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História Camouflage (EM PAUSA) - Chapter Two


Escrita por: poetyeeun

Notas do Autor


Hallo!
Espero que gostem. Boa leitura. MWAH!

Capítulo 3 - Chapter Two


Fanfic / Fanfiction Camouflage (EM PAUSA) - Chapter Two

 Era a décima peça de roupa que eu vestia e nada parecia ficar ideal para a entrevista dessa noite. Nunca havia ido a uma entrevista onde precisamos estar na empresa à noite, mas não poderia contestar. Era uma oportunidade única, e sendo estranha ou não, eu não a recusaria.

— Ainda não decidiu a sua roupa? - Vero pergunta ao entrar em meu quarto.

Ela tinha acabado de chegar em minha casa, e depois de invadir minha cozinha em busca de algo para beber na geladeira, observou-me vestir e me despir diversas vezes. Sua única objeção havia sido sobre minha ida de ônibus para a empresa. Segundo minha amiga e sua mente maluca, além de aniquilar minha credibilidade, eu chegaria suada, com a maquiagem borrada e roupa amassada, o que me eliminaria antes mesmo de ser avaliada. Não discuti, afinal, sabia como o trânsito ficava quando a noite caia e os moradores começavam a voltar para seus lares.

— Eu não sei o que usar. - bufo, e desabotoou os botões da camisa social branca.

Vero rola seus grandes olhos e desce de seus saltos. Ela estava arrumada, e impecável em sua roupa extravagante. Depois da entrevista, iríamos direto para alguma boate badalada da cidade. Retruquei-a por horas quanto a isso, mas minha palavra e vontade de nada valiam.

— Aquele. - aponta para um vestido social azul, escondido entre um macacão preto e um jeans claro.

Havia sido um presente da minha mãe, dado há anos atrás. Era bonito, simples e comportado. Nunca o tinha usado, pois não havia encontrado nenhuma ocasião para vesti-lo. Talvez, fosse o grande dia para estreá-lo.

— Não acho uma boa ideia. - resmungo. — Ele pode achar que estou me insinuando, ou algo assim. - digo ao me lembrar do leve decote que o fazia nos seios.

— Posso lhe garantir que não haverá mal algum nisso. – mordisca seu lábio inferior. — Ele é uma delícia.

— Vero, por favor... - choramingo e ela ri, balançando sua cabeça.

Praguejando-me, caminha até o meu roupeiro e vasculha as roupas estendidas nos cabides de madeira. Ela puxa um jeans escuro, uma camisa rosa, e uma jaqueta escura. Despeja tudo na beira da cama, e se senta ao lado, fazendo um sinal com a mão para que eu me vista. Obedeço-a. Ajeito a minha lingerie, e me visto com todas as peças.

— E para os seus pequenos pés... - Vero rola os olhos pelo quarto e corre até a janela, se abaixando e erguendo meu par de botas escuras.

Calço-as. Encaro meu reflexo no espelho, e consigo suspirar aliviada. Sentia-me bem, e discreta. Havia sido um dia frio, e as rajadas frescas ameaçaram se intensificar antes mesmo do sol se pôr, era uma boa escolha ir agasalhada, além de estar agindo de maneira profissional. Se fosse aceita em uma filial como a Empire, teria que adaptar meu guarda roupas ao que os funcionários deviam trajar. Não tinha dinheiro para grandes gastos, mas talvez conseguisse encontrar algumas saias, vestidos e camisetas em liquidação.

— Discreta e ao mesmo tempo bem vestida. Perfeita! - minha amiga comenta com um grande sorriso, se colocando ao meu lado no espelho. — Se ele não contratá-la, será um grande idiota.

Entorto minha cabeça pata o lado oposto ao que ela estava. Minha maquiagem era quase inexistente, apenas tratei de cobrir as bolsas escurecidas de olheiras que se formaram debaixo dos meus olhos cansados pelas noites em claro. Meu cabelo estava solto, tive problemas com ele também. Meus fios eram extremamente lisos, rejeitavam qualquer tentativa de cacheá-los sem que se desfizessem antes mesmo de sair de casa. Escovei-o e coloquei as mechas grossas de cabelo para trás das minhas orelhas. Um leve rosado do gloss de morango preenchia meus lábios, enquanto a máscara escura erguia meus cílios para cima, e isso era tudo.

— Pronta? - Vero pergunta, e eu assinto. — Então, vamos arrasar.

Afasto-me apenas para apanhar minha bolsa que estava caída na cadeira, ao lado da minha cômoda. Minha amiga volta a calçar seus sapatos, e se olha rapidamente no espelho, ajeitando os fios rebeldes do seu lindo cabelo ondulado. Saímos do quarto, e passamos depressa pela sala. No caminho apago as luzes, e retiro a chave da porta, abro-a e espero que Vero passe primeiro, em seguida, coloco meu corpo para fora. Tranco a porta e jogo as chaves no vaso de plantas do corredor, era o meu esconderijo desde que havia me mudado para o apartamento.

Passamos pelo hall vazio, e descemos os poucos degraus. Marchamos pela calçada, e atravessamos a rua para entrarmos no charmoso conversível de Vero. Entramos e nos encaminhamos para uma das maiores empresas de Los Angeles. Sentia-me nervosa, com as mãos suando. Observava pela janela as ruas movimentadas e bem iluminadas, era prazeroso olhar, mas não causava-me tranquilidade, sabia que estava indo rumo ao emprego que poderia mudar minha vida.

Não sabia o que esperar do senhor Bieber. Nunca me interessei em ver o seu rosto, mesmo que soubesse de seu grande poder em todo o país. Quando ouvia seu nome em noticiários, raramente me preocupava em olhar para  a tela da televisão, sabendo que era apenas mas um grande feito seu, ou algum assunto de fofoca para os tabloides que o tinham como o predileto e líder de vendas, assim como era o líder dos negócios. Ele podia ser um homem gentil, ou muito arrogante. Talvez fosse generoso, ou muito irritadiço. Ou, fosse tudo em um único corpo, não saberia dizer.

— Chegamos, garota. - Vero anuncia assim que estaciona o seu carro em frente ao luxuoso edifício da Empire Bieber.

Meu coração acelera, e posso jurar senti-lo bater em minha garganta. Puxo um pouco de ar para meus pulmões, buscando controlar minha respiração. Se entrasse em pânico, teria que lidar com um ataque de asma que resultaria em um desastre. Odiava ter que sempre carregar a bombinha de ar dentro da minha bolsa. Desde menina

— Está tudo bem? - pergunta provavelmente sentindo a minha tensão, e percebendo minha tentativa de autocontrole.

— Estou... - fecho os olhos. — E se ele não gostar de mim? Digo, eu não sou rica, nem estudei nos melhores colégios, sou bolsista...

— Pare já com isso. - me repreende. — Esse homem não será louco para perdê-la. Esse emprego é seu.

Abro os olhos, e suspiro.

— Me deseja sorte?

— Ela já está com você. - sorri e se inclina para mim, puxando-me para um rápido e reconfortante abraço.

Afastamo-nos, nos olhamos e trocamos sorrisos. Encorajando-me, seguro a alça da minha bolsa e salto para fora do carro. Uma vez fora, olho para a enorme e chamativa fachada. Ouço o ranger do motor atrás de mim, e por cima dos ombros, vejo Vero indo em direção ao estacionamento da empresa. Voltando meu olhar para o prédio, começo a subir os degraus. Um de cada vez. Minha pulsação poderia ser captada de longe, assim como as batidas do meu coração.

No último degrau, caminho até uma das portas de vidro, espero-as se abrirem e dou o primeiro passo para dentro. Era ainda mais bonito e imponente que por fora, um ambiente tão bonito e tinha do triplo do tamanho de todo o meu apartamento.

— Olá, estou à procura do senhor Bieber. Eu tenho uma entrevista marcada. - digo ao me aproximar do balcão de mármore claro.

Uma mulher simpática sorri, e verifica algo na tela de seu computador.

— Senhorita Doyle? - assinto e ela me entrega um cartão. — É no vigésimo andar. Soraya irá guiá-la até a sala do senhor Bieber. Ele está terminando uma reunião.

— Obrigada. - lhe mostro um pequeno sorriso e ela retribui.

Olhando ao redor, caminho até um corredor com várias portas de elevadores, paro em frente uma das portas fechadas e pressiono o botão para que o elevador desça. Assim que as portas se abrem, entro e viro-me para o painel cheio de botões. Com o polegar, aperto o número vinte, e aguardo alguns instantes, sentindo a caixa metálica subir.

Os andares pareciam não acabar, mas assim que as portas se abrem, arfo baixinho, dando passos lentos, enquanto meus olhos varriam cada milímetro do andar em tons neutros, e com muitos corredores e portas. Vários homens trajados em ternos escuros andavam por todos os lados, carregando pastas ou papéis em suas mãos, todos muito sérios e elegantes.

.Não muito distante, avisto mais um balcão, um pouco menor que o que havia no hall, mas tão bonito e bem planejado quanto. Aproximo-me e pouso a mão que segurava a alça da minha bolsa na beira do mármore, e inclino-me para frente, afim de chamar a atenção de uma mulher bem apessoada, usando óculos de grau e sentada de maneira ereta.

.— Com licença. - recebo o seu olhar. — Uma senhora me disse para procurá-la. Eu tenho uma entrevista com o senhor Bieber.

— Oh, sim! - balbucia e sorri gentilmente. — Ele está encerrando uma reunião nesse momento. Sente-se e aguarde, por favor.

Assinto e guio-me até um dos sofás logo ao lado. Olho para os lados, e vejo algumas revistas espalhadas em cima de uma mesa retangular com topo de vidro, mas controlo minha vontade de folheá-las. Prefiro observar as pessoas passarem, sem ao menos notarem minha presença. Todos pareciam bem atarefados, mesmo sendo um sábado à noite.

Era admirável um lugar tão grande e com tantos profissionais. Jamais saberia o que se passa na cabeça de Justin Bieber, um dos homens mais poderosos do país, mas ele deve se orgulhar de tudo o que conquistou e manteve. Havia lido uma vez que a empresa era de seu pai, mas que lhe foi confiada quando ainda era jovem, e ele foi o responsável pelo sucesso continuo. Ele revolucionou o ramo de arquitetura com suas ideias sempre atuais, e montou uma equipe fantástica.

— Senhorita. - a mulher chama da recepção chama minha atenção. — Acompanhe-me, por favor.

Levanto-me e ela sai de trás balcão. Ela anda em minha frente e pelo corredor que seguimos só conseguia ouvir o barulho de seus saltos no chão escuro e extremamente limpo. Ela para em frente a maior porta do andar, e dá duas batidas contra a madeira escura.

— Entra. - uma voz rouca e abafada soa atrás da porta.

— Boa sorte, querida. - ela diz e eu lhe mostro um sorriso trêmulo.

Eu não sabia se estava preparada para estar de frente para ele, mas quando a porta é aberta não tenho mais para onde correr.

O homem estava de costas, virado para a janela enquanto parecia fumar. Calmamente, seu corpo vira em minha direção, e ao ver o seu rosto o meu queixo caí no mesmo instante em que meus lábios descolam e meus olhos arregalam.

— Mas o que... - ele parecia tão surpreso quanto eu.

Não sabia como reagir. Pensando ser algum tipo de brincadeira de Verônica, olho para a larga mesa de vidro no canto, em frente a janela, e meus olhos caem no pequeno identificador logo no canto direito. Justin D. Bieber. Ele era mesmo o senhor Bieber, o dono de todo este edifício.

— O que está fazendo aqui? - ele joga seu cigarro pela enorme janela de vidro, e continua me olhando vidrado. — Você é Kelsey Doyle?

— S-Sim. - minha voz sai baixa, sem nem um resquício de certeza.

Isso parece irritá-lo um pouco mais. Sua mão direita avança nos fios bem penteados de seu cabelo escuro, bagunçando-os por inteiro, enquanto começa a andar de um lado para o outro, não saindo do lugar. Não podia julgá-lo por estar tão agitado e surpreso, era uma trágica pegadinha do destino. Nós fizemos sexo em uma noite e nunca mais nos vimos, jamais poderia imaginar que voltaríamos a nos encontrar, ainda mais nessas circunstâncias. Vero se enganou ao dizer que a sorte estava comigo.

— Como me encontrou? - não me dá tempo para lhe responder. — Não me diga que está grávida e...

Meu estômago caiu. Não compreendia o motivo de ele insinuar algo assim, não fazia sentido algum.

— O que? Claro que não. Eu não estou grávida. - controlo o anseio de rolar os olhos diante suas palavras. — Eu não sabia que você era Justin Bieber.

— Mesmo? - sarcasmo pinga de sua boca. — Então, porque justo você está aqui? Eu não vou lhe dar dinheiro ou aceitar alguma extorsão, garota.

Sentia-me enojada.

Ele não era o rapaz gentil que me fez sorrir por uma noite inteira.

— Acha mesmo que estou aqui pelo seu dinheiro? - forço uma risada, no intuito de esconder como suas palavras me machucaram. — Eu vim em busca de emprego. O pai da minha amiga conseguiu-me essa entrevista, porque preciso de um emprego. Em nenhum momento eu soube que você era o dono da Empire Bieber. O que nós... - faço uma pausa, pensando em quais palavras usar. — O que aconteceu aquela noite não foi nada além de um deslize por estarmos alterados.

Seus olhos castanhos tornam-se mais escuros.

Como se estivesse envolvido em alguma espécie de transe, seus passos se direcionam em minha direção. A cada passo seu, meu coração palpitava no peito. Seu caminhar era firme e confiante. Sua postura imponente deixava claro que ele era o dono de todo esse lugar. Olhá-lo era como estar enxergando um novo desconhecido, se não fosse o seu rosto memorável, jamais diria que era o mesmo homem que conheci naquela noite, completamente desleixado e descontraído. Extremamente humano. Este homem que para a poucos passos de distância de mim era alguém que parecia guardar rancor, ter muita raiva dentro de si. Sendo muito perigoso olhá-lo.

— Desculpe se soei com arrogância. É que... - ele coça sua nuca, e olha para baixo. — Eu me assustei com o fato de vê-la novamente. Se eu acreditasse em destino poderia dizer que ele está sendo zombeteiro comigo.

O seu olhar se suaviza, mas o seu rosto estava rígido, e seu maxilar travado. Meus olhos traidores percorrem o seu corpo, admirando o seu traje impecável. Ele usava um terno escuro e uma gravata vermelha com riscos verticais em um tom azul marinho.

— Não se preocupe. - volto a minha atenção para a sua face, mesmo que meu rosto estivesse pegando fogo. Eu podia sentir o seu cheiro. Forte e tão natural. Vestígios daquela noite atingem-me em borrões. — Eu irei embora. Passar bem... Senhor.

Giro meus calcanhares para correr para longe de sua sala, e me distanciar de sua presença, mas uma mão forte segura o meu braço esquerdo. Como se um choque percorresse meu corpo, ao mesmo tempo em que um balde de água fria é despejado em minha cabeça, meus olhos caem para a mão que rodeava meu braço, e sobem para encontrar o dono daquele aperto que faz meu corpo paralisar no lugar.

Percebendo seu ato, distancia-se e solta o meu braço, colocando suas mãos nos bolsos de sua calça.

— Não precisa ir. - limpa sua garganta. — Você veio para uma entrevista, certo?

— Eu não posso ficar aqui. - olho ao redor e meus olhos fixam-se em sua mesa.

Uma bela mulher de cabelos escuros, segurando nos braços uma criança de cachos incrivelmente loiros chamam minha atenção, e me fazem ter vontade de chorar. A fotografia era linda, tanto quanto as duas pessoas que tornaram-na um registro único.

Meu pai jamais me perdoaria se soubesse o que eu fiz com um homem casado, sendo um completo desconhecido. Eu jamais me perdoaria por ter cometido esse ato lamentável e vergonhoso. Não imaginava que ele fosse casado, e mesmo se soubesse, estando tão envolvida quanto naquela noite, não sabia se seria capaz de negar.

Sinto-me suja. Sinto-me uma promiscua.

— Não precisa se incomodar com... - ele parecia mesmo nervoso. — Vamos esquecer aquilo, tudo bem? Como você disse foi um deslize. - ele passa a língua por seus lábios.

Desvio o olhar de sua boca.

— Não sei se isso será uma boa ideia.

— Façamos assim, dê-me o seu currículo e responda as minhas perguntas. Aqui eu sou Justin Bieber, dono dessa empresa, e você é Kelsey Doyle, uma garota a procura de emprego. - ele estende a sua mão para mim. — É um prazer conhecê-la, senhorita.

Não sabia se seria capaz de ficar ao seu lado. Olhá-lo me fazia sentir culpa. Respirar o mesmo ar que o seu fazia-me querer fugir e me esconder de todo o mundo. No entanto, eu precisava lutar por esse emprego. Em todo o tempo desde que me mudei, essa era a primeira oportunidade boa que havia surgido, jogá-la para o alto seria o desperdício de uma chance que pode não voltar a aparecer. Eu não posso receber a ligação rotineira da minha mãe e dizer-lhe que corro o risco de perder o apartamento por não ter dinheiro o suficiente para mantê-lo ou quitar as dívidas, nem mesmo abastecer os armários.

Respiro fundo.

— Eu sou Kelsey. Kelsey Doyle. - digo e aperto a sua mão esquerda que possuía uma grande aliança dourada brilhando em seu dedo anelar.

Continuo respirando. Era tudo o que podia fazer.

— Sente-se, por favor. - soltamos nossas mãos, e ele aponta para uma das cadeias em frente a sua mesa.

Por cima dos ombros, olho para a porta, mas volto o meu olhar para seu corpo caminhando em direção à mesa. Pondero a ideia de correr e deixá-lo para trás, mas minhas pernas se movem para a cadeira.

(...)

As perguntas acabaram, e ele fez uma pausa para olhar o me currículo. Eu nunca trabalhei em empresas renomadas. O máximo que consegui foram estágios em empresas minoritárias, e duas delas faliram antes mesmo de que cumprisse meus seis meses de treinamento. Não ousei colocar minhas falhas tentativas de ser babá, pois não consegui lidar com as quatro crianças que me foram confiadas em uma única noite. Não tinha nada para impressioná-lo.

Ergue seus olhos para mim, e guarda o papel no meio de sua pasta.

— Acredito que esse emprego possa ser seu. - meu coração dispara. — O seu currículo não é surpreendente, mas você parece determinada a ter esse emprego. E em minha empresa, eu preciso de pessoas assim. - diz sério.

Estava sendo difícil para a minha mente enxergá-lo como um empresário, sendo que na noite em que o vi ele estava em uma festa de universitários e estava jogando seu charme para uma, mesmo sendo casado.

Céus! Isso era tão constrangedor.

— Então, estou contratada? - as palavras saem atropelando a cautela.

Ele faz uma pausa, e olha-me por um tempo.

Tempo demais para a minha sanidade. Tempo demais para a minha esperança.

— Está. - diz formalmente, e em seu rosto eu vejo um breve sorriso. — Seja bem vinda a Empire Bieber, senhorita Doyle.

— O-Obrigada... Senhor. - digo em mesmo tom, mesmo com a minha voz vacilando algumas notas.

Colocamo-nos de pé. Eu não sabia se podia manter-me em sua sala por mais tempo. Aquela fotografia em minha frente fazia-me sentir tudo o que nunca imaginei sentir por ter cometido um erro.

. — A senhorita faz faculdade, certo?

— Sim, senhor. - ele leva sua mão esquerda ao queixo bem desenhado e eu vejo seus anéis dourados e a sua... Aliança.

Culpa.

— Poderá mudar o seu horário? No momento, eu preciso de alguém que cuide das coisas aqui durante o dia e a tarde. - diz e eu penso um pouco.

— Eu posso mudar o meu horário. - não digo com plena certeza.

— Então, está perfeito. Vejo-a na segunda. - diz e eu balanço a cabeça assentindo.

Justin anda até a porta, e eu acompanho-o, andando ao seu lado, evitando olhá-lo. Aperto a alça da minha bolsa. Odiava conseguir sentir seu cheiro, mesmo forçando-me a ignorar o fato dele cheirar tão bem. Eu estava sendo colocada em um teste da vida.

Ele abre a porta e um rapaz de cabelos longos estava parado diante dela. Ele me lança um olhar avaliativo, e sorri para mim.

— Com licença. - digo e olho rapidamente para o Justin e o garoto. — Tenham uma boa noite.

Em passos rápidos, alcanço o elevador. Aperto os botões, sentindo cada mínimo pedaço do meu corpo tão trêmulo quanto meus lábios.

Eu só precisava de um pouco de ar.


Notas Finais




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