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História Can Do - Superstições se tornam reais


Escrita por: Sugi_hide

Notas do Autor


Olá pessoal! Cheguei e olha que nem venho demorando muito, não é mesmo? Eu acredito que vocês vão gostar muito desse capítulo, sério mesmo. Mas preciso dizer que a fic está bem próxima do seu final. Apesar dela ter bastante coisa para explorar, eu quero dar um fechamento para esta etapa do Chanyeol e, quem sabe, mais para frente nós trabalharemos em outra fic a parte dois de sua vida. O foco desta era a reabilitação e recuperação de um sonho e, bem, isso já esta se concluindo. Creio que temos mais uns dois ou três capítulos no máximo.

Como sempre quero agradecer ao apoio e a presença de vocês sempre que a fic é atualizada, cada pequeno comentário me deixa muito contente, então agradeço de verdade. Agora sem mais enrolações, vamos ao capítulo.

Capítulo 10 - Superstições se tornam reais


Jongin era o cara mais divertido da face da Terra.  Na verdade ele e Sehun juntos pareciam um show de stand up comedy, daqueles que dói até a bochecha de tanto tempo que você ri. Depois de todo pranto por causa da surpresa dos meninos, os agradeci imensamente e combinei com o professor sobre horários de aulas e os dias da semana que as faria. Era tudo tão empolgante, mal podia acreditar que aquilo estava renascendo em meu peito, como uma fênix.

Depois de muito conversar, deixamos Jongin em paz porque ele tinha que dar aula e seguimos para minha casa onde a festa aconteceria segundo a organização da minha querida mãe. Ela planejara cada mínimo detalhe e eu estava bem ansioso para encontrá-la; queria agradecer o apoio que aquela mulher me dava diariamente.

Pegamos o ônibus, já que estudante nuca tem dinheiro mesmo, e não demorou para chegarmos em frente ao portão que eu tão conhecia. Os meninos fizeram questão de empurrar minha cadeira até a entrada e logo eu fui recebido por Yoora. Ela já chegou com sua curiosidade querendo saber sobre a surpresa e eu que estava todo bobo com a situação sai falando sem freios, contando cada sentimento que me despertara. Foi tudo realmente maravilhoso.

Sehun ficou paralisado uns quinze minutos porque minha irmã fez o favor de cumprimentá-lo com um beijo na bochecha e basta você recordar daqueles desenhos animados onde coraçõezinhos brotam da cabeça do personagem que você conseguirá imaginar como o rapaz de cabelo colorido ficou. Sério, eu rodei meus olhos de tanto frescurisse. E falando em frescura, enquanto mamãe e papai terminavam de arrumar os últimos preparativos para a festa, pude desfrutar da companhia maravilhosa de Byun. Ah! Meu nerdzinho lindo parecia tão feliz quanto eu! E isso fazia com que meu coração disparasse só de me imaginar segurando sua mão, ou quem sabe, afagando seu cabelo.

Ok! Confesso que eu estava meio Sehun também, mas sinceramente, a cada dia que passava, mais ficava complicado esconder o sentimento que eu nutria por Baekhyun. De fato nossa amizade era incrível, só para ilustrar como exemplo, nós não precisávamos nem abrir a boca para nos entendermos. Bastavam os olhares. Eu nunca tinha passado por tal experiência! Eu já havia gostado de outros meninos, mas aquele... Era de uma verdade que não se encontra por ai. Era puro, tão límpido que nem havia desejos carnais, por enquanto. Na boa, eu só queria protegê-lo, assim como ele me protegia de todo o medo que me cercava. Ele havia brotado em mim uma semente de esperança, porque não devolver a ele a mais bela flor de amor que crescera em minha alma?

Era isso e somente isso. Amor. E eu estava desesperado para doá-lo. Talvez tamanha sensação de falta de ar vinha do fato da minha melhora e da vontade que crescia de ficar ao lado dele. Entretanto, a parte racional do meu cérebro ainda estava bem viva e sabia que esse “passo” em nossa amizade seria o mais conflituoso. Havia uma guerra para ser enfrentada.

Mas era o meu aniversário, um dia para ser feliz e não para ficar com minhocas na cabeça e pensamentos ruins. Por isso me distraí com meus colegas e posteriormente com a minha família que chegou cheia de presentes do jeito que eu gostava. Ganhei blusas, moletom, um boné de marca muito legal, daqueles que custam mais de 100 reais! Ah! E meu avô lindo e maravilhoso me deu um jogo de videogame que eu estava querendo.

Logo chamei Sehun e Baekhyun para o meu quarto para estrearmos o novo jogo e por ali ficamos quase o resto da festa. Tinha momentos que precisávamos parar de jogar porque uma pessoa ou outra aparecia querendo apertar as bochechas do baixinho e dizer o quão lindo ele era e perguntar o que havia acontecido em “seu rostinho de anjo”. Fiquei com ciúme? Óbvio né! Até minha avó veio ficar agarrando o menino que coisa mais desnecessária. Aí emburrei, sério, minha idade mental regrediu para cinco anos. Família é sempre sem noção.

Depois do showzinho que eu dei e do sossego que as pessoas deram ao meu amigo, foi a vez da minha mãe gritar para nos reunirmos na sala para o tão esperado parabéns. Comemorei e sai correndo, eu estava morrendo de vontade de comer bolo; parecia até desejo de grávida. Ajeitamos tudo rapidamente, pois eu apressei a galera mesmo. Assim, Appa acendeu as velas e a canção começou.

Enchi meus pulmões de ar e ao término da música direcionada a mim, assoprei fazendo um biquinho. Meus olhos se fecharam e minha cabeça se esvaziou para dar lugar ao tão famoso desejo de aniversário. O que eu deveria pedir? Foi a primeira coisa que passou a minha mente, eu realmente fiquei em dúvidas quanto ao pedido a ser feito. Seria idiotice minha gastar um desejo pedindo para voltar a andar porque infelizmente isso era algo impossível para a ciência no momento. Pedir para ser rico? É um bom pedido sempre, porém tinha algo que meu coração desejava muito, muito mais mesmo. Abri meus olhos e encontrei o mais belo dos sorrisos. Sim, eu queria que ele fosse meu.

Entretanto, reza a lenda que o pedido de aniversário é o mais forte que existe, especialmente se é feito de coração. Eu sabia que isso não passava de uma superstição ridícula, só que a gente sempre acaba acreditando um pouquinho nem que seja lá no fundo. Então não desperdicei aquele pedido comigo, e sim, o dediquei a quem eu tanto amava. Com meu desejo requisitado, sorri na torcida de que ele realmente se tornasse real. 

 

 

~~*~~

 

 

A casa estava virada de cabeça para baixo. Festa é assim mesmo, minha mãe estava louca lavando louça daqui e varrendo dali. Sorte que eu tinha que fazer companhia para as visitas e fui liberado do trabalho escravo. Apenas nos responsabilizamos por arrumar o meu quarto e, assim como da vez anterior, colocamos os colchões e minha cadeira ficou para fora, já que não tinha espaço.

Os meninos me levaram para dentro sem me derrubar, que grande progresso! Depois de todo aquele processo de banheiro e arrumação de lençol, nos ajeitamos debaixo de várias cobertas porque o frio estava congelando-nos vivos. Decidimos assistir Star Treck dessa vez, só que sem pipoca, minha barriga já estava entupida de bolo. E por falar em bolo, eu havia dado o primeiro pedaço para Baekhyun. Na maior cara de pau, eu nem pensei no Sehun, que péssimo amigo que eu sou, desculpem! Mas acredito que ele nem ficou chateado, pois a minha irmã foi toda bondosa e cortou um pedaço exclusivamente para o Oh. Daí já viu: Sehun babão, o retorno.

Para a felicidade geral da nação, o menino de cabelo colorido não durou dez minutos do filme. Eu beijaria a boca do mais alto por ele ter o sono tão pesado se eu não estivesse mais interessado em beijar a boca do meu outro lado. Assim que percebi que Sehun já não estava mais entre nós, no sentido de estar dormindo, claro, dei uma viradinha nada discreta, e eu consigo fazer algo discreto? Baekhyun pareceu perceber, pois desviou a sua atenção do filme e ficou me fitando com aqueles olhar penetrante de quem tem muito a dizer.

Ficamos alguns segundos assim, trocando uma intensidade de sentimentos não ditos. Foi uma sensação estranha, mas não desconfortável. Era como se precisássemos resolver isso de uma vez.

 

-Ei, Chany. –O menor começou a falar se aproximando de mim. –O que foi que você desejou?

-Ah... Se eu contar o desejo não vai realizar. –Devolvi sua pergunta com uma risada nervosa, ele estava realmente perto.

-Você realmente acha que isso é verdade? –Baekhyun fechou sua pálpebra e eu pude ver seus olhos rodando em desaprovação. –Vamos, somos melhores amigos, você até me deu a primeira fatia de bolo! Não há razão para esse segredo.

-Não adianta vir cheio de argumentos que eu não vou falar. –Fiz uma expressão séria, mas por dentro eu estava louco para contar.

-Se você me contar, eu te dou um beijo. –Que? Eu estava ficando surdo? Além de paralítico eu também perderia a audição? –A não ser que esse seja seu pedido.

-Mas...Mas... –Travei e fiquei vermelho com alguns toques de roxo. O maldito do baixinho riu, porém percebi que suas bochechinhas também compartilhavam da cor rósea. Ele estava falando sério afinal. –Você está falando sério?

-Eu estou. Eu quero isso já tem um tempo, você sabe. Talvez agora seja a hora.

-Eu também quero. Mas eu tenho medo de que... De que coisas piores que estas aconteçam. –Levei minha mão até o rosto dele e passei meu dedo sobre as marcas. Aquilo doía muito em mim.

-Você fala como se fosse acontecer algo grandioso. É só um beijo.

-Você tem certeza que é só um beijo? –Finalmente tomei coragem de fixar meus olhos nos dele.

-Não é só um beijo? –Ele pareceu confuso.

-Eu não sei se você quer a mesma coisa que eu quero.

-E o que você quer? –Aposto que ele estava pensando besteira.

-Eu gosto de você. Sei lá, é tipo muito.

-Eu também gosto de você tipo muito. –Então sua expressão confusa deu lugar a uma alegre. –Acho que sei o que você quer.

-E você também quer?

-Eu quero.

-De verdade?

-Chanyeol...

-Você sabe que eu... Eu sou assim, não vou andar, não vou poder fazer muita coisa e...

-Chanyeol...

-E vai ser difícil. Se você não quiser, eu entendo, de verdade, nem vou fica chateado.

-Chanyeol, se você não me beijar agora eu vou jogar a sua cadeira na sua cara.

 

De repente eu fiquei num silêncio temeroso. Não que eu estivesse apreensivo de Baekhyun jogar a Ferrari no meu lindo rosto; eu estava tremendo porque eu estava prestes a beijá-lo! Aquilo estava mesmo para acontecer, eu não sabia nem aonde colocar a minha mão.

 

-Antes de te beijar. –Falei já me defendendo porque o olhar furioso do baixinho me queimou vivo. –Eu quero contar, então, o que eu desejei.

-Finalmente! –Baekhyun comemorou erguendo suas mãos de forma exagerada, como se estivesse agradecendo aos céus.

-Eu pedi para que seu pai nunca mais te batesse.

 

Silêncio. Eu sabia que era um assunto forte, sabia também que era complicado para o menor. Eu não esperava que ele fosse chorar, se eu soubesse jamais haveria de dizer a verdade. Minha garganta se fechou em um nó horrível e eu só queria abraçá-lo sussurrando em seu ouvido milhares de perdões. Entretanto, o nerdzinho fora mais rápido e quando pude perceber ele estava agarrado ao meu pijama, molhando-o com suas lágrimas quentes. Envolvi meus braços ao seu redor e o apertei tentando demonstrar que eu queria protegê-lo e não machucá-lo.

 

-Obrigado por ser a pessoa mais importante da minha vida. Seu pedido foi a declaração de amor mais bonita que eu recebi em toda a minha vida.

 

Declaração? Nem deu tempo para o meu cérebro processar que aquilo era uma declaração e os lábios de Byun já vieram de encontro aos meus. Eram tão quentinhos, delicados e finos, logo se abriram e eu pude sentir sua língua invadir minha boca. Nem dava para chamar de invasão porque ela foi muito bem recebida pela minha e quando eu dei conta nós estávamos afobadamente trocando salivas como se aquele fosse o último beijo de nossas vidas. Sinto decepcionar quem achou que seria aquele beijo bonitinho, foi não, foi uma agarração só.

Foi tão desgovernado que até nossos dentes bateram, parecia que os dois estavam perdendo o BV. Foi ridículo, sério. Eu estava quase engolindo o menino e ele estava quase arrancando minha língua fora. Depois que o beijo terminou, ficamos olhando um para a cara do outro como quem diz “foi mal, eu sei fazer melhor”. E por uma questão de honra, tinha que provar que eu poderia beijar melhor que aquilo; segurei sua nuca com vontade e tornei a juntar sua boca na minha, porém de forma bem mais calma querendo aproveitar cada gosto que o ósculo poderia me proporcionar.

O segundo beijo sim foi bom. Nossas línguas estavam bem mais calmas, puderam se encontrar lentamente, as vezes até fora da boca. A respiração possuía um compasso e permitia que aproveitássemos melhor. E tinha os carinhos, com as pontas dos dedos que eu fazia por entre os fios de cabelo e ele me fazia na cintura. Eu me derreti todinho, poderia ficar daquele jeito pelo resto da minha vida. Baekhyun é a pessoa mais gostosa de se beijar, e que beijo! Daqueles que você quer sempre mais, que é gostoso pra valer.

Ficamos horas nos beijando. E quando digo horas, é horas. O filme acabou, o Sehun falou a noite toda, o Sol deu sinal de despertar e a gente ali, pausando só para dar uma boa respirada e depois voltar. Eu me afundaria naqueles braços para sempre e nem ligaria se o mundo rodasse lá fora, eu só queria me eternizar ali, naquele amor.

Só que o sono foi batendo de levinho, nossas trocas de carinho foram ficando mais lentas e os selares cada vez mais espaçados. Dormi sem esforço, abraçado com aquele pequeno anjo que tinha o rostinho enterrado no meu peito enquanto meu nariz se afundou em seus cabelos sentindo o aroma delicioso do seu shampoo de morango.

Infelizmente uma hora a gente teria que acordar e eu agradeço a Deus que os colchões não permitissem a porta do meu quarto abrir porque se minha mãe me visse agarrado com Baekhyun coisa boa é que não aconteceria. Para nossa sorte, quem nos sacudiu foi Sehun e eu tive que piscar umas trinta vezes até que meu cérebro processasse o que estava acontecendo e se acostumasse com a quantidade absurda de Sol na minha cara.

Olhei rapidamente para o relógio que ficava em minha parede e já passava do meio-dia. Dei um pulo, me sentando afobadamente com o cabelo todo bagunçado e um sorriso pervertido em minha direção. Lá vinha questionário...

 

-O que vocês dois andaram aprontando enquanto eu estava dormindo? –Sehun puxou o travesseiro e apoiou em seu colo como se esperasse a fofoca do ano.

-O que? –Respondi todo nervoso tentando captar a reação de Baekhyun que desgraçadamente sorria, enquanto coçava os olhos.

-A gente se beijou. –Ele respondeu e eu fiquei de boca aberta.

-Finalmente! –Sehun comemorou dando um Hi Five com o baixinho e eu fiquei com a expressão de quem já não entendia mais nada.

-Não estou entendendo...

-Já tinha passado da hora né, Chanyeol! –O atrevido do atleta deu tapinhas em meu ombro como se fosse vinte anos mais velho que eu. –Achei que você nunca fosse tomar a atitude de beijar o cinderelo aqui.

-Cinderelo é sua mãe. –Baekhyun respondeu jogando o travesseiro na cabeça de Sehun.

-O Sehun sabia?

-E porque eu não deveria saber? –Ele questionou com a mão na cintura. –Posso não participar do namorinho de vocês, mas ainda sou amigo, não é?

-É... Você tem razão. –Concordei.

-Não negou o namorinho! –Pronto, o retardado do Oh –percebam a infinidade de adjetivos que ele esta recebendo- Resolveu gritar e no mesmo instante minha mãe bateu na porta perguntando quem estava namorando.

Fiquei verde, azul, roxo, rosa, sei lá, o arco-íris inteiro e agarrei o pescoço de Sehun tentando eliminar aquele energúmeno da face da Terra. Enquanto isso Baekhyun ergueu o colchão que dormia e abriu a porta permitindo que minha mãe entrasse no quarto. Pediu desculpas por ainda estarmos "dormindo" e alegou que já iríamos nos aprontar para almoçar como ela chamara. Já em relação ao “namoro”, fiz Sehun dizer que era uma brincadeira e ela deu uma risadinha boba e olhou para mim com toda a esperança do mundo de que eu estava afim de uma garota. Coitada.

Enfim, após mamãe nos deixar a sós novamente, tratei de esganar o meu querido amigo mais um pouquinho até Baekhyun me dar uma chacoalhada dizendo que era melhor eu ir ao banheiro logo antes que eu inundasse o colchão de mijo. Fiquei todo babão vendo a sua preocupação com meu bem estar e foi minha vez de ser zoado por Sehun. Ficamos implicando um com o outro até eu entrar para o banho, parte que eu ainda gostava de fazer sozinho. Não que um banho com Byun fosse má ideia, mas uma coisa de cada vez. Eu ainda tinha que lidar essas questões sexuais com a minha psicóloga principalmente após entrar em um relacionamento.

Ah sim, foi no meio do banho, quando a água quentinha escorria pela minha perna que eu me dei conta que eu estava num relacionamento amoroso. Senti uma coisa que há tempos não sentia: o desespero. Tremi da cabeça aos pés e comecei a ficar com falta de ar. Era ridículo o medo que me assombrou de repente. Porque uma coisa é você aprender a superar os obstáculos por você, outra é ter mais alguém em sua vida.

Chorei bem baixinho, não queria que nenhum dos dois ficasse preocupado comigo.  Mil perguntas começaram a rondar em minha cabeça: Eu seria bom o suficiente para ele? Eu conseguiria fazê-lo feliz mesmo sendo paralítico? Eu conseguiria fazer sexo com ele? Coisas que aparentemente eram fúteis, mas que afetava de alguma forma um relacionamento.

Precisava urgentemente conversar com a senhora Jung, certamente ela me ajudaria com essas baboseiras que vez ou outra vinham me afrontar. Respirei fundo, lavei bem o rosto e então sai daquele banho que só estava me deixando mais para baixo. O problema é que eu estava bem nervoso e no momento de me arrumar, segurar nas barras que tinham no meu banheiro para vestir a minha cueca, a cadeira foi mais para trás que o programado e eu acabei escorregando com tudo, batendo minha cabeça na privada e as costas na própria Ferrari.

Doeu para caralho e eu dei um grito tão alto que não demorou meio segundo para os dois visitantes abriram a porta com seus rostos pálidos e um desespero presente na voz. Sinalizei que estava tudo bem apesar da dor e eles me ajudaram a sentar novamente na cadeira. Perceba a situação, eu estava peladão e machucado.

Sehun logo subiu minha cueca para deixar a situação menos constrangedora; não que eles já não tivessem me visto nu, mas ninguém gosta de ficar se expondo por ai, ao menos eu não curto muito.  Baekhyun se preocupou com meus machucados e de fato havia algo em minhas costas. Era um corte pequeno, mas estava sangrando pelo que eu vi nos dedos do baixinho. Eu só queria acalmá-lo, então segurei sua outra mão e dei um sorrisinho forçado. Ai para completar a bagunça, chegou minha mãe surtada achando que eu havia morrido e me tornado a nova loira do banheiro.

Quando a senhora Park viu o sangue nas mãos de Byun teve um daqueles chiliques de mãe. Já gritou para minha irmã chamar a ambulância e eu só arregalei meus olhos como quem diz ”pera lá!”.

 

-Calma, mãe, é só um corte. –Tentei acalmar minha mãe, mas ela realmente parecia ansiosa. Foi nesse momento que Baekhyun a puxou para sentar em minha cama, a qual eles já haviam arrumado, e com toda a paciência do mundo a acalmou.

-Não se preocupa senhora Park. –Ele disse segurando a mão de minha mãe. –Chanyeol está bem, foi só um corte, deixa que eu mesmo posso fazer o curativo.

-Não se preocupe senhora! –Sehun me empurrou até o quarto e eu indiquei a ele onde ficava a caixinha para primeiro socorros. –Baekhyun é ótimo com curativos.

-Você tem certeza que está bem, Chanyeol? Você bateu a cabeça? –Mas como uma boa mãe preocupada, ele veio me analisar pedacinho por pedacinho, que vergonha!

-Mãe, mãe! Já ‘tá tudo bem!  Foi só um corte, eu esqueci de travar a cadeira e ela acabou indo para trás.

-Ah, meu filho, você tem que prestar mais atenção! –Levei aquela puxada de orelha.

-Desculpa mãe, minha cabeça estava nas nuvens.

-É por causa da namoradinha? –Que? Ai meu Jesus, minha mãe ainda estava cismada com isso.

-Mãe!

-Vocês acham que eu não escutei é? Tem que contar as coisas para a mamãe... –Ela deu uma risadinha e eu fui ficando todo vermelho. Olhava para Baekhyun e ele ria também, desgraça!

-Aqui está- Chegou o mais alto com a maletinha branca de cruz vermelha.

 

Então o nerdzinho começou a fazer meu curativo com toda a delicadeza do mundo. Eu podia sentir seus dedinhos tomando cuidado para não me proporcionar dor e todo o zelo que ele tinha na hora de espirrar aquele produto que inevitavelmente doeria. Depois ele colocou um pouco de gazes e por fim um esparadrapo. Ai mamãe fez um comentário do qual eu não poderia contrariar.

-Baekhyun é um anjo mesmo! –Disse antes de sair do quarto.

 

Será que ela não poderia aceitar esse anjo como genro?

 


Notas Finais


Quem gostou desse capítulo levanta a mão! Eu particularmente amei escrevê-lo e me deu um "up" que eu estava precisando depois de um mês bem intenso na faculdade. Obrigado a todos novamente, eu amo cada um de vocês.

Espero que continuem comigo até o final e que eu continue os divertindo com a minha fic. Beijos!


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