História Can You Feel My Heart? - Chanbaek ABO - Can you hear the silence? Can you see the dark?

O cheiro daquele ômega estava me tirando do sério. Eu havia despido o menor para colocá-lo no banho e então ele começou a gemer manhoso novamente. Quando eu entrei no box com ele, foi que tudo piorou. Ele estava entrando em outro ciclo da febre.Seu corpo miúdo apenas se abraçou mais em mim e começou a rebolar ainda mais em meu colo. Meu membro já estava mais que ereto e eu estava louco para fodê-lo de todas as maneiras possíveis naquele quarto.

— Baek... Não faz assim... — Pedi manhoso para o ômega que sequer me escutava. Ele rebolava e beijava meu pescoço com o intuito de me provocar até não conseguir mais. O ômega me queria ali e queria que eu o preenchesse durante seu cio. O melhor era que a água tornava aquilo tudo ainda mais interessante, deixava meu corpo fervendo por dentro e por fora.

Eu não ia perder a oportunidade, já que eu vim até aqui apenas para satisfazê-lo. Coloquei-o no chão, ouvindo seus resmungos e então o encostei na parede fria, recebendo um muxoxo.

Baekhyun já uivava de desejo e seu membro já apontava para mim descaradamente. Ele tentava subir em meu colo novamente, mas eu segurei seu braço até que ele começasse a chorar pela dor do cio. Não iria fazê-lo sofrer, mas ele não parava quieto! Eu queria do meu jeito, não do dele.

— Byun Baekhyun, sossegue! — O prendi na parede de costas pra mim e ele chorou um pouco mais antes de parar de se rebater. — Empine pra mim, sim? — Pedi em seu ouvido, sussurrando para ver a pele macia se arrepiando. Logo ele já estava com suas nádegas viradas em minha direção e eu, salivando de desejo quando ele se contorceu mais uma vez. — Está bem, pequeno, vamos brincar.
Beijei seu pescoço com vontade, marcando algumas partes para lembrar depois da loucura que eu estava fazendo com esse ômega e então posicionei meu falo completamente ereto em sua entrada. Baekhyun soltou um gemido nada contido e tentou vir para trás, me colocando dentro de si, mas eu não permiti.
— Tenha calma, meu pequeno, eu vou te foder bem gostoso, não precisa ter pressa. — Ele suspirou e choramingou tentando ainda me fazer penetrá-lo. — Merda, Baekhyun! Ok, faremos do seu jeito essa vez.
O pequeno voltou a empinar sua traseira na minha direção e eu aproveitei para pegá-lo pela cintura com força e logo penetrá-lo. Claro que eu não seria um bruto, mesmo que fosse a minha vontade, ele ainda estava no começo do cio e não poderia passar o resto dos dias com dor, não quando eu iria fodê-lo pelo resto dos dias.
— Por que tão apertado? Ah! — Gemi alto enquanto meu membro preenchia todo o interior do ômega. — Puta que pariu, Byun!
Ele não parava de gemer e se mover contra meu membro, eu já não tinha mais controle sobre o ato, pois o cheiro dele me dominou mais uma vez e eu apenas aproveitava da situação que o ômega me colocava.
Baekhyun parecia um selvagem no sexo, eu nunca pensaria que ele conseguiria me derrubar para sentar em meu colo do jeito que ele fez. Eu estava atado embaixo do ômega que me hipnotizava com seus olhos cinzas. Era incrível a forma com que ele conseguia fazer isso comigo tão rápido. Park Chanyeol nunca deixaria um ômega fazer isso, muito menos Baekhyun, mas aquele ali não era o mesmo Baekhyun que eu conhecera. Aquele era o ômega que existia apenas em meus sonhos. O único que conseguiu me prender e satisfazer.
— Chan... Chanyeol-ah! — Me assustei com o gemido alto chamando meu nome e olhei nos olhos do menor em busca de qualquer resquício da sua humanidade.

— Baek... Baek você... Ah! Merda! — Ele começou a pressionar meu pênis com seus músculos e então eu soube que ele estava prestes a gozar. — Goza pra mim, Baek.

Após meu sussurro, apenas senti o líquido viscoso de Baekhyun atingir meu abdômen e sua entrada se contrair ainda mais, me fazendo gozar. Aquilo havia sido rápido demais, bom demais... Fora de órbita.

Depois que Baek se apoiou em meu ombro para descansar, eu me levantei e dei banho em nós dois para que ele pudesse dormir bem, afinal, em um cio, é primordial que se descanse, caso não queria ter um colapso.

— Não... Não, Chan... — Ele resmungou enquanto a água caia em seu corpo. Deixei de responder e limpei todo o seu corpo, o pegando no colo novamente.

Eu não gostava nada daquilo, mas precisava ser feito, Baekhyun não sabia fazer nada sozinho e eu não o deixaria sujo por tanto tempo... A única dúvida em minha cabeça era se o verdadeiro Baekhyun estava voltando e bem... Se ele me odiaria agora que eu experimentei de seu corpo.

— Baek? — Ele me olhou sapeca. — Você está voltando ao normal? — Ele não respondeu e eu bufei, percebendo que ele apenas havia aprendido mais palavras. — Baek, quem sou eu?

— Chanyeol! — Ele sorriu satisfeito e eu fiquei confuso. Quando ele virou o rosto bruscamente para a porta e o barulho do destrancar ressoou, mostrou-se um doutor Park furioso quando a mesma abriu completamente.

Eu sabia que não duraria muito meu momento com Baekhyun, ainda mais aqui no hospital com tantas pessoas, mas não imaginei que seria tão rápido e que meu próprio pai acabaria com aquilo.

— É uma terrível pena que sua mãe não tenha te dado vergonha na cara, Park Chanyeol! — Meu pai me deu um tapa bem dado no rosto e eu apenas percebi quando eu o olhei novamente, colocando minha mão no local, já sentindo uma leve ardência. — EU NÃO DISSE PARA FICAR LONGE DELE? VOCÊ TINHA QUE FODER AINDA MAIS COM O PSICOLÓGICO DO MOLEQUE NÃO É?!

— ELE NÃO É UM MOLEQUE E ABAIXE ESSE TOM PARA FALAR COMIGO, ÔMEGA! — Ditei com o dedo na cara dele que se calou pelo uso da minha voz de alfa. — Eu estou cuidando dele, não vê?!

— Você não é capaz de amar, Chanyeol. É apenas isso que eu vejo. — Ele saiu do quarto e eu vi um Baekhyun encolhido no canto do quarto tremendo. Revirei os olhos e então suspirei. Ele não iria me perdoar tão cedo.

— Ei, Baek, está tudo bem, vem cá. — Chamei, mas ele desviou o olhar. — Baek, vem, sou eu, Chanyeol. — Falei com a voz mansa, na tentativa de persuadi-lo. — Vou cuidar de você, não vou fazer mal.

— Você já fez o suficiente, não é?! — Arregalei os olhos, completamente surpreso e olhei bem para o ômega. Ouvir a voz dele de verdade quase me fez cair pra trás. — Assustou? Achou que eu nunca mais voltaria? Que usaria meu corpo e meu lobo para sempre?

— Não! Eu não queria isso! — Me defendi e ele riu desacreditado.

— Me deixe só, por favor. Eu não quero mais você aqui.

— Baek...

— Não me chame assim. Você não tem intimidade para me dar apelidos.

— Por que tentou se matar? — Perguntei fugindo do assunto.

— Não é óbvio?! — Ele sorriu com escárnio. — Por que é que você continua prolongando meu sofrimento? Por quantas vezes mais vai me salvar? POR QUANTAS VEZES MAIS VAI ABUSAR DE MIM QUANDO EU ESTIVER FORA DE MIM?

— Baekhyun, eu não queria…

— SEJA HOMEM, CHANYEOL! SE VOCÊ NÃO QUISESSE NÃO IRIA ME "FODER GOSTOSO"! ACHA QUE EU NÃO OUVI CADA PALAVRA QUE VOCÊ DISSE?

— Você estava aí esse tempo todo?

— Eu apenas não conseguia sair, você não ouve seu pai, não?

— Escuta aqui, ômega! Pra mim já chega! Abaixa a porra do tom comigo! Eu passei esses dias todos cuidando de você, seu ingrato! Eu passei todos esses dias dormindo com você grudado em mim e realmente você vai fazer isso comigo?

— Você disse que nunca abusaria de mim.

— EU NÃO ABUSEI! VOCÊ QUIS ISSO.

— Eu não estava em sã consciência!

— E vai voltar a não estar se continuar falando desse jeito comigo!

Baekhyun estava me tirando do sério. Eu podia sentir meu sangue ferver tamanha era a raiva que eu sentia do ômega. Ok, eu transei com ele porque eu quis, mas ele não tinha o direito de dizer que eu estava errado, pois ele quis tanto quanto eu.

Ele me olhava com desconfiança e eu sustentava o olhar de raiva que eu estava guardando. Logo ele se levantou e sentou na cama, apenas para chamar o enfermeiro.

— Aperte esse botão e você é um ômega morto. -Rosnei e ele retirou a mão sem nem hesitar.

— Posso sa…

— Não! Cala a boca que quem vai falar agora sou eu! — Ele me olhou surpreso e eu arrumei minha postura, respirando fundo para não surtar com o menor.

— Então… Pode falar.

— Você me deve. Eu estou aqui há mais de um mês, Baekhyun. Te aguentando, mimando, estando com você, dando meu carinho, meu colo e meu espaço individual. Te dei comida, banho, água, remédios e tudo o que me mandaram fazer com você. — Respirei fundo, contendo a raiva e então continuei. — Eu odeio ômegas, sempre odiei e apenas vi que odeio como vocês são fracos. Pra mim você teria morrido, Baekhyun, mas agora que você está aqui, não adianta reclamar. Se você acha que eu queria você aqui, que eu queria estar aqui, você está muito enganado. Eu transei com você sim. Comi sua raba e com muito gosto, sabe por que? Porque você quis. Você pediu, você me dominou. Meu pai me tirou daqui a força, caso você não saiba. Eu voltei porque meu lobo não conseguiu se controlar e eu me vi obrigado a voltar.

— Eu... Eu pedi? — Revirei os olhos em tédio e cruzei os braços. — E... Como assim eu te dominei? Isso é impossível...

— Quer testar? Me chame quando tiver outro surto. — Fui em direção a porta para ir embora, mas a voz de Baekhyun me parou com a porta aberta.

— Chan... — Ele parou bruscamente a fala e eu o olhei com certa preocupação. Ele havia sido dominado pelo lobo, de novo. O cheiro já subia e eu já não sabia mais o que fazer com aquele ômega.

— Ah merda…