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História Canção da Meia Noite - Um Conto de Sangue


Escrita por: Yleah

Notas do Autor


Eu sei que a imagem não é relacionada ao anime, mas é para representar Eve e Adam.
Boa leitura!!!! *-*

Capítulo 8 - Um Conto de Sangue


Fanfic / Fanfiction Canção da Meia Noite - Um Conto de Sangue


-Kanato reúna todos na sala de estar, por favor. -disse Reiji ao jovem com o urso que sumiu logo em seguida. – E vocês vão logo para lá também.  – continuou dirigindo-se a Yui, Shu e Ayato.

Haviam acabado de chegar em casa e em poucos minutos os sete vampiros encontravam-se espalhados na enorme sala da mansão.

-Por que nos chamou aqui Reiji? -perguntou Subaru.

O jovem de óculos levantou-se de sua poltrona com um livro em mãos.
-Uma ameaça que eu esperava jamais encontrar paira sobre nossas cabeças. Um homem muito poderoso está se aproximando de nossa família.

-Ele a chamou de Eve, Reiji. É claro que é um Mukami, e em comparação a nós, um Mukami não é uma ameaça. -disse Ayato com raiva.

-Ele não faz parte daquela família vergonhosa a nossa raça. Sim, ele a chamou de Eve, mas porque acredita que Yui seja esta pessoa.

-E por que devemos nos preocupar com um único homem? -perguntou Raito indiferente.

- Porque ele quer a garota.

-Simples, entregamos ela então.  -falou Shu preguiçosamente.

-Não podemos. Infelizmente essa garota tem algo realmente precioso em seu sangue, algo que não podemos nos dar ao luxo de perder.

-E o que seria? -perguntou Yui, se pronunciando pela primeira vez em meio a discussão, só conseguia pensar no rosto do homem que a havia tocado mais cedo. – O que eu tenho de tão especial?

-Seu sangue é a chave para transformar humanos em vampiros extremamente poderosos, uma raça incrivelmente superior a nossa.

Pela primeira vez Reiji respondeu diretamente uma pergunta da garota, e quando os irmãos absorveram a informação, o caos se fez presente. Yui apenas fitava o vazio, não conseguia acreditar naquilo. Reiji jogou o livro que segurava em cima do centro de mesa fazendo com que os irmãos entrassem em silêncio.

- Contarei uma lenda, que a princípio não pensei que fosse real, parecia ser apenas uma história romântica feita para iludir corações desesperados, mas agora compreendo que é a verdade...

-Ah... poupe-nos de histórias fantasiosas. -falou Shu.

-Se não quiser escutar, retire-se. -respondeu Reiji indiferente.

Mas todos continuaram lá, então o jovem de cabelos negros deu início a lenda.

“ A milênios um casal se apaixonou, estes se chamavam Eve e Adam.
Eve, era uma jovem sonhadora, acreditava que nada deveria ter um fim, inclusive o amor, via as pessoas ao seu redor se apaixonarem, crescerem e aquele sentimento ter um fim quando a morte às levava, a jovem simplesmente não conseguia aceitar aquilo. A mesma vinha de uma família de sangue antigo, sua avó, uma mulher de fibra que a muito havia falecido, era alguém que mexia com o oculto, vindo a ser uma feiticeira de grande talento, porém a mãe de Eve afastou-se desse caminho ao ver os terrores que a magia negra poderia trazer, mas deixou suas duas filhas, Eve e Lillith, cientes de suas origens como alerta para a garota não se aproximar de tal poder. Porém o amor é algo que afeta as faculdades mentais e todos os meios para mantê-lo são aceitos na concepção do apaixonado, fazendo com que jovens se percam em maus caminhos.

Eve não se apaixonou por Adam a primeira vista, foi um sentimento que cresceu aos poucos amadurecendo desde sua infância, até a maturidade. Porém, a jovem tinha consciência de que aquele sentimento teria um fim, logo que o toque frio da morte lhes tocasse, e essa verdade se fez ainda mais presente quando Adam quase sucumbiu por causa de uma doença, que na época assolava toda a região, retirando a vida de centenas de pessoas.

Em desespero a jovem mulher recorreu a artes obscuras para salvar seu amado, queria apenas uma maneira de tirá-lo do perigo iminente. Decidiu recorrer então ao velho grimório proibido da avó, encontrou o que procurava logo que o abriu, porém ao ler todo o conteúdo que o livro de feitiçaria continha, encontrou algo que resolveria todos os seus problemas, algo que lhes daria a vida eterna; era simples, uma vida por outra.

A garota estava em desespero e não pensava com clareza, retirar a vida de alguém para salvar aquela que completava a sua parecia ser válido. 

Numa noite de lua de sangue, em meio a uma clareira na floresta, quatro corpos foram dispostos nas quatro direções, norte, sul, leste e oeste, dentro de um círculo de fogo; sangrou-os até a morte, banhando-se nua no sangue frio, depois bebeu uma mistura de ervas e o sangue dos quatro infelizes, adicionando a mistura o próprio sangue. Depois de terminar, pegou uma adaga de prata, que pertencia a avó, e cravou no próprio coração.  O rubro de seu sangue ensopava o objeto, e aos poucos ela sentiu a vida escapar-lhe pelos dedos, a vista escureceu e a garota fechou os olhos para o mundo que conhecia.
Quando acordou já não era mais a mesma, sentia que era ela, eram seus pensamentos, seu corpo, mas ainda assim, havia algo que a tornava uma pessoa completamente diferente do que fora. Havia uma força desconhecida que a rodeava, um poder assustador, o mundo parecia completamente novo. E deixando tudo para trás, foi salvar seu Adam, ela o mostraria esse mundo, faria ele se juntar a ela, nunca morreriam, nunca seriam atingidos pelas necessidades mundanas, nem pelos horrores de enfermidades que a humanidade sofria.

No leito de seu amado, ainda nua, com a mesma adaga que tirou a própria vida, cortou o pulso e sangrou na boca do garoto. Após o que pareceu longos minutos de espera, Adam abriu os olhos, mas não era o verde a qual estava acostumada, mas um vermelho tão vivo que quase a consumiu em chamas. A garota ao olhar o reflexo numa janela, viu o horror, estava como ele, seus olhos castanhos agora brilhavam na escuridão, e sua imagem banhada em sangue era a mesma que um monstro de um livro infantil teria. Mas, ignorou tudo isso, quando viu o seu amado respirando. Explicou-lhe tudo o que havia feito, juntos aprenderam a viver como uma raça diferente, logo viram que tinham uma única necessidade, esta era a fome, porém a única forma de saciar era com sangue, porque o que lhes deu a vida era aquilo que os manteria de pé.

Anos se passaram, Eve se afastou de sua irmã, pois percebeu que haveria de encarar a morte, não a sua, mas de seus familiares, no dia que esta tocou friamente sua mãe. Junto de Adam se aventuraram pelo mundo deixando para trás tudo o que conheciam. Porém Adam ao longo dos séculos se tornou ganancioso, numa época de reis e rainhas, ele não compreendia o porquê de não ter sua própria monarquia com o poder que tinha. Eram os seres mais fortes que andavam pela terra, poderiam comandar a todos, deter todo o poder que a sociedade poderia oferecer em suas mãos.  O jovem então  convenceu Eve a formar um exército e com esse tomar todo o poder do maior reino naquela época. A moça sempre cedia aos desejos do seu amado, e assim o fez, deu-lhe o exército mais perigoso que um ser poderia ter.

Porém no dia em que Adam colocou seus planos em prática, Eve deu-se conta do que tinha feito, viu o massacre diante de seus olhos, corpos queimados, crianças feridas sobre ruínas de casas, porém Adam só enxergava a coroa. E após toda essa carnificina, Adam ainda queria mais, Eve percebeu o monstro que era, e que aquilo que a princípio considerou uma bênção, era uma maldição.

Adam tentou usar seu sangue para transformar outros, porém estes eram consideravelmente mais fracos, ainda tinham uma força descomunal, mas não detinham o poder que apenas a vampira original poderia lhes dar.

A cada ser humano que transformava, Eve decaia em sofrimento, pois a morte não acabou com seu amor, mas levava todos ao seu redor, esta era sua praga. Numa noite de lua cheia, depois de uma briga com Adam por se recusar a transformar humanos, Eve matou-se em meio ao salão de festa, na base do trono de Adam, trono conquistado com o sangue de centenas de inocentes, cravou a adaga no próprio coração, o mesmo objeto que a centenas de anos havia tirado sua vida mortal, pois apenas o objeto que abrira as portas para uma nova vida, era o mesmo que poderia fechar.

Apesar de sua ganância, Adam ainda a amava, e chorou sobre o corpo de sua amada, abandonou o castelo, libertando os vampiros sobre seu poder, estes se perderam aos quatro ventos e deram origem a novas criaturas. Aqueles nascidos entre dois vampiros eram mais fortes que aqueles transformados apenas pelo sangue, porém ainda não se comparavam com aqueles feitos pela vampira original.

E assim, a história sobre a origem de nossa raça tem um fim.”

Quando Reiji terminou, o silêncio reinava em meio a sala, os vampiros começavam a entender o perigo da situação, até Ayato se pronunciar:

-Ainda não entendi como a Panqueca entra nessa história. Eve morreu.

-Ela de certa forma é descendente de Eve. Yui é uma filha de Lillith, a irmã humana de Eve; ou seja, possuem o mesmo sangue. A partir do momento que nosso tio colocou o coração de Cordelia, sua mãe Ayato, no corpo de Yui, ela se tornou uma original.  Uma vampira com o sangue de Eve, alguém a quem deveríamos temer.


Notas Finais


Tandam!!!! Reiji percebeu que Yui é fodona, só falta ela notar isso \(•-•)/ sinceramente queria ter desenvolvido melhor essa lenda... mas, a vida é assim. Infelizmente isso foi o melhor que pude fazer, no próximo cap mais algumas coisas serão esclarecidas.
Espero que tenham gostado. <(☆-☆<)


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