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História Camren Na Turnê 7/27 - 2 - Chapter 36 - A Genética


Escrita por: Babyblue3

Capítulo 36 - Chapter 36 - A Genética


Fanfic / Fanfiction Camren Na Turnê 7/27 - 2 - Chapter 36 - A Genética

Em Miami...

Sinu não conseguia se concentrar.

Camila havia ido ao Texas contra a sua vontade.

Sinu explicara mil vezes a sua filha que assistir a um show do 5H depois de tudo, era no mínimo uma loucura, uma auto tortura.

-Eu vou, mamma. Eu preciso. - dissera Camila sem mais muita conversa ao sair de casa.

Sinu não questionara mais.

Sabia o real motivo da sua filha ter ido e definitivamente não era por causa do grupo.

E agora? O que devia fazer?, olhou para o celular impaciente.

O seu marido Alejandrino assistia ao jogo de futebol americano deitado na cama e xingava em espanhol enquanto o seu time perdia.

Sinu suspirou entediada deitada ao lado.

Levantou-se da cama e olhou pra trás para ver se seu marido perguntava algo, mas ele continuava sem piscar olhando a televisão.

Que vida..., suspirou Sinu ao passar pelo corredor da casa no escuro.

Abriu a porta do quarto de Sofia e a viu dormindo em sono profundo.

Encarou o celular em sua mão por alguns segundos.

Eu vou fazer o que estou pensando que vou?, perguntou-se nervosa.

Automaticamente procurou o número da baby sitter que tomava conta de Sofia quando ela e Alejandrino saiam.

Escreveu e apagou a mensagem diversas vezes até enviar:

"Joana. Aqui é a Sinu Cabello. Você está livre agora a noite?".

Em menos de 2 minutos recebeu uma mensagem:

"Boa noite, dona Sinu. Já são 21h... Está tarde... Se a senhora tivesse me avisado mais cedo... Porque os táxis são mais caros essa hora..."

Sinu leu a mensagem e mordeu os lábios. Pensou um pouco e enviou:

"Joana. É uma urgência. Eu pago 200 dólares"

Joana arregalou os olhos ao ler aquela mensagem.

Estava acostumada a receber 90 por noite e seria uma ótima oportunidade para assistir ao show do Adam Levine naquela semana.

Pensou um pouco e sorriu. Por que não aproveitar?

Mas se pudesse ganhar mais...

"Desculpa, dona Sinu... Essa hora realmente não vale o custo pra mim..."

"300". - escreveu Sinu sem pensar.

"Tá bom, dona Sinu. Farei esse favor. Estou indo".

Sinu sentiu o coração acelerar mais. Não sabia se estava feliz ou arrependida e as suas mãos tremiam embaraçosamente.

Tomou fôlego de uma só vez e escreveu para Clarinda:

"O seu marido ainda está viajando?"

...

Na casa dos Jauregui, Clarinda tomava um vinho sozinha no quarto de televisão.

Acabara de assistir ao show do 5H pelo periscope na sua SmarTv 90 polegadas que ocupava toda a sua parede e estava maravilhada com a performance das meninas.

A Ally arrasou fazendo o vocal da Camila..., pensou satisfeita e aliviada.

Deu um brinde ao ar e encheu novamente a sua taça com o vinho Cabernet Sauvignon.

Mas seu celular apitou uma mensagem e ao ver quem era a garrafa quase caiu da sua mão.

Leu a mensagem sentindo seu corpo esfriar. Respirou fundo enquanto tentava digitar de volta:

"Sim... Ele ainda está viajando".

Sinu leu aquela mensagem com o coração pulando e logo escreveu:

"Deixe a porta da sua casa aberta. Vou estacionar fora. Em 30 minutos estarei aí".

Clarinda levou um choque ao ler a mensagem e largou de vez o celular na mesa.

Pra que eu fui provocá-la com aquela música do George Michael? Pra quê eu tinha que fazer aquilo? Vai começar tudo de novo..., pensou preocupada saindo depressa do quarto.

Não sabia o que fazer e foi tomar um banho, mas já no chuveiro lembrou-se que precisava destravar a porta da casa ou a sua filha Taylor acordaria.

Saiu pingando enrolada na toalha até a porta.

Graças a Deus o Chris está morando no campus da faculdade..., pensou aliviada voltando rápido para o banho.

...

Enquanto isso Sinu fazia uma corrida contra o tempo ao abrir as gavetas do seu banheiro tentando achar o sonífero que tomava nas noites de insônia.

Não conseguia achar, até que lembrou que havia escondido dentro do mini armário suspenso acima das gavetas.

-Achei! - disse ao encontrar as cartelas as enfiando rápido em seu roupão e indo para a cozinha.

Lá pegou um copo enchendo-o de leite e colocando-o no microondas.

Logo tirou a bebida quente e esfarelou os comprimidos dentro do conteúdo.

-Que loucura...- pensou enquanto o seu coração batia como um martelo fazendo-a inevitavelmente pensar na música Sledgehammer.


"Se você pudesse sentir meu pulso agora

Ele estaria batendo como uma marreta

Se você pudesse sentir as batidas do meu coração agora

Elas te acertariam como uma marreta"


Sinu chegou com o copo de leite ao quarto e encontrou Alejandrino na mesma posição.

-Trouxe um leite quente, Alê - disse sentando-se na cama ao lado dele.

Suas mãos tremiam e ela temeu que o leite caísse na cama, mas conseguiu levar até a boca do seu marido que não se mexia e continuava olhando o jogo na tv sem piscar.

Alejandrino bebeu em diversas goladas em silêncio.

-Estava bom? - ela perguntou com a voz trêmula.

-Hunhum... - disse ele sem olhá-la até dar um berro:

-HIJO DE LA PUTA! Perdeu a bola de novo! - gritou espalmando a mão na cama fazendo Sinu dar um salto.

-A sua filha está dormindo! - disse Sinu nervosa.

-Eles estão perdendo por bobagem! - disse Alejandrino numa explosão de fúria até se dar conta do que dissera.

-Desculpa, amorzito! Desculpa o papito! - disse tentando puxá-la pra perto ainda sem tirar os olhos da tv.

-Se quiser assistir seu jogo, assista! Mas não grite mais! Não quero que xingue assim!

-Si! Si! Dá beijinho, amorzito.

-Sai!. - disse Sinu indo até a porta e virando-se para reclamar.

Mas Alejadrino já estava imerso no jogo outra vez e Sinu deu um suspiro.

A campanhia da porta tocou:

Blin blon

Merda!, pensou ao olhar novamente para o seu marido que não percebera.

Fechou então rápido a porta do quarto, e correu para a entrada da casa.

Lá estava Joana mascando o seu eterno chiclete.

-A senhora vai sair agora? - perguntou a moça entrando na casa.

Sinu olhou para aquela jovem que vestia uma camiseta escrita "Camilizer" e sorriu.

-Sim. Logo saio... Você foi rápida.

-Eu vim correndo. A senhora parecia estar com pressa.

-E estou. - disse séria. - Eu vou precisar passar a noite fora mas não muito tempo. 1 hora, 2 horas no máximo...

-Sei... - disse Joana ainda mascando o chiclete.

-A Sofia já está dormindo. Não a acorde. A tv da sala você pode ligar. Só não deixe muito alta... Mas se Sofia acordar, não dê lanche a ela. No máximo um suco ou leite. Certo?

-Certo... E o seu Alejandrino?

-E-ele está dormindo... -  gaguejou. - Está vendo um jogo, mas vai desmaiar de sono... Só acorda amanhã... Por isso te chamei.

-Saquei...

-Eu não vou me demorar muito. - justificou.

-Tranquilo, dona Sinu... Mas se Sofia acordar e perguntar pela senhora? Ela sabe que a senhora vai sair?

-N-não... Não sabe...

-Mas se ela me ver aqui vai saber que a senhora não está...

-Se ela acordar e perguntar diga que fui visitar a minha tia... A da casa no fim da rua. Tia Vilma...

-Ok... - disse Joana desconfiada.

-Ok? Tudo certo, então? Tem comida na geladeira. Leite, ovos, pizza congelada... Pegue o que quiser.

-Sim senhora...

.....

Naquele mesmo horário em Houston, Texas...

Camila tomava o seu banho quente dentro daquele hotel 5 estrelas assim que chegara do show do seu ex grupo 5H.

Horas antes, quando decidira se hospedar, a princípio ela hesitara ficar, a começar pelo nome gigante:

JW Marriot Houston Downtown. - um dos hotéis mais tops de Houston cuja vista incrível dava para grande parte da cidade sendo bastante disputado por celebridades.

Camila, no entanto, não queria nada disso.

A sua maior ressalva, no entanto, era apenas não se hospedar no mesmo hotel das meninas. Não queria que isso virasse notícia. 

Mas a procura por um hotel mais barato e discreto ela não achara perto das redondezas do show. Estavam todos lotados.

-O jeito vai ser me hospedar aqui mesmo... - concluiu suspirando aos olhos atentos da atendente que não a reconhecera.

-A senhorita vai ficar?

-Vou sim.

-E tem alguma bagagem? 

-Só a minha mochila... - disse Camila sorrindo e suspendendo a sua mochila azul.

A atendente olhou a mochila com certo asco como se fosse a primeira vez que via alguém com mochila naquele hotel.

-Algo errado? - perguntou Camila levantando as sobrancelhas com vontade de rir.

-Não... - disse a atendente disfarçando. - Tem alguma preferência pelo andar?

-Ah... Sim. Deixe-me ver... Algum que dê para a vista da cidade? - perguntou, recebendo enfim as chaves do décimo oitavo andar.

Logo entrou no elevador sentindo uma súbita pressão nos ouvidos com a subida rápida de 6 segundos.

-Nossa... Eu não devia ter pedido um andar tão alto assim... Lauren não vai conseguir pegar esse elevador sozinha... - pensou arrependida ao sair.

Mas agora que já tinha ido ao show e voltado. Agora que retornava ao hotel e já estava debaixo daquele chuveiro, sentindo a água quente bater com força em suas costas, Camila não mais queria que Lauren fosse. Estava devastada.

A sua mãe estava certa. Não devia ter encontrado Lauren, não devia ter visto as meninas, não devia ter assistido ao show.

Após algum tempo ali, conseguiu enfim colocar pra fora o que estava prendendo e chorou compulsivamente ainda embaixo dágua. Chorava de doer os pulmões, soluçando como uma criança enquanto se apoiava com as duas mãos na parede e descansava a cabeça.

-O que eu fui fazer? Por que saí do grupo? - perguntava-se alto em meio ao choro.

Sua voz saia de uma forma em que dava pena, e as perguntas não paravam de surgir:

-Por que elas não me impediram? Por que não falaram comigo depois? Por que não vieram pedir satisfações? Ninguém ligou!

Ficou por quase uma hora ali, chorando tudo o que podia, até não haver mais lágrimas.

Seu rosto contraído do choro agora estava vermelho e inchado enquanto secava a face sem querer se encarar no espelho do banheiro.

Olhava constantemente para baixo, enquanto ouvia uma chuva torrencial começar lá fora.

...

Lauren jantava com toda a equipe da turnê 7/27 após aquele primeiro show sem Camila, mas seu estômago revirava após aquela visita inesperada.

Não conseguia mais tocar em seu prato e ficou apenas bebendo uma água com gás, disfarçando a ansiedade para encontrar Camila no hotel.

Mas precisava esperar. 

Era preciso fazer uma média com o seu grupo e todo a equipe, ou seria acusada de dar mais atenção a Camila do que a eles, num momento tão delicado como aquele: a primeira apresentação do grupo como um quarteto.

A chuva torrencial fora do restaurante estava cada vez mais forte e o primeiro estrondo de relâmpagos começara, vindo a ter vários em seguida.

-Lauren. - disse Dinah perto do ouvido dela. - Eu sei que você quer ver Camila. Vá logo. Vá agora. Por que essa chuva não vai parar.

-Dinah. Se eu sair agora e for atrás de Camila todo mundo vai me odiar.

-Mas todos aqui na mesa já sabe que a Camila veio. Está o maior burburinho.

-Por isso mesmo! Eu não quero que pegue mal eu ir encontrá-la agora. Vai parecer que eu estou trocando vocês por ela... Ainda mais hoje!

-Lauren. O problema do grupo com Camila não tem a ver com o relacionamento de vocês... Não deixe que tenha...  Faça o que o seu coração mandar... No fim todo mundo vai entender.

-Eu não sei como sair da mesa...

-Diga que vai pro quarto. Todo mundo vai entender... Eu reforço qualquer coisa... - disse Dinah para ela que saiu discretamente da mesa andando calmamente, até chegar no saguão do hotel e se apressar.

Um recepcionista sorridente veio até ela:

-Senhora Jauregui?

-Oi. Eu preciso de um táxi ou uber. Urgente... Para esse local. - disse mostrando o papel com o endereço.

-Mas é o famoso hotel JW Marriot... Está a apenas uma quadra daqui... Nenhum táxi vai querer levá-la tão perto... - disse o recepcionista sem graça.

-Mas está chovendo! - disse Lauren.

-Se quiser um guarda-chuva... - falou o recepcionista procurando algum embaixo do balcão.

Em seguida Lauren já estava com suas botas vermelhas e sua roupa do show, andando numa chuvosa rua de Houston, desviando das poças d'água e tremendo de frio.

Uma rajada de vento suspendeu todo o guarda-chuva ao que ela com dificuldade tentou puxar pra baixo, molhando-se inteira e ficando completamente encharcada.

-Porra! - gritou batendo o guarda-chuva no muro sem conseguir ajeitá-lo.

Jogou-o em seguida no chão tamanha a raiva que estava.

Seguiu em frente tremendo de frio e cruzando os braços, enquanto apressava o passo.

Atravessou uma rua no final da quadra e lá estava enfim o hotel ao que ela logo entrou.

Sentiu-se ridiculamente sem jeito por estar encharcada e vestida naquelas roupas de apresentação dentro daquele hotel tão ostensivo.

Era estranho que Camila tivesse optado por se hospedar nele.

-Pois não? - perguntou a atendente fazendo uma cara de espanto ao vê-la daquele jeito.

-Boa noite... Eu vim visitar uma hóspede... A Camila...

-Camila?

-Cabello... - disse Lauren temendo ser reconhecida.

-Ah, a garota que está no décimo oitavo andar. Ela me avisou antes que você viria. Seu nome é?

-Lauren...

-A Lauren... - disse a atendente confirmando. - Pode pegar o elevador. Apartamento 1801. - disse estendendo a mão e apontando para o elevador.

-18 andar... - falou Lauren engolindo seco. - Vocês têm alguma escada?

-Escada? Em frente ao elevador, mas...

-Obrigada. - disse Lauren saindo rápido.

Olhou para a escada ao abrir a porta e respirou fundo.

-Vamos nessa.

... ...

Camila enxugava os seus cabelos molhados ainda vestida num roupão.

O choro havia passado e seu rosto parecia menos inchado, exceto pelos olhos que doiam de tanto apertar.

Olhou para a sua mochila sem saber se devia colocar uma roupa ou apenas vestir o seu pijama.

Lauren provavelmente não vem..., pensou dando um suspiro pesado.

Sentou-se na beira da cama com as mãos massageando o pescoço enquanto olhava para baixo pensativa.

Mas se ela vier, ela não vai querer te ver assim! - disse pra si mesma se levantando rápido e vestindo uma calça jeans, uma blusa top branca.

 Logo estava pronta, até que cobriu a barriga com a mão sentindo-se desconfortável. 

Não queria que Lauren pensasse que ela estava apelando para ser sexy com uma blusa curta, ao que foi em direção a mochila para pegar outra blusa, até que a campanhia tocou.

Blin blon

-É ela. - disse com o coração já pulando no peito.

Abriu a porta e ficou surpresa.

Em sua frente estava Lauren, descabelada, ofegante, encharcada da chuva, se apoiando com dificuldade na porta.

Antes que pudessem falar um clarão tomou conta do quarto com mais um estrondo de diversos relâmpagos, ao que as duas estremeceram assustadas e Lauren num ímpeto de proteção abraçou Camila apertando-a de encontro a si.

-Lauren... - murmurou Camz abraçada a ela e sentindo aquele perfume tão peculiar que tanto amava. - Você veio... - disse sorrindo aliviada e fechando os olhos.

...

Voltando a Miami

Clarinda certificara-se de deixar todas as luzes apagadas da casa exceto a da cozinha.

Seu maior medo era sua filha Taylor acordar e pegá-la com Sinu ali dentro de casa, aquela hora da noite.

Por via das dúvidas podia ao menos dizer que estavam na cozinha, tomando algum drink...

Mas já era a milésima vez que conferia as escadas para ver se sua filha acordara, ao mesmo tempo que olhava para a cozinha e para a porta, até que ouviu um clic.

CLIC

Aproximou-se da porta no escuro, ainda segurando sua taça de vinho:

-Sinu? - sussurrou com cuidado.

-É você?... Sinu?

-Sou eu... - sussurrou Sinu de volta agarrando Clarinda por trás.

-Jesus! - gritou Clarinda, tapando a boca em seguida e deixando parte do vinho cair no tapete.

-Ssshhh - disse Sinu virando o corpo dela para si e dando-lhe um beijo apaixonado.

No meio do beijo Clarinda a afastou e ajeitou os cabelos:

-O que você pensa que está fazendo? Você me procura e diz que vem assim? Como se tivesse algum direito? - perguntou enquanto Sinu sorria a admirando.

-Você sentiu a minha falta. Confessa. - disse tentando puxá-la de novo para perto e beijando o seu pescoço.

-Eu não senti falta alguma. Nenhuma! - disse Clarinda revirando os olhos ao sentir as mordidas de Sinu em seu maxilar.

-Não sentiu? - perguntou Sinu parando subitamente. - Então o jeito vai ser eu ir embora... - falou saindo de perto e virando as costas.

-Mas o quê? - perguntou Clarinda sem entender.

-Desculpe ter vindo. Eu deveria ter ficado em casa... - disse já com a mão na porta.

-Volte aqui! - sussurrou Clarinda enquanto Sinu continuava de costas agora prendendo o riso.

Clarinda pegou o seu braço puxando-a agora para si:

-Você não tem esse direito de vir aqui como se fosse dona do pedaço e sair assim, quando bem quiser! - falou, dando-lhe ela agora um beijo de tirar o fôlego enquanto Sinu gemia.

-Venha para cá. - sussurrou Clarinda a levando para a cozinha, até que Sinu parou antes de entrar.

-O que teve agora? - perguntou Clarinda confusa podendo ver nitidamente o rosto de Sinu já na luz.

Sinu olhou para cima e ainda sorrindo falou:

-Eu não quero nada aqui...

-Como assim?

-Eu quero lá em cima. - disse apontando para o teto.

-No meu quarto? - perguntou Clarinda com a voz alterada.

-Sshhh... Humhum...

-No meu quarto? - sussurrou. - De jeito nenhum!

-Se quiser me encontrar... Estarei lá. - disse Sinu subindo depressas as escadas.

-Sinu! Volte! 

-Pegue a garrafa de vinho. - disse Sinu no topo da escada.

-Não! Volte! - disse Clarinda morta de medo de Taylor acordar.

...

...

Jw Marriot Houston Hotel

Lauren ainda abraçava forte Camila e quando seus corpos se afastaram um pouco um silêncio tomou conta do ambiente.

 Os relâmpagos agora tinham cessado e Camila olhava para ela com tristeza ao que Lauren a olhava de volta séria e preocupada. Ambas com os olhos marejados.

-Eu... - disse Camila parando de falar ao sentir um dedo em seus lábios. 

Lauren acariciou aqueles lábios macios, segurando em seguida o seu pescoço e seu queixo com ternura, dando-lhe um beijo singelo.

Seus lábios ainda estavam úmidos e frios da chuva e seu rosto molhado causava arrepios em Camila.

Os beijos se intensificavam enquanto Camila ia para trás com Lauren chegando para frente.

-Acho que você precisa mudar de roupa ou vai ficar gripada assim... - disse Camila ao que Lauren a agarrou com força calando suas palavras a cada beijo ao que fechou a porta do quarto atrás com o pé.

Sem dizer mais nenhuma palavra ambas tiraram as roupas e com Lauren suspendeu o top de Camila ainda a beijando, enquanto Camila abria o zíper da sua roupa nas costas.

Em poucos segundos já estavam nuas, em pé, uma olhando para a outra com os corpos colados e as mãos inquietas deslizando sem parar pelas costas, seios, ombros, bunda...

A saudade era inenarrável e Lauren não conseguiu mais resistir, descendo o seu rosto nos seios tesos de Camila que gemia baixo, apertando-a contra si ao puxar os cabelos da nuca.

O quarto ecoava a respiração resfolegante das duas, até que com uma força incomum, Camila a empurrou na cama.

Lauren a olhou supresa ao ver Camila subir por cima dela, enquanto gemia como num ronronar, uma gata no cio e sentiu as suas mãos abrir bruscamente as suas pernas.

 Sem qualquer preliminar, Camila montou no seu sexo movimentando-se rapidamente para frente e para trás ao que Lauren revirava os olhos de prazer soltando mais gemidos cada vez mais intensos..

Aquela posição da tesoura, tão famosa entre as lésbicas na hora do sexo, fazia um tribadismo perfeito ao que era raro para Lauren ver Camila tão ativa, e ela própria ficar tão submissa.

Mas estavam gostando.

-Aaaahhh. Ohhh... Lauren... - gemia Camila enquanto acelerava o corpo e desacelerava, deliciando-se com os gemidos de Lauren e a pressão do seu sexo no dela.

Lauren escorria de prazer entre as pernas, ao que Camila jogava o seu corpo perfeito num vai e vem sincronizado, segurando por vezes seus proprios cabelos para trás de maneira selvagem, dando a Lauren uma visao da sua silhueta como numa dança.

A cada pressão deixava a sua boca num "o" perfeito pronta para ter o orgasmo toda vez que sentia estar chegando, mas  Camila provocava e prorrongava.

-Camila... Ahhh... Ohh.. - gemeu Lauren sentindo que iria gozar.

Camila mais uma vez parou tudo ao oferecer seus seios para Lauren chupar mais.

Lauren sugava os mamilos de Camila intensamente, quase agressiva tamanho o seu desejo. Ela mal conseguia se conter.

Aquela era a segunda melhor coisa que poderia ter em sua boca. Mas a primeira...

-Eu quero sentir você gozando na minha língua... Eu queri sentir você por dentro... - sussurrou ela para Camila que prontamente virou-se, fazendo um 69 ao montar seu corpo inteiro por cima do dela.

-Ohhh, delícia... Ohh... - gemeu Lauren ao sentir a área quente de Camila pulsar em sua boca, ao mesmo tempo que sentia a língua dela também serpentear toda a sua vulva num ir e vir rápido do seu clitoris até a sua abertura.

Ambas se movimentavam gemendo de prazer, até que Camila não se conteve:

-Lauren! Isso! Assim! Eu vou gozar! - falou mexendo mais rápido seu sexo no rosto dela até sentir um gozo quente jorrar diversas vezes enquanto pulsava.

-Ohhh

-Ohhh

-Ohhh

Gemiam juntas, ao que Camila acrescentou dois dedos massageando o clitoris de Lauren até ela gozar tremendo e sacodindo a cama.

...

...

E na casa dos Jauregui...

Os risos e sussurros continuavam agora no quarto de Clarinda e Mike, sendo que Sinu tirava o atraso das duas depois de tantos meses sem se tocarem.

-Ainda tem aquela cinta que usávamos ou jogou fora?

-Claro que não joguei! - disse Clarinda rindo indo em direção a última gaveta do armário.

-Está limpo? Você e Mike já usaram?

-Eu só usei com você! - falou Clarinda ficando irritada.

-Calma amor. Coloca ela em mim... Eu trouxe camisinha... - falou Sinu dando-lhe outro beijo no pescoço enquanto Clarinda amolecia novamente.

-Eu não quero fazer na cama... Eu não vou me sentir bem... Não consigo! -suplicando Clarinda para Sinu

-Clara... Vamos fazer no chão... - sussurrou Sinu mordendo a sua orelha enquanto Clarinda ajudava ela a colocar a camisinha na cinta e se posicionava de quatro no solo.

Apesar de estarem semi nuas, e os gemidos serem baixo com muitos sussurros e risos, Taylor havia acordado e andava pela casa zonza indo pelo corredor até o banheiro. Até parou de vez ao ouvir vozes femininas.

-Isso Sinu! Ai! Vai! Não para! Aaaii - murmurava Clarinda gemendo.

-Aaahh! Aaahh - sussurrava Sino atrás dela.

-Meu Deus... - disse Taylor para si voltando para o quarto correndo, sem nenhuma delas perceber.

...

-Meu Deus... - disse Lauren ao olhar uma mensagem da sua irmã no celular, enquanto ainda estava deitada com Camila já aninhada em seus braços.

-O que foi? - perguntou Camz beijando-lhe o ombro.

-Taylor acabou de ver a sua mãe e a minha... Elas estão juntas...

-De novo? - perguntou Camila surpresa.

-É... É de família... - disse Lauren rindo nervosamente ao que Camila riu também.

-E lá vamos nós, de novo e de novo...

-Mas dessa história toda, eu só sei de uma coisa. - disse Lauren virando-se para olhar nos olhos de Camz.

-Do quê?

-Eu só sei que eu te amo. - disse sorrindo.

-Eu só sei que eu te amo... - repetiu Camila sorrindo e dando-lhe um beijo terno.


Notas Finais


https://youtu.be/NkQq4Ewyocc - versão cover de Love Incredible da Camila na voz da cantora Dai. Eu curti, ficou bem fofinha.


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