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História Can this be true? - It's cool cause we're just friends


Escrita por: Loewy

Notas do Autor


To cheia das desculpas, mas meu oc deu um probleminha e só resolveu funcionar hoje, então desculpa de novo a demora, mas pra me redimir estou postando dois capítulos.
Bjonas!

Capítulo 15 - It's cool cause we're just friends


Fanfic / Fanfiction Can this be true? - It's cool cause we're just friends

Terminei de por minhas coisas em ordem, liguei o som, entrei na internet, atualizei algumas redes sociais...

- OMG! 12:45?

Em 15min Nick estaria aqui para um "almoço de amigos" e eu ainda estava de pijama. Tomei uma ducha mega rápida, peguei uma peça de roupa que era meu xodó (https://static1.squarespace.com/static/511b12efe4b0d075328d3e82/561d31ebe4b0a39412500f74/561d31ede4b001f1ad423258/1444753902106/561a6fc55bfa04910a8d2c1d-4.jpg?format=300w) e me virei nos trinta, ou melhor, nos quinze.

- Tio!!!

Gritei do meu quarto.

- Só queria avisa que vou almoçar com o Nick hoje se não se importar...

- Ah, eu também não vou almoçar em casa hoje.

- O QUE?

Fui até onde ele estava pra ter certeza do que ouvi.

- É! Ou só você pode almoçar fora?

- Tudo bem tio, qual o nome dela?

- No-nome? De quem?

- Vamos, fala logo, eu não tenho mais 15 anos sabia? Sei bem quando tem mulher no jogo. São 22 anos de experiência meu querido. *risos*

- Está certo, mais cedo ou mais tarde você iria saber, eu esperava que fosse mais tarde, mas...

- Fala!

- O nome dela é Diana, eu a conheci na locadora de filmes...

- O QUE?

- Chay, não é nada de mais eu prome...

- Quem aluga filme hoje em dia meu Deus? Eu achei que essas locadoras nem existiam mais.

Ele fez uma cara confusa como se pensasse que eu fosse dizer outra coisa completamente diferente. Ele riu e continuou.

- ... Então, como eu dizia, nos conhecemos na locadora e conversamos um pouco, eu a chamei pra sair e bom... O resto você já sabe. Mas não é nada sério, somos só amigos, almoçando como amigos em um almoço de amigos.

- Almoço de amigos? Hmmmmm já conheço essa história.

Eu não havia percebido o quanto soava bobo isso, não é um almoço de amigos se um dos amigos está apaixonado, e meu tio com certeza estava. Bom, mas meu caso é diferente.

*toc toc*

- Ué? Quem será?

Meu tio perguntou.

- Hmmmm será que é a Diana?

Disse de forma maliciosa brincando com ele.

- Não, ao menos eu acho que não, combinamos de nos encontrar num lugar...

- Deixa que eu abro tio.

Abri a porta e me deparei com Nick, e aparentemente muito bravo.

- Como você ousa?

Ele disse entrando em minha casa.

- Oi, eu tudo bem sim e você? Ah desculpe, pode entrar.

Eu disse ironicamente devido a sua entrada super educada.

- Chay, eu tive que descobrir através do twitter que você está indo embora pra Los Angeles amanhã. Sabe como eu estou me sentindo?

- Nick...

- Tchau pra vocês crianças, eu estou indo.

Meu tio saiu fechando a porta em seguida.

- Nick, eu ia te contar, hoje quando fossemos sair. Eu contei hoje pro meu tio também, eu não quis contar antes pra que ninguém me impedisse de ir.

- E se eu não te chamasse pra sair hoje?

- Eu sei lá Nick.

- E pra você nem faz diferença né?

- Nick, eu não estou voltando para o Brasil, você está em L.A quase sempre, por favor, para de drama.

- Ta, tudo bem, não quero discutir... Vamos.

Saímos, entrei em seu carro e seguimos caminho.

- Você está bravo?

- Não... Eu só... Queria que você ficasse mais um pouco, quero dizer, porque agora?

- Porque não agora? Nick, eu preciso tocar minha vida, não quero ficar as custas do meu tio pra sempre, eu sempre fui independente e não vai ser diferente agora...

- Você está certa, estou sendo um pouco egoísta, desculpa. Tenho certeza que vai se dar super bem, vai ser a melhor aluna e já tem um emprego quando se formar...

- Ah tenho?

- Sim, cuidar de mim...

- Que?

- Quer dizer... Da minha publicidade, ah você entendeu.

- Hmm... Isso depende.

- Depende do que?

- Ué, depende de tudo. Amanhã eu sei que vou estar em Los Angeles estudando, mas depois, o futuro, só Deus sabe. Eu adoraria trabalhar com você, mas e se... Sei lá, Zac Efron, Chanin Tatum, os irmãos Hemsworth me chamarem pra trabalhar, eu vejo quem é mais gato, quero dizer, quem paga melhor, qual trabalho vale mais a pena, tudo depende né...

- Os irmãos Hemsworth? Porque só homens? Porque você não trabalha só com mulheres? Elas pagam bem melhor.

- Mas daí não vou poder trabalhar com você.

- Ah mas por favor né, eu sou exceção.

Ele disse se achando, enquanto eu ria da nossa conversa.

- Você não gosta do Liam Hemsworth né?

- Eu? E porque eu não gostaria?

- De todos os nomes que eu falei você só se incomodou com esse nome, e sei lá, ele vai casar com a Miley e você...

- Olha Chay, eu amei, amei mesmo a Miley, e eu já desejei passar o resto da vida com ela, afinal ela foi minha primeira namorada... Mas não era pra ser, e hoje eu não consigo vê-la sem que seja como amiga.

- E "Wedding Bells"?

- É só uma música, eu já tinha escrito a muito tempo, eu só adaptei um pouco, é passado, era como eu me sentia, talvez até senti um pouco no começo quando ela me contou que ia casar antes de anunciar oficialmente. Ela foi meu primeiro amor, meu primeiro beijo e eu não tinha como esquecer isso facilmente. Mas hoje é só história, fez parte da minha vida, do meu passado, mas o que realmente me importa é meu futuro, daqui pra frente.

- Realmente, o nosso primeiro amor a gente nunca esquece.

Olhei para minha mão, talvez um pouco tremula em saber que eu jamais, por mais que eu tentasse, conseguiria esquecer o Nick. Ian foi meu primeiro namorado, nos entregamos muito um pro outro, eu posso sim dizer que o amei, mas foi o Nick que me fez descobrir esse sentimento chamado amor.

- Pronto chegamos...

- Chegamos? Ah, é naquela lanchonete ali?

- Não, aqui mesmo.

Ele apontava para um edifício luxuoso. Logo em seguida entregando as chaves do carro para um cara, possivelmente o manobrista. Abriram a porta pra gente, pegamos o elevador em silêncio, mas não era constrangedor.

- Então Chay, esse é meu cantinho.

Ele disse enquanto abria a porta de seu apartamento.

- Cantinho? Cantinho bem ajeitado esse o seu hein...

Pra ser bem sincera aquilo parecia mais um palácio, ou quase.

- Eu sabia que você gostava de sushi, então...

Ele disse mostrando a mesa cheia de sushi com direito a chef japonês e tudo.

- Eu estou no paraíso.

Ele puxou a cadeira para que eu sentasse e fez o mesmo logo em seguida.

Conversamos sobre assuntos variados, falamos até sobre política, um dos motivos que eu não queria voltar pro Brasil.

- Sei lá, meu lugar é aqui agora, ou pelo menos até eu terminar meu estágio da faculdade, porque aí meu visto vence e tchauzinho América.

- A não ser que você case né?

- É uma hipótese...

        - Ou eu até posso falar com o Obama, afinal a filha dele me ama.

          Ele fez uma pose de galã. Foi muito divertido, eu estava totalmente feliz com tudo, tudo
parecia se encaixar agora.

Começou a chover forte, pensávamos em sair mas ficamos por ali mesmo.

- Então, deixa eu te mostrar meu lugar preferido da casa.

Ele me levou até seu estúdio particular.

- É aqui. Quando eu quero ficar sozinho, quando eu quero pensar, onde eu desabafo. Aqui ninguém entra, ninguém mexe, aqui é meu lugar sagrado.

Eu estava completamente encantada, letras de músicas por todo lado, instrumentos na parede, alguns prêmios. Peguei uma folha qualquer espalhada pela escrivaninha e li em voz alta.

- "Somos algo que se completa, você é o sol e eu o mar, você é a paz que não conseguia encontrar, a luz que iluminou meu lar, o brilho que a escuridão não pode apagar." UAU!!!

- Isso... Isso é só pensamento alheio, nem está tão bom.

Nick's on

Me aproximei para tirar aquele pedaço de papel de suas mãos, e pude sentir sua pele toda arrepiada, toquei em seu braço, o que fez ela arrepiar ainda mais.

- Nossa, tá frio aqui dentro né?

Ela disse tentando descontrair o clima que havia se instalado ali por alguns segundos.

- Você quer um casaco? Eu pego pra você!

- Não, não, tudo bem, estou bem. Mas agora eu quero te mostrar minha parte favorita dessa casa.

- Mas já tem? Aposto que é a cozinha, nunca vi comer tanto...

- O que????? Bom, não posso negar, mas você também tocou no meu ponto fraco, poxa... Sushi é covardia.

Rimos e ela me levou até a sacada, que tinha uma vista perfeita de New York, mas lógico que ficamos do lado de dentro, pois a chuva ainda estava forte.

- Eu amo essa cidade.

Ela disse olhando para a paisagem.

- É! Eu também. Los Angeles nem é tão legal, você deveria ficar, sei lá, só to dizendo.

Eu disse num tom de brincadeira.

- É, tem razão, vou largar tudo e ficar em NY porque você quer.

Ela disse me dando um leve empurrão entrando na brincadeira também.

- Ei, quem você pensa que é pra empurrar Nick Jonas, se liga garota.

A empurrei para a sacada e tranquei a porta de vidro que estava entre nós.

- NICK, PELO AMOR DE DEUS ABRE ESSA PORTA AGORA, OLHA A CHUVA...

Ela gritava talvez com um pouco de raiva, mas só um pouquinho.

- Palavrinha mágica?

- POR FAVOR POR FAVOR POR FAVOR.

- Não é essa, a palavra mágica é: Nick lindo por favor...

- MAS ISSO É UMA FRASE NÃO UMA PALAVRA.

- Ihhhh, é desse jeito que você quer que eu abra a porta?

- NICHOLAS, SE EU FICAR DOENTE A CULPA É SUA, E NINGUÉM VAI CUIDAR DE MIM EM L.A

- Vish, apelou pra culpa. Mas só porque não quero que fique doente sozinha em L.A, olha como me preocupo com você.

Disse meio debochado.

- ABRE LOGO NICHOLAS.

Abri a porta, e ela entrou, totalmente encharcada.

- Vem aqui Nicholas...

Ela me chamava abrindo os braços como pedindo um abraço.

- Ihhh sai fora garota molhada.

- Ah Nick, poxa, amanhã estou indo embora e você me recusa um abraço? Vem aqui vem.

Ela começou a correr atrás de mim, molhando a casa toda.

- Chay você está molhando tudo...

- Aé?!

Foi só eu falar, que logo ela deitou no tapete, no sofá e onde podia.

- Pra você aprender a nunca mais me deixar na chuva, entendeu?

Ela falou tentando ser brava, mas ficou ainda mais fofa.

- Sim senhora *risos*, vou pegar uma toalha pra você.

Saí em busca de uma toalha pra ela se secar, depois a encontrei no meu quarto, olhando para algumas fotos antigas que eu tinha e que marcaram minha vida.

- Essa aqui foi quando eu estava no Grammy, eu tinha 16.

- Sabe onde eu estava com 16?

- Onde?

- Não sei, menos no Grammy, provavelmente com uma prima chata que só vinha na minha casa pra usar as minhas coisas e você estava no Grammy... Isso é loucura.

Ela dizia com um sorriso no rosto ainda olhando as fotos. E em seguida continuou.

- Você faz ideia do talento, do dom que você tem Nick?

- Bem... Eu...

- É sério, não é todo mundo que tem a sorte de nascer com o dom que você tem. O que eu quero dizer é: Você já pensou em fazer algo maior na sua vida? Algo para os outros sei lá...

- Como assim? Eu ajudo as pessoas, participo de várias coisas beneficentes...

- Sim, eu sei, e acho maravilhoso, só que... Bom deixa pra lá.

- Só que o que?

- Só que eu estou morrendo de frio.

- Ah sim, aqui está sua toalha. Vou ver se acho algo que você possa vestir, mas agora é melhor você tomar um banho quente.

- Aaaaaah, a consciência pesou quando eu falei em ficar doente né Jonas?

- Talvez... Agora vai.

Liguei o chuveiro pra ela, deixei toalha e produtos pra ela usar, e um moletom que serviria quase como um vestido. E bom, tive que emprestar uma cueca ou ela molharia a roupa seca ou ficaria sem nada. Fui pra sala, arrumei um filme pra gente assistir e esperei ela sair do banho.

- *cof cof*

Ela apareceu na sala com o moletom até um palmo em cima do joelho, meias brancas até a canela e minha pantufa. Tentei segurar a risada, mas foi inevitável, ela estava engraçada mas da forma mais fofa e linda.

- Para de rir, isso é tudo culpa sua.

- Você tá uma fofa com essa roupa, sério mesmo. Deixa eu tirar uma foto, faz pose.

- Para de brincadeira Nick...

- Isso, faz bico que ficou melhor.

- Agora falando sério, como que eu vou pra casa assim?

- Relaxa, eu tenho tudo sob controle. Já mandei suas roupas pra lavanderia e assim que estiverem prontas, eles me entregam.

- Acho bom mesmo.

Ela sentou do meu lado, se cobriu e começamos a assistir o filme.

Ao decorrer do filme, ela deito com a cabeça em meu ombro e se aconchegou mais perto, eu poderia ficar horas e horas ali, mas em saber que logo ela iria embora e eu não a veria com frequência, aquilo me desanimava. O filme já estava chegando ao fim, ela estava dormindo no meu colo, a levei pro meu quarto e aproveitei que a chuva tinha dado uma trégua pra buscar um lanche pra quando ela acordasse.

Nick's off

Levantei, eu estava no quarto do Nick...

- Que horas são?

Olhei pro relógio era 19:15

- Meu Deus...

Fui até a sala, tinha um bilhetinho do Nick dizendo: " Fui resolver algumas coisas, e pegar um lanche pra gente. Qualquer coisa me liga, volto logo... 

Enquanto ele não chegava fui até o estúdio, tentei não mexer em nada, sabia que ele não gostaria, além de ser falta de respeito. Apenas fiquei olhando tudo de longe, os prêmios, as pessoas importantes que ele conhecer, o evento na casa branca...

- Uau...

Achei um papel amassado no chão, não hesitei em pega-lo e lê-lo.

- What do I mean to you!

A folha possuía apenas o título, o resto dela estava toda rabiscada e apagada, parecia ter feito muitas tentativas e não gostado de nenhuma delas.

- What do I mean to you Nick?

Eu disse falando baixo para mim mesma. Logo em seguida levantei o olhar e ele estava na porta me olhando, tentei me desculpar por ter invadido o "lugar sagrado" dele.

- Ah, me-me desculpa, eu estava só...

- Não tem problema, desde que não tenha mexido na mesa de som eu não te expulso daqui.

Ele disse brincando.

- Mas eu li uma música, quer dizer, mais ou menos, só tinha um título mas, parece que você trabalhou duro em cima dela.

- Qual?

- What do I mean to you...

- Bom, tive uma experiência que achei que poderia dar em uma música, mas não saiu muita coisa... E tipo, só falta essa pra gente terminar o cd, mas pelo jeito vai ter que ficar com uma música a menos.

- E será que talvez eu poderia saber a experiência que te inspirou ou quase te inspirou pra essa musica?

- Não é nada de mais, é só que eu como sempre sou muito idiota sabe? Pulo de cabeça sempre, e a pessoa não queria nada comigo, a gente só ficou, ela me tratou super mal, como se eu fosse um lixo, como se eu fosse um nada, e o bobo aqui tentou se expressar mas sem sucesso.

- Talvez, se quiser me contar detalhes eu possa te ajudar com a música.

- E o que você entende sobre escrever música?

- Ei, não me subestime tá? Eu posso não ter experiência com música e melodia, mas eu sei escrever, eu sei fazer uma rima qualquer como você faz...

- Ei!!!

- Tô brincando, mas não custa nada né?

- Então tá, a gente come, eu te conto tudo e se tiver ideias coloca no papel...

- Fechado.

Ficamos ali por alguns longos minutos conversando e comendo, e até que começou a sair bastante coisa.

- Já sei... Que tal:

"Show me the light

Because the side of the road the devil

Gave you a ride."

- Ótimo! Mas e se for assim?:

"I might believe in Jesus

But show me the light

The side of the road the devil

Gave you a ride."

- PERFEITO... Ai no final você grita: "FUCK YOU RITA", e mostra o dedo do meio pra ela....................... Brincadeirinha, você é muito melhor que isso.

Ele riu com a brincadeira, e então continuei dizendo.

- Não sei você, mas eu acho que ficou demais.

- Olha, quem diria hein... Charllote Saft escreve muito bem.

- Faz parte do meu trabalho.

Falei num tom esnobe e ele riu.

*som de trovoadas e relâmpagos. As luzes se apagam*

- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHH!!!!!!!!!!!

Gritei pela luzes que se apagaram de repente, e não apenas pelo susto, mas porque eu morria de medo do escuro, tenho trauma desde a infância. Segui meu instinto e me agarrei no Nick assim que o encontrei.

- NICK? CADE VOCÊ? POR FAVOR NÃO ME DEIXA SOZINHA.

- Calma Chay, eu to aqui, está tudo bem, foram só as luzes.

- Não Nick, não. É sério por favor não me solta.

Nick's on

Ela estava completamente desesperada, ela tremia de medo, se agarrava cada vez mais perto como se quisesse um refúgio.

- Chay, fica calma, está tudo bem, logo logo a luz volta, foi só um relâmpago.

- Não, você não entende.

Ela falava chorando e me abraçando forte.

- Tudo bem, vou pegar a lanterna do meu celular...

- Não, não, não me solta.

Ela estava inconsolável. Então tomei uma atitude rápida. Peguei-a no colo, a deitei no sofá comigo e a cobri, vários apartamentos pareciam ter sofrido com a falta de energia. Não pedi mais que ela se acalmasse, nem perguntei o porquê de estar daquela forma, só tentei fazer o que estava ao meu alcance para fazer com que ela se sentisse melhor.

- Shhhh shhh shh... Está tudo bem, eu estou aqui.

- Por favor, não me solta, não me deixa Nick.

Ela dizia com a cabeça no meu ombro, virada pro sofá, enquanto eu acariciava suas costas e cantarolava uma música. Aos poucos ela foi se acalmando, os soluços do choro já não eram tão constantes. Ela estava toda encolhida em meu braços, a respiração começou a ficar mais lenta, ela então respirou fundo, e ficou ainda mais perto de mim, se é que isso é possível. Eu me sentia tão bem com ela em meus braços, aquilo parecia tão certo, se encaixava tão perfeitamente. Apesar de estar com as minhas roupas, o cheiro dela predominava eu não sei como eu estava conseguindo me controlar perto dela, talvez por medo de perde-la, mas aquele perfume me embriagava.

Nick's off

Aquele perfume me embriagava, aquelas braços me abraçando, aquela voz ao pé do meu ouvido. Nunca ninguém conseguiu me acalmar como ele fez hoje, toda vez que eu entrava em pânico assim, apenas remédios me acalmavam, e só depois de muito tempo. Eu precisava curar aquilo e o Nick quase fez isso, ele me passava uma segurança que nem eu mesma entendia, mas nem precisava, eu só queria ficar ali, pra sempre.

Eu já não estava raciocinando direito, ter o Nick ali, só pra mim, me abraçando, eu não consegui agir pela razão, meu coração acelerava toda vez que ficávamos tão perto, as borboletas pareciam fazer festa no meu estômago, eu até esquecia de respirar. A única coisa que eu pensei foi que, eu o amava, e podia negar isso milhares de vezes a ele, mas não podia negar a mim. Eu vou sempre sentir por ele algo que nem eu entendo, nem que eu me esforce e já tentei, isso sempre será mais forte que eu e minhas razões.

Dei um beijo em seu pescoço involuntariamente, logo em seguida dei mais um, e mais outro.

- Chay...

- Não fala nada.

Eu sabia que se ele falasse eu me arrependeria depois por deixar de aproveitar aquele momento ou talvez por ter deixado acontecer.

Beijei mais o seu pescoço, subi um pouco dando uma leve mordida em sua orelha, e pude sentir ele se arrepiar. Ele acariciava minha perna, e a apertava com delicadeza.

Até que ele começou a tomar as iniciativas, beijando o meu pescoço até chegar em minha boca.

Nick's on

Apesar dela ter deixado bem claro que queria ser apenas a minha amiga, e talvez ela se arrependesse depois, eu deveria fazer o que era certo, parar. Só que na hora esses pensamentos e o que era certo sumiu da minha cabeça e eu só conseguia pensar que eu tinha ela só pra mim, toda pra mim, e eu não sabia se isso aconteceria outra vez.

A beijei com mais intensidade, mexendo em seu cabelo, brincando com seus lábio. E fomos ficando mais íntimos, mais quentes e deixei que o momento levasse. Tirei minha camiseta, a peguei no colo e levei até meu quarto. Nos beijamos mais e mais, comecei a mexer na fivela do sinto para desabotoar a calça, e ela foi parando aos pouquinhos, e de repente diz.

- Não, eu não posso, desculpa Nick.

- Não pode? Chay, não negue que você sente algo por mim, a gente se gosta, o que tem de errado nisso?

- A questão não é essa Nick, eu só não posso e não quero fazer isso.

Ela apontou pra cama enquanto dizia.

- Isso? Você quer dizer sexo? E porque não? O que nos impede? Como se você nunca tivesse feito isso antes...

- Não!

- Não o que?

- Não Nick, eu nunca fiz isso antes, eu sou virgem.

- Você o que?

- Foi exatamente o que você ouviu, e eu não tenho vergonha disso.

- Mas como? Vo-você é linda, em todos os sentidos e tem 22 anos, como isso?

- Acontece que pra mim sexo não é pra ser feito com qualquer pessoa, a qualquer hora. Sexo pra mim é com a mesma pessoa pra vida inteira, e só depois do casamento. Tudo bem, isso pode ser um pouco antiquado, ou brega mas, eu escolhi isso pra mim, entendo e respeito a opinião alheia, mas isso pra mim é tão sagrado quanto qualquer outra coisa e vou levar até o fim. Eu sei que tem alguém especial por ai, alguém que vou passar o resto da minha vida, e não quero estragar isso por um momento de prazer.

Escutei cada palavra que ela me disse, e me soou tão familiar, tão certo. E eu podia ter feito diferente, mas já era tarde de mais. Eu na verdade nunca pensei naquele anel como um ato religioso, eu pensava exatamente como ela, alguém pra vida inteira, alguém que só pra mim e eu apenas para esse alguém, mas o destino mudou, eu mudei e infelizmente não dava para voltar atrás. Quebrei o silêncio brincando dizendo.

- Ah então é assim? Você vem na casa dos outros, come toda a comida deles, ai se molha na chuva de proósito pra tentar me seduzir, finge ter medo do escuro pra me abraçar...

- Uou uou uou, a parte do escuro eu não fingi coisa nenhuma.

- Então o resto é verdade?

Eu sorri e me aproximei dela ao ver que esse assunto era mesmo sério e delicado pra ela. Ela abaixou a cabeça, levantei seu rosto e olhando em seus olhos eu perguntei.

- Tudo bem se não quiser falar, eu entendo, mas saiba que estou aqui se precisar.

- Não. Eu vou te contar. Já está mais do que na hora de eu superar essa história, além do que você também abriu o jogo todo comigo.

Sentamos na minha cama, e ela começou a contar.

Nick's off

Eu comecei a lembrar de uma das piores noites da minha vida.

flash back on

3:45am algum barulho me acordou, pensei ser um barulho qualquer e não dei muita atenção. Mas então escutei mais uma ou duas vezes, acendi a luz do meu quarto.

- Ahhhhhhh!!!!!

Meu grito saiu abafado por uma mão que tampava minha boca, as luzes se apagaram, minha respiração diminuiu até que eu apaguei. Acordei amarrada na minha cama, seminua e este homem cujo o rosto não pude ver por causa da escuridão. A chuva se fazia cada vez mais forte o que deixava minha tentativa de pedir socorro mais difícil. Eu só desejava morrer ao ser abusada sexualmente. A dor que eu carregaria daquele dia em diante seria horrível, eu preferia morrer ao levar essa lembrança comigo.

flash back off

- Mas graças a Deus, meu pai acordou como ele sempre faz no meio da noite e foi até o meu quarto e conseguiu impedir essa tragédia. Minha mãe começou a gritar desesperadamente o que acordou toda a vizinhança, incluindo um dos meus vizinhos que era policial. Mas infelizmente o homem fugiu. Desde então, sempre que algo parecido acontece me trás a lembrança e eu não consigo me controlar, eu sei que nada vai acontecer, mas esse foi o reflexo que eu criei.

Ele olhava pra mim com um olhar furioso e eu não sabia ao certo por que.

- Chay, eu sinto muito, sinto muito mesmo. Se eu pudesse fazer algo eu juro que faria, se eu encontrasse esse homem acabaria com ele ali mesmo.

Ele me abraçou, deitamos e ali ficamos por um bom tempo, sem falar nada, só sentindo um o outro.

Parecíamos dois adolescentes apaixonados, rindo de piadas bobas como se amanhã não existisse. Olhei no relógio já era passando da meia noite, eu precisava ir.

- Nick, preciso ir, queria poder ficar mas preciso ir pra casa, dar tchau pro meu tio, pegar minhas coisas... E bom, ir.

- Não se preocupa, já dei conta de tudo. Seu tio nos encontrará no aeroporto com suas bagagens.

- Mas..

- Sem mais nem menos. Você disse que queria ficar, agora não tem desculpa.

- E meu tio deixou de boa?

- Come on Chay, não é como se você tivesse 15 anos né, mas eu meio que tive que contar uma mentirinha, mas deixa isso pra lá.

Eu sorri sem graça ao notar que ele fez tudo só pra ficar mais algumas horas comigo.

Ele me puxou pela cintura, colou nossos corpos dizendo.

- Relaxa, não se preocupa que eu vou me comportar, eu prometo.

Nos beijamos, brincamos, rimos, acho que finalmente fui curada, ele me curou me dando tanta lembrança boa que é muito maior que qualquer outra noite de lembrança ruim. E o que era mais insano é que ele ainda era o Nick Jonas, meu ídolo que eu tanto sonhei agora se tornando realidade. Adormecemos, e na manhã seguinte acordei, ele já não estava mais ao meu lado. Levantei da cama, fui até a sala de estar, encontrei ele no telefone falando com alguém, e não parecia contente.

- Não, não está pronto, não está bom... Não, isso é ridículo e não vai vender........ Não, agora não posso, estou ocupado até depois das 3pm.

Ele parecia estressado e nem um pouco satisfeito.

- Nick?

- Oi minha linda, dormiu bem?

- Como nunca!

Dei um sorriso amarelo pra ele e perguntei.

- Está tudo bem?

- Sim, sim, apenas alguns desentendimentos com o novo álbum. Às vezes eu queria largar tudo e seguir com a minha carreira solo.

Ele deu um beijo na testa e me abraçou como se buscasse refúgio.

- Vai dar tudo certo, tá? Se precisar de mim seja pra qualquer coisa eu estarei aqui, ou melhor em L.A, mas você sabe como me encontrar.

Ele olhou profundamente nos meu olhos por alguns longos segundo e me beijou com muita intensidade, o que me deixou quase sem ar.

Parei o beijo rapidamente limpando minha boca, procurando loucamente por um relógio. Incrível como eu perco a noção do tempo quando estou com ele.

- Meu Deus, que horas são?

- 11:30am

Ele responde.

- Sua roupa está lavada e seca em cima do sofá, e eu já pedi nosso almoço. Não quero que se preocupe com nada, apenas em ficar comigo cada minuto possível.

Bom, por mais que eu não quisesse chegou a hora de ir, eu sabia que dali e diante as coisas ficariam mais complicadas, mas eu tentei esquecer isso naquele momento. Ele me levou até o aeroporto, encontramos com meu tio. Não era uma despedida, era um "até logo", mas não deixava de ser difícil, eu já tinha tanto me acostumado com a presença dele na minha vida que voltar agora a rotina de faculdade e estudos sem "contos de fadas" seria difícil.

Fui em direção dele para abraça-lo e talvez um beijo, mas ele deu um paço pra trás.

- Algo errado?

- Desculpa Chay, mas não quero te por em capa de revista ou coisa parecida, e tem paparazzis por aqui.

- Não, tudo bem, eu entendo.

Abracei meu tio pela última vez e acenei pra eles de longe.

Entrei no avião, coloquei meus fones de ouvidos e minha playlist favorita segui caminho até Los Angeles.

Algumas horas depois, o avião pousou e eu finalmente estava na "cidade da fama". Peguei um taxi até o endereço onde era a faculdade, quando cheguei fiquei maravilhada com a estrutura da escola. Estava tão animada pra fazer novos amigos e voltar a fazer o que eu gosto. Apesar de adorar morar com meu tio, eu senti falta de ser independente, meu tio queria fazer tudo pra mim, o que às vezes me fazia sentir inútil, mas agora depende tudo de mim.

- Com licença, pode me informar onde é o quarto 32B por favor?

Uma senhora de idade me levou até meu quarto. Aparentemente eu tinha uma 'roommate' bem desorganizada, não me importo desde que não bagunce as minhas coisas. Organizei minhas coisas no quarto e relaxei um pouco.

*celular toca*

* Nick: hey pretty já chegou? Está tudo bem? Como foi o vôo? Me da notícias... Xx 

Respondi a mensagem dizendo que estava tudo certo e que já estava instalada. Passei meu endereço tudo certinho pra que assim que ele viesse pra L.A a gente se encontrasse.

Esperei que minha colega de quarto chegasse para que eu pudesse conhecer o campus, caso contrário eu me perderia naquele lugar gigante.

*barulho de porta batendo*

- O que é você? Ou melhor, quem é você?

- Ah oi, me chamo Chay muito prazer.

Estendi a mão para cumprimenta-la.

- Ahhh você é a intercambista que veio do Brasil né?!

- Sim, sim...

- Que sotaque fofo. Muito prazer, meu nome é Kimberly, mas pode me chamar de Kim. E então, já conheceu o campus?

- Então, eu estava esperando que alguém chamada Kim pudesse fazer isso comigo...

- Claro, eu ia adorar!

Saímos pelo campus, ela foi uma querida mostrando tudo pra mim.

- E ai brasil? Que curso vai fazer?

- Publicidade e Propaganda.

- Sério? Meu amigo está fazendo esse curso, vou te apresentar pra ele, assim você já se entrosa mais... Ah olha ele ali.

Ela apontou pra um cara alto, loiro, tipo físico beeeeem atraente, ele estava de costas, mas quando se virou.. UAU!!!!

- Hey Josh, pode vir aqui por um minuto por favor?

Enquanto ele caminhava em nossa direção, praticamente em câmera lenta, uma luz que vinha do céu em sua direção, anjos cantando, pombos voando, cabelos ao vento.. Ta, tudo bem, eu exagerei, mas sim, ele era muito gato.

- Chay, esse é meu melhor amigo Josh.

- Oi, Joshua Lawrence, muito prazer.

Ele estendeu a mão com um sorriso lindo no rosto, retribui o gesto e Kim começou a falar sobre mim, que eu vinha do Brasil e bla bla bla.

- Você quer jantar com a gente essa noite? Quero dizer, se não tiver planos, você acabou de chegar e tal não conhece ninguém...

Ele perguntou tentando se explicar.

- Ah, claro eu ia adorar!

- Já sabe a sua aula na segunda?

- Eu ainda estou tentando descobrir a minha sala haha.

- Se preferir posso te acompanhar na segunda.

Kim nos interrompe, passou entre a gente e vai em direção a uma garota, ela fala alguma coisa e logo em seguida a beija na boca. WHAAAT???

- What?

- Oh, acho que ela não te mencionou isso...

- Não, não.. Mas não tem problema, só fui pega de surpresa haha.

- Não se preocupa, ela é a melhor pessoa que eu já conheci, tenho certeza que serão grandes amigas.

- Que curso ela faz?

- Cinema, e ela é muito boa no que faz, a melhor, sem dúvida, Steven Spilber que abra o olho.

Continuamos a conversar, sobre assuntos qualquer, sobre o curso, falei sobre minha vida no Brasil e coisas do tipo. Fui pro meu quarto, relaxei, atualizei algumas redes sociais, falei um pouco com a Pri, rimos e rimos que é só o que sabemos fazer. E foi assim durante o resto da semana, até que estou me adaptando bem, e estou gostando muito.


Notas Finais


Nesse capítulo e o anterior vocês puderam conhecer uma parte do passado deles, que eu juro que não é nada parecido com o futuro, que vai dar um reviravolta muito louca, sem contar que nenhum dos dois conseguiu mantes só na amiz\de, será que isso muda algo? Cola o olho aqui e até logooooooo.


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