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História Camren Na Turnê 7/27 - 2 - She's really back


Escrita por: Babyblue3

Notas do Autor


Ainda n foi dessa vez o hot da Ju, mas próximo capítulo já é.

Capítulo 44 - She's really back


Fanfic / Fanfiction Camren Na Turnê 7/27 - 2 - She's really back

A cidade de Miami era bem famosa pela agitação à noite, mas também super conhecida pelos quarteirões inteiros repletos de casas e seus habitantes misturados entre famílias cubanas, espanholas, brasileiras, italianas etc.

Uma coabitação civilizada tendo as diferenças e singulariedades como um plus de cada um. Miami era isso. Diversa e receptiva, uma cidade exemplo para a atual configuração de um mundo tão separatista.

Mas o quarteirão que a família Jauregui escolhera para morar em meados dos anos 90 era diferente.

Não havia nada de diverso, o bairro era homogêneo.

O quarteirão que moravam era conhecido por ser um quarteirão escolar e tradicional, cujo fator em comum dos seus moradores era terem filhos, todos eles, frequentando o mesmo colégio: o rigoroso Carroltown High School Hills.

E sendo um ambiente rotineiro, durante quase duas décadas, crianças jogavam bola nas ruas, churrascos ocorriam nos fins de semana e confraternizações geravam gincanas unindo alunos, vizinhos e demais conhecidos.

Não havia nada de diferente por ali. Era tudo igual.

Mas o tempo era implacável e muito havia mudado.

Os filhos tinham crescido, alçando vôos em universidades ao redor do país.

Os avós tinham partido, levando embora um ambiente afável, e ali sobrara apenas casas enormes quase vazias, cujos casais, agora sozinhos, partilhavam de uma vida enfadada, solitária, acomodada, sem grandes expectativas do porvir.

Assim era aquele bairro em 2017, assim era a vida das famílias presentes. Mas não na casa dos Jaureguis.

Lá era bem diferente.

-Pelo menos a minha vida é mais excitante. Digna de uma novela mexicana. - pensou Clarinda brindando ao ar em sua sala de estar e bebendo a última taça de vinho naquela tardinha que dava lugar à noite.

No andar de cima, o quarto do seu filho continuava trancado e nele Lucy também passava o dia inteiro. Ambos levando uma vida de casal vagabundo. Sem nada mais a oferecer.

Mas desta vez o silêncio incomum se fazia presente e isto Clarinda estranhara:

-Será que essa garota louca matou o meu filho? - pensou para logo tirar tais pensamento da mente, até ser despertada pela campanhia:

BLIN BLON!

-Ai, que susto! - gritou elevando a mão ao peito.

-Seria o Mike? - se levantou rápido indo a porta, mas não a abriu. - E se for um ladrão? Um louco, um psicopata? - pensou por uns segundos.

-Se for um doido eu digo pra matar essa Lucy de vez! E com tortura! - disse abrindo a porta raivosa.

Mas o que viu a sua frente foi uma total surpresa:

-Lauren! Filha! - disse cobrindo a boca com as mãos.

Aquilo era mesmo real? A sua filha estava de volta da turnê 7/27? Mas já havia acabado? Ou era apenas efeito das tantas taças de vinho que tomara mais cedo?

É real, pensou, erguendo os braços para sua filha cuja aparência cansada ainda sorria levemente.

-Filha... - disse a apertando forte.

A saudade contida, após tanto tempo mantendo-se firme agora vira a tona, deixando Clarinda se permitir sentí-la de verdade, enquanto começava a chorar copiosamente nos ombros da filha.

-Mãe... Calma... Calma, mãe. - murmurou Lauren tirando a grande mochila das costas para continuar aquele abraço.

-Você voltou... Meu Deus...

-Voltei... Eu voltei. - disse feliz, suspirando.

Ficaram bons minutos ainda abraçadas até Clarinda se dar conta que ainda estavam na porta.

-Entre, entre... - disse fungando e a levando para a sala.

Sentaram-se no sofá ainda abraçadas e Lauren estava feliz de ver a sua mãe daquele jeito, ela que era tão sisuda e cheia de reclamações, agora tomada só de carinhos e afeto, algo bastante raro.

E era bom se sentir amada, era muito bom.

Após um tempo, Lauren pôde prestar atenção à sua casa e reconheceu o ambiente reparando cada detalhe do lugar.

Olhou para cima certificando-se de que o teto branco ainda sustentava o singelo lustre de velas herdado da sua avó, presente de casamento dos seus pais, e sentiu um alívio.

Tudo ainda estava ali. Tudo estava em seu lugar.

Sim. Tinha retornado. E voltar era indescritível. Aquela sensação de pertencer a algum lugar e ter raízes, ter sua família, a sua referência de vida, um passado inteiro para recordar.

Respirou fundo e soltou o ar demoradamente ao sentir a fragrância do local.

Uma mistura de recordações que invadiam a sua mente veio num flashback involuntário.

Lembrou-se de quando chegava correndo do colégio ainda criança e entrava no quarto de tv para ver o último desenho antes do jornal.

A mesa da janta de madeira que reunia os amigos nos aniversários e seus pais celebrando uma modesta festa para cada um dos filhos.

O seu tema preferido sempre sendo o da princesa de Aladin. Sim, ela bem lembrava. Ela estava lembrando de tudo.

Seu pai com o violão tocando Elvis Presley na sala, seus irmãos dançando em cima do sofá, o cheiro de mingau preparado pela sua falecida avó e a briga de todos para pegar a colher primeiro... As flores amarelas do jardim... As vermelhas perto da sua janela. Aquela árvore alcançando o seu quarto com os galhos. Os bezouros e as telas de proteção. O seu cachorro Dash ainda filhote, as danças dela e sua prima Alexia em frente a câmera do computador. Os posteres atrás da porta do quarto, a sua obsessão por cavalos na infância... Os churrascos ao redor da piscina, a imensa árvore de natal, o seu pai, a sua mãe, os seus irmãos...

Eu estou de volta...,  murmurou emotiva.

Por fim, uma última lembrança. A família arrumando as malas e a viagem para o estado da Carolina do Norte. Todos acreditando em seu sonho de participar no X-Factor. Toda a ansiedade que sentiu e a certeza de que queria aquilo mais do que tudo.

Sim. Ela havia conseguido.

Viajara o mundo por quase cinco anos e agora aquelas memórias atropelavam-se umas as outras num sinal de que tivera uma vida linda.

Mas não havia acabado. Ela continuava. Mesmo sem Camila, ela continuava. Pois tudo fazia parte de um ciclo de continuidade, apenas porque era preciso continuar.

-Eu amo estar aqui... - disse emocionada abraçando novamente a sua mãe e fechando os olhos.

-E eu amo você, filha. Amo muito! - disse Clarinda dando-lhe um beijo em sua testa.

-Eu também amo você, mãe. Eu amo tanto...

Seus olhos ainda estavam fechados. Mas sentiu algo estranho e os abriu, vindo a deparar-se com uma figura esguia parada, a alguns metros de distância, fazendo sombra nas escadas.

Espírito?, indagou-se, arregalando os olhos para então reconhecer quem era.

-Lucy? - perguntou-se franzindo a testa em choque.

-Oi, Lau ren. - disse Lucy pronunciando o seu nome vagarosamente e mordendo os lábios após sorrir.

Do topo das escadas Lucy acompanhara a sua chegada. Não tinha qualquer pressa para ser notada ao que continuou encarando Lauren de maneira casual.

Lauren olhou para a sua mãe que já estava com o rosto vermelho de raiva bufando para a garota folgada a sua frente:

-Lucy resolveu acampar em nossa casa, sabia? Ideia do seu irmão que a convidou. Que tal? -  disse Clarinda sarcástica.

-Hum. Acampar... - repetiu Lucy sorrindo de canto de boca, descendo as escadas. - Eu diria que aqui um pouco mais confortável. - disse piscando e rindo.

Parou no início da sala e deparou-se com o rosto pálido de Lauren a observando.

-Nossa, Jauregui. Não está feliz de me ver? Estou esperando um abraço seu, sua coelha safada! Você voltou! - disse abrindo os braços na tentiva de quebrar o gelo.

-É. Eu voltei. - disse Lauren suspirando e se levantando.

Caminhou até Lucy e a abraçou rápido, porém notando o coração da outra acelerar fortemente.

Lucy mal se dera conta de como estava e ao perceber, afastou-se rapidamente.

-Muito bom te ver de volta, coelha. - disse tentando disfarçar o nervosismo.

-Cadê o meu irmão? - perguntou Laur olhando para o andar de cima.

-Ah. O Chris está dormindo.

-Ele está apagado. - interrompeu Clarinda se levantando também.  - Seu irmão fica o dia inteiro trancado no quarto e só faz beber. Beber e comer porcaria para dormir depois. Ele falta várias aulas e eu já falei com o seu pai que...

-Mãe. - disse Lauren levantando a mão para que ela parasse de falar. - Amanhã eu converso com ele, ok? Vamos hoje falar só de coisas boas... E a Taylor? Onde está?

-Na casa da namorada. A Alycia. - disse revirando os olhos.

-Alycia?

-É a nova namorada. Uma mulher 10 anos mais velha que ela!

-Ela não me disse nada... - disse Lauren confusa. - Mas nos falamos pouco esses últimos meses, então...

-Ah. Eu acho ótimo namorar alguém mais velho. - interrompeu Lucy pegando um cigarro do bolso enquanto procurava o isqueiro no outro. - Dá pra aprender muita coisa com uma pessoa mais madura... As ideias, a conversa, o sexo... Acho inspirador... E é muito quente.

-Pode parar. - disse Clarinda apontando para o cigarro dela. - Não quero fumaça dentro da minha casa.

-Desculpe. - disse Lucy sorrindo e dando de ombros. - Seria permitido fumar em seu quintal então? Algo rápido?

-Vá. - disse Clarinda sem olhá-la e voltando-se para Lauren, falou:

-Eu vou cozinhar o seu jantar favorito hoje, filha. Vamos para a cozinha preparar!

-Mãe... Eu esqueci de dizer. Eu não vou jantar em casa. Tenho uma festa para ir hoje...

-Festa? Lauren! Você mal chegou! Que festa você vai? Você não vai a festa nenhuma! Chega de festa! A turnê acabou! Vai ficar em casa comigo. Vamos! - disse a puxando para a cozinha enquanto Lucy segurava o cigarro apagado ainda observando as duas.

-Mãe... Eu preciso ir.  É uma festa importante. Eu vou. Eu tenho de ir.

-Mas por quê?! - gritou Clarinda impaciente. - O que tem essa festa que você não pode perder?!

Lauren abriu a boca para dizer algo, mas parou por uns segundos. Estava tão cansada que não conseguia nem mesmo se explicar ou falar de maneira mais firme.

-Hum. Camila vai estar lá? - perguntou Lucy levantando as sobrancelhas e cruzando os braços num sorriso irônico.

-Não sei. - disse Lauren desviando o olhar das duas. - Eu preciso ir agora, mãe. Fique tranquila, eu volto cedo. O Ty Dolla vai estar... A Halsey também. Só gente conhecida.

-Hum... Eu poderia ir, estou super de boa. Sem fazer nada... É tranquilo... - disse Lucy  já imaginando a ótima oportunidade para fazer contatos na festa. Afinal, fazer uma parceria com algum cantor seria o máximo em sua carreira como modelo. Qualquer clipe lhe daria mais visibilidade. A sua carreira iria deslanchar e ela poderia até mesmo ser convidada para cantar!, pensou já euforica.

-Isso, Lauren. - disse Clarinda fazendo coro ao pedido. - Leve Lucy porque ela precisa espairecer um pouco... Sair dessa casa! Vai ser bom para ela!

-Eu prefiro ir sozinha. - disse Laur agora já séria. - Eu vou sozinha. - disse saindo de perto delas.

...

O que viria nas horas seguintes era muito melhor do que Lauren imaginara. E muito pior também.


Notas Finais


https://youtu.be/8JBw33bS_qE - Lauren's evolution


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