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História Can this be true? - Have faith, restart


Escrita por: Loewy

Capítulo 20 - Have faith, restart


Fanfic / Fanfiction Can this be true? - Have faith, restart

Depois de um mês e meio que eu já havia acordado do coma, eu já estava me instalando na nova casa onde meu tio e Diana moravam. Parte de meus pertences já estavam bem colocados no quarto onde eu dormiria, mas não por muito tempo, pois uma coisa dentro de mim não tinha mudado e nem se perdido durante esses dois anos, que eu não nasci para este lugar, eu ia voltar sim para os Estados Unidos e faria tudo o que estiver ao meu alcance para chegar e completar todos os meus objetivos. Eu creio que se eu escapei de um acidente desse e estou tendo uma nova oportunidade dessa, é porque eu ainda tenho uma missão a cumprir nesta terra ainda.
Enquanto eu colocava algumas roupas e objetos pessoas em seus devidos lugares, mexi numa caixa qualquer que tinha escrito o nome Jonas sobre ela, abri e lá avistei grande parte da minha vida. E então aquela dor insuportável me pegou de surpresa mais uma vez vindo acompanhada de um flashback.
Fui logo em busca de meus remédio de dor mas se sucesso eu já havia caído no chão. Logo que acordei pude lembrar de algumas imagens. Eu estava em algum lugar desconhecido, saindo de um bar, eu estava um tanto cansada e com uma aparência triste. E muitos fotógrafos do lado de fora desse bar, que tiraram algumas fotos minhas e fizeram algumas perguntas que eu não pude lembrar. Em seguida, tive a visão de um backstage de um show onde eu ouviu ao fundo a música "Sorry" do Joe Jonas.
Nada fazia sentido pra mim, parecia que eu tinha vivido a vida de outra pessoa. É horrível você não saber quem você realmente é por completo, ou o que você viveu, se você amou, ou ao menos saber se ainda é virgem, ué?! Até então tudo que eu sei é que eu tive um namorado, fazia faculdade, meus pais faleceram, me mudei pra Los Angeles por ter ganhado uma bolsa e deu. E daí alguém passa por mim, me cumprimenta, fala mil coisas e eu não fazia ideia da existência daquela pessoa. Isso é frustrante, extremamente frustrante.
Eu já havia comunicado o meu tio da minha decisão de voltar. Que eu já planejava algumas coisas, mas ele foi bem receoso ao concordar que em algum ponto ele teria que me deixar viver minha vida. Por eu ainda sentir algumas dores e estar sendo acompanhada eu sei que o momento não é agora, mas assim que o doutor disser "ela está pronta" quero estar com tudo pronto e ter certeza que nada me impede de seguir em frente.
Minha vida continuou monótona como nunca. Eu tinha psicólogo duas vezes na semana, eu tinha alguns flashes mas nada muito relevante.  Comemorei meus 24 anos em abril, e sério não lembrar dos meus 23 é muito estranho, muita coisa ainda não se encaixa, eu ainda sem querer respondo pras pessoas que tenho 22, e quando corrijo pra 24 é como se eu soubesse o que elas estivesse pensando “como você confundiu sua idade com 2 anos linda?

Agora dois meses se passaram desde que eu acordei do coma, os médicos diziam que  a minha recuperação tinha sido milagrosamente incrível, que muitos deles não haviam visto algo parecido, o que me encheu de alegria e me deu mais força pois eu sabia que logo logo eu voltaria a minha vida normal.

- Tio?
Esperei um pouco para ver se alguém respondia e logo fiz mais uma tentativa.

− Tem alguém em casa?
Logo ouvi uma voz vinda do quarto do meu tio.

− Sim querida, já vai, estou saindo do banho
Me aproximei do quarto perguntando.

− Sabe onde esta o meu tio?

− Acho que ele foi no banco, por que?

− Nada de mais, só quero conversar com vocês.

Logo que meu tio chegou reuni os dois na sala, eles já percebiam o motivo de eu ter chamado os dois ali.

− Bom, vocês já devem saber o motive de eu chama-los aqui, mais cedo ou mais tarde isso ia acontecer. Já falei com meu médico, psicólogo e melhor amiga, todos eles apoiaram, mas eu preciso principalmente saber de vocês. Eu sei o quanto fizeram por mim, e tudo que precisaram abrir mão ou sacrificar pelo meu bem e eu sou muito grata, mas eu preciso caminhar sozinha agora, eu preciso recuperar esses últimos anos... Então, o que me dizem?

− Eu te dou todo o apoio minha flor.
Diana disse sem hesitar. Já meu tio tinha uma cara não muito boa.

− Minha filha, eu sei que não posso te impedir, e que você tem todo o direito de ir atrás da sua própria vida e fazer suas próprias escolhas, mas também não vou esconder meu sentimento de preocupação. As coisas têm acontecido bem rápido, por muito tempo eu tinha você numa cama de hospital, e praticamente do dia pra noite você está aqui tomando seu rumo, não que isso não seja bom, é ótimo, mas me assusta um pouco ver sua independência acontecendo tão rápido. Você tem o meu apoio querida, contanto que ao menos no primeiro mês você mande mensagem todos os dias, pois não vai ser fácil até eu me acostumar com sua ausência de corpo...
Seus olhos encheram de lágrimas, mas era orgulhoso demais para deixa-las cair, coisa que eu e Diana não fizemos. Então ele continuou.

− Mas por onde eu for você estará presente no meu coração.

Pulei para um abraço nos dois, sentindo que era a hora mais do que certa de seguir em frente, sem ter a mínima noção do que vem por aí.

Tudo já estava preparado, eu já estava pegando meu voo.

-Voo 4970 com destino a Los Angeles CA, embarque imediato no portão 25c.

O aviso se repetiu mais algumas vezes e segui caminho me despedindo mais uma vez de todos que estavam ali e estiveram por todo esse tempo.
Priscilla se dirigindo a mim no nosso ultimo abraço disse num sussurro com uma melodia conhecida por mim.

- “In the city where dreams are made of”.

Olhei pra ela um tanto confusa, não entendi ao certo o porquê de ela citar L.A Baby do Jonas Brothers aleatoriamente. Respondi com um sorriso e segui meu caminho.
Não houve choro algum, pois não era um adeus, eu sabia que os veria em breve.

Meu coração acelerou um pouco ao sentir o avião pousando, não porque eu tinha medo, mas talvez medo do que viesse a acontecer dali pra frente, pois eu sabia que já tinha começado a construir algo naquele lugar, e não me recordar me frustrava muito.  Começar do zero certa parte da sua vida aos 23 anos não seria uma tarefa fácil.
No momento em que cheguei fui procurando um taxi para me levar até meu novo apartamento, eu havia comprado com parte da herança que eu tinha dos meus pais, meu tio bem que tentou pagar uma parte mais não deixei, imaginei que ele já devia ter gasto muito comigo naquele quarto particular em São Paulo.
Cheguei a Glendale depois de quase uma hora de taxi. Sim! Ter que me acostumar ou me reacostumar com a distância de tudo nessa cidade ia me cansar um pouco. Meu apartamento em Glendale era simples, um quarto com suíte sala e cozinha conjunto, banheiro e um lavabo. A localização era boa, tinha de tudo por perto, sem contar que era apenas 30 minutos da minha faculdade e 20 minutos de downtown LA. Se bem que se você tivesse um carro não seria tão difícil o acesso. Já sabia qual seria minha próxima aquisição.
Minhas aulas começavam na segunda e ainda era sexta feira, decidi que iria visitar a faculdade, ver se estava tudo em dia e talvez dar uma passeada pelo campus pra ver se algo renasce na minha memória. E Foi o que eu fiz, peguei minha bolsa, desci para o térreo pra seguir até o Starbucks e pegar um taxi de lá.

- Boa tarde Sta. Saft.

- Boa tarde... hmm...
Pausei ao não saber o nome dele e corar.

- Bob! Sou o síndico.
Ele completou e eu sorri de volta.

- A senhorita vai sair a pé?

- Vou pedir um táxi até a universidade na verdade.

- Sem querer me intrometer, mas tem um carro em sua vaga de garagem já faz alguns dias. Eu assumo ser seu.

Ele afirmou um pouco confuso.

- Tem o que?
Fiquei mais confusa ainda. Ele fez um sinal pra que eu seguisse que assim o fiz. Ao chegar lá tinha um New Beetle branco conversível. Já até imaginei que de quem era aquela façanha.
Peguei um cartãozinho no para-brisa onde tinha as letras garrafais do meu tio escritas: “Eu sabia que você negaria se eu oferecesse por isso decidi faz uma surpresa, enjoy!”

- Seu pai deixou a chave comigo já faz uns 3 dias.
Ele falava me entregando a chave a mim. Peguei agradecendo com um sorriso sem tentar explicar que ele Tio Zeca não era meu pai, pois teria que explicar a historia toda, e eu estava com um pouco de pressa.
Entrei em meu mais novo “bebe” e dei partida em direção a universidade não demorando muito até chegar na mesma.

- Realmente, um carro faz toda a diferença.
Pensei alto enquanto passava pelo corredor até chegar à sala do Reitor Rivers.
Depois e conversamos tudo o que era necessário sobre concluir minha carreira acadêmica, ele me fez a seguinte pergunta.

- Você realmente não se lembra de nada?

 Fui pega de surpresa, para mim era realmente a primeira vez que via aquele homem na minha vida, e como eu já deveria esperar não era o mesmo pra ele, eu já deveria estar pronta para enfrentar perguntas como essas, a única resposta que me veio a mente e que antes que eu pudesse segura-la já havia saído.

- Desculpa.

- Não, desculpa a minha ignorância, é só difícil de acreditar que depois de tanto tempo... Bom... Você sabe...
Ele parecia tentar encontrar as palavras certas mas sem sucesso algum.

- Tudo bem, nem eu mesma acredito que se foram quase 2 anos.

- Qualquer apoio psicológico, espiritual, ou seja, lá o que precisar saiba que a Universidade te apoia e está incluído na sua bolsa.

- Obrigada Sr. Rivers.
Ele assentiu e segui caminho virando a esquerda no corredor em direção à saída até que algo me parou, eu diria que até propositalmente, pois aquela cena de papeis se espalhando pelo chão e um loiro alto pedindo desculpas se abaixando para me ajudar a pegar o que estava espalhado pelo chão, me pedindo desculpas com aqueles olhos azuis brilhando estava tão clichê quanto qualquer comedia romântica.

- Desculpa, estou muito distraído hoje. Meu nome é Josh Lawrence e você?

- Charlotte Saft.
Bom se ele estava disposto a fazer aquela cena toda pra saber meu nome porque não ir adiante? Puxei conversa.

- Então Joshua...

- Josh, por favor.
Ele me interrompeu antes de completar minha pergunta, então continuei.

- Então Josh, você estuda aqui?

- Na verdade eu já me formei, agora sou meio que um tutor.
Ele terminou com um sorriso que me fez sorrir também. Caramba, ele era muito gato e estava me dando mole? É isso mesmo? Já estou gostando desse lugar, pensei comigo mesma com um sorriso bobo na cara que com certeza ele notou.

- De qual curso?
Continuei.

- “Communication and Journalism” e você cursa o que?

- Advertasing e Marketing.

Ele deu um sorriso mais lindo que o anterior como se fosse possível e olhou para baixo, olhando de relance para mim novamente logo em seguida.

- O que foi? Perguntei.

- Esse curso não existe mais, quero dizer, ele só mudou de nome e campus. Todos os cursos de comunicação são feitos no campus Annenberg, posso te mostrar se quiser...

- Hm detalhe importante que o Sr. Rivers se esqueceu de mencionar.
Comentei acompanhando seus movimentos até onde ele me guiava.
Acho que tirei a sorte grande, ou talvez não, ter um “instrutor” como ele talvez me distraísse às vezes, mas eu sabia por que estava ali e não perderia meu foco. Depois de ter me mostrado as salas e tudo o que eu tinha direito, me levou até a saída.

- Então, essa é a sua grade do semestre, e fique ciente de qualquer dúvida, qualquer coisa que precisar pode me chamar, eu sei como deve ser difícil, recomeçar numa universidade em um país diferente, com pessoas que você não conhece depois de tudo que passou e..

Antes que ele pudesse terminar, várias coisas surgiram em meu pensamento em relação aquela ultima frase por ele dita “depois de tudo o que você passou”, o que ele sabia?

- Como assim? “Depois de tudo o que eu passei”?

Ele teve uma expressão um tanto assustada, parecia ter falado demais e agora eu queria entender.

- Bom é que... Então, eu preciso conhecer um pouco de cada aluno que vou ter contado, e bom, seu caso não nem um pouco comum então eu queria ter um pouco mais de conhecimento pra também saber como lidar.

Ok, aquilo fazia sentido, ele não poderia ser alguém que eu não lembrava poderia? Isso era o que eu temia. Voltei pra casa, tentei organizar o máximo de coisas possíveis, pra estar tudo em dia até segunda feira.



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