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História Canções Perdidas - Capítulo 9


Escrita por: GiuBlue

Notas do Autor


Desculpe a demora gente, me desculpe mesmo. Estou postando agora e agradecendo desde já os favoritos e os comentários. Obrigada pela "pegação no pé", se não fosse por isso eu não estaria aqui hehe. Enfim esse aí na capa é o Adam, ou pelo menos como eu imagino ele. Uma leitora me pediu a muito tempo pra postar as fotos dos personagens, então eu vou postando aos pouquinhos viu? ;) beijos até as notas finais.

Capítulo 10 - Capítulo 9


Fanfic / Fanfiction Canções Perdidas - Capítulo 9

 

 - Oh droga! - Reclamei. Estávamos a caminho da cerca quebrada onde estava Adam. Infelizmente nenhum dos três iria comer na sede. Ia ser meio que um piquenique forçado, já que ninguém queria comer comida fria. Depois de dar banho em Manga (sim nós conseguimos dar banho naquele cachorro retardado) tomamos um banho e passamos na cozinha para pegar a cesta com o almoço que Nora havia feito. 

 - O que é agora? - Harry perguntou. 

 - É que... Nada deixa. Eu estava pensando besteira.

 - Suas besteiras são engraçadas. Conte. – Eu ri.

 - Não são engraçadas. São toscas.

 - Ou seja... São engraçadas. – Pensei sobre a lógica dele. Ok, eu havia encontrado uma pessoa tão lerda quanto eu. - Fala.

 - Eu estava pensando nos meus maridos.

 - Maridos? Você é casada... E bígama? - Ele perguntou com os olhos arregalados. Olhei de soslaio para ele e revirei os olhos.

 - Não Harry. – Era engraçado como as feições do Harry podiam ficar idiotas. Não pude segurar um riso. - Não nesse sentido. Se bem que eu iria gostar.

 - Me explique. Você não é bígama, mas gostaria de ser. E ao mesmo tempo... Você nunca aceitou nenhum peão daqui da fazenda. Você é estranha. - Eles são daqui? - Ele perguntou. 

 - NÃO! É claro que não.

 - E de onde são então?

 - Deixa eu falar Hazza.

 - Sou todo ouvidos.

 - Olha. Tem uma banda que eu sou apaixonada. Ela se chama One Direction.

 - Ah. É uma banda. Entendi. - Ele falou como se estivesse aliviado. Retardado.

 - Continuando. Eu nunca tive nenhum CD nem nada deles. Revistas nem merda nenhuma. Mas tipo eu amo eles entende? Isso por que eu tenho... Quero dizer eu tinha um rádio, e só passava eles nas estações. Acho que eles são muito famosos.

 - Você "tinha" um rádio?

 - É. - Bufei. - Por isso que tô com raiva. O imbecil do Adam quebrou o meu rádio.

 - Ele quebrou seu rádio? Por quê? - O Harry perguntou rindo.

 - E eu sei lá? Meu primo tem problemas mentais. É doido. O rádio era a única comunicação com o mundo que eu tinha. Você sabe... Não tem nem televisão lá em casa.

 - É verdade. Você devia amar o rádio. O Adam deve ser meio doido pra quebrar a comunicação com os seus "maridos". - O Harry brincou. 

 - Meio? Você tem certeza que é só meio? - Harry riu. 

 - Tem quantos integrantes na banda?

 - Bom... São cinco cantores. Zayn Malik, Niall Horan, Liam Payne, Louis Tomlison e Harry Styles.

 - Harry? Meu xará! – Eu ri.

 - Seu xará Harry. Na verdade... Pela descrição dele no rádio você se parece com o Harry da banda. Ele tem dezenas de tatuagens que nem você. Alto, cachos castanhos, branquelo que nem você e olhos verdes. - Olhos esmeraldas e perfeitos que nem os seus. Me virei para olhar ele.

 - A gente deveria procurar por esse Harry, ele deve ser meu clone. Já pensou se esse Harry Styles tivesse alguma coisa a ver com meu passado? 

 - Nossa, já pensou se ele fosse seu parente? - Mais risadas. - Eu iria querer conhecer ele na hora! Você iria me apresentar pra ele? - O Harry sorriu.

 - Não sei. Vou pensar no seu caso. - Ele falou te fazendo rir.

 - Palhaço. - Exclamei desci de Chica e caminhei até a cerca. Adam estava lá, colocando estaca por estaca e emendando elas com o arame farpado. Ele tinha habilidade com aquilo. 

 - Até que enfim chegaram! Foram buscar a comida lá na cidade foi? Misericórdia. Que demora tô morrendo de fome.

 - Deixa de ser chato. Tem é que me agradecer por eu ter trago a comida. Eu quase não vinha. Não foi Harry?

 - Preguiça em pessoa aqui. - O Harry falou cutucando minhas costelas.

 - Vish ela tá se libertando. Cuidado viu Harry. Daqui pra frente ela vai pedir um monte coisa pra você que nem faz comigo. Só que eu sou forte o bastante, pra resistir a ela. - Ele levantou os braços mostrando sua força em escassez. Arqueei as sobrancelhas não vendo os músculos que ele queria mostrar.

 - O problema é... E se eu não quiser resistir. - O Harry murmurou baixo. Apenas eu escutei e instantaneamente corei. 

 - Olha eu e o Harry vamos comer. Estamos te esperando.

 - Já tô indo senhorita enjoada.

 - Besta. Vem Harry. - Puxei Harry para debaixo de uma árvore com sombra. Abri a cesta e tirei as duas quentinhas com torta de camarão e suco de laranja. - Suco de laranja. Deus como eu amo suco de laranja!

 - Sério? Você tá com uma torta de camarão na mão... CAMARÃO... E tá dando glória a Deus pelo suco de laranja? Não... Só você mesmo.

 - Eu sou apaixonada por suco de laranja. Amo suco de laranja!

 - Percebi. - Ele riu e começou a comer lentamente, dava-me agonia ver pessoas comendo devagar. Lembrava-me meu tio Flick e sua dentadura nojenta. - O que é que você tá olhando? - Ele perguntou.

 - Você é muito lerdo comendo. 

 - Algo contra?

 - É estranho. Aprenda a comer que nem eu veja. – Coloquei uma garfada de comida na boca e mastiguei do meu jeito. O Harry me olhou como se eu fosse um E.T. Ok, talvez não tenha sido uma boa ideia.

 - O seu jeito de comer que é estranho. É muito rápido. 

 - E você é muito lerdo. Vamos tente. - Ele colocou a torta na boca e TENTOU mastigar que nem eu. Mas ele não conseguia, era engraçado. Comecei a rir. - Não Harry, não é assim. – Peguei e coloquei mais torta na boca e mostrei a ele como era. Ele tentou mais uma vez e riu.

 - Ah  desisto. Eu vou comer do meu jeito é mais fácil.

 - É por isso que você tá assim magro, dizem que quem come devagar é mais magro.

 - Então é por isso que você tá gorda. - Ele falou. Parei por uns três segundos olhando pasma pra ele.

 - Eu tô gorda? - Perguntei colocando a mão na barriga.

 

 Por Harry.

 

 Dãh? Óbvio que ela não estava gorda, ela era perfeita. Completamente perfeita. Corpo perfeito, jeito perfeito. Mas ela não precisava saber disso. Eu podia torturar ela um pouquinho. Só um pouquinho. 

 - Tá sim. - Murmurei quando engoli a torta.

 - Ah meu Deus. - Ela murmurou comecei a rir de sua reação. 

 - Não fique assim, muitas mulheres sofrem disso.

 - Para Harry. - Eu ri mais e tomei um pouco do suco de laranja. 

 - É verdade Rapunzel.

 - Já te disse pra não me chamar assim. - Ela estava irritada, o que só me dava mais vontade de rir.

 - Uê? E por acaso eu disse que iria parar?

 - Argh! - Ela reclamou. - Você é muito enjoado quando quer.

 - Nós estamos nos libertando, palavras do seu primo. - Falei. Ela riu. Adam se juntou a nós e pegou sua quentinha.

 - Adam... Eu tô gorda? - Ela perguntou preocupada. E eu... Com suco de laranja na boca engasguei de tanto rir. Ela estava levando aquilo a sério. Coitada.

 - Bom depende... Se eu falar que você tá magra você vai me dar a sua torta?

 - Claro que não. 

 - E se eu te disser que você tá gorda eu vou apanhar né?

 - É.

 - Então você tá normal. - Ele falou.

 - Eu não concordo. - Falei provocando e tomando mais um gole do suco. Lika deu um tapa abaixo do copo me fazendo respirar suco de laranja. Depois de voltar ao normal percebi ela e Adam rirem. Peguei a vasilha com bolo de chocolate, abri e joguei nela. Ela olhou pra camiseta suja com chocolate.

 - Ei! Essa era minha sobremesa! - Reclamou o Adam. Lika pegou o resto da torta e jogou em mim. E assim começou uma guerra de comida. Adam parecia ter esquecido que aquilo era sua sobremesa e jogava pedaços e pedaços de torta sobre nós. Nós três riamos sem parar. Eu não sei aonde víamos graça em jogar bolo de chocolate um no outro... Mas quer saber? Era engraçado. Era divertido. E algo em meu ser me dizia que eu não sentia aquilo há muito tempo. Ou quem sabe até mesmo... Nunca. Parecia que minha alma respirava um ar diferente, algo mais leve, mais limpo. Parecia que eu vivia a vida de outra pessoa. Eu não sei por que. Não sei o que eu andava fazendo no meu passado, mas aquilo era renovador, e mesmo eu não me lembrando de nada eu sentia em algum lugar de mim que... Algo havia mudado.

 - Chega! Tá bom! - Lika reclamou erguendo as mãos em sinal de paz sem parar de rir em nenhum momento.

 - Eu concordo. Adeus sobremesa! - Falou Adam fazendo outra onda de risos explodir. - Sério, vou voltar pra sede. Preciso de um banho. Olha o que vocês fizeram comigo? - Adam se levantou e começou a arrumar suas coisas. - Olha quer saber de uma? A gente termina essa cerca amanhã eu tô cansado. 

 - É, estamos todos sujos de chocolate! Culpa do Harry! - Falou Lika.

 - Minha culpa? Culpa sua que me fez afogar no seco com suco de laranja. - Falei me defendendo. 

 - Parem os dois. - Falou Adam. - Eu vou pra casa, vocês vão agora? - Perguntou Adam. 

 - Acho que si... Espera! Eu tenho uma ideia melhor. - Falou Lika. - Por que a gente não vai pra cachoeira e mostra o forte pro Harry? A gente se limpa lá e volta depois. - Eu olhei pra ela e depois para o Adam. Ele parecia gostar da ideia.

 - Bom... Eu até iria, se eu não tivesse tão cansado. Vão vocês. Você conhece o caminho tão bem quanto eu.

 - Ah bora com a gente Adam! Não vai ser tão divertido sem você. - Falou Lika.

 - Bora Adam. - Falei incentivando. Mesmo querendo ficar sozinho com a Veronika. 

 - Não... Vão vocês eu vou pra casa e aviso que vocês vão demorar um pouco. - Ele falou subindo em Negão. - Além do mais eu não quero segurar vela. - Ele piscou para mim e correu em direção a cede. Corei violentamente com o comentário dele. Filho de uma... Argh! Ele não podia disfarçar um pouco?! Droga! Olhei pra Lika e ela corava tanto quanto eu. Parabéns Adam!

 - O que será que ele quis dizer com isso? - Ela perguntou.

 - E eu sei lá? Como você disse o Adam é doido. Vamos antes que as formigas nos ataquem. - Lika sorriu, e me ajudou a guardar as coisas na cesta de novo. Depois subimos nos cavalos e começamos a trilhar um caminho completamente contrário do qual viemos. Observei a feição de Rapunzel. Ela parecia em paz consigo mesma. Foi assim que percebi que nunca a havia visto sem tranças. - Rapunzel. - Chamei.

 - Sim?

 - Por que você nunca usa seu cabelo solto? - Ela riu irônica.

 - É uma longa história.

 - Me conte.

 - Bom... É por causa da minha mãe. Ela diz que foi uma promessa dela, eu não sei pra que. Ela disse que eu nunca iria cortar o meu cabelo curto até os meus dezoito anos. 

 - E por que isso?

 - Minha mãe nunca revelou isso pra mim.

 - Mas tipo... Isso não é motivo pra você deixa ele preso direto.

 - É sim. Ele é muito comprido. Ele trançado não me incomoda tanto na hora das tarefas. Imagina eu Veronika Fox domando cavalos, limpando fezes de vaca, dando banho em Manga com os cabelos soltos? Não ia dar certo. - Ela falou entretida na fazenda.

 - Eu gostaria de te ver com o cabelo solto. - Falei pensando alto. Ela fixou os olhos em mim e sorriu.

 - Bom. É bem capaz que você nunca veja. Acho que nem o Adam me viu de cabelo solto. - Ela falou.

 - Pra tudo tem uma primeira vez. - Olhei pra ela e pensei. - Já sei! Vamos apostar corrida! – Ela pareceu se interessar, mas não respondeu. – Se eu chegar primeiro na cachoeira eu mesmo vou soltar o seu cabelo. 

 - E se eu ganhar? 

 - Então você vai poder fazer o que quiser comigo. - Vi os olhos dela brilharem. Ela gostava de desafios e provavelmente ela iria ganhar eu não sabia o caminho.

 - Certo. Você sabe que eu vou ganhar não sabe? Você nem imagina onde é a cachoeira.

 - Trovão é mais rápido que Chica. Ou você se esqueceu desse detalhe? - Perguntei antes de disparar na frente dela. Só escutei sua risada alegre me seguindo. Nós estávamos em campo aberto e ríamos das besteiras um do outro. Fiz Trovão aumentar a velocidade, desde que Lika me fizera participar de suas tarefas eu me acostumara a andar a cavalo, mesmo tendo tido alguns problemas no inicio. Aquilo me ajudava, pois, não sei por que, mas eu queria muito ganhar aquilo.

  Eu continuava na frente dela quando entramos na floresta. De repente ficou mais fresco e mais difícil cavalgar (tudo culpa das árvores). O sol batia nas folhas altas deixando alguns fiapos de luz preencher a floresta. O barulho de nossas risadas no meio das árvores era confortante, parecíamos duas crianças brincando de pega-pega e esconde-esconde. Adentramos profundamente a florestas e eu realmente não sabia para onde estávamos indo. 

 Não demorou muito depois desse meu sentimento perdido, que encontrei a clareira com a cachoeira.

E adivinhem quem ganhou?

Óbvio que foi o gostosão aqui. Não sei como.

Puxei as rédeas de Trovão e desci dele para comemorar.

 - EU GANHEI! EU GANHEI! - Gritei. Lika ainda sorria e veio até mim com um sorriso. 

 - Infelizmente né? Se o Adam descobrir que perdi pra você em uma corrida... Ele vai me zoar até o fim da minha vida. - Ela falou ainda rindo.

 - De boas. Vai ser nosso segredo Rapunzel. - Falei. Ela suspirou.

 - Você não vai mesmo desistir desse apelido, né? 

 - Não. Vem cá. - Puxei sua mão. - Quero meu prêmio.

 - Espera! - Ela falou. - Antes... Eu quero te mostrar uma coisa. - Ela amarrou os cavalos em um tronco e me puxou para dentro da floresta. Subimos um morrinho e ela me fez segurar uma corda. - Não solta até chegar perto da água, certo?

 - O que você vai fazer? - Perguntei, enquanto ela ria e me empurrava em direção ao "lago". Cai dentro da água com um estrondo. PUM! Meu corpo foi inundado pela água. Fechei meus olhos brutamente e emergi olhando ao redor e procurando por Lika. Ela havia pulado também eu havia escutado o barulho de algo pesado caindo na água. Eu comecei a ficar preocupado. Onde esta Lika? Dei uma volta de 360° procurando por ela e nada. Ela não estava em lugar algum. - Lika! - Gritei chamando-a. - Onde é que você tá? - Gritei. - Lika! 

 - BUU! - Ela gritou pulando em cima de mim.

 - Ahh! - Gritei em resposta e assustado. – Tu quer me matar do coração? Onde você estava? - Perguntei. Ela ria incontrolavelmente.

 - Dentro do lago ué? Tem outro lugar pra se esconder. Você tinha que ver sua cara. - Ela ria.

 - Não vejo graça. - Falei.

 - Pois eu vejo.

 - Ah é? Vamos ver se tem graça quando eu jogar você da cachoeira? - Falei correndo atrás dela.

 - Ah não! - Ela gritou rindo e correndo dentro da água.

 - Ah sim! - Gritei de volta rindo e pegando ela no colo. Ela se debatia rindo enquanto eu fazia cócegas nela.

 - Harry! Pa-aa-ra! - Ela pedia rindo das cócegas.

 - Peça desculpas, vamos peça. - Falei aumentando as cócegas. - Vamos Rapunzel! - Pedi.

 - De-ees-culpa! - Ela disse arfando e rindo. Parei as cócegas e sorri pra ela.

 - Agora sim. - Falei observando seu rosto alegre. Como ela conseguia ser tão linda? Ela tinha o sorriso mais perfeito que eu já tinha visto, a risada mais contagiante e os olhos... Aqueles olhos verdes-azulados. Eram tão... Irresistíveis. Tão alegres e brilhantes. Ela tinha um brilho próprio um fogo que sempre atravessava minhas barreiras. Eu nunca havia sentido algo assim. - Posso receber meu prêmio agora? - Perguntei. Ela sorriu e assentiu, ficando de costas pra mim. Meus dedos conseguiam tremer só de toca-la. Fui em direção ao laço que flutuava na água, soltei levemente e passei meus dedos com delicadeza por seu cabelo castanho claro. As ondulações soltando-se pouco a pouco da trança. As mexas molhadas, sedosas e macias se desfazendo em minhas mãos. Afaguei cada parte de seu cabelo comprido, da raiz as pontas. Impressionado com tamanha leveza. Apoiei minhas mãos em seus ombros e ela se virou pra mim. Um sorriso iluminou seu rosto. Suas faces delicadas me encantavam. Acariciei seu rosto com uma das mãos para ver se sua pele era tão macia como aparentava. Sorri pra ela, observando as gotas de água sobre seu nariz e cílios, acompanhando as poucas sardas.  

 Tracei, com meu polegar, o desenho de sua boca. Seus lábios pareciam tão doces e tão proibidos. Ela mantinha os olhos fixos em mim, fitando cada movimento meu. Fui diminuindo o espaço entre nós dois sentindo sua respiração em meu rosto.  

 - Rapunzel?

 - Sim? - Ela respondeu calma.

 - Você já foi beijada? - Perguntei. Observei seu rosto corar e seu sorriso desfazer um pouco, pela sua timidez. - Pode falar.

 - Não. Apenas um selinho forçado. - Ela falou envergonhada e desviando os olhos.

 - Você... É... Hum... - Gaguejei, sem saber o que falar. Respirei fundo e continuei a fita-la. - Você gostaria de ser beijada... De verdade? - Perguntei. Seu sorriso voltou. Ela assentiu calada, em um silêncio bom e calmo. Segurei com minhas duas mãos sua nuca de modo que ela não desviasse mais os olhos de mim. - Posso? - Perguntei próximo o suficiente de nossos lábios. Esperei por sua resposta. Meus olhos passeavam por seu rosto. Ela balançou o rosto assentindo e permitiu que eu a beijasse. Engoli em seco, com medo que não soubesse satisfaze-la. Era a primeira vez dela, será que ela iria gostar? Respirei fundo, fechei meus olhos e toquei nossos lábios levemente, com um simples selinho primeiramente.

 Juro, eu nunca senti tanto reboliço dentro de mim. Eu sabia o que fazer, mas por algum motivo estranho eu não sabia me mover realmente. Pelo menos não o meu eu físico. Não era eu que me guiava naquele momento, mas o meu eu sentimental. E eu sabia muito bem de quem era a culpa daquilo tudo. Ela conseguia me deixar... Perdido, em forma de estátua. Algo dentro dela me fazia ficar assim, ela me fazia ter sentimentos de verdade, e eu tenho certeza que antes de perder a memória eu não havia sentido nada assim. Seus lábios eram tão doces e perfeitos como eu havia imaginado. 

Segurei seu rosto e sua cintura colando nossos corpos. Nosso beijo parecia sincronizado, perfeito demais. Ela conseguia me deixar sedento por sua boca cada vez mais e mais. Eu sentia que nada na minha vida havia sido tão perfeito quanto aquilo, exatamente pelo fato de ser imperfeito. Exatamente pelo fato de ser único. Exatamente pelo fato dela ser única. Segurei a parte de trás de sua cabeça e logo depois escorreguei minhas mãos até sua cintura, apertando-a mim. Ela segurou minha nuca e acariciou me fazendo estremecer. Espalmei minhas mãos em suas costas e percebi ela estremecer também. Por falta de ar, parei de beija-la, mas assim como eu, ela não queria acabar com aquilo. Todo o tempo do mundo era pouco para nós dois. Queríamos que fosse eterno, e que não acabasse nunca. Demos vários selinhos um no outro e ainda de olhos fechados encostamos nossas testas, ofegantes e realizados com o que havia acabado de acontecer.

 - Harry...? - Ela murmurou.

 - Hum...

 - Se eu te dissesse que eu iria fazer exatamente isso quando ganhasse a aposta, o que você faria? - Eu ri de seu pensamento.

 - Eu te beijaria de novo. - Ela sorriu.


Notas Finais


E aí? Valeu a pena a espera? kkkkkkk espero que sim. Beijos flores até mais.
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