História Campus Of Love - Don't Forget, I Miss You - Imagine Hoseok - Capítulo Dois

Rolei na cama ouvindo passos na cozinha. Soohe deveria ter chegado, com um de seus caras. Eu era difícil dividir o apartamento, mas era mais barato do que a fraternidade, e vamos dizer, eu não tinha dinheiro nem para voltar para casa nas férias imagine pagar uma fraternidade. Estávamos no meio do inverno e a pele entre os meus dedos doíam. Agora que estava acordada não conseguiria dormir nesse frio. Me levantei pegando luvas e me preparando para ir a cozinha. Talvez um leite quente melhorasse a minha situação. Parei na porta ao ver uma pessoa de costas para mim. Uma pessoa não, um homem. Eu tentei me enganar, afinal, não poderia ser ele, com ela, não poderia ser.

- Seokie - murmurei o vendo se virar para mim. Ele me olhou assustado e surpreso. Seu corpo ficou tenso, e eu engoli seco. Ele realmente tinha vindo com ela.

- ____, o que está fazendo aqui? - me aproximei dele.

- Eu moro aqui, me mudei depois que a minha colega de apartamento foi embora - eu estava tentando ignorar a incrível vontade de voar em cima dele, de o beijar, e bater na sua cara por está ali. - O que faz aqui? - 

- Eu... - Soohe apareceu na cozinha vestindo só uma blusa, que eu reconheci sendo do garoto.  Dei um riso amargo, desistindo do meu leite. Eu só queria dormir e acordar desse pesadelo. Quando estava saindo da cozinha, ouvi o meu nome ser chamado e virei-me esperando ele dizer algo. Hoseok só me olhou por um tempo até eu seguir meu caminho para o quarto. Eu sabia que nós não tínhamos mais nada um com o outro, mas tinha como não doer, afinal, eu o amava ainda, isso não podia ser apagado. Ao que parecia ele não me amava tanto assim. Claro___, isso já havia sido comprovado quando seus pais não me aprovaram e ele nem ao menos fez algo para mudar a opinião deles. Talvez eu devesse fazer que nem ele, seguir em frente. Deitei e não consegui evitar derramar uma lágrima.

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Acordei me sentindo como uma bosta ambulante. Sabe aqueles dias que você não gosta de ninguém, nem de você mesmo, esse era o meu estado hoje. Quando olhei para a cara da Soohe hoje, só pensei em afogá-la na sua sopa de macarrão, quando fiquei sabendo que ia ter que encontrar o Hoseok e passar algumas horas com ele, senti vontade de pular do ônibus em movimento, mas o pior de tudo foi ter que encontrar a minha ex sogra na porta da universidade. Ela me julgou de cima a abaixo e só para provocar lhe dei um sorriso. O meu humor hoje estava do cão. Rolei os olhos quando o vi entrar na sala. Cínico ridículo, dizia que me amava, mas estava ali com a minha colega de apartamento. Agh, eu estava com tanta raiva dele. Olhei ele de cima abaixo, ele percebeu que lhe encarava. Ele também percebeu que  o meu humor não estava bom.

Eu passei a aula toda de bobeira. As vezes eu gostava de estar de mal humor exatamente para não ter que fazer nada na hora da aula. Quando o sinal tocou eu segui para o lado de fora, esperando o garoto. Para piorar a minha situação ele veio para perto de mim com varias garotas ao redor. Eu não merecia.

- Vai demorar muito - reclamei. - Eu tenho mais o que fazer - Hoseok me encarou com aquele sorriso alegre. Afinal das contas, porque diabos ele está alegre.

- Pensei que já estivesse ido - me ofereceu a mão para eu pegar, mas eu a ignorei. Seguindo

- Eu sou pobre, não posso ficar gastando dinheiro atou-a, você tem carro, vai me recusar uma carona - o vi bufar e rolar os olhos.

- Não - fechou a expressão. Ao que parece, eu consegui acabar com o seu bom humor, que ótimo, ele merece. Hoseok abriu a porta do carro para mim e eu entrei, cruzando os braços. Eu só queria que esse dia acabasse logo. A viagem até a fraternidade do garoto havia sido rápida. Assim que avistei a casa tentei controlar certas lembranças. Não, hoje eu não iria amolecer o meu coração para ele. Entrei na casa sem qualquer tipo de educação e segui caminho para o seu quarto, que eu conhecia tão bem. Minha garganta trancou quando eu entrei no mesmo. Ainda havia fotos minhas em seu mural, e não eram poucas, eram várias e várias, da época em que namorávamos e até mesmo antes disso. Sem pode controlar, o meu coração aqueceu. Mordi o lábio me sentando na cama. O seu cheiro estava por todo o lugar. Hoseok entrou no quarto ignorando totalmente o mural ao seu lado e o meu constrangimento.

- Por onde vamos começar? - murmurou. Joguei meus livros em cima da cama, e o mesmo foi até a sua grande estantes abarrotada de livros. Eu me lembrava bem que nós passávamos a maioria trocando de livro, lendo um com o outro, discutindo. Eu tinha que esquecer isso, por quê, no final das contas, ele não me amava tanto quanto o mocinho das nossas histórias.

- Vamos começar do que o sistema nervoso é formado e logo passaremos para suas funções - me deitei na cama, me esquecendo novamente que não era mais sua namorada e que não tínhamos intimidade. Hoseok havia mudado entre os meses longe de mim. O garoto alegre e espontâneo que eu conheci foi trocado por um sarcástico e sério. Mais não era como se ele não fosse sério, ele era, mas havia ocasiões, lugares, momentos, situações que o faziam assim. Olhei para ele do canto do olho. O mesmo ainda procurava o livro. Ele ficava tão sexy nessa posição. Mesmo minha visão sendo um pouco ruim,p porque com certeza a dele era melhor, eu via o livro de biologia daqui. Me levantei da cama indo na sua direção.

- Aqui está - fiquei na ponta dos pés pegando o livro de capa dura. Hoseok me olhou um pouco surpreso e logo me deu um daqueles sorrisos que eu sentia falta, aquele que me agradecia, que me dava quando estava carente.

- Obrigado - voltei para a cama com as pernas um pouco tremulas.

- Certo - engoli seco. - O sistema nervoso é composto pelo encéfalo e pela medula espinhal - abri uma pagina do livro, apontando para a figura. O garoto ao meu lado assentiu. Ele semicerrou os olhos e bufou, pegando o caderno e se deitando ao meu lado, ficando da mesma forma que eu, apoiado sobre os cotovelos. Prendi a respiração. Ele também não ajudava, e a cena de ontem, ela ainda pairava a minha mente.

- Continue - falou enquanto anotava em seu caderno algumas coisas.

- O encéfalo se encontra no crânio e é constituído pelo cerebelo - continuei a minha explicação. Parei ao perceber que Hoseok ao meu lado também havia parado.

- Cerebelo - murmurou e eu assenti. Prendi um riso, porém, não me aguentei ao ver cair na gargalhada. Lhe dei um pequeno soco no ombro.

- Pare de rir, isso é algo sério - tentei recuperar a minha postura. Ele se balançou um pouco e se virou para mim, com um sorriso simples e leve. Nós ficamos nos encarando por um tempo até eu sentir minhas bochechas corarem. Olhei para o livro novamente e quando ia continuar a falar a porta do quarto do garoto se abriu.

-  Mais o que está acontecendo aqui? - aquela voz me fez arrepiar dos pés a cabeça. Minha ex sogra, a senhora Jung estava ali, nos olhando com sangue nos olhos. Hoseok se levantou tão rápido quanto o The Flash. Me sentei  na cama olhando de modo indiferente para a mulher. Eu não daria a ela o gostinho de ver que eu estava com medo dela, mesmo que estivesse. - Eu posso saber o que ela está fazendo aqui? - a mulher apontou para mim. Me levantei, desamassando a minha blusa.

- Omma, eu não sabia que vinha - Hoseok quebrou o silencio. - Nós estamos fazendo um trabalho de biologia -  a Sra. Jung levantou uma sobrancelha.

- Na cama? - bufei atraindo a atenção dos dois. Dei uma risadinha irônica.

- Não se preocupe Sra. Jung, não estava acontecendo de tão grave, e não irá acontecer - a mulher não pareceu acreditar nas minhas palavras.

- Sei que não - disse mesmo assim. - Meu filho sabe o que é bom para ele, e não perderia tempo... - franzi a testa. O que ela estava querendo dizer com aquilo?

- Omma - Hoseok lhe mandou um olhar repreensivo. - Aconteceu algo para a senhora vir aqui? - se aproximou da mulher.

- Nada de mais, só extinto materno - prendi o lábio entre os dentes sorrindo. Claro, e eu estava colocando o seu filho em risco.

- Seokie... - me arrependi no momento que falei seu apelido. Eu vi nos olhos dele, um brilho passar e olhos dela ficarem vermelhos, eu quase poderia ver fumaças saindo de suas orelhas. Minha ex sogra era uma graça. - Quero dizer, Hoseok, acho que você vai ficar muito ocupado com a sua mãe, amanhã a gente marca para continuar - peguei o meu livro e minha mochila indo em direção a porta. A Sra. Jung estava em frente a porta, e quando eu me aproximei para passar, a mesma não se moveu para me dar caminho. Me olhando séria, se afastou um pouco e eu finalmente pude fugir do seu olhar. Aquela mulher era o diabo em pessoa. Por que Deus, por que eu tinha que gostar do cara que tinha uma mãe assim?