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História Camouflage (EM PAUSA) - Chapter Eight


Escrita por: poetyeeun

Notas do Autor


Hallo!
Muito obrigada pelos comentários e favoritos.
Espero que gostem. Boa leitura. MWAH!

Capítulo 9 - Chapter Eight


Fanfic / Fanfiction Camouflage (EM PAUSA) - Chapter Eight

 JUSTIN BIEBER

Sentia o sangue ferver em minhas veias. Fazia muito tempo que não sentia tanta raiva, e anseio por socar o rosto de alguém. Meu trabalho era estressante, capaz de me causar raiva e asco de vários empresários em reuniões de negócios ou jantares formais, mas nada se comparava ao que senti ao deparar-me com Nathaniel.

Nunca fomos amigos, e não fazemos questão de fingir. O seu pai é um bom homem, tolo demais para liderar uma filial tão grande, e quando ele passou a assumir os negócios, problemas apareceram, e seu rosto estava sempre no meio do caos que tinha prazer em dar-me junto a dores de cabeça. Recusei fechar uma parceria com empresa quando estavam enfrentando a falência, e não me arrependo, ainda que tenham um bom pessoal, eu não tenho interesse em ligar a Empire com a família Colombari. Vez ou outra, me esbarro com o primogênito em eventos, convivemos no mesmo ambiente, mas quando perguntamos sobre a vida pessoal um do outro, é por mera educação e profissionalismo.

Estou me fodendo para aquele idiota!

Não fazia ideia de que e Kelsey eram próximos, e isso deixou-me ainda mais enraivecido. Pela sua proximidade, chamando-a por apelidos e ousando em convidá-la para sair, eles tiveram algum tipo de relação. Não devia me sentir tão incomodado, errei em avançar sobre ela, beijá-la e estar a pouco de perder todo o meu autocontrole que me mantem consciente. Queria tê-lo empurrado escada abaixo no instante em que senti seu ombro esbarrar no meu. Sinto-me um assassino com esses pensamentos, mas não consegui evitá-los. Por alguma razão, não o queria perto dela.

Chego em casa em poucos minutos, furei regras de trânsito e precisei me conter para não saltar do carro e socar o rosto de motoristas afobados. Na entrada, empurro a porta, passo por ela e bato-a atrás de mim, com o paletó em minha mão, lanço-o sobre um dos sofás da sala e caminho até as escadas. Luke não estaria presente essa noite, estava na casa dos meus pais e, possivelmente, se divertia muito com a sua avó e Madeleine, governanta que o adorava desde que o segurou nos braços quando ainda era um pequeno e leve bebê. Eleanor estava em alguma de suas viagens de dias, e eu não sabia quando voltaria a vê-la. Como de costume, não me ligou para saber sobre o filho, ou sobre o bem estar de sua família. Não acreditava nem mesmo que ela se importava com um de nós.

A adrenalina ainda corria em meu corpo, lutando contra a vontade insana de virar-me e entrar mais uma vez em meu carro, rumando até o endereço que nunca me esqueci, para cuidar da garota que se manteve firme, se agarrando a minha parte de adolescente pecador. Eu queria estar com Kelsey, queria senti-la e saber se ela estava bem. A possibilidade de Nathaniel ter voltado para estar em meu lugar, causava-me espasmos irritadiços.

— Justin? - ouço a voz de Eleanor no topo da escada.

Subo meu olhar e reforço o meu aperto no corrimão. Ela estava vestida em uma camisola lilás com decote um pouco transparente. Suas pernas longas e bronzeadas estavam expostas, seu cabelo castanho e sedosos estava derramando sobre seus ombros como cascatas onduladas. Ela era inegavelmente linda, e quando estava sem qualquer resquício de maquiagem me lembrava a garota doce e sorridente que um dia conheci. Ou pensei conhecer.

— Oi. - saúdo-a. — Não sabia que voltava hoje. - soltando o corrimão, afrouxo o nó em minha gravata, retirando-a por minha cabeça.

— Consegui pegar o primeiro voo. - explica-se com a voz mansa. — Como foi o jantar?

— Normal. - começo a subir os degraus, observando-a descendo alguns. — E a viagem?

— Como todas as outras, cansativa e muito agitada. - resmunga e eu assinto. 

Os nossos diálogos não passavam disso. Eu mal sabia de sua vida profissional, e ela não se fazia presente para saber sobre a minha vida, desde que ao fim do mês seus cartões de crédito ainda estivessem funcionando, tudo estava bem. Somos completamente frigidos um com o outro quando o assunto é a nossa vida. E isso se deve ao que nos tornamos com o passar do tempo.

— Você parece tenso. - replica já próxima a mim. 

— Estou normal. - eu minto. — Estou uma pilha de nervos e louco para socar algo. 

— Quer uma massagem? - sorri de canto e ergue uma de suas sobrancelhas bem feitas.

— Quem é você e o que fez com a minha esposa? - indago desconfiado, e ela revira os olhos, soltando uma risada baixa. 

— Quero apenas lhe fazer um agrado. - sorri sugestiva e eu consigo sorrir também. 

— Então, vamos lá para cima. - digo e seguro em sua cintura. — Quero mais que uma massagem. - passo a minha língua por seu pescoço descoberto.

Era um momento raro estarmos tão próximos sem que estivéssemos ocupados demais com nossos afazeres. Tocá-la era bom, pois seu corpo se encaixava em minhas mãos como sempre aconteceu. Ela estava um pouco mais magra que anos atrás, mas suas curvas ainda eram as mesmas, e eu conhecia-as bem. Ainda me lembrava de seus gostos na hora do sexo, e onde apreciava ser acariciada, mordida e contemplada.

Escorrego as mãos por suas costas e firmo as pontas dos meus dedos em seu traseiro, apertando-o junto as minhas palmas. Ouço-a arfar. Soltando uma risada arrastada, Eleanor entrelaça os braços em meu pescoço, puxando-me para mais perto. Colando seus lábios em meu maxilar, deposita beijos molhados e demorados.

— Eu preciso te falar uma coisa. - murmura enquanto continua beijando-me, subindo para meus lábios.

— O que? - ergo para cima o material fino de sua camisola, serpenteando minhas mãos por sua calcinha fina e de renda.

Com uma de minhas mãos livres, procuro por um de seus seios pequenos, sentindo minha mão se fechar sobre ele, e não preciso fazer mais que apertá-lo um pouco antes de sentir seu mamilo começar a apontar. Inclino minha cabeça para trás, permitindo que ela continue beijando qualquer ponto que deseja percorrer. Ouvir seus gemidos elevados causava-me excitação, e meu membro estava começando a ficar apertado em minha cueca e calça.  

— Nicholas está se mudando para cá. - dispara e eu cesso qualquer movimento que eu estava fazendo. 

— Como é?

Afasto-me um pouco e olho-a, procurando por qualquer vestígio de uma piada de mau gosto.

— Meu pai me disse isso ontem. - morde o lábio inferior. 

— O que aquele desgraçado quer por aqui?

— Eu não. Acho que ele quer...

— Ele quer me infernizar! - indago alto e ela suspira. 

— Amor, acalme-se! - se aproxima de mim, tentando me abraçar, mas eu recuo, descendo alguns degraus. — Ele não pode fazer nada contra você. O poder da Empire Bieber é somente seu

— Mas ele não vai descansar enquanto não tirá-la de mim. - ralho entre dentes.

Nicholas Bieber Fray é um grande filho da puta. Tirou de mim noites de sono quando eu comecei a tomar conta da Empire. Ele é apenas o fodido do meu primo que sorrateiramente se intromete em meus negócios por ter quinze por cento das ações da empresa. E eu sei que ele deseja tudo o que é meu, inclusive Eleanor. Nós quase nos separamos quando ele a agarrou em minha casa, e em meu próprio quarto. Precisei lidar com a polícia, e passei a noite tentando não ser exposto para a mídia, mas foi inevitável, meu rosto e o seu foram parar em tabloides, e boa parte da população sabia que não éramos unidos. Dar-lhe alguns socos e mandá-lo para o hospital por ter partes do corpo seriamente lesionadas foi pouco, desejei matá-lo. Talvez Nathaniel não seja tão detestável quanto Nico.

— Eu não o quero aqui. - rosno e sinto meu coração voltar a bater depressa. 

— Ninguém o quer, mas não pode fazer nada. Ele tem ações e...

— Que se foda! - explodo e começo andar de um lado para o outro, ainda sobre um dos degraus. — Não quero ter o azar de lidar com ele em meu prédio. Irei colocá-lo para fora a pontapés.

— Ele quer apenas lhe provocar.

— E ele conseguiu, porque eu quero matá-lo! 

— Querido, vamos lá para cima e...

Encaro a morena e arrependo-me de imediato. Era como se estivesse vendo-a agarrá-la, beijá-la com torpor, segurando-a como se pertencesse a ele. Foi a primeira vez que cheguei a sentir nojo de Eleanor, pois a cena, ainda que fosse forçada, ela lhe retribuiu o beijo, estando alterada por algumas taças de vinho ou não. Eu os flagrei, e saberia se tivesse sido sem o seu consentimento, mas não pude explodir apenas sobre ela, desejava acabar com a sua existência em Terra, e apenas o tirei de cima da minha mulher.

— Desculpe. Eu preciso extravasar. – balanço a cabeça, espantando as cenas que já me atormentaram no passado.

Passo ao lado de Eleanor, desviando e seu corpo pelo caminho e subo o resto dos degraus. Não sigo para o meu quarto, apenas sigo marchando pelo corredor, ouvindo o som de meus próprios passos pesados. Giro a maçaneta da última porta, adentrando no local, batendo meus dedos trêmulos pela raiva no interruptor. Fecho a porta atrás de mim, e lanço as minhas peças de roupas no chão ao mesmo tempo em que me livro dos sapatos e camisa de botões, permanecendo apenas de calça social.

Caminho até os sacos de pancada da minha academia particular, e disparo socos rápidos, imaginando que o couro escuro era o rosto de Nicholas, e em algum instante, visualizei Nathaniel também. A cada soco aumentava a potência, fazendo os sons serem mais altos que o som das vozes em minha cabeça.

 

KELSEY DOYLE

Na manhã de domingo, acordei muito cedo e adiantei algumas atividades da universidade. Ainda sentia dores e leves pontadas em meu pé, mas conseguia firmá-lo no assoalho, mesmo que estivesse caminhando com dificuldade.

Minha noite de sono não foi a melhor da minha vida, e não era apenas pela dor, e sim por ter tido meus pensamentos dominados pelo rosto, voz e toques de Justin Bieber. Martirizei-me por ter me entregado a ele, ainda mais estando certa de que terminaríamos fazendo sexo no mesmo apartamento que fizemos da primeira vez. Virei-me de lado, de bruços e tentei até trocar o lado da cabeceira para a beira da cama, de nada adiantou. Não era a posição em que me deitei, ele estava marcado em mim, em algum lugar que não conseguiria tirá-lo e enterrá-lo fundo em uma caixa de desejos proibidos.

 Você tem dois gostosos na sua cola e não sabe qual escolher. Quando eu terei essa sorte? - Vero indaga do outro lado da linha e eu reviro os olhos. 

— Eu não quero ter dois gostosos. - murmuro e ouço-a gritar, afasto o celular da minha orelha antes que eu fique surda. — Me ouviu dizer que um é o meu ex-namorado e outro o meu chefe casado e pai de uma linda criança?

— Sabe quantas investidas eu dei no Justin Fodidamente Sexy Bieber? E ele apenas me olhava como se eu fosse uma criança, como isso pode ser possível? 

— Talvez seja porque ele é casado e é amigo do seu pai, Verônica. - balbucio o óbvio.

— Nada disso pareceu problema para ele quando transou com você dentro do seu apartamento. - ela grita. 

— Vero... Por Deus!

— Garota, você tem a sorte grande! - diz empolgada. — Se eu tivesse esses dois em meu encalço... Com certeza estaria sem andar nesse momento de tanto me deliciar naqueles pares de braços musculosos.

— Você está quase namorando, Vero. Controle-se! 

 E daí? Não sou cega, e posso assumir com clareza que me entregaria de bandeja para os dois. - rolo os olhos. — Mas a sortuda aqui é você. Qual vai ser a sua presa, tigresa?

— Não me chama assim. - faço uma careta. — E eu não irei escolher nenhum. Nathaniel é meu amigo agora, e Justin o meu chefe. Irei  esquecê-los como homens e passar a vê-los apenas assim.

— Mas você já foi para a cama com os dois, qual o problema de repetir?

— Porque é errado!

— Errado é não aproveitar a vida, Kels. Transe com os dois e...

— Vero! - repreendo-a e ela solta uma risada maldosa. 

— Eu falo sério, amiga. Nunca gostei muito de Nathaniel por ele ser tão certinho, mas ele é muito quente. E o Bieber então... - ela geme. — Ele é como um vulcão em erupção.

— Você parece uma adolescente falando desse jeito. - murmuro e mordisco o lábio inferior.

 Apenas relato os fatos, gracinha. 

— Então os guarde para você. Não estou interessada. - resmungo.

 Mal humorada! Isso é falta de...

— Eu vou desligar, preciso estudar. - digo e antes que ela diga mais alguma indecência, me adianto em encerrar a ligação. — Tenha um bom dia, e tome um pouco de juízo.

— Tomar juízo? Isso vende na sessão de bebidas de alguma conveniência? Porque, diferente de você, eu irei transar com o meu homem que acabou de chegar. - diz e ouço uma risada masculina do outro lado da linha. — Oh sim, eu farei, gatinho... 

— Meu Deus! - grito. — Você é uma ninfomaníaca. 

— Eu sou mesmo. Então, não seja empata fodas, amiga. - cantarola e eu encerro a ligação após ouvir sua risada e gemidos misturados. 

O que eu fiz para ter uma melhor amiga assim? Céus!

Fico o resto do dia estudando alguns conteúdos que me senti perdida na universidade, e fiz os cálculos do aluguel e contas do mês. O meu salário não é muito, mas dará para pagar ao menos dois dos seis alugueis atrasados e ainda poderia enviar um pouco de dinheiro para a minha mãe.

Queria que meus pais relaxassem um pouco, saindo de toda a agitação de suas vidas dedicadas a Kyle. Tudo o que faziam eram dar a ele conforto e paz, mas meu irmão se recusava a sair de casa, ou a agradecer pelo que recebe. Não julgava-o por completo, sentia-me apenas incapaz de fazê-lo continuar vivendo. Ele era jovem e muito bonito, não merecia menos que o mundo inteiro.

Saindo do banho, paro em frente ao meu guarda roupas e vasculho por entre as peças. A temperatura estava caindo do lado de fora, estávamos em época de usar agasalhos e tomar bebidas quentes, eu gostava disso. No Texas, o clima ameno e sempre quente não me agradava por inteiro. Antes que desfizesse o nó da minha toalha, ouço batidas na porta da sala. Franzindo o cenho, e espiando na tela do meu celular, observo os números acabar de mudar para as nove da noite. Não sabia que era tão tarde, mas fiz muito por toda a tarde e nem mesmo vi as horas passar.

Talvez fosse Vero em uma de suas visitas noturnas e repentinas. Minha amiga adorava aparecer e me contar os detalhes que preferia não saber sobre sua vida sexual muito ativa.

Saindo do quarto, ainda enrolada em minha toalha, salto pelo corredor e sala, parando em frente à porta, girando a maçaneta para abri-la e ceder passagem para a minha visitante predileta.

— Eu estava quase... - as palavras fogem da minha boca quando encontro o par de olhos intrigantes me encarando como se fosse um delicioso banquete. — Senhor Bieber? O que faz...

O seu olhar dança por meu corpo. Escorrega por todo o meu corpo, mas firma apenas em meus olhos. Tinha certeza que meus lábios estavam abertos, pois não conseguia mais respirar, a vê-lo vestido de forma tão casual era um pouco assustador, também instigante. Não usava mais que uma bermuda jeans, uma camisa cinza de mangas curtas e gola espalhada, sapatos casuais, e cabelo ainda impecavelmente penteado para trás em seu típico topete moderno. Ele estava realmente bom.

— Eu preciso... - olho para o meu corpo e abraço-me por um instante. — Eu...

Não consigo pensar em recuar quando o sinto colar seus lábios nos meus. Meus olhos se arregalam tendo-o tão perto, e meus braços caem nas laterais do meu corpo, sentia-me amolecida em seus próprios braços que me seguram com força e imponência. Como se eu fosse completamente sua.

— Eu quero você, Kelsey. Eu preciso de você. - murmura contra a minha boca.

Eu assinto, recebendo-o com tudo o que poderia me oferecer.

Era errado, sabia disso desde que o reencontrei. Mas, eu também o quero. Eu preciso dele. 


Notas Finais




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