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História Camouflage (EM PAUSA) - Chapter Four


Escrita por: poetyeeun

Notas do Autor


Hallo!
Espero que gostem. Boa leitura. MWAH!

Capítulo 5 - Chapter Four


Fanfic / Fanfiction Camouflage (EM PAUSA) - Chapter Four

 Antes fossem reações estranhas por causa do desejo e do clima tenso em que estávamos, mas era apenas a minha asma atacando. Começo a ficar sem fôlego e Justin se afasta, olhando-me desesperado. 

— Por Deus Kelsey, o que eu faço? - ele passa as mãos nervosamente em seu cabelo. 

— Minha bolsa... - tento balbuciar, mas ele me olha como se estivesse em estado de choque. 

— O que? Isso é asma? - ainda puxando o ar para tentar não desmaiar, o olho como se fosse óbvio.

De maneira desajeitada, ele pega minha bolsa e abre-a, enquanto tenta desvencilha-la das minhas mãos que apertavam as alças, no intuito de ter algo para me manter firme, sem que entrasse em colapso pelas reações causadas pela crise. Meu corpo passava pela fase de compulsão, e os arrepios fortes corriam por cada centímetro meu.

Após alguns minutos que parecem horas, Justin me estende minha bombinha de ar, e coloca em minha boca, como se soubesse exatamente o que estava fazendo. Não protesto, apenas aceito-a e inspiro e respiro, puxando o máximo de ar para meus pulmões, sentindo-os voltarem a pressionar contra meu peito, de maneira regular.

Levo algum tempo em meu ato repetitivo, e só tenho forças para segurá-la e afastá-la de meus lábios, quando sinto minha respiração normalizada. Minhas pernas ainda tremiam, assim como minhas mãos, mas o ar circulava devidamente, e a crise não se comparava as que lidei quando era mais nova.

Sentindo o olhar do homem ao meu lado, abaixo um pouco o meu rosto, sentindo-o arder pelo constrangimento de tê-lo feito presenciar algo como isso.

— Você está bem? - pergunta atencioso e eu só consigo assentir. — Você está tremendo. Venha. Eu vou te levar para o seu apartamento.

Antes que possa questioná-lo, vejo-o do lado de fora do seu carro, e meus lábios não descolam ou balbuciam uma súplica para que apenas vá para casa e deixe-me me martirizar pela vergonha, então, ele se coloca do lado em que eu estava, abrindo a porta e se curvando sobre mim. Como se não pesasse mais que uma pluma, apanha-me em seus braços fortes e me puxa para fora, junto com a minha bolsa. Agarro-me em seus ombros, e afundo meu rosto na curvatura de seu pescoço, tentando me proteger da chuva.

Não consigo acompanhar seus movimentos, e quando dou-me conta, estamos dentro do meu prédio, passando pela portaria. Em um olhar breve para o balcão da portaria, flagro os olhos arregalados de Dean que nada diz, mas esboça a mais cômica expressão diante a cena que eu não me imaginaria assistindo. Pela manhã, teria que lhe explicar, para que assim não ache que estou saindo com o meu chefe. Talvez, ele nem saiba que trabalho para esse homem, mas era melhor evitar que pensasse algo como isso de mim.

Roçando o meu nariz no pescoço de Justin, culpo-me por estar aproveitando da oportunidade para sentir o seu cheiro almiscarado. Depressa, sobe os degraus que levavam ao meu andar, e nenhuma pergunta é feita sobre o meu apartamento, ele apenas sobe, como se já tivesse explorado esse prédio muitas vezes.

— Onde estão as chaves? - pergunta e com um de meus indicadores, aponto para o grande vaso de plantas no corredor. — Consegue ficar de pé até que eu as pegue? - afirmo com a cabeça e sinto meus pés pisando sobre o solo novamente. 

Afasta-se e caminha até o vaso, se inclinando e procurando por minhas chaves, ao encontrá-la, fica ao meu lado e destranca a porta com facilidade. Abrindo-a, empurra para frente e olha-me, esperando que eu passe primeiro. Lentamente, assim o faço.

A cada passo dado, conseguia ouvir as suplicas do meu corpo por um banho quente, alguns agasalhos e o conforto da minha cama.

— Está tudo bem? Não quer ir a um médico? – dispara perguntas, mantendo um semblante preocupado.

Nego com a cabeça, ascendendo as luzes.  

— Estou bem. Eu hum... Vou fazer um café. - digo e começo a andar até a cozinha, mas ele segura o meu braço.

— Nada disso. Vá tomar um banho, e eu faço o seu café. - dita e eu estreito os meus olhos. 

— Tem certeza? Eu posso...

— Vá tomar um banho, senhorita Doyle.

Eu suspiro. 

— Fique a vontade. - é tudo o que consigo dizer antes de caminhar pelo corredor, rumando ao meu quarto.

Solto minha bolsa em cima da minha cadeira, e marcho até o banheiro. Dispo-me das minhas roupas molhadas, sentindo o quão pesadas haviam se tornado pela quantidade de água que consegui acumular em minha breve luta contra a chuva. Até mesmo o paletó de Justin estava encharcado. Ainda sentindo leves espasmos, puxo a porta do box e entro, girando o registro e deixando que a água quente caia sobre minha cabeça, molhando todo o meu corpo e cabelo. Fecho meus olhos, a sensação de que a geleira que me abraçou pelo tempo em que estive rendida ao frio, era única e prazerosa.

Não sei ao certo quanto tempo passo debaixo do chuveiro, mas é o suficiente para relaxar-me por inteiro. Massageei meu couro cabeludo com as pontas dos dedos, enquanto sentia a espuma se formando sobre os fios, deixando-os limpos e mais leves. Usei meu sabonete preferido em meu corpo, e após enxaguar-me, saio do box, puxando duas toalhas dos aparadores, enrolando-me na maior e mais macia, e fazendo o mesmo com a menor em meu cabelo, forçando-o a ficar amontoado no topo da minha cabeça.

De volta ao meu quarto, paro em frente ao meu guarda roupas e me visto em um conjunto de lingerie. Em seguida, procuro por alguma peça quente de roupa, e opto por uma calça de moletom e um casaco de tricô um pouco largo, mas extremamente confortável. Dentro das roupas quentes, escovo os fios do meu cabelo e deixo-o secar naturalmente. Calço um par de chinelos e saio do ambiente seguro para a minha sanidade, e forço-me a andar de volta até a cozinha, sabendo que poderia mesmo encontrar o homem que me salvou de uma crise asmática, e me carregou nos braços ainda pouco.

Prendo um suspiro ao mordiscar meu lábio inferior, assim que meus olhos flagram um corpo masculino e descoberto do tronco para cima. Ele, aquele que não posso desejar, estava seminu, em minha cozinha. Seus ombros largos tornavam-se ainda mais chamativos conforme seus movimentos com as mãos iam mais a fundo no que quer que fosse que estivesse fazendo. Ele tinha tatuagens, muitas delas, de todos os tamanhos. Jamais poderia imaginar isso em um homem que se veste como ele, mas, também não poderia imaginar-me cedendo aos seus encantos, nesse mesmo apartamento, talvez, nessa mesma cozinha.

Eu preciso parar de pensar nisso.

A respiração que me permito soltar parece soar como um alto ruído, pois Justin se vira rapidamente para trás, olhando para mim. Seu sorriso contido causa-me arrepios. Sinto seu olhar. O maldito olhar avaliativo.

— Oi. - sua rouquidão natural me faz piscar duas vezes.

— Oi. - repito com a voz falha.

Sem saber o que fazer com minhas mãos, coloco meus braços para trás e cruzo meus dedos, apertando-os.

— Está se sentindo melhor? - pergunta e eu fito meus pés.

— Melhor. - murmuro pouco convincente.

Não queria subir meu olhar, pois sabia que seria traída e que encararia o seu abdômen, suas tatuagens e os músculos definidos do seu corpo escultural. Não sabia como esse homem conseguia ser tão irresistível, e exalar tanta elegância e confiança. O número de mulheres que devem suspirar sempre que o encontram em algum evento, ou atravessando a rua, pode ser inimaginável. Jamais as culparia. Ele era lindo, tanto que chegava a ser injusto.

— Tirei a minha camisa, e coloquei-a para secar um pouco. - se explica apontando para pia. — Enfrentei alguns problemas aqui.

Faço uma breve careta, e arrisco-me olhá-lo.

— A torneira te molhou? - pergunto já sabendo a resposta, e ele ri assentindo. — Sinto muito. Preciso chamar um encanador para consertar isso. 

— Espero que não se importe por eu estar me intrometendo em sua cozinha. - e só então percebo a panela no fogão, e alguns legumes fatiados espalhados pela bancada.

— Claro que não. - digo depressa, tentando tranquilizá-lo. — O que está fazendo? O cheiro está bom.

— Estou fazendo uma sopa de legumes. - dá de ombros. — Acho que isso irá ajudá-la a se manter aquecida. Pode pegar um forte resfriado.

— Obrigada. - agradeço-o por tudo, e espero que ele saiba disso. Mas, antes que possa procurar outra coisa para dizer, olho para a panela. — A panela!

Como se um estalo o atingisse, Justin se desespera e se apressa para colocar um pouco de água em sua panela, mas ele não parece estar lidando bem com a panela e com a pia.

— Oh, merda!

Soltando meus dedos, caminho até ele e paro ao seu lado. Começo a pegar as tigelas com os legumes cortados, e tendo me aproximar do fogão para colocá-los para refogar, mas recebo um olhar escuro de repreensão. Como se eu fosse uma boneca, Justin me pega pela cintura e coloca-me sentada sobre o balcão, do outro lado, e retira as tigelas das minhas mãos. Ergo as sobrancelhas, incrédula diante a seu ato, mas ele finge que não vê e dá-me as costas.

— Fique quieta. - ele me joga uma piscadela e eu rolo os olhos. — Eu termino isso em alguns minutos.

Balançando meus pés, suspiro.

— Obrigada, senhor Bieber. Por tudo. - reforço o agradecimento.

— Não foi nada. – olha-me de canto, enquanto arrasta pela tábua de cortar algumas rodelas de cenoura, misturando-as com outras já fatiadas em uma tigela. — E me chame apenas de Justin enquanto estivermos fora da empresa.

— Ainda assim, obrigada. E eu me sinto muito constrangida pela minha crise. - digo sem olhá-lo.

Estava queimando.

— Não se sinta assim. - murmura sério. — E se faz você se sentir melhor, eu tenho problemas com lugares apertados. 

— É sério? - olho-o de soslaio.

— Sim. - diz, naturalmente. — Tenho crises também, mas sempre estou sozinho. Sinto-me satisfeito por tê-la ajudado, pois se estivesse dentro de um táxi ou ônibus, poderia ter sido pior.

Não posso discordar. Não tinha forças para isso.

Ele volta a cozinhar, como se estivesse familiarizado com isso. Vê-lo deste modo causava-me tremores inconvenientes, sabendo que ele é o meu chefe, e na manhã seguinte, tudo será como deve ser. Nada, jamais poderá mudar quanto a isso. Uma amizade estava fora de cogitação, não conseguiria enxergá-lo como alguém que vem até minha casa e continua cozinhando para mim.

Profissionalismo. Essa é a palavra chave para tudo o que nos envolva em um mesmo caminho.

— Está pronto. - Justin anuncia, depois de ficar alguns minutos de costas para mim, concentrado apenas em sua panela. — Sente-se. Irei servi-la.

Apenas concordo com a cabeça, e salto do balcão. Dou a volta e arrasto um dos bancos, sentando-me e olhando-o abrir as portas dos meus armários vergonhosamente vazios. E após algumas tentativas, encontra o local onde guardava os pratos, e logo os talheres. Em uma ação rápida, coloca algumas conchas da sopa que cheirava deliciosamente bem, e vira-se de volta para mim, arrastando pelo mármore o prato e me estendendo a colher. Seguro o gemido que ansiava escapar por meus lábios, estava faminta e aquilo estava com uma aparência divina.

Sorrindo minimamente, mergulho a colher na sopa e levo-a próxima aos meus lábios, espero amornar e degusto-a.

— Isso está maravilhoso! - exclamo e ele sorri, cruzando os braços em seu peitoral.

— Obrigado. - eu não consigo tirar os meus olhos do seu sorriso. — Está ficando tarde.

Ele olha para o relógio de frutas suspenso em minha parede, atrás da geladeira. Se passava das nove da noite, e eu imaginava que ele tinha que voltar logo para a sua família, mas lá fora, o temporal ainda estava acontecendo.

— Bom, eu vou... Vou ver se minha camisa está seca. - diz, se afastando. Eu me sinto mal, de repente.

Fico em silêncio, movimentando a ponta da colher nos legumes da sopa.

— Ao menos é capaz de ser vestida. – murmura, retornando para a cozinha, vestido em sua camisa, ainda abotoando os botões.

Um ato simples, mas tão lascivo.

— Não vai tomar um pouco da sopa? - questiono, erguendo uma de minhas sobrancelhas.

— Não vai ser possível. - diz rapidamente, como se as palavras tivessem escapado antes de seu cérebro processá-las. — Eu preciso ir antes que a chuva fique mais intensa. As estradas tendem a ficar interditadas em épocas assim.

Não posso fazer nada além de continuar encarando o meu prato.

— Eu te levo. - murmuro, me colocando de pé e passando ao seu lado da porta da cozinha.

— Não é necessário...

— É, sim. - lanço-lhe um olhar duro. — Você fez muito por mim essa noite. Acompanhá-lo até a porta é o mínimo que posso fazer.

— Não foi nada.

Não lhe respondo. Havia sido tudo. E ele não fazia ideia disso.

Paramos em frente a porta, abro-a e dou-lhe passagem para que coloque-se para fora, e ele o faz, caminhando em passos lentos, como se não quisesse ir, mas estivesse se obrigando a isso. Ou, eu necessitava pensar que ele queria ficar, tanto quanto eu desejava que ficasse e tomasse a sopa comigo.

Do lado de fora, coloca as mãos dentro dos bolsos de sua calça, e vira-se para mim. Ele sorri. Eu acho que era um sorriso, um pouco quebrado, e quase invisível, mas estava lá, me dando uma rasteira dolorosa.

— Obrigada. - sussurro para ele.

— Cuide-se, senhorita Doyle. - sussurra de volta, e abaixa um pouco o olhar.

Arfo, e começo a fechar a porta.

— O senhor também. – não tenho certeza se ele me ouve, mas eu digo as palavras.

Com a porta fechada atrás de mim, olho para o meu apartamento vazio. Estava acostumada a olhá-lo, sempre que chegava em casa, mas nunca havia sentido-o tão limpo, como se faltasse algo. Mas, algo novo estava presente. Fecho meus olhos, e puxo o ar por minhas narinas e meu cérebro distingue o cheiro incomum que tanto me causava danos caóticos com meus pensamentos e sensações.  

Ele se foi, mas deixou-me todo o seu cheiro único.

JUSTIN BIEBER

Saio o mais depressa que consigo do apartamento de Kelsey. 

Estar ao lado dela era como empurrar a mim mesmo de um despenhadeiro. Como vender minha alma ao diabo sabendo que teria consequências. Era perigoso, e não devia estar fazendo algo assim. No entanto, não conseguia pensar racionalmente quando estava perto dela, minha mente regredia em anos, tornando-me um adolescente novamente.

Eu não sabia o que ela tinha para me desligar da minha consciência, mas algo fazia. Talvez fosse seu jeito doce, sua aparência impecável de uma boneca de porcelana, ou a droga de um anjo real, sem as asas, mas com toda a parte iluminada. Eu não sabia, mesmo, e não me sentia preparado para descobrir.

Nunca tive sonhos eróticos com mulheres desde que comecei a pensar com a cabeça de cima, e ignorar todo o meu apetite sexual eufórico. Eu sonhei com ela, por noites seguidas. Pela manhã a minha ereção não foi comum. Eu fiquei ereto apenas por relembrar das imagens sujas que minha mente criou, e eu fiquei duro como uma rocha, sentindo vergonha de mim mesmo por isso.

Chegar em casa era tanto um castigo quanto um alivio. Precisava de um banho frio, a fim de limpar meus pensamentos e dormir. Eu sabia que não dormiria bem, e que não conseguiria parar de pensar na mulher que encontrei abaixada em sua sala, catando papéis do chão, e que desajeitadamente bateu sua cabeça ao se levantar, mostrando o seu lado adorável, mas ela não sabia como ficava irresistível naquelas roupas. Não seria capaz de parar de pensar em sua camisa molhada, porque eu já vi, apalpei e suguei seus seios, senti seu gosto em minha boca. Não me lembrava de como eram, realmente, a bebida apagou algumas coisas que eu queria me lembrar, mas tinha certeza que se encaixaram em minhas mãos e que me deixaram louco.

Um. Banho. Frio.

Eu preciso mesmo de um. O mais rápido possível, ou tenho certeza que vou explodir.

Antes de entrar em meu quarto, paro no quarto de Luke. Giro a maçaneta, vagarosamente e empurro a porta, observando meu garoto que dormia, agarrado em seu pequeno dinossauro Dino. Ele era a representação exata de um anjo, podendo competir facilmente com Kelsey. Abaixo-me e curvo-me para frente, conseguindo depositar um beijo terno em sua testa.

Luke é tudo para mim e eu torço para que ele cresça me tendo como exemplo de herói, e não como o de um vilão, que é o que os pais de Eleanor o fazem pensar que eu sou. Eu o amo a ponto de abdicar de tudo o que tenho, toda a minha fortuna e império, desde que ele fique bem e seguro. Nada mais me importa, apenas ele. Se eu vivo em um lar como esse, se sempre aceitei as regras dos meus pais, é por ele. Sempre pelo meu filho.

Admiro-o por mais algum tempo, afastando alguns fios de seu cabelo de seu rosto, e me levanto, apagando a luz do abajur. Saindo de seu quarto, fecho a porta e caminho até o meu quarto, duas portas a frente. Ao me colocar para dentro, avisto Eleanor, deitada em nossa espaçosa cama, e parecia estar em seu sono profundo. Seu rosto faltava brilhar, e eu tinha certeza que ela havia tirado seus minutos sagrados para aplicar seus mil e um hidratantes de pele.

Ela era linda, jamais poderia negar isso. Sempre bem vestida, e elegante, Eleanor nunca deixava a desejar no quesito beleza. Causava inveja em muitas mulheres, e era inspiração para outras. Pessoas a amavam ou a odiavam, e ela fazia jus a isso. Quando se tratava de nosso casamento, era quase impossível tentar entendê-la, era como se fossemos estranhos e vivêssemos na mesma casa. Não conversávamos, não nos tocávamos, não interagíamos. Não me lembro qual foi a última vez que nos sentamos na mesa da sala de jantar e tivemos uma boa refeição.

Eu não sentia amor. Ela também não sentia amor por mim. Acomodamo-nos a isso, e vivíamos dentro desse casamento que era bonito apenas para quem não estava dentro dele.

Em um gesto rápido, dispo-me e deixo minhas roupas molhadas em um canto do quarto. Abro a porta do banheiro, e fecho-a atrás de mim. Puxo as portas do box, e giro o registro, olhando para água morna que cai, mas como precisava de um banho de água fira, aumento-a até sentir o contato gelado da água com minha pele. Fecho meus olhos e passo as mãos por minha cabeça, jogando meu cabelo para trás.

A temperatura baixa não parece me ajudar, pois tudo o que continuo visualizando é a garota que deixei para trás. Aquela que se firmou sob minha pele, e eu não achava que seria capaz de me livrar disso. 


Notas Finais




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