto exasperada.

— Ele precisou fazer uma viagem de última hora e só voltará de madrugada. Tenho um jantar e coletiva em menos de meia hora, e preciso que alguém cuide de Luke. - minhas sobrancelhas se unem automaticamente. — Justin disse que eu poderia lhe pedir esse favor.

— Como é?

— Será que pode cuidar de Luke enquanto estamos fora? - ela ergue as sobrancelhas.

— Eu... Eu não... O senhor Bieber não me disse nada em relação a isso.

— Bom, ele falou para eu vir até aqui. Se ele permitiu que Luke ficasse com você, é porque deve ser eficiente e de confiança. - sinto meu rosto esquentar.

Minha mente traidora me leva a ter devaneios da minha noite com Justin, exatamente no momento em que a mulher empina o seu nariz e me olha com a mesma petulância que o seu marido é banhado.

Mordiscando o lábio inferior, olho para o garoto agarrado a um novo bicho de pelúcia, dessa vez era um elefante muito grande e cinza.

Suspiro, derrotada.

— Tudo bem. Eu fico com ele. - murmuro e Eleanor não sorri ou agradece por isso, apenas me estende uma bolsa de couro e volumosa.

— Aqui dentro há todos os tipos de coisas que ele precisa. Há uma lista com o que ele pode ou não comer, e tem também os números de emergências e o número de Justin. - indaga simplesmente e me entrega a bolsa.

A morena abaixasse na altura de Luke e beija o seu rosto, abraçando-o em seguida, mas não dura muito o seu gesto de carinho com o garoto que parece um pouco assustado. Ao se levantar e endireitar a sua roupa, ela empurra seu corpo pequeno para dentro do apartamento, e quando ele entra, encolhe-se no batente da porta.

— Justin irá buscá-lo quando chegar. - ela vira-se e vai embora. Sem dizer um 'obrigada por isso'.

O som de seus saltos ecoam pelo corredor, e seu caminhar é tão bonito e seguro, como fizesse daquele ambiente estreito e empoeirado a sua passarela. Sinto-me péssima de repente.

Bufando, meus olhos caem no garoto que me olha com expectativa, curiosidade e receio, tudo ao mesmo tempo. Mostro-lhe um sorriso amarelo, e delicadamente, sem querer assustá-lo, pouso minha mão livre em suas costas, guiando-o para estar completamente dentro da minha casa. Deixo sua bolsa em cima da cadeira ao lado da porta, e curvo-me para me livrar dos sapatos.

— Está com fome? - o garotinho loiro nega com a cabeça. — Quer assistir um pouco de televisão? - assente.

Aponto para o sofá, e caminhando lentamente, senta-se no maior, ainda abraçado com o seu elefante. Alcanço o controle na mesa de centro, e ligo a televisão, procurando por canais educativos ou desenhos que possam agradá-lo. Percebendo que uma animação chama sua atenção, deixo-o assisti-lo, era algo relacionado a heróis e animais. Ele parecia gostar disso.

Aproveitando o garoto entretido com o desenho, afasto-me do sofá e caminho até a cozinha, pegando meu celular que estava recarregando sobre o balcão, e disco o número designado para o telefone pessoal do meu chefe.

Ele atende quase no quarto toque.

— Kelsey?

— Veja bem, Justin, eu não sei qual é o seu problema, mas o que você tem na droga da sua cabeça ao mandar a sua mulher trazer o seu filho para a minha casa sem ao menos informar-me? - descarrego. — Você vem me tratando mal á semanas e agora vem com essa? O que é isso? Punição por não lhe satisfazer ou por não ser o que esperava que eu fosse? Porque olha só, eu estou farta de você e de suas decisões malucas a cada dia. - arfo. — Essa foi á gota d'água.

Fecho os olhos, tentando não oscilar em minha respiração. Não podia correr o risco de ter que lidar com uma crise asmática tendo uma criança debaixo do meu teto.

 — Desculpe. – diz, simplesmente. Abro os olhos, piscando algumas vezes.

— O que?

 Desculpe por mandar Eleanor levar Luke até ai, mas eu confio em você. - engulo a bile que se forma em minha garganta.

Ele desculpou-se apenas por isso e não por ter me tratado mal?

Justin me surpreende a cada vez mais com sua estupidez sem tamanho.

— Busque-o quando chegar. - é tudo que digo antes de encerrar a ligação e jogar meu celular de volta no mármore frio dobalcão.

Volto até a sala e sento-me ao lado de Luke que parecia mais confortável.

— Que tal um pouco de sorvete? - pergunto para ganhar a atenção do garoto que apenas olha-me de canto.

— Mamãe não me deixa tomar sorvete há essa hora da noite. Ela diz que vou ficar feio e com coisas ruins em minha barriga. - olho-o sem acreditar e reviro os olhos.

— Bobagem. Eu tomo sorvete todos os dias e a minha barriga está sem coisas ruins. - sorrio. — Eu sou feia? - faço biquinho.

Ele sorri e nega com a cabeça.

— Você parece uma boneca.

Abro um sorriso radiante, e levanto-me. Pego o pote de sorvete na cozinha e mais duas colheres dentro de uma das gavetas do armário. Volto para a sala e me sento ao seu lado novamente, mas dessa vez, deixo o pote de sorvete entre nós dois. Entrego uma das colheres para ele e vejo seus lindos olhos brilharem como as estrelas no céu.

Abocanho a primeira colherada para incentivá-lo, arfando de satisfação para mostrar-lhe como estava bom, e isso o anima, pois ele afunda a colher e leva-a até sua boca pequena e rosada. Feliz por tê-lo deixado a vontade em minha casa, passamos a assistir outros desenhos. Luke ficou vidrado em um deles que era de um garoto miúdo que fazia loucuras em alta velocidade. Por nunca ter tido contato com crianças, não sabia se podia continua deixando-o assistir ou se deveria mudar de canal, mas ele parecia tão empolgado que não quis acabar com sua felicidade. Seus sorriso era tão bonito e cheio de vida quanto o do seu pai.

Olhando para as horas que mal passavam, percebo que havia marcado o horário em que Trento me buscaria em casa. Ele devia estar no trânsito, e com toda essa pressão, acabei me esquecendo de avisá-lo de imediato. Rapidamente me levanto, carregando o pote quase vazio de sorvete e as colheres, colocando tudo na pia. Retiro o cabo do carregador do meu celular, e deslizo o polegar direito pela tela, indo até minha agenda de contatos para discar o número do meu amigo, mas encaminha direto para a caixa postal, então digito uma rápida mensagem me desculpando, avisando-o que marcaríamos outro dia.

Antes que eu guarde o meu celular, ouço um grito agudo vindo da sala e um barulho de vidros se quebrando. Solto o aparelho no chão e volto correndo para a sala. Vejo Luke choramingando, com a poltrona caída sobre ele e ao seu lado há o abajur quebrado. Ajudo-o a se levantar e o meu coração falha em suas batidas seguintes.

Havia um corte em sua testa e em seus pequenos e finos lábios. Ele estava sangrando, chorando e com medo de mim. Puxo-o para um abraço e tento lhe acalmar da maneira que consigo.

Justin confiou em mim, e agora, o seu filho está sangrando por um descuido meu. 


Notas Finais




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