1. Spirit Fanfics >
  2. Canção Do Paraíso >
  3. Help!

História Canção Do Paraíso - Help!


Escrita por: Mus1c4

Notas do Autor


Bem, decidi por o nome e o autor da musica perdidos pela fic como um ester-egg, assim fica mais divertido!
Espero que gostem do cap

Capítulo 2 - Help!


Victória chegou em sua escola com olheira nos olhos, afinal havia ido dormir 4 horas da manhã no dia anterior. Estava muito cansada e irritada. Seu pescoço ainda doía e mesmo não estando tão frio naquela manhã de primavera Victória fora obrigada a usar um cachecol para esconder as marcas que seu avô havia feito nela na noite anterior.

            Assim que Victória estava no corredor perto de sua sala de aula, sua amiga Leticia,mais conhecida como Letty, uma menina de cabelos negros, alta, magra e de olhos azuis, veio em sua direção.

— Bom dia Vicky! – Victória apenas sorriu – Nossa está com uma cara péssima? E sesse cachecol? Aconteceu alguma coisa?

— Não Letty – Victória jamais admitiria – É que fiquei estudando até bem tarde ontem à noite. Daí acabei ficando com sono e um pouco resfriada!

— Vicky, você precisa relaxar também, essa vida tá te deixando destruída, você tem que sair mais!

— Eu sei. Mas é por uma boa causa.

            As duas conversaram mais um pouco, até quase chegarem na sala, mas no caminho um garoto baixinho, de cabelos castanhos cortados em formato tigela e que usava um óculos gigantesco, apareceu com uma caixa de bombons, procurando alguém. Ele era da mesma idade delas, porém estavam em turmas diferentes.

 Letty logo fez uma cara de deboche, e puxou a manga de Victória.

— Vicky, vamos pra outro lado!

—Por que?

Letty bufou.

— Porque aquele chato do Kentinho vai vir encher o saco!

E antes que Vicky pudesse retrucar, Letty já a puxou para longe do pobre menino, que parecia desesperado por encontra-las.

— Ai, ele não se toca que você não gosta dele?

—  Letty, não é bem assim...

— Alias, você está com o Armin agora!

Victória ficou constrangida.

— Fala baixo, ninguém sabe!

— Mas tinham que saber, isso evitaria que mais homens babacas como o  Kentinho dessem em cima de você! Porque aliás, o Armin é um gato! Ah, se o irmão dele não fosse gay, eu investiria!

Victória balançou a cabeça.

— Você é tonta.

O sinal tocou e as meninas foram para a sala. Durante a aula Victória mal conseguia prestar atenção no que fazia. Suas emoções estavam misturadas, o medo pelo estado de seu ái, a preocupação com o vestibular, o fato de estar com sono e não conseguir prestar atenção na aula. Tudo fazia Victória se distrair. Mesmo assim ela se esforçava, sentia—se na obrigação de passar no vestibular daquele ano, afinal seus pais pagaram caro para ela estar em sua escola particular, uma das mais caras da França.   

 

_____

 

            Castiel acordo com o cheiro de café. Ele se olhou no espelho e seus cabelos vermelhos estavam completamente embaraçados. Sua verdadeira identidade era de cabelos negros, mas por alguma estranha razão ele se sentia muito melhor com aquele tom mais avermelhado. Ele parecia, talvez...um diabo vermelho?

Ele riu ao pensar aquilo, aquele termo lhe era familiar por alguma razão desconhecida.

Ele foi até o banheiro, escovou os dentes e foi para a cozinha. Lá encontrou uma mulher morena, de cabelos na altura do pescoço, alta e de olhos castanhos, preparando o café.

— Bom dia! – Disse ele praticamente bocejando.

— Bom dia! – Disse Alice sorrindo – Dormiu bem?

            Castiel se aproximou e começou a fitar Alice, ele a achava linda, adorava sua pele bronzeada e seu corpo cheio de curvas. Ele não resistiu e lhe deu um beijo terno na boca. Alice se desconcentrou e quase derrubou a panela de arroz, mas Castiel segurou.

— Então é isso que eu faço com você? – Perguntou ele debochado, Alice ficou sem graça.

— Sim – Respondeu ela rubra.

            Alice serviu a mesa, que era pequena, e se sentou. Castiel colocou a cadeira ao lado da morena e sentou-se bem próximo dela. Ele pegou um dos pães e comia rapidamente.

— Nossa Castiel, não sei como não tem uma indigestão.

— Simples, porque sua comida não é ruim! – Castiel não percebeu, mas Alice se ruborizou.

— Obrigada! – Disse ela com vergonha – Que horas você chega do trabalho hoje? Cedo ou você ainda vai fazer seu trabalho comunitário? – Alice disse com sarcasmo.

— Não sei, acho que hoje chego cedo!

— Castiel, você devia cobrar pra fazer esses serviços! Pelo menos teria uma grana extra pra ajudar na usa casa!

—Tem muitas pessoas com problemas que não tem como pagar! Prefiro ajudar essas pessoas, não gosto de ajudar riquinho engomadinho.

— Eu sei, mas me preocupa o fato de você estar sempre cansado!

— Sou forte, vou aguentar, aliás sou maravilhoso

 Castiel dava a última mordida no pão enquanto Alice apenas começava

— E você, pensa em retornar os estudos?

Ela parou o que estava fazendo, e ficou incomodada.

— Bem que eu gostaria Castiel, mas enquanto eu tiver que sustentar a Iris não vou poder voltar a estudar, enquanto isso eu trabalho no Starbucks né?

            Castiel sentia pena de Alice. A mãe dela havia morrido no parto de Iris, sua irmã caçula de 14 anos, e ela tinha que cuidar da jovem. Ambas moraram em um abrigo por muitos anos, enquanto Alice trabalhava de noite como catadora de lixo e Iris a ajudava. Com o dinheiro conseguiram alugar os fundos de uma casa muito velha em um bairro pobre de Tóquio, mas para que conseguissem se sustentar Alice abandonara os estudos para que sua irmã pudesse estudar. Ela trabalhava no Starbucks de dia e muitas noites trabalhava como catadora de lixo. Foi em uma dessas noites que ela conheceu Castiel.

            Castiel sempre apoiava, as vezes dava dinheiro para a jovem inclusive. Mas Alice raramente aceitava. Ela era orgulhosa demais para isso.

            Iris acabava de chegar na cozinha, ela se sentou na frente de Castiel e Alice.

— Bom dia mana, bom dia cunhado!

            Alice enrubesceu, ela odiava quando sua irmã fazia isso.

— Fica quieta Iris – Iris apenas sorriu.

— Fala menina chata, que que você vai fazer hoje? – Castiel sempre provocava Iris, mas mesmo assim os dois se gostavam muito.

— Gostaria de ir dormir – Alice lhe lançou um olhar enraivecido – Mas, como sou uma ótima aluna vou estudar.

— Acho bom mesmo pirralha, se não vai ficar sem futuro!

 Iris mostrou a língua para Castiel.

— Mana, olha como seu namorado fala comigo!

—Ai chega vocês dois, está cedo demais pra brigas! E Iris, trata de se comer logo pois você já está atrasada.

            Iris emburrada comeu tudo rápido. Assim que ela terminou eles ouviram um barulho na porta da frente. Alice já sabia quem era e por isso foi atender, era uma mulher idosa, com cabelos grisalhos amarrados por um coque. Ela era a dona da casa, morava na parte da frente.  Se vestia sempre com roupas de marca, mesmo não tendo muito dinheiro. Ela era diretora de alguma escola que Alice não fazia questão de saber.

— Bom dia Alice – Disse a mulher – Sabe que estamos do dia 5 do mês!

—  Sim senhora Shermansky — Ela disse seca.

— Já disse que pode me chamar de Teresa.

Alice fez pouco caso e entrou em sua casa, seguida por Teresa. Lá ela pegou sua carteira e deu o valor do aluguel para a senhora – Aqui está.

— Muito obrigada! – Disse ela ríspida, Castiel e Iris chegaram na sala neste momento – Vejo que seu namoradinho está aqui, não é? Tenho visto ele vindo demais para cá.

— Isso não é da sua conta.

— Hum, sei que não.

 Teresa virou-se para ir embora, e mesmo de costas para eles ela disse

– Alice, Alice, quantas vezes vou ter que te dizer para não ser estupida comigo.

            Teresa foi embora, e Alice apenas bufou. Castiel a olhou com ternura e a abraçou, ele sabia o quanto Alice detestava aquela mulher, mas que ela não tinha outra opção, e nem ele podia ajudar.

            Depois disso Iris saiu para a escola e Castiel foi logo atrás, dando um beijo de Alice e se despedindo da namorada.

 

_____

 

            Após ter aula de ciências e matemática Victória finalmente tocara o sinal para o intervalo. Mas antes de sair da sala, o professor a chamou:

— Winterfell, venha aqui por favor. – Victória se dirigiu ao professor, ele espero que todos os alunos da sala saísses para que ele pudesse continuar – Está tudo bem com você? Acabamos de começar o ano e você já está com cara de cansada.

— Não se preocupe senhor Faraize, estou bem! Foi apenas uma noite de sono mal dormida!

— Espero que esteja tudo bem mesmo senhorita Winterfell, mas qualquer problema pode me chamar.

— “Só se você conseguir curar meu pai” Obrigada senhor Faraize.

            Victória saiu da sala cansada. O professor Faraize sempre a ajudava na escola, desde seu primário. Victória havia se apegado muito a ele, mas ela nunca soube o porquê dele a ajudar tanto.

E enquanto ela saia, estava tão distraída que nem reparou quando um dos meninos veio em sua direção falar com ela, este vestia-se de maneira despojada, tinha cabelos azuis e um jeito encantador de ser.

— Vicky, querida, finalmente te achei!

O sorriso dele era tão contagiante que ela retribuiu.

— Ou Alexy, diga!

— Meu irmão quer te ver! Ele está no refeitório te esperando!

Um frio na barriga veio em Victória de repente.

— Ok, vou lá!

Mas Alexy percebeu.

— Pra que esse nervosismo menina, até parece que vai beijar alguém!

Ela bateu no ombro dele e os dois riram, porém Victória foi para o refeitório sozinha.

            Assim que chegou no refeitório foi procurar por Armin. Este estava sentado em uma mesa esperando por ela enquanto jogava algo em seu Nintendo DS. Victória percebeu que ele havia passado gel em seus cabelos castanhos e um perfume da marca Lacoste, provavelmente uma dica de Alexy.

Ela se aproximou com cuidado para não assustá-lo enquanto jogava.

— Armin, tudo bem? Fiquei sabendo que você queria falar comigo!

— Sim Victória, senta ai! Já falo, espera só eu...DROGA!

Ele gritou irritado enquando fechava seu Nintendo.

—Perdi outra batalha em Super Smash Bros!

— Estava jogando com quem, o Didi?

Alexy sorriu, ele amava o fato de Victória saber sobre vídeo-games.

— Não sou masoquista a esse ponto!

 Victória se sentou, e Armin pode finalmente falar.

 — Bom, eu estava pensando, é que já faz um mês que a gente está ficando sabe, então...

 Victória ficou nervosa será que ele finalmente iria fazer a pergunta?

 — Pensei então em hoje irmos ao shopping comemorar, o que acha?

Uma onda de decepção percorreu seu corpo, mas logo mudou, talvez ele quisesse pedir a ela no shopping, um lugar especial, não é?

—Claro que sim! Estou livre essa tarde, mas por favor não quero demorar demais, estou precisando estudar.

— Não se preocupe senhorita Winterfell – Armin a chamava assim muitas vezes para irritá-la, mesmo Victória o tendo dito para não fazê-lo – Assim que quiser nós vamos embora!

— Obrigada Armin! — Victória sorriu, mas estava envergonhada — Nos encontramos no shopping então.

_____

 

            Castiel estava almoçando a marmita que Alice tinha o dado. Ele comia isolado de todas as outras mesas, e por isso muitos o olhavam estranho. Enquanto ele comia ele recebeu uma ligação de Lysandre em seu celular.

— Fala Lysandre, que que você quer?

— Castiel, você não vai acreditar no que a Rosalya acabou de me contar!

            Rosalya era uma amiga dos dois, uma mulher morena e muito bonita, porém muito tímida. Ela era muito inteligente, havia passado em primeiro lugar na Universidade de Tóquio em Economia. Além disso a garota era muito boa em construir sites, e fora ela quem fez e administrava a página do facebook deles.

— Fala Lysandre!

—  Ela disse que recebemos um pedido de ajuda de uma família chamada Winterfell! Um menino contatou a gente!

— Tá Lysandre e dai? Não foi pra isso que criamos a página?

— Pensei que ficaria mais animado! – Castiel apenas bufou e Lysandre continuou – Enfim, pedi para encontrarmos o garoto hoje de tarde, estou só esperando ele responder.

— Lysandre, eu trabalho de tarde!

— Mas eu e a Rosalya não! A gente vai lá vê! Depois nós marcamos daí você vai.

— Você me ligou só pra falar isso? Que desnecessário.

— Castiel será que você poderia, só uma vez, ser menos grosso.

— Não.

— Estão tá, — Lysandre suspirou – Vou desligar, tchau.

— Tchau.

            Castiel não admitia, mas sempre adorava quando tinha que fazer um trabalho.

 

_____

 

            Victória saiu da escola e esperava por Armin do lado de fora. Mesmo de uniforme ela iria para o shopping. Ela tentava entender o que ela sentia por Armin, mas era complicado. Ela adorava estar com ele, sempre se sentia alegre e entusiasmada, e agora pensava se ele sentia o mesmo por ela. Será que ele iria pedi—la em namoro?

— Oi senhorita Winterfell! – Disse Armin pegando em sua mão.

— Oi Armin! – Disse ela sorrindo – Já disse para me chamar apenas de Victória.

— Desculpe. – Ele lhe deu um selinho – Vamos logo, já vai ficar tarde.

            Os dois estavam indo para o shopping quando Victória recebe uma ligação, esta era de Charli.

— Espera só um minuto Armin, é meu irmão – Ele apenas sorriu, Victória então atendeu – Alo?

— Mana, eles me responderam.

— Eles quem?

— Daquela página!

— Ok, espera só um pouquinho – Victória tirou o telefone da orelha – Armin esse é um assunto um pouco particular.

— Não se preocupe, vou ali na frente.

 Ele andou alguns passos e Victória continuou.

— Responderam? E o que disseram?

— Disseram para me encontrar em algum lugar hoje! Vou marcar no shopping, que é bem movimentado!

— Ótimo mesmo, porque estou indo pro shopping também, mas estou como Armin. Marca com eles umas 6 horas, dai já vai ter dado tempo!

— Tempo de que? De você dar um amasso no Armin?  Eu ouvi que ele está aí com você! – Charli começou a rir.

— Idiota!  Mas me espera tá!

— Tá, vou marcar com eles na frente do McDonalds as 6 horas.

— Tá, pode ser. Tchau Charli.

— Tchau, e juízo! Não quero ficar mal falado!

 Charli continuava a rir, Victória apenas desligou e foi de encontro ao Armin.

— Terminou?

— Terminei – Disse ela sorrindo – Agora vamos!

            Eles chegaram no shopping era 4 horas. Armin levou Victória para o cinema e pagou a pipoca e a entrada. Lá eles assistiram um filme sobre zumbis. Apesar de Victória nunca ter medo de filmes de terror ela também não gostava. Já Armin apenas ria pois achava esse tipo de filme muito previsível e mal feito. No meio do filme os dois se beijaram, e então nenhum deles prestou mais atenção na história.

            Assim que saíram era 5:30. Foram para a praça de alimentação. O rádio lá tocava uma música antiga, Help da banda Beatles. Pediram uma comida no Buger King mas ali cada um pagou seu lanche. Foram comer em uma das mesinhas. Victória já começava a ficar nervosa pois queria saber se Armin iria a pedir mesmo em namoro.

— E então Armin, estamos eu e você aqui, no shopping, um mês desde que estamos ficando! Que legal né? – Victória parou de comer.

— Sim, muito legal! – Armin dava uma mordida em seu lanche.

— Bem interessante! – Victória suspirou.

— Que foi senhoria Winter...— Armin iria continuar mas Victória já lhe lançou um olhar de reprovação, que o  fez mudar o diálogo – que foi Victória?

— Nada, é que apena fico imaginando o que te fez me trazer aqui hoje.

— Horas, para comemorar! Gosto de estar com você Victória! – Ele sorriu e a garota enrubesceu.

— Obrigada Armin! Mas, é só isso? – Armin parou de comer.

— Como assim, só isso? – Victória já estava irritada.

— Ah, só isso! Sabe!  Sem, mais nada demais! Você sabe...

— Não, não sei! O que você quer dizer.

Victória de irritou.

— Nada Armin, nada! – Victória se levantou – Olha eu marquei com meu irmão aqui! Vou ver se o encontro! Depois a gente conversa.

            Sem dizer mais nada Victória levantou e foi embora, deixando Armin confuso. Ela foi até o banheiro e jogou uma agua no rosto, estava com muita raiva e seus olhos estavam lacrimejando. Como o garoto podia ser tão bobo.                                                                                                                  

 Já Armin ficou sem entender nada. Terminou de comer seu lanche e foi ao banheiro masculino. Ele se perguntava se ele havia feito algo com a Victória da última vez que eles se viram, mas em sua cabeça não vinha nada. Enquanto ele pensava um homem saiu do box do banheiro e reparou na cara de confusão do menino.

— Pela sua cara parece que teve problemas com mulheres! – Armin olhou assustado para o homem.

— Como é que você sabe?

— Você está com cara de confuso, só mulheres nos deixam assim.

— Bom é que...

 Armin parou para pensar, aquele homem estranho veio do nada querendo lhe dar conselhos, Armin não queria dizer, mas ele tinha uma aura muito boa, o que o deixou mais confiante, portanto continuou.

— Estava tudo indo tão bem em nosso encontro! E de repente, ela ficou brava...

— Mas mulheres são assim mesmo! – O homem sorriu — Ela é sua namorada?

— Não..., mas já estamos juntos a um mês... inclusive hoje!

— Então é isso! Ela quer que vocês namorem!

— Meu Deus! Não estou pronto pra isso! – Armin ficou apavorado.

— Mas ela está, e com mulheres as coisas são assim! Ela provavelmente achou que você queria também, provavelmente ela queria que você pedisse ela em namoro hoje, afinal era uma data especial!

— Mas eu não fiz anda pra ela pensar isso!

— Como disse, mulheres são assim mesmo! – o homem ia saindo do banheiro – A Propósito, me chamo Lysandre, se quiser mais conselhos é só me procurar.

            Armin ficou confuso e preferiu não acreditar nas palavras do homem, afinal ele não estava mesmo pronto para um relacionamento.

            Enquanto isso Lysandre foi para o McDonalds, onde lá já estava uma mulher com um vestido chamativo, maquiagem forteno rosto, tinha cabelos compridos e brancos até a cintura, e olhos amarelos.

— Está elegante, veio arrumada para a ocasião Rosalya?

— Mas é claro! Ainda mais para um possível cliente, que precisa de ajuda! Precisamos estar bonitos sempre!

— E quem estamos procurando?

—Esse menino – Rosalya abriu o celular e mostrou a foto – Era essa a foto de perfil, mas não estou vendo ninguém parecido.

— Será que não é aquele? – Lysandre apontou para a outro lado da praça.

— É ele mesmo! Acho que está vindo para cá!

            Charli andava apressado, estava quase no horário e por pouco não se atrasou. Ele ia em direção ao Mcdonalds e havia apenas duas pessoas que não estavam na fila. Ele foi até elas e lá os cumprimentou.

— Olá, por acaso são vocês...

— Os donos da página Destruidores de Demônios, sim! – Respondeu Rosalya com um sorriso.

— Mas...você é....normai!

— Já sei, você nos imaginava com uma capa preta e tatuagens para todos os lados, como se fossemos góticos ? – Rosalya perguntou.

— Sim, ou no mínimo igual a ele!

Lysandre arqueou uma sobrancelha incomodado, suas roupas vitorianas incomodavam muitas pessoas mesmo ele não sabendo o motivo, mas como Charli era apenas um menino, decidiu ficar quieto.

— Todos pensam, mas somos normais mesmo. – Ela respondeu.

— E então, qual é o seu problema? — Lysandre perguntou calmo.

— Bem, eu não queria falar sozinho, deixa eu só ligar pra minha irmã, dai ela pode me ajudar a explicar.

— Tudo bem! – Disse Rosalya.

 Charli discou os números para ligar para Victória.

— Alô?

— Oi Charli, cadê você?

— Já estou aqui com eles? E você, cadê?

— Estou indo pra ai.

            Victória nem percebeu que havia ficado tanto tempo no banheiro. Ela molhou o rosto mais uma vez, saiu e foi em direção ao McDonalds.

            Rosalya e Lysandre ficaram em silencio na frente do garoto, pois Charli ainda estava muito tímido. Foi então que eles viram Alice chegando.

— Nossa, Lysandre que que a Alice tá fazendo aqui? E ainda por cima de uniforme? Por acaso ela voltou a estudar? – Cochichou Rosalya para Lysandre.

— Não sei, faz muito tempo que eu não vejo ela, e cê sabe como o Castiel é! Muito reservado...ela tá vindo pra cá, vamos parar de cochichar.

— Mas que que será que ela quer?

— Não sei, depois nós descobrimos.

            Assim que Victória chegou, ela se apresentou.

— Oi, boa tarde, sou Victória Winterfell.

            Lysandre e Rosalya apenas olhavam pra ela mudos e perplexos.

— Victória...Victória Winterfell? – Disse Lysandre ainda sem entender.

— Sim, porque? – Victória perguntou desconfiada, ela percebeu que os dois estavam estranhos.

— Não, por nada! – Respondeu Rosalya rápido – Vamos nos sentar em uma mesa para conversarmos.

            Os quatro procuraram uma mesa para se sentarem. Victória e Charli se sentaram de um lado, enquanto Lysandre e Rosalya se sentaram do outro. Lysandre começou a falar.

— Então senhorita Ali...— Lysandre parou de falar, engoliu seco e disfarçadamente continuou – senhorita Victória, qual é o problema da sua família?

— Bom, é que...— Victória se segurou para não continuar a chorar – o problema é...nosso pai.

Victória tirou seu cachecol para mostrar as marcas da noite anterior, Rosalya arregalou os olhos, mas Lysandre apenas analisou os ferimentos com a visão.

— Nosso pai tem se comportado diferente. – Charli começou a chorar – Ele fica alterado, fala coisas horríveis e ontem ele quase enforcou minha irmã. – Victória colocou o cachecol de volta.

— Sei que parece loucura mas...

— Não é – Disse Lysandre cortando Victória – Olha isso é um caso típico de possessão demoníaca, só precisamos analisar se isso é por causa de um espirito zombeteiro, um poltergeist ou um demônio.

            Victória estremeceu, ela não queria acreditar. Na verdade se ela não tivesse visto aquilo com seus próprios olhos ela não acreditaria.

— Então, vocês podem nos ajudar? – Perguntou Charli.

— Nós podemos ir na sua casa na sexta-feira a noite.  E irá mais uma pessoa com a gente, tem problema?

— Se essa pessoa nos ajudar, não! – Disse Victória.

— Ótimo, estão está marcado, sexta-feira. – Disse Rosalya por fim.

            Assim que Victória e Charli se levantaram e foram embora, Lysandre e Rosalya começaram a conversar.

— Já vi coisas assustadoras Lysandre, mas está definitivamente é a mais assustadora.

— Eu não sei Rosalya, ela é...igualzinha a Alice! Não sei nem o que dizer. – Lysandre pegou o celular – Vou ligar para o Castiel.

            O telefone chamou 3 vezes antes de Castiel atender.

— Alo?

— Oi Castiel, aqui é o Lysandre.

— Fala – Disse Castiel desinteressado.

— Marcamos de nos encontrarmos com a menina sexta de noite, tudo bem?

— Não, mas fazer o que? – Disse Castiel ríspido.

—...Castiel...

Lysandre pensou em dizer sobre a garota, mas talvez ele não devesse.

— Que foi?

— Nada, tchau. – E Desligou.

— Pensei que você ia falar pra ele! — Rosalya disse inquieta.

— ...acho melhor ele descobrir isso por conta própria.

_____

            Castiel ficou bravo do outro lado da linha. Mas como estava saindo de seu trabalho, apenas esqueceu. Queria chegar logo em casa, que naquele dia era a dos seus pais. Mesmo ele indo dormir quase todos os dias com Alice as vezes tinha que visitar os dois.

            Quando Castiel chegou, sua mãe estava assistindo televisão e seu pai trabalhando no computador. Ele chegou na sala e cumprimentou sua mãe.

— Olá mãe!

— Olá filho! Estava sentindo sua falta já! – Disse ela se levantando e o abraçando, o que o fez ficar sem graça – Sei que parece bobagem, mas estava mesmo com saudades.  

— Eu imagino.

            Castiel parou de abraça-la e se sentou no sofá junto com ela. Logo seu pai chegou também e se sentou na poltrona.

— Boa noite filho! – Disse ele sorrindo – Quase não te vejo mais!  Você hoje em dia só mora com a Alice.

— Eu sei, estava até pensando em me mudar definitivamente para lá.

— Olha Castiel, gosto muito dela, mas tenho medo de você morando lá, é muito perigoso.

— Eu sei pai, mas queria poder ajuda-la, e se eu não morar lá ela nunca vai aceitar minha ajuda.

— Filho...espera mais um pouco, vocês namoram só a um ano. Quem sabe daqui alguns meses. – Disse seu pai.

— Tá bom...— Castiel disse meio contrariado.

— Jean-Louis e Castiel, por favor parem de discutir, estamos em um momento raro em família. Por favor vamos apenas nos divertir.                                                                                            

— Tudo bem Valérie. – Disse Jean a olhando com ternura.

            Os três conversaram bastante antes de Castiel ir dormir. No dia seguinte conversaria com seu mestre para pegar ferramentas novas para o trabalho de sexta-feira.

             Assim que Castiel deitou ele dormiu. Mas antes mesmo que percebesse ele estava sonhando.

Era uma mulher de cabelos castanhos e sorriso sádico açoitando-o nas costas, a cada chibatada ela parecia rir mais alto, cada vez mais alto. Castiel urrava de dor, e mesmo assim ela não parava. Ele em certo momento pediu para ela parar, mais era em vão, ela não parava. Aquela risada era irritante, e familiar.

De repente Castiel acordou, eram 3:33 da  manhã, e ele sabia que era o horário do demônio.  Foi até o banheiro olhar suas costas e estas estavam vermelhas, Castiel já estava acostumado, aquele sonho e aquela mulher o atormentavam desde que ele se lembrava.

Ele tomou um banho e depois pegou uma pomada e passou nos ferimentos. Passou o resto da noite sem dormir. Preferia, pois ele sabia que se dormisse novamente teria outro pesadelo.

            Continua...

 


Notas Finais


N/A: Estou tentando escrever o mais rápido que consigo! Espero que gostem desse cap pessoal. Aqui não teve muita ação pois queria apresentar melhor os personagens.
A musica do titulo é um um clássico dos Beatles, chama-se Help, espero que gostem.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...