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História Camouflage (EM PAUSA) - Chapter Twenty One


Escrita por: poetyeeun

Notas do Autor


Hallo!
Hoje, 22 de fevereiro, a Camouflage completa um aninho desde que começou a ser postada aqui no Spirit Fanfics. Além de ser uma história muito querida para mim, realmente me surpreendeu o fato de ter tantos favoritos e leitores que gostam da história e me cobram uma continuação. Então, ainda seguindo o rumo da Fanfic, trouxe um capítulo extenso, especial e bem detalhado, no ponto de vista do Justin, já que tudo começou com ele. Nossa reta final ainda está correndo, e muitas coisas irão acontecer, mas vamos nos deliciar com um momento intenso para o nosso casal.
Muito obrigada por todo o suporte e carinho. Vocês são incríveis!

➞ Escrevi o capítulo ouvindo as músicas da playlist. Caso queiram lê-lo ouvindo-as, o link está nas notas finais.

Espero, de coração, que gostem. Boa leitura! MWAH!

Capítulo 22 - Chapter Twenty One


Fanfic / Fanfiction Camouflage (EM PAUSA) - Chapter Twenty One

Nunca estive tão ansioso.

Minhas pálpebras não baixaram por toda a noite. Meus pensamentos estavam todos voltados para os meus passos seguintes. Não me arrependi, nem mesmo por um segundo, por ter disparado as palavras sobre o fim a Eleanor. Logo pela manhã, enquanto estava deixando a minha casa, ignorei quatro chamadas do meu pai. Enquanto meu carro deixava os arredores da mansão, eu conseguia sentir o olhar fulminante da morena na janela do quarto principal. Não peguei roupas ou quaisquer bens materiais, então ela sabia que eu voltaria. Despedi-me de Luke, e foi tudo.

Era tudo o que importava, até então.

Sentia-me em paz e leve. Fazer todo o caminho até o prédio mais bem trabalhado e moldado por arquitetos e construtores da minha empresa, além de um orgulho para mim, era o lugar perfeito para estar com ela.

Convencer Verônica a colaborar comigo não foi fácil, precisei detalhar todos os meus planos para ela se disponibilizar a fazer Kelsey me encontrar. Queria fazer algo especial a minha menina, convidá-la devidamente e levá-la por conta própria, mas diante as circunstâncias, ela jamais sairia na porta de seu apartamento se soubesse que eu estava do outro lado. Então, seria uma surpresa. Eu não posso assegurar que ela irá me ouvir e querer ficar. No fundo da minha alma, eu imploro para que ouça e fique.

Minhas mãos não param de suar e minhas pernas parecem de borracha, de repente. Estou andando de um lado para o outro, verifiquei a mesa de jantar e os detalhes pelo menos dez vezes nos últimos minutos. Meu celular também não saia da minha mão. Os seguranças do prédio sabiam que deviam me avisar quando um SUV preto passasse pelos portões, mas ainda assim, estou corroendo-me por dentro, como se ainda fosse um adolescente prestes a conhecer o significado da palavra êxtase. Prestes a mergulhar no prazer.

Meu coração sobressalta contra o meu peito quando o telefone do interfone soa, logo na cozinha. Avanço em passos rápidos em direção ao aparelho, ao retirá-lo do gancho, apenas aguardo ouvir a voz masculina do outro lado.

— Senhor? O carro indicado acabou de passar pelos portões. – isso é o suficiente para me fazer suspirar.

Alivio. Ansiedade. Anseio por vê-la.

Minha mente e corpo estavam lidando com um misto de intensas emoções.

Não respondo o segurança, apenas coloco o aparelho no gancho e marcho em passos rápidos até a sala da frente. Fico estático, encarando a porta, que se ela seguir o que pedi a sua amiga, será aberta por conta própria. Estou na cobertura, então ela pode levar pouco mais que oito minutos para chegar ao meu encontro. Por mim, eu estaria dentro do elevador, e esperaria por ela, arrastaria para dentro e a traria em meus braços. Contudo, se o fizer, correrei o risco de assustá-la, e não posso permitir que isso aconteça.

Suportei por todo o dia, posso resistir mais alguns minutos.

Penso ser capaz disso, mas os ponteiros do relógio em meu pulso direito não parecem girar e o tempo não corre diante aos meus olhos. Levo meus dedos aos botões da minha camisa e desabotoou os dois primeiros, precisando respirar.

Meu nervosismo está evidente, e nem mesmo as pessoas que me ajudaram a organizar tudo conseguiram disfarçar a diversão em seus olhares e sorrisos contidos ao me verem agir com desespero, escolhendo até mesmo todos os tipos de flores alaranjadas das melhores floriculturas da cidade. Montei os mais bonitos arranjos, utilizando flores e todo o tipo de enfeite do seu tom predileto. Ela pode não saber, mas eu a espiava enquanto trabalhava e não era difícil perceber que em sua sala, em cada canto de sua decoração simples, continha um pouco de laranja, nada extravagante, apenas tão delicado quanto ela. Eu gostava de vê-la vestida em roupas desta cor, pois destacava seu cabelo extremante loiro e seus olhos verdes e ao mesmo tempo azuis.

Ela pode não saber, mas esta se tornou minha cor favorita.

Ouço o elevador parar no andar em que estava. Isso é o suficiente para me fazer vacilar em uma respiração que se prende em meus pulmões. Aperto meus dedos dobrados nas palmas de minhas mãos e estico-os, sentindo-me um pouco mais tenso que horas atrás. Rapidamente, vistorio os arredores da cobertura, e analiso a iluminação reduzida.

Tudo bem, Justin. Apenas respire.

Passos dados com saltos altos ecoam pelo corredor. E antes que eu possa tentar normalizar minha respiração, a porta é empurrada para frente. Não consigo separar milhares de pensamentos que se asseguram de bagunçar a minha mente no instante em que coloco meus olhos sobre ela, mas sinto-me fascinado e preso em sua figura assustada na porta, segurando com força a maçaneta dourada, reta e decorativa.

Não movo um músculo, ela também não. O tempo passa por entre a distância que separa nossos corpos, eu podia sentir. Meu corpo queria apenas estar um pouco mais próximo ao seu. Ela está trajando um vestido azul de corte delicado, terminando seu cumprimento um pouco abaixo de seus joelhos. Não há decotes e nem uma abertura provocativa, mas o mínimo de pele exposta de seus braços e pernas sustentadas por um par de saltos pretos me fazem cobiçá-la um pouco mais. Sinto inveja da brisa que atravessa as frestas por entre as cortinas e chegam até ela.

Eu queria tocá-la, senti-la, prová-la.

Como se fosse a primeira vez.

O silêncio torna-se ensurdecedor. Nossos olhos não divergem, estão apenas um no outro. Posso estar louco e um pouco mais ansioso que a instantes atrás, mas há fogo em seus olhos. Há receio, esperança, raiva, tristeza, ansiedade, hesitação. Tudo. Ela carrega tudo em seus olhos enigmáticos e em sua aparência delicada e frágil.

— Kelsey... – quase como um gemido, seu nome deixa meus lábios.

Não me envergonho. Muito pelo contrário, preciso que ela saiba o que está causando em mim.

O que sempre causou.

— O que está acontecendo? – seu corpo parece reagir.

Não sei se isto é bom ou ruim, no entanto.

— Precisamos conversar. – digo e encorajo-me a aproximar-me dela.

Dou apenas um passo por uma fração de segundos. Como se alguém tivesse me ligado em câmera lenta, não consigo apressar-me a estar junto a ela, mas isso é seguro. Para nós dois.

Paro a dois passos distantes dela. Se inclinasse um pouco para frente, poderia sentir o cheiro de morango que sempre esvaia dos fios de seu cabelo. E se inclinasse um milímetro mais para frente, poderia sentir sua respiração que parecia tão pesada quanto a minha.

— Entre... – eu sussurro. Ela não se move, ainda. — Por favor.

Inconsciente, ela segue minha suplica.

Hesitante, seu ombro toca o meu. Por um segundo, ela não dá mais nem um passo, apenas olha-me de canto. Eu faço o mesmo. O mero contato de nossos corpos surte efeito de um galão de gasolina sendo derramado sobre um fogo já furioso. Estou prestes a incendiar tudo ao redor. Apenas não posso sucumbir aos meus desejos carnais para com ela. Não antes de fazê-la me ouvir.

Eu quero que ela olhe em meus olhos e sinta a segurança para o nosso futuro. Eu quero conhecê-la mais, pois ela já me conhece. Eu quero que ela me ame e que me permita amá-la.

Esta noite, eu a quero. Por inteiro.

Ela afasta o seu braço, recuando um passo para o lado oposto ao que eu estava, adentrando, por completo, a cobertura que parece estar cheia agora. Fecho a porta, mas não a tranco. Não quero que ela sinta-se obrigada a ficar, mesmo gritando, por dentro, para que fique. Se após me ouvir ela quiser partir, aceitarei sua decisão.

— Vero mandou-me encontrar uma boa roupa, maquiar-me, apenas para buscar alguns papéis com homens importantes para o negócio do seu pai... – Kelsey começa a dizer, sem olhar para mim.

— Precisei recorrer a ela. Sabia que não viria se a convidasse, tampouco me receberia em sua casa se lhe fizesse o convite pessoalmente.

Ela vira-se para me olhar.

A coragem e a fúria em seus olhos causam-me temor. Ela estava disparando farpas com o seu par de olhos claros.

— O que quer de mim, Justin? – a rispidez em sua voz me fere. — Não acha que já fez o bastante? Não acha que já me machucou o bastante?

Isso me fere como estacas feitas em gelo puro.

— Eu preciso explicar a você, Kelsey... Há assuntos pendentes entre nós. – sua expressão não suaviza. — Nunca tive a intenção de feri-la.

— Mas foi exatamente o que você fez.

Certo. Eu mereço isso.

— Sei que fui fraco e covarde com você. Mas, desde que começamos com... – preciso de um segundo para umedecer os meus lábios.

Na verdade, não sabia como nomear o que tivemos. Não era uma traição em transas casuais ou noites pecaminosas dentro do meu escritório quando todos os funcionários deixavam a empresa. Sabia apenas que era real, afetuoso e inexplicável.

Éramos apenas nós dois. Não acho que precisemos encontrar uma palavra que nos rotule.

— Com o que, Justin? Com sexo casual, e por trás dos eventos em que sua família e esposa estão presentes? – sua voz se altera. — Com você me enxergando como uma aproveitadora?

— Eu nunca a vi desta maneira! – defendo-me, mas é inútil.

Eu nunca a vi zangada, desta maneira.

— Mas para todos, se ao menos suspeitarem disso, é desta maneira que irão me enxergar! – um novo grito deixa sua garganta.

A casta iluminação começa a me incomodar, pois mesmo vendo-a, bem em minha frente, não era o suficiente. Ouvi-la não era o suficiente, também.

Aproximo-me dela. Sem me importar com suas ações seguintes, coloco meu corpo diante ao seu.

Sinto-me tão corajoso quanto estúpido.

— Você significa muito mais para mim do que qualquer pessoa possa enxergar ou saber. – empurro as palavras. — Não acho que deva provar isto a alguém além de você.

Ela não diz nada.

Eu podia jurar conseguir ouvir as batidas de seu coração em meio a sua respiração pesada.

Abruptamente, sinto suas mãos empurrarem o meu peito. Uma, duas, três vezes. Meu corpo não cambaleia, e eu não sinto dor, apenas deixo-a esbravejar, agredir-me, e expulsar tudo para fora dela.

Lágrimas começam a escorrer por seu rosto. Ergo um de meus polegares para afastá-las, mas ela apenas me empurra, mais uma vez.

— Você é um idiota! – ela grita, sem pudor.

— Eu sei.

— Eu... Eu só... Eu queria muito odiar você. – mais um empurrão.

— Eu sei. – pressiono meus calcanhares no assoalho e continuo olhando-a, pronto para o próximo golpe.

— Você me fez desmoronar! – ela não me empurra, e eu tento segurar seu cotovelo direito, mas ela dá um passo para trás no exato momento em que dou dois para frente.

Minha doce menina ainda estava ali. Em algum lugar, eu sabia disso, também.

— Diga... Porque estou aqui? – suas palavras são um sussurro audível, e um soluço lhe escapa.

— Porque eu quero mostrar a você que a quero. – não perco o seu olhar ou seu rosto de vista. — Ter ficado longe de você alguns dias me fez perceber muitas coisas, entre elas que minha vida nunca passou de uma farsa. E eu não suporto mais. Todos os dias acordei disposto a mostrar a todos que sou capaz; que posso ser um grande homem, assim como meu pai foi e continua sendo. Embora saiba que eu não sou absolutamente nada parecido com ele, nunca quis nada além disso. Até conhecer você. – me permito sorrir. — Eu fui contra a minha assinatura no cartório quando coloquei meus olhos em você, e percebi que me senti atraído por sua beleza angelical e por nossa conversa descontraída. Seduzi-la não estava nos meus planos, mas desliguei-me da minha realidade e assumi posse de seu corpo. – ouso erguer uma mão e dedilho a pele macia de seu braço esquerdo, sentindo seu arrepio em resposta ao meu toque. — Eu apreciei cada minuto que estive acariciando você. Ansiei por mais a cada investida que nossos corpos tiveram contra o outro. E quando fui embora, não foi fácil partir, porque seu cheiro ainda estava em mim. A culpa permaneceu, assim como o seu rosto em sonhos eróticos que me flagrava tendo com você. Em vislumbres daquela noite.  – arrasto um pouco mais meus dedos, e alcanço sua cintura. Ela não me impede. — Reencontrá-la na empresa me assustou, porque eu me sentia culpado por ainda pensar em você. Por ainda desejar você. Por não me arrepender de ter estado dentro de você.

Faço uma pausa para pescar no ar a sua feição.

O olhar que recebo torna-se tão tempestuoso que o gravo em minha mente como lascivo.

Talvez nem tudo esteja perdido.

Então, eu continuo.

— Tratei-a mal nos primeiros dias por voltar a sentir seu cheiro. Queria que pedisse demissão, que gritasse comigo. Eu realmente fiz o possível para tê-la longe de mim. Mas, veja bem, fui traído por mim mesmo. – firmo meus dedos em sua cintura fina. De repente, como um animal selvagem esfomeado, corre em minha mente a imagem de suas pernas envolvidas em meu tronco, enquanto ando com ela e paro em frente a mesa de jantar, afastando toda a prataria, taças, velas e arranjos. Aperto meu maxilar. — Sei que posso sobreviver longe de você. A questão, Kelsey, é que eu não quero estar longe de você. Sou egoísta demais para vê-la sair com outros homens. Egoísta demais para perdê-la. E eu tomei a decisão que mudará, completamente, a minha vida. – faço o mesmo movimento com minha outra mão, pousando-a do outro lado de sua cintura, apertando-a entre meus dedos. — Eu pedi o divórcio a Eleanor.

Kelsey suga sua respiração.

— Você...

— Estou abrindo mão do meu casamento que não tem chances de prolongar-se por mais tempo. Sim, estou abdicando de muitas coisas, mas não estou me importando com as consequências.

Seus olhos brilham.

— Justin, você tem um filho, a empresa...

— Eu sei. Irei pedir a guarda de Luke, e continuarei com o meu cargo na Empire. – meus lábios erguem-se em um sorriso. — E lutarei para conquistar você.

Sinto-a estremecer.

— O problema é que você já me conquistou, há muito tempo. – ela balbucia.

Um sorriso assume o meu rosto.

Ela ainda era minha.

Assim como eu era seu.

— Eu sou seu.

Não penso e nem dou tempo para que ela pense. Beijo-a com fervor. O mais fantástico é que ela retribui o beijo, com toda a intensidade. Nossos lábios se tocaram na noite passada. Mas não tinha nada além de mágoa, raiva e ciúmes. Aqui, em nosso momento, tem todos os sentimentos bons e mais confusos que um ser humano pode vir a sentir, algum dia.

Sou sortudo por estar sentindo isso, agora.

— Eu preciso de você. – murmuro, sem afastar meus lábios dos seus.

— Eu também. – seus braços magros rodeiam o meu pescoço.

— Eu juro que tentei fazer bonito e ser romântico. Mas, se importa se o nosso jantar atrasar um pouco? – pergunto, sentindo meu sangue começar a se concentrar em um único ponto do meu corpo.

Kelsey solta uma risada e nega com sua cabeça.

— Acho que posso esperar. – ela diz e eu absorvo suas palavras como um convite.

Com facilidade, ergo-a em meus braços. Seu vestido a impede de realizar parte da minha fantasia erótica a instantes atrás, mas não de que eu a segure com firmeza em meus braços, apoiando um em suas costas e o outro na parte de trás da parte flexível de seus joelhos. Ela sorri ao descolar seus lábios dos meus e deixa beijos molhados em meu maxilar e pescoço.

Atravesso o corredor e, com o pé esquerdo, empurro a primeira porta do lado direito. Não perco tempo ascendendo as luzes, apenas coloco Kelsey na cama e subo, arrastando-me por cima dos lençóis trocados e perfumados, ficando por cima de seu corpo. Torno a beijá-la, deliciando-me com o sabor um pouco de gloss de pêssego em seus lábios. Nada exagerado, somente algo dela.

Suas unhas quadradas e pequenas cravam em meus ombros, enquanto minhas mãos passeiam por todo o seu corpo. Queria rasgar o seu vestido, mas ao mesmo tempo queria despi-la com cuidado, para poder observar cada uma de suas reações oscilantes sobre o desejo.

Apoiando o meu peso sobre meu cotovelo esquerdo, uso minha mão direita para apanhar o seu seio direito, ainda coberto pelo tecido de seu vestido. Ela solta um gemido rouco, quase doloroso. Aperto-o um pouco mais, espalmando tudo o que eu podia, erguendo-o para cima e, lentamente, trazendo-o em meus dedos preenchidos por uma das partes mais fascinantes de seu corpo.

— Senti sua falta. – balbucio. — Muita.

Suas pernas abrem um pouco, e eu me encaixo entre elas. Escorrego minha mão direita de seu seio, até o caminho a sua intimidade e ergo o seu vestido. Kelsey ajuda-me, erguendo o seu quadril, e prende suas coxas magras em meu tronco, perigosamente, entrando em contato com meu membro verdadeiramente duro e pulsante, distante apenas por duas peças de roupa.

Suas mãos pequenas apertam meus bíceps que contarem em seus dedos. Não solto seus lábios, apenas mordisco seu lábio inferior e um gemido rouco deixa minha garganta. Seu toque é pura eletricidade contra minha pele exposta pelas mangas erguidas da minha camisa. Ela aperta e massageia meus braços, sem saber o quão louco e nada gentil estava me deixando.

 Ajoelho-me na cama, seus braços caem ao lado de seu corpo estirado sob o colchão macio. Percorro meu olhar por seu corpo, uma última vez vestido. Agarro a barra de seu vestido, já dobrado em seu quadril e ergo-o para cima, sem pressa. Kelsey se senta, ajudando-me a me livrar de sua peça. Voltando a se deitar, contemplo-a, como se o tempo corresse em câmera lenta, os fios de seu cabelo extremamente loiro espalha sobre os travesseiros. Sua lingerie é de um tom único de um lilás vivo.

Suas curvas ainda são como permaneceram em minha mente, desde a primeira noite. Magra, embora curvilínea. Nunca tive um tipo único sobre uma mulher. Quando jovem, não me importaria em ter uma de cada estilo, tom de pele, cor de olhos e nacionalidade, em minha cama. Eu era um paquerador, não posso negar. Mas quando me casei com a bela morena escolhida a dedo por meus pais, pensei que fosse sempre me sentir atraído, apenas por sua beleza. Nunca deixei de olhar para os lados e admirar a beleza de outra mulher, ainda as achava bonitas, elegantes e confiantes. O fato é que apenas uma levou meus pensamentos adiante.

Apenas uma me encorajou a desistir de tudo.

Foi a melhor escolha que eu fiz.

— Você é linda. – encontro seus olhos.

Ainda há a inocência e o fogo que eu amava.

A fraca iluminação que adentrava o quarto pela luz intrusa do luar por entre as frestas da cortina da janela tornava o momento romântico. Deixo seu olhar, apenas para adorar seu corpo. Usando um de meus indicadores, toco seus lábios e percorro uma trilha imaginária, escorregando até o vão entre seus seios, tocando o encaixe do feixe de seu sutiã, demorando um pouco mais em sua barriga lisa, ansiando por beijar a pequena marca de nascença que ela possuía em um formato curioso de uma estrela, um palmo de distância de seu umbigo. Faço uma pausa ao tocar o elástico de sua calcinha de renda, e olho para ela.

— O que quer que eu faça? – pergunto, quase em um grunhido. — Diga o que lhe agrada. Esta noite é sua.

Eu não minto.

Queria proporcionar a Kelsey muito mais que sexo bruto.

Ela merecia mais.

O mundo, se o quisesse.

Espalho meus dedos sobre sua intimidade, e o dedo anelar acaricia o vinco de seus lábios debaixo. Kelsey estremece. Para estimulá-la, troco o anelar pelo indicador, e instigo-a em um movimento tranquilo, mas é o suficiente para fazer seu corpo balançar a cama e soltar um gemido quando todos os meus dedos começam a sentir a parte mais quente de seu corpo.

— Diga o que deseja, linda.

— Voc... Você! – ela não grita, não balbucia de forma tão audível, mas apanho sua palavra.

— Onde você me quer? – afasto sua calcinha para o lado e faço menção de penetrá-la, mas paro. — Onde quer que eu a toque?

Passo o polegar por seu clitóris.

Ela estava encharcada.

Meu membro se possuísse voz, estaria gritando para senti-la assim.

— Bem aí... – sua voz altera e ela se contorce, apertando os lençóis.

Com a mão livre, alcanço o seu seio esquerdo e contorno o seu mamilo que retesa ao meu toque, mas eu o sentia duro, fazendo minha boca salivar para senti-lo em minha língua, sendo mantido por meus dentes, enquanto sugo-os sem outras preocupações além de dar prazer a ela.

— Aqui também? – sua cabeça faz um breve aceno. — Diga.

— Sim!

Satisfeito em ouvir seu desejo praticamente implorar por meu toque, afasto minhas mãos dela, apenas para livrar-me da minha camisa. Abro os botões e seus olhos caem em meu abdômen. Sua língua umedece seus lábios. Enquanto tiro um de meus braços de dentro de uma das mangas, inclino-me para frente, para beijá-la. Seus lábios eram um vicio perigoso para mim. Ela me ajuda com o outro lado, e quando todo o meu tronco torna-se livre de roupas, seus dedos passeiam mais depressa, e todos os meus músculos se enrijecem.

Sabendo onde estava o feixe de seu sutiã, abro-o e revelo os seios pequenos e com aureolas rosadas, arrancando de mim um tarado por aquele par de seios. Dou dois beijos em seu queixo e derreto-me até estar com os lábios a um sopro de distância deles. Sem mais perder tempo, abocanho seu seio direito, sugando-o, enquanto ela arqueia suas costas sob o colchão.

A mão livre fica responsável por voltar a invadir seu clitóris, um pouco mais molhado. Para mim; por mim. A pele de Kelsey é doce e macia, uma mistura perfeita para senti-la em minha língua e em meus dedos. Trabalho em seu outro seio, também. Invertendo as caricias, enquanto penetro-a minimamente com o meu dedo indicador, forçando meu polegar em seu botão sensível.

Não deixo de olhá-la. Seu corpo está batendo contra meu peito e suas pernas erguidas, vez ou outra, aperta o meu tronco. Seus olhos estão estreitos, sua respiração pesada e quente, e seus lábios vermelhos, inchados e entre abertos. Percorro beijos por sua barriga e me ajoelho, mais uma vez. Desta vez, puxo para baixo o elástico de sua calcinha. Ofegante, minha menina passa suas pernas, uma e depois a outra, ficando livre de qualquer tipo de tecido que esconda a obra mais bonita já feita.

— Você foi feita para mim. – não sei se ela me ouve, mas balbucio, quase que apenas para mim mesmo.

A pele lisa de sua pélvis instiga meus dedos a tocá-la. Ainda quente e úmida. Curvo-me e sinto o cheiro único de sua intimidade. Arrasto meu polegar até o final e com ambas as mãos, seguro as laterais de suas pernas e, automaticamente, ela se abre um pouco mais para mim. Para me receber. Abocanho a sua zona receptiva e molhada, movimentando minha língua para frente e em círculos ferozes, me deliciando com seu gosto e com seus gemidos altos.

Eu queria gravar este som, também.

Meu nome ameaçava deixar sua boca, mas era cortado no meio do caminho por um grito ou gemido rouco. Era mais que excitante olhá-la se contorcer por ter minha língua dentro dela. Eu queria que ela eliminasse sua tensão e se esvaísse, mas queria que fizéssemos isso, juntos.

Sem aviso prévio e relutante, afasto o meu rosto e língua de sua intimidade. Kelsey solta uma lufada de ar tão pesada que poderia ser considerada uma reação causada pela frustração. Não espero que ela diga algo, apenas me coloco de pé na ponta contrária da cama e desafivelo o meu cinto, abro o botão, desço o zíper e seguro o cós da calça e o elástico da minha cueca, abaixando tudo de uma única vez.

Não me surpreendo ao sentir uma dor na ponta inchada do meu membro. O liquido lubrificante já se espalhava, e olhando para Kelsey com as pernas e braços abertos na cama, completamente despida, o seguro com a mão direita e espalho os fluidos por ele. Livro-me das barras da minha calça e cueca, e coloco meus joelhos na cama. Paro com minha mão na base, e sinto uma gotícula fria de suor escorrer na lateral do meu rosto, perdendo-se em meus ombros.

— Por favor, Justin... – ela sussurra.

Ela está implorando.

Se soubesse que estou indo contra meus instintos para fazer esta noite durar, não faria isso.

Posiciono-me, novamente, sobre ela. Meus dedos vagueiam e se estabilizam em sua cintura. Meu membro encaixa na entrada de sua intimidade. A principio, não me mexo, e quando Kelsey aperta seu contorno contra a parte latejante, preencho-a, por inteiro. Solto um grunhido alto e ela grita o meu nome. Invisto em forçar o meu membro, cada vez mais para dentro dela, mantendo o apoio de meu corpo sobre meus ombros, uma de minhas mãos atreve-se a agarrar um de seus seios, apertando e massageando o mamilo.

Ela era ainda mais apertada do que podia me lembrar. A cada estocada, sentia meu membro ser apertado dentro de si. Mas não existia melhor lugar para estar. Suas mãos agarram meus ombros, passando por baixo de meus braços e eu aproximo meu rosto do seu. Suas respirações cortam antes mesmo de saírem, e eu a beijo. Queria que ela sentisse tudo, desde o seu gosto ainda em meus lábios, quanto o meu autocontrole sendo testado.

Toda a raiva, decepção e tristeza que ela sentia, se canalizaram em um corpo moldado para o amor e o prazer. Somos melhores juntos. Tudo foi confuso, da primeira troca de olhares até a primeira briga. Mas, não há mais dúvidas sobre o que temos. E não somos bons apenas na cama. Eu posso sentir o seu corpo reagir a cada uma de minhas ações. Eu posso ver em seu olhar que o seu medo não é apenas o de se ferir comigo. Eu posso ter também, um misto de sentimentos sendo retribuídos.

Sua pele estava molhada pelo suor e a minha não estava diferente. Os fios de seu cabelo estão grudados em sua testa. Seus lábios estavam salgados, assim como os centímetros correntes de seu rosto, maxilar, queixo, clavícula e seios. Ela não parece ter força para afastar as gotículas, ou não se importa com isso. Eu também não. Nossos corpos estavam ardendo pelo calor que sentíamos, mas nada era incomodo.

Este nosso momento, é diferente. Há paixão, luxúria, intensidade. Entregamo-nos sem pensar no amanhã. Permitimos que nossos corpos explodissem pelo prazer, enquanto amamos um ao outro. Confiamos um no outro.

O corpo de Kelsey convulsiona algumas vezes, e eu pauso meus movimentos, voltando com um pouco mais de força, apertando-me mais contra ela e sugando seu lábio inferior. Ela não demora a atingir seu ápice, e enquanto goza, o meu nome explode em seus lábios, fazendo-me mover apenas mais duas vezes antes de atingir, também, a minha libertação.

Minha força cede e eu caio sobre ela, não a ponto de machucá-la, mas o suficiente para sufocá-la. Viro-me de lado, saindo de dentro dela. Nossas respirações se regularizam pouco tempo depois. Olho para ela que não se moveu, apenas respirava e mantinha seu olhar no teto do quarto.

— Está tudo bem? – pergunto a ela que me olha, virando seu rosto.

Um sorriso genuíno surge em seu rosto.

Espero que minha mente nunca me permita esquecer disso, também.

— Sim. – ela responde, baixinho.

— Vamos tomar um banho?

— Apenas tomar banho? – suas sobrancelhas arqueiam.

— Podemos fazer o que quiser, linda. – paquero-a, sentindo meu membro dar um sinal de que poderia estender esta noite por mais algumas horas.

Sento-me na beira da cama, coloco-me de pé, ergo-a em meus braços e levo-a comigo, até o banheiro.

Lavamos-nos e gastamos mais água que o necessário, mas não existia melhor sensação no mundo que estar com seus braços ao redor do meu pescoço, enquanto ensaboei suas costas, e lavo seus cabelos, observando-a relaxar. Ao retornarmos ao quarto, estendi a ela uma cueca e a minha camisa que joguei para o outro lado do quarto. Vesti-me apenas com uma cueca e uma calça de moletom que estava dentro da pequena mala em meu carro, feita a semanas atrás para uma viagem que adiei por não ter cabeça para nada, além de me questionar sobre onde Kelsey estava.

Esquentei nosso jantar no microondas. Admirei-a mais que me deliciei com a comida. Seu rosto corado parecia brilhar. Ela devorou tudo e se divertiu com a torta suíça com sorvete de chocolate que pedi como sobremesa. Vê-la feliz e satisfeita tornou esta noite a melhor de toda a minha vida.

Acabamos tudo, e voltamos para o quarto. Aninhando-se sob meu corpo, apertei-a e aspirei o cheiro de seu cabelo. Mesmo usando outros produtos, parecia ainda ter cheiro de morango, como se fosse algo dela.

— Eu te amo. – ouço-a murmurar em meio a um bocejo, e sua respiração leve assopra meu peito.

Não consigo lhe responder. Apenas beijo o topo de sua cabeça e velo pelo seu sono.

Não preciso lhe dizer nada.

Ela já sabia.


Notas Finais




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