1. Spirit Fanfics >
  2. Canção da Meia Noite >
  3. Canção da Meia Noite

História Canção da Meia Noite - Canção da Meia Noite


Escrita por: Yleah

Notas do Autor


Desculpem a demora. Mas, esse cap deu um certo trabalho para ser escrito ^-^ e é o penúltimo capítulo ;-;
P.S.: lembrem que em Diabolik Lovers, matar um vampiro é um ato de amor.

Capítulo 12 - Canção da Meia Noite


Fanfic / Fanfiction Canção da Meia Noite - Canção da Meia Noite

Os seis vampiros encontravam-se dispostos em frente ao castelo, preparavam-se para entrar, cada um estava em posse do mesmo colar que Yui possuía para esconder a própria presença. O plano era entrar e sair com a garota sem arrumar problemas, seriam discretos e silenciosos. Contudo, os jovens sabiam que o perigo era iminente, e havia a possibilidade de perder alguém aquela noite. Eles olharam um para o rosto do outro, como se estivessem se vendo pela primeira vez, enxergando-se como irmãos e não os rivais que cresceram acreditando ser. Ayato suspirou, Reiji fez um sinal e todos entraram no local.
O saguão de entrada estava imerso em escuridão, as paredes de pedra deixavam a temperatura do ambiente fria, haviam diversas armaduras com espadas nos cantos da parede, deixando o lugar sombrio, como se fossem observados de todos os lados. Pretendiam seguir o cheiro de Yui, mas este odor se é propagava por todo o local, como se este fosse feito do sangue dela, a única maneira de prosseguir era se separar. Ayato subiu a grande escada que levava aos andares superiores, seus irmãos seguiram rumos diferentes, quanto mais o ruivo subia, mais intenso ficava o cheiro do sangue da garota, o garoto temia encontrar Adam, sabia que não conseguiria lidar sozinho com ele, porém não sentia a presença do vampiro ancestral. O rapaz abria cada porta que encontrava no caminho, olhando atrás de velhas tapeçarias, procurando passagens, algo que o levasse a matriz desse cheiro.

Encontrou uma escada em caracol atrás de uma velha tapeçaria que retratava um anjo cravando uma espada em um demônio. Ele subiu os degraus que terminavam no batente de uma porta, a abriu e viu-se em um quarto iluminado apenas por velas, o que dava um ar fúnebre ao local, e lá estava ela, Yui, presa em uma cama por correntes em seus pulsos, os antebraços com cortes profundos cicatrizando lentamente devido sua fraqueza, a pele suada com os cabelos grudando no rosto. Uma Yui destruída, mas ainda viva. Ayato correu ao seu encontro, a mesma parecia estar inconsciente, mas ao se aproximar o suficiente ele viu seus olhos semiabertos.

-Ay... Ayato-kun... – disse a garota com a voz fraca, estendendo a mão para tocar-lhe, porém, encontrava-se tão fraca, que a deixou cair.

O ruivo quebrou as correntes que a prendiam com as próprias mãos e puxou-a para si. Sentia a respiração fraca dela em seu pescoço.

-Você parece tão real... mas, você sempre esteve... em minhas alucinações... é impossível que esteja aqui... mas, é tão quente... tão real. – disse ela com a voz falhando, lágrimas caiam de seus olhos, Yui estava completamente fraca.

-Eu estou aqui Yui. De verdade. – respondeu Ayato.

-Ayato-kun.

Ela o abraçou, sentindo-o retribuir, queria acreditar que aquilo era real, que iria realmente ser salva, mas tinha medo que a sede por sangue a houvesse levado a loucura. Ayato sentiu as presas dela roçarem seu pescoço e notou que ela sentia sede, todo aquele sangue drenado a força do corpo dela precisava ser reposto. O ruivo levou o próprio pulso a boca e rasgou a carne com os dentes, afastou Yui e levou o pulso sangrento em direção aos lábios dela. A garota afastou-se, mesmo sedenta, ainda era teimosa.

-Yui, para te tirar daqui eu preciso que você esteja um pouco mais forte. Então, apenas beba.

Um momento de hesitação e a garota segurou-lhe o pulso, gemendo ao sentir o sangue descer por sua garganta, inundando suas veias, preenchendo seu corpo, a cada segundo sentia-se mais forte, porém não o suficiente. Quando Ayato interrompeu o contato, a garota estava mais consciente e parecia em melhor estado, o rapaz analisou os cortes em seus braços e viu que estes curavam-se com mais rapidez que antes. Pegando-a no colo, seguiu em direção a saída.  O garoto já se sentia mais relaxado, havia conseguido pegá-la, agora era só sair despercebido e teria conseguido. Porém ao chegar no fim da escada, com a garota em seu colo, escutou um grito, que parecia mais um urro de dor. Aquela era a voz de Raito.

◇◇◇

Raito havia seguido em direção às masmorras, este pensava que se um dia sequestrasse alguém, com certeza o manteria preso nas masmorras. O lugar era sombrio, e descia cada vez para mais fundo, era difícil de enxergar, o ruivo pegou um archote preso a parede e seguiu seu caminho por corredores frios.

Logo chegou a um amplo corredor com diversas celas, o garoto começou a vasculhar uma por uma, o cheiro de Yui era forte naquele local, em uma das celas encontrou uma taça de metal caída no chão com um líquido rubro escorrendo pela borda, Raito tocou levando os dedos sujos a boca, e sentiu o gosto de Yui, porém a garota não estava ali. Então um rangido de portão se movendo quebrou o silêncio do local, Raito saiu da cela e levantou o archote na altura da cabeça.

-Tem alguém aqui? – perguntou o ruivo para o escuro a sua frente.

Um rapaz entrou no círculo de luz, era extremamente pálido e tinha a cabeça abaixada.

-Quem é você? – perguntou o ruivo.

-Nós servimos àquele que nos criou. – disse o rapaz erguendo a cabeça e expondo um sorriso maníaco, com longas presas. Um filete de sangue escorria por seu queixo.

Raito recuou, aquele vampiro emanava força, uma força que adquiriu através do sangue de Yui, o cheiro dela o impregnava, o sangue dela corria nas veias dele. Porém, ao redor do ruivo, mais três vampiros surgiram o cercando, Raito estava sem saída, o primeiro avançou contra ele, Raito deixou o archote cair levantando as mãos em frente ao corpo para se proteger, sentiu o impacto em seus braços, por um momento achou que estava tudo bem, até sentir uma mão penetrar-lhe as costas, o ruivo soltou um berro com a intensa dor que sentia, havia sido atacado por trás por outro vampiro, este envolveu o coração do ruivo com a mão e o puxou para fora, fazendo Raito soltar um berro agoniado. O vampiro sentiu o coração pulsar em sua mão e o espremeu, enquanto o corpo do ruivo caia no chão sem vida. O chapéu de Raito caiu de seus cabelos quando esta bateu no chão frio, seus olhos vermelhos eram um brilho morto no vazio.

Subaru que escutou o grito do irmão e estava mais próximo deste, foi em sua direção, porém chegou tarde demais. Viu o corpo de Raito mutilado no chão, haviam quatro vampiros a sua volta, cada um com um archote, um deles segurava um coração deformado em mãos.  Os quatro pares de olhos seguiram na direção de Subaru, este apenas olhou mais uma vez para o corpo sem vida do irmão, dando-lhe as costas e fugindo para se salvar.

◇◇◇

Ayato desceu com Yui até o saguão de entrada, aquele berro não havia sido boa coisa. Com certeza, Raito estava ferido, então ele precisava sair dali o mais rápido possível, porém ao chegar na grande porta de madeira escancarada, esta fechou-se com estrondo. O ruivo virou-se surpreso e amedrontado olhando ao seu redor, procurando o perigo. Saindo de um corredor ao seu lado esquerdo, surgiu Subaru correndo e ofegante, olhando-o com Yui nos braços, este tinha um semblante de puro terror e tristeza na face. Reiji descia a grande escada principal junto de Kanato; Shu surgiu de um canto escuro que provavelmente levava a outro local, os vampiros encontravam-se reunidos e presos naquele lugar amaldiçoado. Reuniram-se no centro do saguão e Reiji perguntou:

-Cadê Raito? Eu ouvi a voz dele.
Subaru abaixou a cabeça e fechou os olhos com força, lembrando do corpo do irmão; todos o olharam e ele fez um sinal de negativo com a cabeça, todos pareceram compreender o que ele quis dizer, Kanato abraçou Teddy com força escondendo o rosto no urso, Ayato prendeu a respiração, Reiji passou a mão pelo cabelo abaixando a cabeça e Shu apenas acenou; somente Yui parecia alheia aquela informação, encontrava-se em um estado de pouca consciência. Subaru sabia que os vampiros que encontravam-se nas masmorras subiriam e eles estariam em enrascada se tivessem que enfrentá-los, apesar de estarem em maior número. Porém a atenção dos vampiros foi chamada para o alto da escada que Reiji e Kanato a pouco tinham descido; Adam descia batendo palmas.

-Sejam bem vindos. Estava ansioso por encontrá-los. – disse o vampiro com um sorriso no rosto.

Do corredor que Subaru veio, surgiram os quatro vampiros que haviam matado Raito, estes foram para cima do grupo, porém com um gesto de Adam, pararam.

-Desculpem o modo deles. Ainda estão em treinamento.  O sangue de Eve os deixa agressivos e sem controle por um tempo. Mas, nada que um pouco de treino não resolva. Não vão falar nada?

Os Sakamaki apenas encaravam aquele que veio a ser o segundo vampiro criado na face da Terra, um dos primeiros da raça. Não havia nada a ser dito, eles sabiam que as chances de morrer ali eram grandes. Adam tinha em mãos a adaga de Subaru, desceu até a base da escada e abriu os braços como se os chamasse para um abraço.

-É um prazer conhecê-los. Deveria me ajoelhar diante da nobreza? Sei que um de vocês futuramente será o novo soberano de nossa raça. Então estou diante de príncipes.  – ele soltou uma gargalhada, soando irônico na palavra “príncipes”. – Porém, sinto dizer-lhes que sou o legítimo rei. Então, não levem isso para o lado pessoal.

Adam sorriu em direção aos vampiros que havia criado, e estes seguiram em direção aos Sakamaki. Ayato pôs Yui no chão, ela se apoiou em uma coluna ao lado da grande porta para se manter de pé. Os vampiros se colocaram em frente à garota, em posições de combate, se iriam morrer, fariam isso lutando. Porém, Ayato disse:

-Derrotem Adam, salvem Yui. Eu atrasarei essa escória para vocês. Sejam rápidos.

Reiji o olhou, sabia que Ayato não teria a menor chance contra aqueles vampiros sozinho, apesar de ser um exímio lutador. Porém, era a melhor coisa a se fazer, combinando sua força com Subaru, Shu e Kanato, havia uma chance de derrotarem Adam e saírem dali. O moreno assentiu com a cabeça, e Ayato correu em direção ao grupo de vampiros, enquanto seus irmãos iam em direção a Adam, que riu daquilo como se fosse uma piada.

Reiji e os irmãos se apoderaram das espadas das armaduras encostadas na parede e atacaram Adam, enquanto isso, Ayato se defendia com maestria dos ataques poderosos que recebia dos quatros demônios que o rodeava, porém aquilo o cansava muito rápido, mas não ousava se desconcentrar do que fazia para olhar os irmãos, tinha que resistir o quanto fosse possível.  Yui observava tudo ao fundo, queria ajudar, mas se manter de pé já era difícil, ela temia pela vida de cada um deles é tudo o que podia fazer era chorar.

Adam atacava os quatro Sakamaki ao mesmo tempo, defendendo-se apenas com a adaga, o vampiro era incrivelmente habilidoso, porém notava-se que não estava em plena forma, pois seus movimentos eram um pouco lentos, abrindo brechas para ataques ofensivos, e assim deu chance de Kanato cravar-lhe a espada em suas costas abaixo das costelas esquerda. Os vampiros sabiam que aquilo não seria o suficiente, precisavam retalhar Adam o suficiente para depois destruir seu coração, pondo um fim a vida dele. Os Sakamaki lutavam contra a aura esmagadora que ele emanava, tentando ao máximo manter-se de pé e continuar lutando. Reiji e Shu atacaram de frente juntos, Adam virou-se de lado para defender-se de Reiji cortando-lhe a face com a adaga, abrindo uma brecha para Shu cravar-lhe a espada no coração do vampiro fazendo com que este derrubasse o objeto de prata, porém aquilo não seria o suficiente, pois a espada não possuía o mesmo poder místico da adaga. Mas foi o suficiente para enfraquecer o vampiro ao ponto deles terem uma chance real de vencer. Atacavam-o em movimentos combinados, cada vez mais rápido, retalhando-o aos poucos, abrindo grandes rasgos em sua carne, fazendo-o gritar.

Na batalha de Ayato, ele havia conseguido matar um dos vampiros, restando apenas três, mas o ruivo estava cansado, e ficava mais lento a cada segundo, já tinha uma costela quebrada causada por um soco. Mas, continuava lutando.

Adam sentiu que seria derrotado, porém decidiu que não seguiria esse caminho só. Se eles faziam isso tudo por causa da garota, ele a levaria junto com ele. Quando os Sakamaki se prepararam para mais uma onda de ataques, o demônio passou por entre eles, esticando o braço em direção a Yui que se encontrava em pé segurando a coluna, ele pretendia arrancar-lhe o coração, se morreria, queria que sua Eve fosse com ele. Subaru percebeu o que ele iria fazer, Yui fechou os olhos com força e deu um grito chamando a atenção de Ayato, o ruivo virou-se para a garota e viu Adam indo em direção a ela, em seu momento de distração o ruivo sentiu uma mão penetrar-lhe a carne da barriga,  ignorou a dor e puxou o corpo, correndo em direção a garota, porém sabia que não chegaria a tempo. No entanto outro o fez.

No último segundo, Subaru se pôs na frente de Yui, a mão de Adam foi certeira em seu peito, ele sentiu as unhas perfurar sua carne, adentrando em seu corpo, sentiu a mão do vampiro de encontro ao seu coração e urrou de dor caindo de joelhos, sentiu o vampiro começar a espremer o órgão ainda em seu peito, cuspiu um jorro de sangue. Shu pegou a adaga de prata no chão e foi até o irmão cravando a adaga nas costas de Adam, o objeto perfurou-lhe o coração, o vampiro ancestral soltou um urro, e seu corpo tombou de lado, morto. Ao ver o corpo morto do mestre, os três vampiros restantes recuaram, fugindo de encontro a salvação.

Subaru caiu sobre o colo de Yui, cuspindo sangue. Os olhos arregalados a fitavam, ele tocou-lhe a face com a mão trêmula.

-SALVEM-NO! – gritou Yui em desespero, olhando o rosto dos quatro irmãos que os rodeava. – Salvem ele... por favor.

-É tarde Yui. O coração dele foi parcialmente destruído...

A garota caiu em lágrimas, Subaru ainda a fitava, cada vez mais fraco, ela acariciou seu rosto e encostou a testa na dele.

-Me perdoa Subaru. Me perdoa. – sussurrou. Suas lágrimas molhavam o rosto dele.

-Me mata... mata... Yui. – disse o garoto com dificuldade.

Yui afastou o rosto do dele e o olhou espantada. Shu estendeu-lhe a adaga de prata, pondo-a na mão da garota.

-Eu... eu não posso fazer isso! – disse ela ofegante e em lágrimas.  – ELE VAI SOBREVIVER!

-Yui, ele só vai morrer lentamente. Acabe com o sofrimento o mais rápido possível. – disse Reiji.

-Eu... eu não posso... – dizia ela.

A garota segurou a adaga trêmula e olhou nos olhos suplicantes de Subaru, ali ela viu todos os momentos que passaram juntos, as tardes de treino... o dia no lago... seu primeiro beijo... assim como o pedido silencioso pela morte. Mais uma golfada de sangue escapou pela boca dele. A garota respirou fundo e encostou a testa na dele.

-Eu te... amo... Yui. – disse com dificuldade Subaru em um sussurro quase inaudível.

A garota deixou escapar um soluço, levou a adaga ao peito do garoto, ainda com suas testas coladas, e selou seus lábios sentindo o gosto de sangue na boca dele enquanto cravava o objeto no peito do garoto, destruindo o que restava de seu coração. 

A garota soltou um grito quando o sentiu relaxar em seus braços, sua respiração ofegante finalmente cessar e seus olhos se fecharem lentamente.  Encarou a adaga no peito dele e o abraçou. Porém Reiji retirou o corpo de cima dela, apesar dos esforços da garota de se manter presa a Subaru. Ayato a levantou delicadamente enquanto ela apenas chorava.

- O que vocês estão fazendo? Pegue-o! Temos que levá-lo para casa! – disse a garota em meio as lágrimas quando os vampiros começaram a ir em direção a saída deixando para trás um Kanato tocando fogo no local com um archote e o corpo de Subaru. – Temos que levar o corpo dele! PEGUE-O!

A garota se debatia nos braços de Ayato, mas os vampiros apenas a ignoravam e seguiam em frente afastando-se cada vez mais do castelo que logo brilhava sendo consumidos pelas chamas. Yui gritava vendo o castelo arder em tons de vermelho, Kanato logo os alcançou apesar da grande distância que havia entre eles e aquele lugar maldito.

-Subaru... – sussurrou Yui antes de desmaiar devido ao pouco sangue em seu corpo.


Notas Finais


Por favor, não me matem '-'


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...