História Can this be true? - Just Hold On

Nick’s On

O último ano foi complicado, planejando e criando muitas coisas novas pra essa minha nova fase na carreira, já tinha lançado alguns singles, estava preparando meu próximo trabalho para ser lançado em Julho. Terminei meu namoro de quase 2 anos, o que não foi fácil mas me rendeu boas músicas, mas nada se compara ao acidente, aqueles dias foram terríveis, e me lembrar só abre mais essa ferida que parece nunca cicatrizar. Assim que eu soube que ela estava no hospital, peguei o primeiro voô pra NY pra vê-la. Lembro exatamente cada detalhe dela deitada naquela cama, pálida, vários cortes sobre seu rosto e por toda a parte do seu corpo que estava descoberto. A visitei algumas vezes, minha ultima visita foi em seu aniversário, há quase um ano, seu tio me disse que estavam voltando para o Brasil, ela não tinha permissão legal para permanecer no país mais, sem contar que os custos lá seriam bem mais viável no momento, aquela era talvez a última vez que eu a veria. Eu queria poder ter a visitado mais, o tio dela pediu pra que as poucas vezes que eu viesse eu fosse discreto, ele não queria chamar a atenção da mídia e muito menos eu. Lembro-me bem da última vez que a vi.

*Flashback on*

- Nick, não posso mais deixar que faça isso, nem consigo nem conosco. Você sabe que o estado dela é grave e muito imprevisível, não pode se prender a algo tão incerto. Eu não tenho mais nada, eu posso esperar ela escolher o que ela quer, mas você tem toda uma vida, então a esqueça, pois se ela um dia acordar não é garantido que ela vai lembrar-se de muita coisa. Só estou repetido pra você o que eu já disse também ao Josh...

- Josh?

- O ex-noivo dela.

- Ah claro.

- Sinto muito, isso é doloroso para todos nós, mas é a coisa mais sensata a fazer.

- Posso me despedir?

Ele assentiu. Fui até ela, dei um beijo em seu rosto, senti uma lágrima escorrer, ela estava quente, sentir isso me trouxe uma leve esperança. Deixei a pulseira que havia encontrado naquela noite em Vegas, e que eu tinha dado em seu aniversário embaixo do travesseiro. Espero que guardem pra ela.

*flashback off*

Eu estava terminando meu mais novo álbum “Last Year Was Complicated” junto com Jay-Z, acho que este era um dos álbuns onde eu coloquei muito sentimento. Seria lançado dia 24 de Junho, mas, alguns singles eu já havia lançado, o próximo e talvez o mais especial pra mim era ‘Chainsaw’. Desde A little bit longer que não fico tão sensível e vulnerável por um trabalho que fiz. Eu não contaria a ninguém o significado da música, as pessoas mais próximas a mim sabiam, mas eu não diria a mídia, não permitiria que invadissem tão fundo o meu coração, e não permitiria que soubesse da nossa história, era a única coisa que eu tinha dela, a nossa história, e eu queria que continuasse a ser algo só nosso, por mais que talvez tivesse chegado ao fim. Quem sabe um dia eu conto quem ela foi em minha vida, quem sabe daqui alguns anos eu conte para meus filhos o que um dia eu senti, quem sabe eu conte aos meus netos que nem toda história de amor tem um final feliz. Quem sabe?

Nick’s Off

Eu já estava me acostumando com a rotina universitária, e desde que cheguei tenho tido sonhos estranhos, talvez lembranças tentando se manifestar, o problema é que eu nunca lembrava, apenas durante o dia vinham flashes em minha mente e eu nunca sabia diferenciar o que era, se eram memórias, se era apenas meu subconsciente trabalhando, o que eu sei é que de certa forma, aqui, estou recuperando parte de mim.
Mesmo depois de duas semanas, eu não havia feito amizade alguma, não sei o que as pessoas tinham contra mim, principalmente as meninas, cheguei a ouvir uma delas falar que o “Sr. Lawrence” dava mais atenção a mim do que a outros alunos, algumas delas eu vi se jogar em cima dele e ele nem ai para os super decotes, confesso que concordo com essa ‘atenção’ que ele me dava, mas eu gostava, mas se isso for comprometer meu desenvolvimento acadêmico eu pediria pra ele se afastar, e foi o que eu fiz.

- Tudo bem, eu entendo, mas então posso te pedir uma coisa?

- Claro.

- Você sabe que não é só pelo o que aconteceu contigo que eu quero ficar perto de você, e bom, você de certa forma corresponde...

- Onde você quer chegar Josh?

- Onde eu quero chegar é, eu paro de te dar essa “atenção” desde que fora de Campus eu possa ter toda a sua atenção. O que eu quero dizer é...

Eu estava entendendo onde ele queria chegar, não sei como as leis daqui de professores e alunos funcionam, ele não tinha nenhum poder sobre as notas dos alunos, ele apenas auxiliava e dava uma ajuda maior a quem precisava, e engraçado que só as garotas precisavam, mas eu nunca o procurei, e mesmo que fosse errado, eu ainda gostava, eu estava procurando uma certa aventura, ou talvez um escape dessa rotina chata e eu ia sim deixar acontecer e ver até onde chegasse, se isso fosse prejudica-lo eu não deixaria, mas acho que ele sabia onde estava se metendo.

- ... Eu gosto de você e queria te conhecer melhor.

Eu sorri, tirei uma caneta da minha bolsa e escrevi meu número em sua mão. E antes de sair dei um beijo em seu rosto e perguntei.

- Isso não vai te causar nenhum problema?

- Mesmo que cause, vale a pena o risco.

Ele sorriu lindamente e segui meu caminho com um sorriso de orelha a orelha. Senti meu celular vibrar e sorri mais um pouco como se fosse possível com o que estava escrito.

“Sexta às 20hs The Nice Guy.”

Olhei para trás, pois ele ainda estava em meu campo de visão respondendo com um olhar.

 Nick’s On

Chainsaw estava pronto para ser lançado, e o dia seria amanhã, dia 14 de maio de 2016. Chamei alguns amigos pra comemorar o lançamento desse trabalho que pra mim não foi nada fácil expor para o mundo assim. Eu já estava me preparando para as perguntas de sempre, e como eu sempre fiz, desviaria o assunto, ou diria apenas o necessário.
Terminei de me arrumar, peguei meu charuto e as chaves do carro e fui me encontrar com o pessoal. Cheguei, pedi minha reserva num canto mais reservado que tinha visão de quase todo o restaurante, antes de me sentar tirei foto com a recepcionista, que com certeza era nova, pois eu estava sempre naquele restaurante e não costumavam mais pedir por fotos. Fui até a mesa, Jordan e Megan já estavam lá, pedi uma bebida até esperar o Joe chegar. A propósito, eu e Joe estávamos morando juntos, mas quase não nos encontrávamos. Assim que ele e a Gigi Hadid terminaram ele se mudou, e é a primeira vez em muito tempo em que nós dois estamos solteiros, estava sendo legal ter ele por perto. Recebi uma mensagem de texto dele dizendo que não poderia ir, mas que depois comemorava comigo, não disse o motivo, também não perguntei.
 Demi esteve presente em partes do desenvolvimento desse álbum, foi então que decidimos fazer uma turnê juntos, as coisas já estavam se encaminhando. E a turnê já tinha um nome e patrocinadores também, já tínhamos feito alguns shows por perto, mas ainda tinha muitas datas a serem fechadas e resolvidas, estava bem difícil conciliar a nossa agenda, por isso que ela também não pode vir hoje. Aproximamo-nos muito mais agora, não sei por que, não que não éramos antes, mas nos víamos muito pouco. Na verdade sempre que eu namorava ela se afastava de alguma forma que eu não entendia e também nunca quis perguntar, ou talvez era apenas coincidência.
Eu já estava na minha quinta taça de vinho até algo no canto esquerdo perto do vidro tomar toda a minha atenção, e eu já não sabia o que era real ou talvez um devaneio perturbador. Eu sei que eu vi o ex-noivo dela, Josh, acho que era isso, Joshua Lawrence, e ele não estava sozinho, e essa foi a parte perturbadora. Eu pisquei meus olhos algumas vezes, olhei para minha taça conferindo se estava tudo certo, quem estava na mesa comigo parecia não notar minha reação, até porque seus olhos estavam fixos naquela pequena tela de celular que no momento eu agradeci. Eu não podia sair de lá sem ter certeza do que vi, eu com certeza nem dormiria aquele dia. Logo já pedi a conta, dei a desculpa que estava cansado e iria pra casa, me despedi deles e esperei na mesa mesmo até que houvesse a oportunidade de falar com ele, o que não demorou muito até que ela fosse ao banheiro, eu imagino. Fui até mesa com rapidez e sem perder um segundo, a reação dele não foi a melhor, mas eu já esperava.

- Josh?

O chamei tendo sua atenção. Ele me olhou assustado, então continuei.

- Eu...

Ele não deixou nem que eu continuasse e começou a falar.

- Por favor, só toma muito cuidado, não tenho direito de impedir nada, eu imaginei que uma hora ou outra você a veria...

- Mas como você sab...

- Nick Jonas, aqui não é hora nem lugar, a gente pode se encontrar pra conversar, esse é meu número...

Recusei.

- Não preciso disso, eu vou esperar ela ir embora, porque vamos conversar sobre isso hoje.

Ok, eu sabia que dali não demoraria muito, já tinham pedido a conta e ele sabia que eu não sairia dali sem falar com ela, sem saber porque não me ligou, não deu notícias assim que se recuperou.

- Nick você não pode estar aqui quando ela voltar.
Ele disse como se tivesse alguma autoridade sobre ela e aquilo me incomodou.

- Você não diz o que eu devo ou não fazer, eu não saio daqui sem que ela me de alguma razão por não ter vindo falar comigo e estar aqui com você.

- Você não entende, por favor, eu prometo te contar tudo, só me escuta.

O que fosse que ele teria pra me falar pareceu sério, então fiz o que me pediu. Ele a acompanhou até o carro, se despediu, esperou até que ela saísse e então voltou até onde eu estava. Não enrolei, fui direto ao ponto.

- Como você sabia? Como ela está aqui? Desde quando? Por que eu não soube?

- Calma, eu vou explicar.

Ele fez sinal para o garçom e pediu uma bebida, eu recusei, precisava estar completamente são para entender o que estava acontecendo ali.

- Desde que ela voltou para o Brasil eu tinha perdi todo o contato com a família, exceto pelas redes sociais. Eu não sei quando ela acordou, também não falei com o tio dela, mas assim que eu vi que ela havia acordado do coma, não achei que eu tivesse o direito de fazer nada escondido do tio dela, eu também queria saber como ela estava fisicamente. Então eu consegui falar com ele, e...

- Continua, por favor...
Aquilo estava me matando.

- Ela perdeu a memória.

- O que? Mas.. Como? O quanto ela perdeu? Me diz que ela lembra...

- Ela não lembra, e é por isso que eu disse pra tomar cuidado. Eu falei pro tio dela que eu a encontrei “acidentalmente”, mas na verdade quando eu vi que ela tinha acordado e falado que voltaria a primeira coisa que fiz foi pedir pra trabalhar na universidade, eu sabia que era a única chance de naturalmente vê-la. Então, ele me falou sobre a memória dela, e que ela perdeu tudo até os primeiros dias que ela chegou aqui. Ela não lembra de mim, e graças a Deus não lembra de você também.

- O que você quer dizer com isso?

- Você sabe que não é o melhor pra ela Jonas.

- E você sabe o que é melhor pra ela?

Questionei indignado com a ousadia dele de achar que sabe o que é melhor.

- Nick Jonas, eu não te conheço, não além das revistinhas e sites de fofocas mas, você não está disposto a..

- Correto, você não me conhece, e que fique claro, isso não é um jogo, eu não vou disputar nenhum lugar na vida dela nem com você nem com ninguém, não quero forçar nada e muito menos começar mentindo pra ela como você está fazendo. E se algum momento ela lembrar? O que você vai fazer? O que ela vai pensar? Eu não precisei procura-la, aconteceu, aqui, agora, eu vou deixar assim, nas mãos de Deus.

- Igualmente Nick Jonas, isso tão menos é um joguinho pra mim quanto pra você, mas eu vou tê-la, pelo simples fato de que ela ainda me ama, e hoje só mostrou isso.

- Se você acha que eu vou cair nisso, vai ter que tentar melhor irmão.
Saí dali com um sorriso de orelha a orelha, que apesar da minha cabeça estar a mil, eu sabia que essa era a minha chance, a nossa chance, e dessa vez eu sabia bem o que fazer.

Eu sabia que mais cedo ou mais tarde eu a encontraria, mas a ansiedade estava me matando, minha vontade era ir atrás dela agora mesmo e recuperar todo esse tempo. Eu só tinha que ter certo na minha cabeça que eu seria 100% honesto com ela desde o começo, mas é claro com muito cuidado, eu sabia que a situação ainda era muito delicada.

Nick’s off

- Nossa, já é meio dia?
Falei a mim mesma vendo o tanto que dormi. Sempre que eu durmo tanto é porque sonhei e a última noite não foi diferente, mas foi bem, bem estranho, talvez não fosse tão estanho se fosse alguns anos atrás, mas para a situação de hoje foi algo completamente aleatório. Sonhei com o Nick Jonas dos Jonas Brothers. Antigamente e uma das ultimas memórias que tenho foi do show que fui, lembro-me de ter ido para o bar, lembro-me de ter perdido meu celular e ele ter me entregue, logo depois o acidente dos meus pais, depois a minha bolsa pra estudar em LA, mas antes fui passar um tempo na casa do meu tio em New York, e logo em seguida tudo escurece não me lembro de mais nada, tenho certos flash, mas nenhum deles faz sentido e não sei muito bem diferencia-los, e esse sonho que tive noite passada só me deixou mais confusa. Sonhei que estava em NY com o Nick, estávamos passeando por vários pontos turísticos, até que chegamos à estátua da liberdade, depois eu me lembro de esta chorando, mas não lembrava pelo qual motivos. Várias imagens dele, e cenas diferentes apareceram em minha mente, mas sem nenhuma conexão, sem entender peguei meu celular e liguei para o meu médico para esclarecer qualquer dúvida. Ele me disse que é algo muito relativo, pode ser tanto memórias quanto apenas meu subconsciente, e que certas coisas eu vou ter que aprender a diferenciar sozinha.

Era domingo de manhã, o dia estava lindo e fresco, decidi dar uma caminhada pelas redondezas, coloquei minha roupa de academia (https://br.pinterest.com/pin/16184879890840342/), coloquei na minha playlist favorita e sai em direção ao Starbucks, meu ritual de cada manhã. Cheguei lá o atendente já até tinha decorado meu pedido, assim que ficou pronto peguei meu copo de café e saí. Fui em direção a West Hollywood onde encontrei um parque chamado Griffith Park e aproveitei para fazer uma pausa. Haviam varias pessoas deitadas na grama, outras fazendo piquenique, famílias passeando, cachorros brincando, e aquilo me trouxe uma paz, uma tranquilidade como se nada tivesse dado errado antes. Sou acordada de meus pensamentos ao sentir um cachorro lamber meu rosto, abri meus olhos e me deparei com um lindo Golden Retriver pedindo pra brincar e vejo seu dono logo atrás não muito preocupado, mas vindo pegar seu cachorro, não consegui ver seu rosto de primeira já que o sol se fazia forte o que fez minha visão embaçar, até que o ser humano fez sombra e pude reconhecer quem era.

- Oh, me desculpe, ele não costuma fazer isso...

Nick Jonas? Eu não posso acreditar, será que esse mundo poderia ser menor, e eu sonhei com ele ontem. É de Deus esse negócio ai viu?! Okay, vamos acalmar essa fã que estava adormecida há anos ai, vamos lá Chay, você tem 24 anos, haja como tal.

- Sem problemas, eu amo cachorros, não é mesmo grandão?!

Respondi com um sorriso fraco.

Nick´s On

Nunca agradeci tanto por ter o Elvis na minha vida, eu já o amava, agora então nem preciso comentar. Ele estava tranquilo caminhando comigo, coisa que eu não fazia com ele já fazia tempo, tinha decidido naquela manhã caminhar um pouco e por as ideias no lugar, depois que eu soube que ela estava na cidade não foi nada fácil conseguir dormir. Elvis deve ter sentido um cheiro família e foi onde ele a encontrou.

- E parece que ele gostou de você também!

Continuei o assunto. Ela sorriu de volta. E como eu senti falta disso. Alguns segundos de silêncios se estabeleceram até ela desviar sua atenção do Elvis até mim.

- Você é o Nick Jonas né?

- Sim haha e você é?

- Ah, claro, desculpa...

Ela estendeu a mão para cumprimentar.

- Me chamo Charlotte Saft, ou só Chay mesmo.

Cumprimentei-a, e pude ouvir um resmungo baixo mas não entendi o que ela teria dito.

- Desculpe o que disse?

- Nada não, é que... Óbvio que você não vai lembrar, mas já nos conhecemos há alguns anos atrás em um show dos Jonas no Brasil.

Ela pausou talvez esperando uma reação minha mas deixei ela falar pra ver até onde se lembrava.

-Te acompanhei até um bar... Não lembra? Depois perdi meu celular no hotel e você me entregou no aeroporto... ? Nada? Tudo bem, é claro que você não ia lembrar...

Lembro mais do que você imagina, pensei comigo mesmo.

- Na verdade eu lembro sim. Como poderia esquecer?

- Tá brincando? Já faz anos isso. Que incrível! Ah... Desculpa minha empolgação, é que eu sou uma grande fã dos Jonas Brothers.

- Você sabe que a banda acabou não sabe?

- Sei sim, infelizmente né...

Continuamos a conversar e caminhar juntos, eu ouvi todas as histórias dos Jonas pela segunda vez, estava me sentindo naquele filme “como se fosse a primeira vez”. Mas tê-la ali parecia algo de um sonho que eu acordaria logo, confesso que já estava me acostumando de não te-la mais em minha vida.
A convidei para almoçar comigo, eu não perderia aquela oportunidade. Mas eu tinha que ser muito cuidadoso, se paparazzis aparecessem em algum lugar e tirassem uma foto nossa, poderia estragar tudo, eles iriam publicar que estávamos nos vendo “de novo” ela iria ver e pesquisar e sabe lá o que poderia acontecer, mas eu iria contar tudo pra ela o mais breve possível, eu prometi que jamais mentiria para ela de novo.

- Acredite, eu já sofri muito pelos Jonas Brothers.

Ela terminou de contar sua última história acredito eu.

- E você, está fazendo o que por aqui?

- Estou terminando meu curso de marketing na USC, na verdade já era pra eu estar formada, mas às vezes as vida te da umas surpresas que atrasam alguns planos.

- Ou ela te da novas chances.
Ela sorri olhando para a tela do seu celular.

- Esperando a ligação do namorado?

- HAHAHA Típica indireta para saber se eu tenho namorado, esperava um pouco mais de você Nick Jonas. Mas não, não tenho namorado, só estava vendo as horas mesmo.

- E eu só estava tentando achar uma forma de te pedir pra almoçar comigo sem levar um fora, acredite, este rostinho lindo já levou muitos foras.

- Não me diga que você está solteiro Nicholas Jerry Jonas...

- Pois é né.

- Se ‘’wedding bells’’ não conquistou a Miley de volta, nada vai.

Eu não entraria no papo Miley Cyrus com ela mais uma vez, então ignorei a abordagem dela no assunto, mas achei engraçado o interesse dela em saber se tinha alguém em vista.

- Acredite, quem eu quero conquistar não faz ideia disso, e já escrevi música pra ela tmbém.

- Típica síndrome de Taylor Swift ai.

Eu sinceramente ri com aquela piada.

- E eu posso saber quem seria essa mulher de sorte? Confesso ser um dos meus maiores desejos ter uma música inspirada em mim.

- Você vai saber, não se preocupe.

- Uau, você confia em mim? Quem garante que não vou contar pra uma revista de fofoca?

- Eu sei que não vai.

- É, não vou mesmo.

Ela me deu um sorriso tão lindo que fiquei alguns segundos encarando e percebi que foi meio estranho e ela ficou sem graça, disfarcei e perguntei qualquer coisa.

- Está de carro?

- Não, estou a pé por que?

- Porque meu carro está a 2 quadras daqui, só preciso levar o Elvis na casa de um amigo porque infelizmente meu condomínio não aceita cães, e já podemos ir almoçar, tudo bem pra você?

- Vamos almoçar no seu apartamento?

- Se você não se importar, eu só não queria correr o risco de tirarem fotos nossas, não que eu não queira ser visto com você, é mais por cuidado de não te expor, acredite, você não quer passar por isso no primeiro encontro, talvez no décimo primeiro.

- Encontro?

- Almoço entre amigos que acabaram de se conhecer no parque acidentalmente, ou sei la como você quer chamar.

- Você faz isso com todas suas fãs Nick Jonas?

- Não, na verdade eu nunca faço isso, e você ser uma fã é só u extra dentre todas as suas qualidades.

- Qualidades? Vai sonhando, quando você realmente me conhecer te garanto que vai querer retirar o que disse.

Percebi que ela estava com uma expressão um tanto diferente.

- Algum problema?

- Nada, só que não imaginei que se algum dia eu fosse almoçar com o Nick Jonas eu iria estra vestida assim.

- Você está linda! O máximo que pode precisar mais tarde é e um casaco, mas te empresto um meu.

- Por que eu sinto que te conheço há anos?

Eu sorri ao ouvir isso e ela correspondeu logo em seguida entrando no carro.

- Onde é o banheiro?

- Logo ali a direita.

Aproveitei que ela foi ao banheiro e fiz nosso, pedido.

- E ai? O que você tem feito?

Ela puxou assunto enquanto eu arrumava a mesa.

- Lançando um álbum de sucesso e você?

- hahaha muito engraçado, eu tenho sido atacada por cachorros aleatórios em parque e meu maior dilema no momento é o que vamos comer e me perguntando incessantemente o que fez você me trazer aqui na sua casa, estou tentando achar alguma câmera ainda.

- Você que é engraçada. - sorri fraco - Eu pedi sushi, sei que você gosta...

- Como sabe que eu gosto?

Ela me cortou e eu logo percebi o que fiz, mas tentei disfarçar.

- Ué, quem não gosta de sushi? E eu te trouxe aqui porque você parecia meio perdida né? Sem amigos, sem casa, sem comida, às vezes a gente faz umas caridades pelo bem da sociedade não é mesmo.
Falei num tom sarcástico o que a fez rir.

- Tá cheio da graça né, então me conta mais sobre esse álbum de “sucesso”.

Ela colocou aspas no sucesso com as mãos.

- Se chama Last Year Was Complicated, é sobre um ano que foi bem complicado...

- Ah sério?!

- Posso continuar? - ela assentiu com a cabeça rindo baixo - Terminei um relacionamento talvez não da melhor forma e eu achei que a tinha perdido pra sempre, toda a transição que tive que passar desde o termino da banda, vários problemas pessoas que eu precisava aprender a lidar, inclusive estou fazendo um mini documentário retratando cada passo importante que tomei até finalizar o álbum, que foi lançado semana passada a propósito.

- Uau. Ela deve ter sido alguém muito importante.

- Ela é!

- E porque não deu certo? Prometo não contar pra ninguém, talvez se me pagarem bem pra uma revista de fofoca.

Um relâmpago soou forte e ela deu um leve pulo da cadeira. Dei uma risada e continuei.

- Não deu certo porque ela foi embora, e não me avisou, não se despediu, paramos de nos falar completamente e era como se ela não existisse mais.

- Porque ela faria isso? Porque alguém faria isso afina de contas?

- Não sei, você pode perguntar pra ela um dia.

- Eu conheço?

A campainha tocou e eu dei graças a Deus por não ter que responder aquela pergunta aquela hora, não queria mentir, mas também não podia falar a verdade, ao menos não agora. Voltei com o nosso almoço e ela não voltou no assunto.

- Eu gosto de LA justamente porque não chove mas olha isso.

Ela aponta pra minha sacada que não era mesma de NY mas me fez lembrar aquela noite do apagão, e eu sorri involuntariamente, devia estar com cara de bobo.

- Que foi?

Ela questionou minha expressão.

- Nada, só que ás vezes uma chuvas pode te trazer melhores lembranças do que você imagina.

- É, talvez... só que eu não tenho lembranças boa de tempestades como essa, na verdade não tenho muito lembranças em geral.

- Como assim?

- Nada não. Quanto foi o sushi?

- Não!

- Nick, a gente vai dividir.

- Já disse que não, eu te convidei aqui e já paguei e não foi nada.

- Não sei acostume Nicholas porque eu não sou dessas.

- Sei bem como você é.
Sussurrei em um tom que só eu mesmo pude escutar.

- Acho que já está na hora de eu ir embo.... AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!!!!!!!!!!!!!!!

As luzes se apagaram. E estava acontecendo tudo de novo. Confesso que eu poderia ter planejado tudo isso mas não, eu estava realmente tendo minha segunda chance.

- SHHH... shhhhhh... Calma linda, vem cá comigo.

Puxei-a pra perto do meu corpo e a abracei da forma mais gentil e amável possível, eu não acredito que eu tinha ela ali, de verdade, depois de tanto tempo. Que covarde, como pude ter aceitado que ela fosse embora tão fácil? Como em algum momento pude pensar que não valia a pena? Independente de qualquer coisa, teria feito tudo de novo se nosso caminho no final sempre se encontrasse.
Sua respiração começou a diminuir, imaginei que ela estava se acalmando, mas logo senti seu corpo amolecer e quando vi ela já estava completamente desacordada em meus braços. Liguei pra ambulância com rapidez, pedi para que fossem discretos, não queria nenhuma foto disso em lugar algum, eles chegaram rápido e eu a acompanhei até o hospital, contei ao médico o que havia acontecido, contei sobre a sua memória e que ela ainda está se recuperando de um grande trauma, imaginei que só poderia ser isso.

Depois de algumas horas de espera o médico veio me dar o diagnóstico, disse que o desmaio foi por conta de uma dor forte exatamente no local da fratura, o que provavelmente foi causado por alguma memória dolorida.

- Ela tem parentes aqui?

- Não, só eu!

- E quem vai pagar pelas despesas dela?

- Eu vou, o Sr pode deixar ela no meu nome. Algum medicamento, restrições, algo que eu precise fazer?

- Contatei o médico dela no Brasil, ele esta acompanhando os remédios e tudo mais então a única coisa que eu posso receitar é que ela descanse as próximas 48 horas. Isso é normal acontecer no caso dela, se vier a se repetir só espere ela acordar naturalmente e de no máximo um chá calmante ou algo do gênero. Ela é sua namorada?

- É sim!

Nick’s Off

 

-Ela é sua namorada?

Ouvi o senhor perguntar.

- É sim!

Aos poucos fui acordando, um clarão invadiu meu olho, olhei para o lado e o encontrei sentado na poltrona com a cabeça escontada no mesmo dormindo.

- Nick?

Ele se levantou devagar com um sorriso lindo e um olhar sonolento.

- Oi minha linda, como você está?

- O que está acontecendo?

- Você desmaiou.

- Nick, eu preciso te contar uma coisa.

- Não, EU preciso te contar uma coisa. Chay, eu sei do seu acidente, eu sei bem quem você é, eu conheço os seus gostos, sei a cara que faz quando está zangada, sei quando mente, sei que ama sushi, sei de sua história, eu também sei sobre o Josh, sei que foram 2 anos, sei que muitas vezes eu menti pra você e sei que também prometi que não faria mais isso e por isso estou aqui te contando tudo. Espero que isso não prejudique sua recuperação, mas acredite em mim, por mais que eu quisesse ter feito parte e ter estado ao seu lado nesses dois últimos anos, eu não poderia escolher por você, eu também sei que talvez eu não seja a melhor pessoa para estar ao seu lado mas eu sei que me arrependeria profundamente se eu não tentasse da maneira certa agora. Isso tudo pode não fazer sentido algum pra você, pode ser que em sua cabeça eu ainda seja o Nick Jonas dos Jonas Brothers, uma celebridade, mas acredite, eu já fui muito mais do que isso pra você, e o que a gente teve foi real e foi lindo, mas foram 2 anos que você perdeu e eu não posso te pedir nada. Não estou falando isso pra te pressionar mas eu não conseguiria passar um dia a mais se quer com isso entalado na minha garganta. E eu te amei durante muito tempo, e daí você foi embora e nem se despediu, eu não sabia se eu te veria algum dia de novo. Foi muito difícil eu me acostumar e me conformar com a sua ausência na minha vida ou até a falta de você nesse mundo, e quando eu realmente achei que tinha superado você apareceu, e por mais que eu lutasse com todas as minhas forças, sempre algo me trazia de volta pra você e você pra mim, e eu não quero acreditar que seja apenas uma coincidência. Se você quiser que eu vá embora eu vou, mas eu sei que tentei.

Apesar de toda aquela informação, nada daquilo parecia estranho, era mais como algumas peças de um quebra cabeça voltando ao lugar e eu conseguindo finalmente ver a imagem que se formava. Mas eu não podia negar que era algo muito inesperado que por mais que eu quisesse e gostasse ele era um desconhecido pra mim, e eu sinceramente não sabia o que dizer.

- Nick...

- Você não precisa falar nada, sei que vai precisar de algum tempo pra processar isso tudo, e eu também tenho alguns assuntos pra resolver...

- Nick...

- Mas eu ainda estarei na cidade então o que você precisar você pode ligar pra...

-NICK!!!
Dessa vez eu gritei.

- Oi, desculpa, pode falar.

- Você falou com meu tio?

- Falei!

- Meu Deus, ele deve estar desesperado, onde está meu celular.

- Eu disse pra ele não se preocupar que estava tudo bem e que assim que você acordasse pediria pra você ligar.

- Você não conhece meu tio, ás vezes ele sufoca.

- Acredite, eu o conheço sim.

É, eu teria que me acostumar logo com a ideia que Nick Jonas me conhece mais do que eu mesma talvez. Ele tirou do bolso e me entregou o celular.

- Obrigada.

Disquei o número e no primeiro toque já fui atendida.

- Querida como você está?

- Eu estou bem tio, não foi nada de mais, não quero que se preocupe ok?

- Eu vou pegar o primeiro voo para LA.

- Não! Eu quero que você confie em mim, quero que deixe eu tomar minhas decisões e viver minha vida tio, eu sei o quanto já fez por mim, por isso que agora quero que você se dedique pra você sua esposa e seus sonho, eu te amo e sou eternamente grata por tudo, mas preciso que você me entenda ok?

- Ok, posso falar com o Nick?

Passei o telefone pra ele estranhando mas no momento tudo está bem estranho. O Nick apenas concordou na ligação e não disse mais nada, espero que meu tio não tenha me constrangido e pedido nada pra ele.

- Vamos, vou te levar pra casa.

Me levantei da cama, ele foi me ajudar. Confesso, ele é a coisa mais fofa quando está preocupado e cuidadoso, eu tinha muita sorte mesmo.
Ouvi alguns passos rápido até meu quarto de hospital.

- Chay?
Ele olhou em minha direção e veio direto me abraçar.

- Josh? O que você está fazendo aqui?
Perguntei confusa.

- Eu vim ver como você está minha linda, fiquei muito preocupado.

- Como você soube?

Nick se pronunciou em seguida.

- Por você é que não foi.

Ele respondeu grosseiramente. Josh lançou um olhar e eu já havia entendido tudo. Então ele continuou.

- Ok Nicholas, eu assumo daqui.

- Como é que é?

Nick ficou indignado.

- HEY! Por favor sem drama. Já tive muito por hoje. Josh você pode nos dar licença?

Nick fez uma cara como se tivesse ganhado o jogo, achei fofo, mas não era por isso que pedi pra ele sair.

- Sabia que você...

- Não Nick, presta atenção. – o interrompi antes que dissesse mais bobeira – Eu preciso conversar com o Josh, com certeza ele deve ter coisa pra me contar, e já que a bomba estourou hoje que seja tudo de uma vez então. Vou tentar por meus pensamentos no lugar e assim que eu achar que estou pronta pra enfrentar toda essa realidade você vai saber ok? Mas obrigada por ter me dito a verdade, com certeza foi o melhor que podia ter sido feito.
Dei um beijo em sua bochecha e fui pegar minhas coisas, até que ele segurou forte meu braço, me puxou de volta para um abraço e disse ao pé do meu ouvido.

- Eu te amo.

Não tive reação, logo depois ele olhou fundo no meu olho e saiu. Fiquei em choque por alguns minutos, mas fui acordada pelo Josh me chamando pra ir. No caminho de volta até minha casa pedi pra ele me contar TUDO, mas tudo o que eu precisava saber da parte dele, pois eu sei que se ele falasse pelo Nick ele iria contar a versão dele.

- Noivos? E porque você fingiu esse tempo todo? Como a universidade não sabia?

- Babe, não fica brava, eu fiz isso porque estava cuidando de você, era perigoso eu forçar qualquer memória, ao contrário do que o Nick fez.

- Para de fazer isso! E ao invés de me falar a verdade você brincou comigo.

- Brinquei? Foram bem claros que por enquanto não era bom te contar nada, só fiz o que me pediram. Chay, você é a coisa mais séria da minha vida, eu te esperei por 2 anos.

- MAS EU NÃO TE CONHEÇO!
Falei um pouco exaltada. Eu estava sobrecarregada. Ele baixou a cabeça meio chateado.

- Des.. Desculpa, eu não quis ser estupida, mas não quero que me faça escolher, não quero que seja uma disputa de nada, eu quero meu espaço, quero conhecer pessoas novas, eu quero minha vida de volta e quero que você siga a sua. Você teve toda essa função de trabalhar na USC pra estar perto de mim mas não faça mais isso, quero que você siga seus planos sem que eu interfira em nada, não me sinto nada bem com isso.

- Mas babe, você É o meu plano, você não pode escolher por mim.

- Não me chama assim, mas é verdade, não posso escolher por você, mas não quero que perca mais do seu tempo comigo, e eu estou escolhendo por mim agora.

- Tudo estava indo tão bem até ele aparecer.

- Não, parecia estar indo bem, mas eu ia mais cedo ou mais tarde descobrir a verdade com ele ou sem ele, e você não poderia mudar isso.

- Tudo bem, foi muito por hoje, eu entendo. Se precisar de mim sabe como me encontrar.

- Obrigada Josh!

Minha cabeça estava a mil e eu tinha passado por um turbilhão de emoções e pensamentos em um período muito curto, eu só queria descansar e não focar em mais drama, já tinha vivido muito até agora.

Pedi uma carta de afastamento de poucos dias da faculdade para por meus pensamentos no lugar, eu jamais conseguiria focar em estudo agora. A primeira coisa que fiz foi falar com meu tio, contar que eu sabia de tudo, mas ainda não lembrava, mas que estava enfrentando esse processo bem, que ele não tinha com o que se preocupar.
Passei alguns dias conversando com a Pri, era a fonte mais segura que eu tinha de alguém familiar e que eu sabia que me conhecia o suficiente para me ajudar a saber o que fazer. Ela me disse que poucas vezes, mas mesmo poucas, eu escrevia num diário, eu realmente não tinha costume, mas eu gostava sempre de escrever pra pensar melhor, era a forma que eu encontrava pra me expressar.

Me:  E onde está esse diário amiga?

Pri: Não sei, seu tio deve saber...

Me: Ok, obrigada, depois nos falamos.

Desliguei o telefone longo em seguida mandei uma mensagem ao meu tio perguntando o paradeiro desse diário.

Tio:  Eu entreguei pro Nick, Chay.

Me: Ah ótimo... ok, Thanks. Love u.

Eu sabia que não poderia evita-lo por muito tempo, já faziam 3 dias que eu não dava notícias a ninguém e nem saía de casa, mas cedo ou mais tarde eu teria que enfrentar essa parte da história que eu confesso ser um pouco mais curiosa, ou vai dizer que você não estaria também quando do dia pra noite descobre que você meio namorou seu ídolo da adolescência, e você sabe que ele ainda tem sentimentos por você?
Mandei uma mensagem pra ele pedindo pra que nos encontrássemos, pra tomar um café ou algo do tipo e conversar.

- Posso passar ai às 15hs?

- Mas são 14:30 agora!

- Eu sei, fique feliz, dei meia hora pra você fazer sei lá o que que você faz que te deixa cada vez mais linda.

Corei, e muito, ainda bem que por uma tela de celular essas coisas ainda são anônimas.

- Ok!

Ouvi meu celular vibrar com a mensagem que ele já estava me esperando, acho que estava um pouco adiantado, nem parece que tem um cd, e toda uma carreira pra cuidar. Desci assim que fiquei pronta e ele me esperava encostado na porta do carro, com um óculos escuro e um chapéu que dava um ar bem misterioso.

- Oi Sherlock.

- Oi noiva.

- Oh come on, não é minha culpa se você chegou 10 minutos antes do combinado, me faz achar que você está um tanto desesperado e não tem uma carreira promissora de muitos sucessos pra cuidar.

- Há Há Há, pelo visto seu sendo de humo está intacto. E fico feliz que andou pesquisando sobre mim.

Ele disse abrindo a porta para eu entrar no carro e fechando logo em seguida.

- Então, onde vamos?

- Caçar memórias.

- Oi?

- Vamos para um dos primeiros lugares que nos encontramos dos primeiros dias que você estava aqui.

ALGUNS MINUTOS DEPOIS...

- Um estacionamento de shopping?

- Na verdade esse caminho todo até aqui, nos encontramos na Starbucks e eu te trouxe até aqui onde você tinha combinado de se encontrar com seu tio e onde eu o conheci também. E ai? Alguma coisa veio nessa cabeça vazia?

- Não..

- Tudo bem, não precisa se chatear, mais cedo ou mais tarde vai acontecer, e se não acontecer a gente faz novas memórias não é?!

Ele veio se aproximando de mim colocando as mão em meu rosto, acariciando com o polegar, seu rosto foi se aproximando do meu que já pude sentir sua respiração...

- *cof* E fomos pra onde depois?

Interrompi antes que o beijo acontecesse, eu não estava pronta.

- Ah.. Er.. então, você foi pra casa com seu tio.

- Ah, quase me esqueço, meu tio disse que você está com o meu diário, pensei que isso pudesse me ajudar com as memórias.

- Claro, eu tenho ele no carro, vamos voltar que eu te entrego.

- Você tem ele no carro? Você anda com ele?

- Bom, era a única coisa que fazia eu te sentir mais perto de mim, e por muitas vezes foi minha recarga de inspiração. Não é a toa que eu tenho um álbum de sucesso pra cuidar.
Ele disse cheio de si brincando.

Caminhamos até o carro de volta e ele me entregou o diário assim que entramos no carro tirando-o da sua bolsa e com certo receio me entregando.

- Qual o problema?

- Não sei, é só difícil de acreditar que você tá aqui de novo, eu estou muito feliz, mas com muito medo também.

- Medo de que?

- De te perder mais uma vez, eu não vou aguentar passar por isso de novo, não vou aguentar você saindo da minha vida de novo, não é justo...

Ele falava em meio a palavras ofegantes.

- Hey Nick, shhh... Calma, eu tô aqui, agora. E eu posso não me lembrar de muita coisa mais eu sei o que eu sinto.

- E o que você sente?

- Eu sinto paz, conforto, tranquilidade, segurança, eu sinto que não tenho que esconder nada de você.

- Posso te perguntar uma coisa?

- Claro, qualquer coisa.

- Você disse numa entrevista que não falaria da origem de Chainsaw, apenas que era uma música muito íntima, eu queria saber se essa...

- Se essa música é a que eu fiz pra aquela garota que foi embora sem se despedir? Talvez conhecida como Chay?

- Sério? Mas a letra diz...

- Eu vou te contar, e essa é uma das noites mais importantes pra mim.

Ele abriu um sorriso lindo, e olha que Nicholas sorrir assim é uma vez no mês só.

- Eu queria que você me contasse de tudo na verdade, tudo que eu precise saber durante esse tempo que eu... Bom, você sabe. Tudo eu que PRECISE mesmo saber, ou seja, pula a parte da Olivia que a internet já me contou o necessário ok?

Ele riu e assentiu.

Nick’s On

Contei a ela sobre meu álbum novo, sobre a turnê que eu faria em breve com a Demi, e deixei bem claro que ela iria sim comigo, contei sobre a baby Jonas 2 que estava prestes a nascer e como a Alena estava enorme, contei também sobre a banda do Joe, que Kevin e Dani sentiam saudades e que assim que ela pudesse era pra visita-los, e alguns outros detalhes.

- OMG! Baby Jonas 2? Eu não acredito que perdi tudo isso, e qual o nome?

- Valentina.

- Ai meu Deus, já amo! E Qual o nome da banda do Joe?

- DNCE.

- Ah claro, eu vi algo na TV, e eles estão indo bem?

- Muito, receberam várias indicações e tudo.

- Incrível, e estranho ao mesmo tempo. Parece que eu tô num filme e logo tudo isso vai ter um final feliz e vai voltar ao normal.

- Quem disse que não vai ter um final feliz?

- Ok, ok.

Chegamos na frente de seu apartamento depois de termos comido e colocado tudo em dia.

- Você quer entrar?

- Claro.

Não hesitei em responder que sim.

- Uau, achei que você fosse mais difícil, talvez um “fica pra próxima” não soaria tão estranho.

Ela riu fazendo gracinha.

- É, você costumava ser mais engraçada.

Entrei na brincadeira já chamando o elevador, eu adorava deixar ela brava.

- E você já foi mais cabeludo. Cadê o cabelo Nicholas?

- Deixei em casa, junto do contrato com a Disney.

- Nossa, pegou pesado agora.

- Não linda, era pra ser uma piada. – sorri fraco -

- Que foi? Deixou a graça em casa também?

Ela gargalhou baixo.

- Vamos assistir alguma coisa?

Ela perguntou enquanto tirava o casaco e pendurava.

- O que você tem ai?

- Terror, Romance, Comédia Romântica, Careful What You Wish For, Terror e Terror.

Corei ao ouvir ela falar do filme que fiz, fui um tanto rápido em sua direção pra certificar se ela tinha mesmo o filme

- O QUE?

- HAHAHA Relaxa, não tenho, mas não pensei que eu não assisti viu?

Não sabia o que dizer, não sei por que mas ela me deixou um tanto constrangido, nunca imaginei ela assistindo esse filme.

- Relaxa, não vi nada que eu nunca tenha visto antes.
Ela dizia em meio a provocações e gargalhadas.

- A é? você quer mesmo ir por esse lado?

Ameacei fazer cócegas, ela se jogou no sofá e quando me aproximei, não pude evitar, a beijei, mas a beijei com todo o sentimento que havia dentro de mim, com todo amor e saudade que eu tinha, com todo o medo e insegurança que eu também tinha de não tê-la mais em meu braços, e o mais gostoso de tudo foi que ela correspondeu da mesma forma, e eu ficaria ali por dias e dias se eu pudesse. Ela foi acalmando o beijo, foi se sentando no meu colo como sempre fazia, até que nos separamos e ela veio com uma pergunta um tanto curiosa.

- Nick...

- Oi meu amor.

- ... Er... Nós já...

- Não precisa ter vergonha, pode falar.

- ...Nós já transamos?

- Por mais que eu quisesse, mas não Chay, nós nunca transamos, eu sempre respeitei a sua escolha e sempre achei lindo. Mas com o Josh eu já não se...

- Não, com ele não, eu perguntei.

A beijei novamente, e ela foi tomando as iniciativas, tirou primeiro a minha camiseta, depois a dela, e o calor foi aumentando, e eu não poderia estar mais feliz, e no meu instinto a carreguei para o quarto onde ficaríamos mais confortáveis. Coloquei ela na cama com todo cuidado e atenção, tirei a minha calça e ela a dela. Pensando bem acho que nunca chegamos tão longe assim. Quando percebi que ela iria tirar o sutiã, hesitei e a impedi. Por mais que eu quisesse eu mesmo já ter tirado a muito tempo, eu sei o quão importante isso era pra ela e eu não deixaria que ela fizesse de qualquer forma, eu queria que fosse especial. Como eu consegui controlar meu desejo no momento? Não sei ao certo, talvez meu amor e preocupação pra viver esse momento perfeito com ela fosse maior que meu desejo de ser o primeiro e tê-la só pra mim, e eu não queria ser só o primeiro, eu queria ser o único.

- Babe, não quero que seja assim, você também não, vamos com mais calma.

- Nick, Eu tenho 24 anos e sou virgem! Ás vezes eu tenho até minhas dúvidas se algum dia meu sonho de casar virgem vai realmente acontecer.

- Não tem nenhum problema Chay, eu só quero ter certeza de que você sabe o que realmente quer e o que você realmente sente.

- Eu te amo Nick, eu amo você Nicholas Jerry Jonas. E se isso que a gente tem não é amor, e se isso tudo que a gente passou não é amor, e se a gente tá aqui e mesmo eu não tendo memórias antigas nossas e meu coração ainda acelera por você da mesma forma de quando eu tinha 15 anos, se isso não for amor, eu não sei o que é. Eu não preciso de memórias pra confirmar o que eu sinto.