História (CAMREN) Part Of Me - Coisas ruins.

Lauren pov.

Acordei sentindo minha cabeça latejar, fitei o teto do meu quarto por alguns minutos antes de olhar para o lado e encontrar uma Camila adormecida, seu rosto sereno, seus cabelos cobrindo um pouco seu rosto ela estava agarrada a mim com a cabeça enterrada em meu ombro. Coisa linda. Sorri instantâneamente lembrando da nossa noite passada. (Não estou falando só do nosso foda mais da festa também.) Que noite.
Senti um movimento no meu ombro e voltei a encarar minha Camz que agora abria os olhos devagar. Tirei as mechas que caíam sobre seu rosto para que ela pudesse me ver, a mesma sorriu assim que nossos olhos se encontraram e eu fiz o mesmo.

-Oi.-murmurei acariciando seus cabelos.

-Oi.-disse devolta.-O certo não seria dizer bom dia?-questionou.

Eu até poderia dizer "bom dia" mas tem um problema.

-Não gosto de dizer bom assim que acordo.-respondi seca.

-Porque?-Camila ficou pasma.

Ri um pouco antes de responder.

-Porque eu não gosto.-ela me olhou confusa.-Como vou desejar bom dia, se não sei se o dia vai ser bom mesmo?
De fato. Como saberei?

-Nossa, que grosseria.-indagou séria.

Sorri largo ao ouvir isso. Sou grossa mesmo, e com orgulho, mas eu só não gosto de desejar bom dia quando acordo. Porque eu fico de mal humor assim quando acordo, porque vai começar tudo de novo. Ir para escola e blá, blá, blá. Assim que acordo sou mais marrenta que o normal. Ou seja, saí da minha frente se não eu jogo uma mesa na sua direção. Mas como é a Camz que tá aqui, deixa quieto. Estávamos cobertas pelo edredon da minha cama, me pergunto se foi eu ou ela quem nós cobriu. Bom, tanto faz. Eu apaguei depois da nossa transa tão rápido que não deu para desejar pelo menos boa noite. Boa noite você gosta de desejar né Lauren? Acontece que de noite eu sempre tou de bom humor sabe?
Eu estava acabada para falar a verdade. Acho que meu pescoço deve estar cheio de marcas, não só meu pescoço mas minhas costas estão ardendo. Eu me lembro da Camila me arranhando ontem. Meus cabelos devem estar lindos também. Camz não estava diferente de mim, vamos ter que esconder esses hematomas.

-Ai caramba, eu to acabada.-comentou levantando o tronco para sentar-se na cama. Sorri maliciosa para ela que me deu um tapa no braço.

-Não me bate, eu to dolorida Camz.-disse passando a mão na região em que ela bateu.

-Porque, foi pra guerra?

-Não. Parece que voltei de uma. Fui sequestrada por uma terrorista gata, e ela me torturou à noite toda.-e que tortura.

Enquanto eu olhava para o teto, pelo canto dos olhos dava para ver ela balançando a cabeça em negação. Apoiei meus cotovelos na cama tentando me levantar mais me faltava forças.

-Eu preciso comer.-olhei para Camz sorrindo, ela levantou a mão para me dar outro tapa.-Calma ai. Comer comida, poxa, comida.

Finalmente consegui me sentar também, aproximei-me dela depositando um beijo lento em seus lábios.

-Porque você não...-antes de terminar a frase me estiquei para pegar meu celular no criado mudo e ver as horas. Puta que pariu!

Eram exatamente 11:42 da manhã. Já quaze na hora do almoço. E hoje temos aula.

-Fica pro almoço?-perguntei sugestiva torcendo para que ela ficasse.

-Melhor não.-estraga prazeres.-Eu nem tenho roupa para vestir.

-Eu te espresto uma minha. Vai Camz, por favor.-pedi manhosa.

-Me obrigue.-disse desafiadora.

-Me obrigue a obrigar você.-eu.

-Me obrigue a obrigar você, a me obrigar.-continuou.

-Me obrigue a obrigar você a me obrigar a obrigar a obrigar você.-sério que a gente tá discutindo desse jeito?

-Me obrigue a obrigar você a me obrigar, a obrigar você a me obrigar.-sim estamos.

-Me obrigue a obrigar você, a me obrigar, a obrigar você a me obrigar, a obrigar você.-isso não vai ter fim se depender de mim.

-Me obrigue a obrigar você a...obrigar você...me...a obrigar a...er...-ela estava desnorteada embolando as palavras.-Pera aí, nem sei mais doque a gente tava falando.-agora ela se perdeu de vez.

-Chega mais perto que eu te conto.-sorri divertida.

-Me obrigue.-aí. Bati na minha própria testa com isso. Chega! Já deu, parou.

Não podemos conter as risadas depois dessa discussãozinha besta de criança. No fim das contas ela aceitou meu convite para almoçar lá conosco, ela só ficou um pouco constrangida porque pensou que meus pais tivessem ouvido alguma coisa mas eu à tranquilizei dizendo que meus pais dormem como pedras (já o Chris deve ter ouvido tudo.) Tay também dorme muito e acho que não ouviu nada. Eu apenas disse a minha mãe que Camila dormiu lá porque chegamos tarde e ela estava muito cansada e que eu convidei-a para dormir lá. Clara acreditou de boa na minha estória. Eu sei, eu sei. Sou uma excelente mentirosa, não precisa repetir. Eu sei que sou ótima. To parecendo a Dinah, convencida!
Minutos antes de descermos eu tentei convencer Camila a tomar banho comigo. Mais como eu já esperava ela se recusou. Um dia, eu juro a vocês que meu sonho se realizara!  Camila não poderá escapar para sempre. Não pode mesmo.

      *****

Eu não acredito até agora no que Veronica fez ontem a noite, e cheguei a pensar por um minuto que ela estivesse ficando "legal". Ta certo que, foi eu quem a provoquei. Mas eu não devia dar confiança a uma pessoa em que já nós fez tão mal. E ainda continua tentando fazer-nos alguma coisa do tipo. Mas ela está estranha, até demais. Ainda sozinha? Não, desta vez ela já estava andando pelos corredores com Keana fazendo oque elas sabem de melhor. Infernizar a vida dos outros.

Eu andava pelo estacionamento do colégio acompanhada de Camila, nós estavamos procurando por nossas amigas para que pudéssemos ir embora.
Caminhamos um pouco até avistar algumas pessoas. Comecei a ouvir uma agitação vinda daquele mesmo lugar e quando chegamos mais perto contastei que se tratavam de Veronica e Troy que discutiam sobre algo. Keana estava lá para apioar a briga, Ally não sabia direito oque fazer, Dinah e Mani também estavam lá tentando amenizar a situação. Ou apiar a briga. Dinah adora barraco.
Assim que estava proxima o suficiente deles claro que Veronica me encarou enquanto gesticulava furiosa. Oque está havendo?

-Pronto. Chegou quem faltava.-disse ela ainda olhando para mim.

-Veronica isso que você está dizendo é loucura.-Troy estava mais nervoso que o normal.
Seu olhar era temeroso, sem a menor confiança.

Depois que ouviu isso Vero riu cinicamente por longos segundos. Eu estava perdida em meio a isso.

-Ah claro. É muita loucura mesmo você e eu termos transado!-disparou de uma vez nós deixando pasmas.-Além de ter chifrado essa daí ainda me engravidou.

Como é o bagulho aí?!

-Não acredita nela pequena. Ela é louca, você sabe que eu jamais faria isso!-berrou.-Essa garota tem um parafuso à menos.

Se isso é uma brincadeira, é de muito mal gosto. Eu sabia que iria me arrepender de não ter gravado essas vadias, elas não se casam de querer acabar conosco.

Veronica e Keana entreolharam-se sérias e com um ar confiante no rosto Iglesias pegou sua mochila tirando da mesma algo que me pareceu um desses testes de farmácia. Não to gostando disso.

-Tá aí.-estendeu para que Oglether pudesse ver.-Eu fiz esse teste duas vezes e deu positivo.

Troy riu também cínico.-Isso não prova nada.

-E porque?-a voz de Ally saiu em um tom baixo. A mesma estava ereta no lugar, olhando bem em seus olhos eu podia sentir sua insegurança esperando pela resposta.-Por acaso você esperava por uma prova porque vocês realmente ficaram?

Troy não sabia o que responder.-N-Não é isso pequena. Essa garota é doida! Ela não sabe oque diz.

Veronica então caminhou até o seu carro e abriu a porta traseira procurando por algo, não demorou muito e pouco depois ela voltou com uma pasta amarela em mãos, respirou fundo e entregou-a para Troy que ficou apreensivo em pegar a mesma. Ele parecia furioso, e muito nervoso. Será que ele de fato traiu...? Não, não posso acreditar nisso. Ele sempre foi muito sincero com Ally, sempre provou seu amor pela baixinha.

Ele continuava a observar a pasta.-Quer saber? Eu não vou ver porcaria nenhuma.-pegou a pasta e jogou-a para longe mas porém a mesma foi cair aos pés de Ally.-Você é uma puta. E pertubada que se entrega pra qualquer um. Engravida e depois não sabe quem é o pai!

O olhar de Veronica queimou. Não de raiva, mais de mágoa. Não pode ser...
Encarei Ally abaixar-se para pegar a pasta enquanto Troy e os outros discutiam. Ela abriu-a com calma, retirou uma folha, que acredito ser o ezame, leu alguma coisa escrito na mesma e, suas mãos ficaram trêmulas e suas pernas bambearam, pôs uma das mãos que ainda tremiam sobre a boca totalmente em choque. A meu Deus. Eu me aproximei dela até que as letras ali naquela folha pudessem ser legíveis para mim. Minha boca abriu-se automaticamente, não acredito no que estava escrito naquele papel. Positivo. Era um teste de D.N.A e, deu positivo. Veronica estava grávida e o filho era de Troy. Se eu estava incrédula Ally estava...eu não ser dizer bem. Ah baixinha.
Seus olhos marejaram e ela segurou-se em meu ombro com força seu corpo estava totalmente mole. Isso só pode ser uma pegadinha!

-Troy...-chamou-o acabando com o bate boca dos demais.-Você me traiu com a Veronica?-alegou com se fosse a coisa mais óbvia. Infelizmente era sim.

Troy estava de olhos arregalados como um ladrão que é pego com a boca na botija roubando alguém. Apenas sua expressão já confirmava o que a baixinha queria saber.

-Traí.-murmurou. O cara de pal ainda tem coragem de dizer isso?!-Me deixa explicar.-ele caminhou meio desnorteado até nós.-Isso tudo foi um erro. Não era pra acontecer.

-Não me toca.-Ally deu alguns passos para trás.-Fica longe de mim seu traste! Eu pensei que você gostava de mim, mas vai sempre ser aquele Oglether que pegava geral e não tava nem aí pra nada. Nem pros corações que machucava.-sua voz estava embargada e pelas suas bochechas já escorriam grossas lágrimas de ódio. Só de vê-la assim eu já sentia o ódio também me consumir. Troy foi um covarde com minha amiga. Ele tentava se explicar mas era tarde. O que você fazer Oglether?

-Ally eu juro pra você que eu nunca quiz te trair. Por favor eu não sabia que a Veronica estava grávida. Foi um vacilo idiota meu.

-Vacilo? Foi um vacilo?! VOCÊ SÓ PODE ESTAR TIRANDO ONDA COM A MINHA CARA! Se você acha que eu sou tão idiota assim, você se enganou!

-Ally...por favor.-ele avançou um passo a frente antes da mesma enterropelo.

-Não, não mas! Vai se ferrar, eu não quero olhar mais pra você. A sua cara me enoja!-ela não podia mais esconder mais nenhuma lágrima sequer.-Tá tudo acabo entre a gente, seja feliz com essa víbora vocês dois se merece!

Disse saindo do estacionamento à paços largos e pesados. A raiva que stava dentro de mim era imensa e eu nem sabia realmente em que acreditar. Keana estava lá com aquela expressão orgulhosa de dever cumprindo, eu não conseguia olhar na cara da Veronica porque se olha-se tenho certeza de que iria voar no pescoço dela na mesma hora. Bem, ela está grávida, e eu não posso bater em uma garota grávida. Voltei minha atenção a Oglether que estava em estado de choque, imóvel, apesar de toda raiva que sentia dele eu podia sentir o arrependimento em seus olhos. Ele deu alguns passos para onde Ally tinha ido mas foi impedido por um casal Norminah bem furioso. Já posso dizer que elas são um casal, depois da festa de ontem elas estão super de bem com a outra.

-Seu filho da mãe, como teve coragem? Eu vou quebrar essa sua cara cínica!-Dinah estava com as mãos fechadas em punho.

-De todos as pessoas do mundo que eu esperava magoar a baixinha, você era o último que sequer passou pela minha cabeça. Você é um imbecil!-Mani estava tão furiosa quanto a loira ao seu lado.

Se elas quebrarem a cara dele eu não vou poder entender o que diabos está avendo. Como se despertassem de um transe as duas lembraram de Ally e correram para ir atrás dela para evitar o pior. Agora sim. Camila ainda estava comigo, ela também estava uma fera com Troy. Keana e Veronica como se viajassem na velocidade da luz já haviam dado no pé. Óbvio né? Depois que o circo pega fogo elas simplesmente vão embora como se nada tivesse sido provocado por elas. Troy tinha as duas mãos na cabeça enquanto andava de um lado para outro deseperado.

-Agora ele tá arrependido? Ah como eu queria ter uma arma para dar um tiro no meio dessa testa dele.-Camz murmurou tudo muito rápido enquanto nós aproximavamos. Conforme chegava mais perto dele, mais eu sentia vontade de esmurra-lo até que sangrasse, tanto que fechei minhas mãos fortemente em punhos assim como Dj.

Assim que ele me viu chegando tentou falar:

-Laur por favor você pode falar com ela? Só preciso...

Antes que ele terminasse eu o empurrei com força fazendo o mesmo se chocar contra o carro de Allyson que se encontrava bem atrás dele.

-Chega de joguinhos Troy, me fala logo como você em sua sã consciência teve coragem de meter chifre na minha baixinha?-oh! Só Deus sabe  como eu queria acabar com ele.

-Eu juro à você, eu nunca quiz trair a Ally.

-Mais traíu!-Camila tinha os braços cruzados.

-Calma aí Camz. Eu preciso entender o que tá acontecendo. Vai logo, fala! Do início.-disse a ele.

Ele respirou fundo enquanto olhava para cima.

-Isso tudo aconteceu no dia da festa, aquela que o Shawn deu. -Viados à parte. Mas continue.-Ally tava tão estranha, sabe quando ela tomou o êxtase. Eu não sabia disso e pensei que ela tinha bebido demais ou sei lá... eu tentei ajuda-lá. Mais só consegui com que ela me evitasse, ela me disse umas coisas e eu fiquei chateado por isso. E também que eu não suportava a ideia de que tinha visto uns caras caras se esfregando nela, ou melhor, ela se esfregava neles. Eu me senti um idiota! Eu fiquei com raiva, eu já tava um pouco alterado e derrepente eu encontrei a Veronica. Ela tava lá, super disponível pra mim.-parou por um instante e grunhiu os dentes raivoso.-Eu não lembro de muita coisa.

-Lá vem você botar culpa na bebida.-Camz resmungou. Olhei feio para ela, a mesma dei-se por vencida e não falou mais nada.

-Mas eu não lembro mesmo. Eu só lembro que, ela tava perto do bar e, quando me viu me puxou pra um dos quartos. Eu tava com muita raiva, nem sabia direito oque tava fazendo. Lembro da gente se beijando, de uns amassos talvez...mas eu não consigo lembrar de mais nada além disso. Se eu não tivesse bebido, podia jurar de que não rolou nada. Quando eu acordei, eu tava apenas de calça jeans na cama e a Veronica não tava mais lá. Foi quando eu ouvi uma agitação estranha vinda lá da sala e fui ver. Foi aí que eu apareci pra ajudar a minha baixinha.

-E você achou mesmo que se aparecesse defendendo a Ally você se remediria com ela e tava tudo bem?-a voz de Camila saiu mais que irônica.-Mas que bela ideia Troy! Estupendo. Você é o rei dos babacas.

-Se lembra mais de alguma coisa?-perguntei pensativa.

Estou chegando numa conclusão.
Antes que ele pudesse responder Camila intrometeu-se mais uma vez fazendo-me revirar os olhos.

-Claro que não! O lema dele deve ser "Se não lembro, não fiz."-agora sim ela conseguiu me tirar do sério.

-PELA ÚLTIMA VEZ, EU VOU...-fechei meus olhos enquanto respirava fundo.-Deixa o rapaz continuar.-pedi mais calma.

-Lauren.-me fez encara-lo.-Eu lembro que, antes de irmos pro quarto. Vero me deu um copo de bebida.-talvez tenha sido a mesma coisa que Shawn fez com a Ally. É isso. Veronica deve ter dado êxtase, ou um boa noite Cinderela para ele. Touchê! Mas espera...como eu posso provar isso? Droga. Voltei a estaca zero.

-Só pode ser um pesadelo.-Troy disse em meio algumas lágrimas.-Eu fiz merda, e agora perdi Ally pra sempre. Eu sou um idiota fudido!

Camz riu cínica tendo ainda seus braços cruzados. Ela ficou abalada com isso, não tenho dúvida alguma.

-Enxugue as lágrimas. Isso não justifica oque você fez.-sua voz saiu trêmula de raiva.

Eu realmente não sei oque pensar, não sei oque fazer. Eu me sinto tão imprestável por não poder saber oque fazer, eu não consigo ficar parada sem fazer nada. Eu preciso descobrir o que está havendo. Não tem jeito mesmo, sou inchirida de nascença!
Deixamos após muito esforço Troy afogar-se na suas mágoas e entramos na escola procurando por nossas amigas. Cruzamos justo com Troye e Alessia pelos corredores ambos ficaram nervosos só de nós verem agitadas daquela forma.

-Gente calma. Vimos a Ally passar por nós desesperada. Oque está havendo?-Troye perguntou-nos.

-Aquele merda do Troy traiu a Ally com a Veronica, oque é pior...ela tá grávida. E agora ele vai ter que assumir a criança.-Camz disse ofegante pois viemos praticamente correndo.

-Aquele girafão oque?-Troye ficou chocado.

-Pois é. Será que vocês podem dizer por favor onde Allycat?

-Bom. Elas correram pro ginásio.-apontou na direção do mesmo.

Seguimos para o mesmo sem mais nada dialogar e eles nos acompanharam também estavam preocupados.

        *****

-Oh eu fui tão burra!

Ally não aguentava mais chorar, suas lágrimas já não escorriam mais sobre suas bochechas. Ela ficou quaze meia hora aos prantos no ginásio enquanto nós tentamos de algum jeito fazer com que ela se sentisse melhor. Então, no final da tarde combinamos de ir ao Macdonald's, quando eramos mais novas costumávamos ir lá sempre, onde acabavamos com toda a nossa mesada do mês só com nossos lanches. Hora, oque podiamos fazer, se lá tem o melhor hamburguer da cidade? Aliás tudo lá é uma delicia. Ou seja, enquanto alguns afogam as mágoas em algum bar, nós costumamos ir numa lanchonete nós afogar em milkshack.

-Pára Ally. Não chore mais por alguém que não te merece.-Stella estava sentada ao lado da baixinha.-Eu vou fazer você esquecer esse idiota.-sussurou baixo.

-Huuuumm.-sempre com piadinhas né meninas? Pera aí, eu também fiz esse barulho junta delas.

Todo esse tempo, e quem conseguiu de fato arrancar um sorriso da nossa baixinha foi justamente a Stella. Assim que soube, ela correu para abraçar a mesma e não desgruda dela de jeito nenhum. Mas isso não é problema, Stella está fazendo um bem danado para Ally, eu tenho que admitir que ela é boa em fazer as pessoas sorrirem. Já havíamos feito nosso pedidos e comíamos enquanto conversavámos, evitando de todo jeito falar sobre o que aconteceu mais cedo. Não valia à pena comentar sobre isso e fazer nossa doce Ally se sentir pior doque já estava. Entre muitas risadas e brincadeiras conseguimos fazer ela se sentir bem melhor.

-Mãmes. A tia Camila tá me bullinando!-Stella fez um bico enorme enquanto chamava atenção de Dj.

Elas inventaram essa estória agora. Stella se fez filha de Dinah e Mani que resolveram adota-la. A coisa é séria mesmo.

-Ué? Eu só tava comentando que é muita coragem de vocês duas adotarem um "ser" desses aqui.-Camz disse rindo ao meu lado.

-Olha aí Mãmes!-Stella bateu na mesa como uma criança que berra por comida.-A titia tá implicando!

Era impossível não se acabar de rir com isso.

-C-a-m-i-l-a. Pare de bullinar com minha filha! Olha que eu te meto uma mãozada que tu vai parar na cova do teu avô!-indagou a maior enquanto deliciava-se com sua Coca-Cola.

-Hei respeite vovô!-levantou seu dedo indicador.-O pobre já tá descansando em paz. Deixa ele.

-Então deixe nossa cria, sua cúrica!-Mani.

Rimos todas sem mais articulações. Nem parece que tinhamos descoberto uma traição repentina do Troy encima da Ally, quando nós todas nos reunimos para fazer qualquer coisa sempre é sinônimo de boas risadas eu queria que o tempo todo fosse desse jeito. Se for para enfrentar nos enfrentamos todas juntas, sem essa de cada um por si. É por isso que eu não consigo tirar do pensamento que essa bagunça toda hoje não passou de teatrinho. Não posso dizer que vou quebrar todos os dentes do Troy sem antes ter certeza de que ele realmente a traíu daquela maneira. Sem contar que ele entrou em uma baita furada. Porra...pai aos 17 anos? A mãe dele deve ter entrado em coma assim que soube da notícia de que iria ser avó. Em pouco tempo o bafafá da gravidez da Vero vai se espalhar por todo o colégio e a Ally vai ficar com fama de corna. Mas aí de quem resolver tirar onda com a cara dela. Eu faço o indivíduo engolir os próprios dentes, mesmo que isso me custe mais algumas semanas para ficar depois da aula.

-Lo?-ouvi a voz de Camz me chamar ao fundo.-Oque está fazendo aqui fora? Vamos voltar lá para dentro,aqui fora está frio.

-Ah eu so tou tentando falar com o Zayn.-falei discando o número pela quarta fez mas ele não me atendia.-Droga.

-Porque quer tanto falar com ele?

-Eu tive uma ideia para descobrir se o Troy é mesmo pai dessa criança que Vero está esperando e vou precisar do Zayn pra me ajudar a conseguir alguma coisa útil pra fazer um teste de D.N.A.-respondi tão rápido que ela mal entendeu.

-Pera aí, que invenção é essa agora? Teste de D.N.A? Ah pelo amor, Lauren. Oque você tá querendo provar?-merda.

Quando a gente precisa de um amigo para nós ajudar com alguma coisa não aparece.
O celular chamava mas ninguém atendia.

-Merda Zayn! Morreu foi? Me atende, é muito importante.-resmungei ignorando totalmente a presença de minha namorada ali. Mas que porra, atende cara.

-Laur.-Camz chamou-me mais uma vez, e denovo eu pedia para ela esperar um minuto.-Droga Lauren! Dá pra você desligar a porcaria desse celular e me escutar?

Bufei antes de encerrar a chamada e encara-la atentamente. Não se pode mais investigar as coisas sossegada?

-Porque tá querendo mecher nessa ferida que foi feita ainda hoje?

-Eu não quero mecher em ferida nenhuma. Apenas quero respostas, pensa Camila. O Troy disse que não se lembra de nada, a Veronica pode ter enganado ele e depois arranchou um teste falso.-isso nunca fez tanto sentido na minha cabeça. Era como uma luz no fim do túnel.

-Porque ela perderia o tempo dela com isso?-levantou uma sobrancelha confusa.

-Porque ela é a Veronica?! Porque ela adora infernizar nossas vidas?-dã.

-Troy disse muita coisa e você simplesmente acreditou.

-Não é isso. Eu só acho que uma garota não pode chegar no cara do nada e simplesmente dizer:oi Troy, surpressa, eu to grávida e o filho é seu! Isso tudo tá muito mal contado. Será que não vê? Se eu pedir um teste pode ser que tenha uma chance.-e vai ter. Previsa haver uma chance.

-Mas e se der positivo do mesmo modo? Você vai ter perdido seu tempo.-poxa. Oque à com todo mundo? Cadê o pensamento positivo? Melhor, como Carl Johnson do GTA:San Andreas, perguntaria; O que houve com as pessoas? Onde está o amor?
Eu sou muito viciada nesse jogo, só isso.

-E se não der? Se der negativo. Isso mudaria tudo, Camz.-sorri só de imaginar a cara de tacho da Veronica.-Poxa, você viu também. O Troy estava desesperado, pode estar falando a verdade.

-E mais uma vez eu repito:enxugue as lágrimas.-respondeu fria.-Mesmo se ele não fosse o pai, isso não muda oque ele fez com Ally. Em uma relação se precisa bem mais que apenas amor, se precisa de companherismo, compreensão e acima de tudo. De confiança. Se você quebra essa barreira de confiança pode ter certeza de que você acabou de destruir seu namoro.

-Nossa, você falando assim parece até que é um crime.-comentei destraidamente.

-Deveria ser, Lauren.-contínuou seriamente.-Porque se o troy amasse a Ally tanto quanto diz, ele não teria feito isso.

Dizia enquanto maneava a cabeça em negação. Eu apenas ouvia tentando saber onde ela iria chegar com tudo aquilo.

Ela deu alguns passos para trás enquanto falava.-Quem ama não traí.-terminou virando-se em direção à porta da lanchonete passando pela mesma.

Senti uma certa mágoa em suas palavras. Será que foi por minha causa? Não, eu não fiz nem disse nada que a constrage-se ou algo do tipo. Quem é que gostaria de saber que seu namorado te atraiu e ainda por cima engravidou a pessoa com quem te meteu chifre? NINGUÉM. NINGUÉM MESMO.
Mas e se tudo não passar de uma tremenda confusão?
Eu não confio na palavra de Veronica Inglesias, nunca confiei, e não vai ser agora que isso mudará. Se esse filho é ou não é do Troy, eu vou descobrir.

Vamos Zayn, me atende...
Eu preciso que você me atenda por favor. É caso de vida ou morte! Nesse caso vai ser morte ao Troy porque a vontade que eu estou sentindo de matar aquele sem vergonha, descarado, vagabundo tá muita.
Tira os objetivos cortantes de perto de mim, se não hoje eu cometo um crime. Eu vou presa mais vou ter feito justiça. Ou injustiça. Como eu devo chamar eu realmente não sei. Não sei de nada. Quando a gente menos espera acontece uma coisa dessas...

Ligação on.

-Alô?-finalmente.

-Onde você estava? Te liguei um montão de vezes.

-Desculpe. Eu tava dormindo, eu durmo muito as vezes.-to sabendo.

-Não importa. Eu preciso da sua ajuda.

-Com o que exatamente?

-Ih...-fiz uma careta bagunçando meus cabelos.-Longa estória.

-Então, comece do princípio.-sabia que tinha tirado esse bordão de alguém. Já que não tem jeito mesmo...

Quando encerrei a ligação e voltei para dentro da lanchonete Stella cantarolava alguma coisa para Ally deixando a mesma um pouco vermelha. As meninas só prestavam atenção rindo de vez em quando de umas caretas que Stella fazia.
Quando cheguei mais perto pudi ouvir claramente.

-Tentei evitar. Tentei esquecer tudo que me lembra você. Tentei não te amar. Mas olho no espelho nada de me reconhecer. Só vejo você.-riu um pouco antes de continuar.-Er...hi! Esqueci.

Ri junto delas enquanto voltava ao meu lugar.

-Pera que eu sofro de amnésia. Er...-a loira fez uma cara de perdida. Após meio minuto sem dizer nada achamos que a Stella tivesse tido um piripaque tipo do Chaves, por isso eu fiz questão de jogar um copo de refrigerante na cara dela para que a mesma despertasse. A coitada deu um pulo de susto.

-Oh minha nossa.-expressou desnorteada.

Mas parece que não era piripaque não. Foi mal aí.

-É imprecisão minha ou você conhece muita música brasileira?-Normani comentou despertando nossa curiosidade.

-Não é imprecisão não. É que minha melhor amiga é brasileira.-seus olhos brilharam enquanto um pequeno sorriso formava-se em seu rosto.

-Quem é essa que você não falou ainda pra sua mãe?-Dj cruzou os braços.

Stella riu.-É a Jade. Conheci ela em um parque de diversões. Acreditem se quizer, foi numa montanha russa. A gente nem se conhecia e mesmo assim seguramos a mão uma da outra de tanto medo que estávamos. Ela tava sentada bem do meu lado, não sei quem gritou mais. Se foi eu, ou ela.

Ela sorriu um pouco enquanto pensava em algo.
Não deixamos de nos entreolharmos com aqueles sorrisos debochados. Dinah cerrou os olhos observando a expressão abobalhada da Stella. Parecia uma criança sonhando com o presente de aniversário.

-Meu Deus! Maristella, eu tenho uma nora e você nem sequer me conta?-fez-se de ofendida.

-Não é desse jeito que a gente tá te educando viu menina?!-Mani acompanhou no mesmo tom.

Stella saiu do transe.
-Não!-disse nervosa.-Não é nada disso!-coçou a cabeça super nervosa. Na verdade, ela tava mais doque nervosa era como se ela devesse mesmo satisfação para alguém.-Minhas queridas mamães, parem de me constrager assim. Jade é minha AMIGA. Sempre foi assim tá? Olha aí mãe! A tia Camila já tá bullinando comigo denovo.-apontou para Camz que ria ao meu lado.

-Afe. Oque eu fiz?-disse divertida.

Passou-se um tempo que estávamos lá, já tínhamos terminado nossos lanches eu estava perto de ir embora até que Dinah teve uma ideia para destrair Allyson um pouco para que ela não voltasse a chorar ou se sentir mal.

-Vocês sabem que a monamour aqui, é sócia de um clube né?-convencida. Sim eu sei bem.

-Você não mulher. Seus pais.-corrigi sorridente.

Ela me deu língua rapidamente antes de continuar.

-Sim, como ia dizendo. Meus pais são sócios de um clube e eu tava pensando em levar você como minha convidada pinguim.-falou olhando para a baixinha.

A mesma deu um sorriso fraco concordando. Ela tá se esforçando para não chorar, eu posso ver claramente em seus olhos. Ela está tão machucada. Não tem coisa pior no mundo doque ter seu coração partido dessa maneira.

Stella chegou mais perto de Ally com uma cara de cachorro que caíu do caminhão de mudança. Resumindo:chantagem emocional. Só para ir junto.
-Não precisa fazer essa carinha minha flor.-minha flor?-É lógico que você vai também.

Espertinha. Aprendeu com quem hein garota?

-Obrigado mãmes!

Não pude deixar de revirar os olhos. Ela não é sua mãe mesmo.

-Você também pode ir se quizer darquinzinha.-minha amiga falou.

-Quer mesmo que eu vá? Você mesma disse que eu não podia ir mais no seu clube.-lhe disse tentando fazer a ofendida.

-Eu disse que você não podia ir com seus irmãos. Não disse nada de você ir sozinha. No caso você vai com a Mila.-sorriu. Ah eu estou cercada de gente chantagista. Como eu não tinha nada melhor para fezer mesmo acabei aceitando. E também porque a Camila ficou no me pé do ouvido "implorando" para que fôssemos então, vamos.