História Campus Of Love - Don't Forget, I Miss You - Imagine Hoseok - Capítulo Um

Meus óculos de sol caíram no chão quando eu bati de frente com algo duro.  Massageei a minha testa procurando o meu tão querido objeto.

- Você não olha por onde anda? - ouvi sua voz mal humorada. Meu coração deu um salto e o meu corpo tremeu de saudades.

- Hoseok... - olhei para o mesmo. Ele me olhava de forma indiferente e eu engoli seco. Parece que tudo que vivemos foi jogado no lixo, comigo dentro. Segurei o meu café firmemente e me abaixei para pegar o óculos. Senti sua palmada em minha bunda e deixe um gritinho sair. Meu café balançou enquanto eu ficava ereta novamente. Ele sorria para mim sacana, e novamente eu pensei o quanto senti falta daquele sorriso.

- Você continua tendo uma bunda gostosa ___  - passou por mim seguindo para a sua rodinha de amigos. Me virei para seguir o meu caminho até o laboratório. O meu curso era de Química e as provas bimestrais já estavam chegando. Eu estava tão atolada em trabalhos e deveres que nem ao menos tive chance de lavar o cabelo. Segurei a minha calça moletom que ficava embolada nos pés e preparei o meu experimento. Minha concentração havia sido completamente tirada por ele. Como as coisas foram se tornar desse jeito. Foi tão rápido que eu nem pude acreditar. Já fazia quase seis meses que tudo havia acabado. O meu conto de fadas havia sido arruinado pelos meus sogros. Eles não gostavam de mim, eles não gostaram da minha aparência, não gostavam do que eu tinha escolhido fazer, da minha família e nem da minha origem. Eu já tinha ouvido falar que aqui na Coreia era assim, se os pais do garoto não lhe aceitassem tudo estaria acabado e não teria o que discutir. Eu pensava que se eu estivesse nessa situação, seria diferente, haveria amor entre nós que não poderia ser quebrado. Era tudo uma grande mentira. Ele queria se casar comigo, queria ter uma família comigo, mas sua mãe nem ao menos queria me ver e quando nos conhecemos ela quase bateu a porta na minha cara.

Não era possível superar um amor tão grande assim que acabou de uma forma da tão rápida, não era possível superar Jung Hoseok. Doeu tanto ouvir dele que não me queria mais, que não daria certo, que talvez fosse melhor eu encontrar alguém da minha própria naturalidade para me casar. Ficar sem ele doía, ainda doí. Mordi o lábio tentando não pensar mais naquilo. Ver ele todos os dias não ajudava, era como uma tortura não poder tocá-lo, abraçá-lo, nem ao menos dizer o quanto o amava.

Bufei jogando as coisas para o lado. Eu não iria conseguir fazer aquilo nesse estado. Olhei para janela levando um susto ao ver a minha imagem. Eu estava horrível, claro, não dormia a dias, e ser a queridinha do professor não era fácil. Amarrei o meu cabelo de um forma que ficasse legal e uma verdade bateu em minha cara. O Hoseok havia me visto assim. Abri a boca, assustada. Eu era uma trouxa mesmo. Ouvi o sinal tocar e me levantei pegando só a minha mochila e deixando os meus livros e o café ali. Não havia problema, só quem tinha a chave era o professor e eu. Tranquei a porta e olhei o corredor vazio. Quando tocava parecia que as pessoas desapareciam. Escutei pequenas vozes vindo do corredor ao lado do laboratório. Olhei vendo uma cena que preferia não ter visto. Hoseok sentado no banco colado a parede e a sua frente estava uma daquelas garotas que o seguia. Cruzei os braços, não conseguindo evitar o ciúmes que atravessou o meu corpo. O vi empurrar ela delicadamente e lhe dizer algo. A garota bateu os pés no chão, emburrada e foi embora. Um alívio se apossou do meu corpo. Era bom saber que ele não estava querendo nada com ninguém agora, eu acho. O garoto olhou para mim surpreso e eu arregalei os olhos ao ser pega no flagra.

- _____ o que está fazendo aqui? - perguntou vindo em minha direção.

- Nada, eu só... - Sua expressão foi trocada rapidamente. De surpreso e talvez um pouco feliz, foi para indiferente e com raiva.

- Tanto faz, não me importa - deu de ombros, dando aquele sorriso que eu odiava. Uma hora parecia que ele se esquecia de que nós tínhamos acabado, e logo em seguida ele se lembrava, me tratando tão grosseiramente. Dei um passo para trás com as suas palavras e acabei tropeçando em meus próprios pés. Antes que eu atingisse o chão, senti o seus braços em minha cintura. Puxando o meu corpo para o seu. Prendi a respiração ao ver seu rosto tão perto.

- Hoseok... - sussurrei.

- Quando você vai parar de ser tão desastrada? - eu não conseguia prestar atenção em nada a não ser os seus lábios. Eles estavam tão proximos, eu queria senti-los novamente. Ao perceber que eu caia na tentação, Hoseok  me soltou e eu cambaleei até ficar firme no chão novamente. - Tenha mais cuidado, por favor - pediu antes de me dar as costas. Eu sabia que no fundo, ele continuava a ser aquele garoto doce e engraçado. Eu odiava os meus sogros.

*********

O pior de ter que vê-lo todos os dias na entrada, era vê-lo todos os dias na mesma sala. Nós tínhamos aulas de ciências humanas juntos. Ele sentava bem a minha frente. As garotas se aglomeravam ao seu redor e o que eu só  sabia fazer era bufar e rolar os olhos. Eu nunca foi de brigar por conta das garotas que davam em cima dele, porque na hora eu sentia raiva, mas preferia ver ele cuidando do assunto, e depois, eu me esquecia de reclamar. Eu sempre fui muito esquecida, isso era um sério problema as vezes. O professor falava alguma coisa a minha frente que eu não entendia porque estava submersa nos meus pensamentos.

- Srta _____ - falou o meu sobrenome e eu o olhei. - E o Sr Jung - encarei Hoseok que me olhou no canto do olho, com a expressão ranzinza. - Vocês vão ficar com o tema Sistema nervoso - ergui uma sobrancelha ainda não entendendo nada.

- Trabalho, professor? - perguntei. - Mais as provas bimestrais já estão chegado -  ele não poderia, fala sério, eu tinha que estudar e fazer o maldito experimento ainda.

- Exatamente por isso que eu vou passar um trabalho - se virou totalmente para mim. - Você deveria está prestando atenção no que eu falava e não ficar por ai dormindo - eu estou dormindo? Eu nem ao menos percebi. Eu tinha que tomar mais café. Assim que o sinal tocou, eu nem ao menos me preocupei com esse trabalho e nem com o meu ex namorado, eu só precisava de café pra poder ficar em pé por pelo menos mais quatro horas. Fui para o laboratório onde tinha deixado o meu café, que já estava frio. Senti o meu braço ser puxado e olhei para os olhos castanhos escuros. Hoseok saiu me puxando sem dizer nada então eu tentei me soltar dele.

- Dá pra parar? - se virou para mim.

- Não se você não me disse para onde está me levando - cruzei os braços quando fiquei livre do seu aperto. Voltei para dentro da sala sendo seguida por ele. Eu só queria um café, era pedir de mais.

- Nós vamos resolver logo essa situação, vamos fazer logo esse trabalho - tentou puxar meu braço.

- Estou ocupada não posso fazer agora - tentei ir embora, mas ele entrou na minha frente.

- Você pode fazer isso depois, agora vamos - balancei a cabeça em negação e o ouvir bufar. - Eu não me lembro de você ser tão teimosa assim - o olhei surpresa.

- Pois saiba, que algumas coisas mudam - assim que terminei de falar, um sorriso sacana se apossou do seu rosto e eu dei um passo para trás. Eu sabia o que aquilo significava. Oh Deus, tenha piedade de mim.

- Não encoste - murmurei e seu sorriso cresceu. Soltei o ar quando sua mão se colocou em cima da minha cintura. Um barulho surpreso saiu os meus lábios quando ele me virou de costas para ele. Hoseok colocou minhas mãos para cima, as prendendo contra a porta, enquanto eu encostava o rosto na mesma.

- Algumas coisas mudaram... - disse baixinho. - Tem certeza, ____? - engoli seco quando senti sua outra mão puxar o meu quadril para trás. - Algumas meses atrás se estivéssemos nessa posição, você estaria nesse exato momento, molhada e me pedindo para fode-lá - mordi o lábio quando senti sua ereção contra a minha bunda. - Hum, você estaria rebolando agora mesmo contra mim - falou. Hoseok parou por alguns segundos me observando por um tempo. Eu estava ofegante. Ele tinha toda a razão, se fosse antes, eu estaria agora implorando por ele. Não era como se eu não estivesse, na minha cabeça eu  o fazia. Eu me negava a abrir a boca para lhe pedir, eu não era tão trouxa ao ponto de fazer isso..... de novo. Seu olhar posou no meu e me encarou por um tempo. Ele soltou os meus braços se afastando. - Amanhã, na minha casa, não se atrase - Hoseok falou sem me olhar. Ele passou por mim deixando seu perfume por toda a sala. Como eu tinha resistido a isso? Como eu tinha perdido isso? A vida era tão injusta.