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História Canções Perdidas - Capítulo 11


Escrita por: GiuBlue

Notas do Autor


Oi gente! Como estão? É eu quero muuuuuito agradecer pelos comentários perfeitos e por todos esses favoritos. CP nunca vão tão bem conhecida quanto é agora e eu devo tudo isso a vocês. Eu agradeço de coração e espero que continuem gostando da história.
PS: Eu achei essa imagem tão a cara do Hazza daqui kkkkk.

Capítulo 12 - Capítulo 11


Fanfic / Fanfiction Canções Perdidas - Capítulo 11

 - Não solta minha mão. – Pedi.

 - Por quê? – Ele questionou antes de se bater em uma das paredes de pedras.

 - Por isso. – Falei rindo.

  Havia um corredor de pedras do lado esquerdo da cabana de madeira. Puxei Harry e o obriguei a segurar minha mão. Toda aquela região era escura para quem não conhecia o caminho. Mas eu sabia muito bem para onde estava indo. Conhecia aquela área mais do que a palma da mão. Era um exato zigue-zague de linhas retas começando para a direita, retornando para a esquerda e terminando a direita. Sempre com uma inclinação para cima. Como uma ladeira.

  E o sol retornou a brilhar ao nosso redor. O cheiro cavernoso ficou para trás, deixando somente uma visão incrível. Estávamos no alto da colina, longe da cachoeira, mas perto o suficiente para ouvir o burburinho da nascente do rio. Podíamos ver as extremidades do pequeno pedaço de mata e a imensidão da fazenda. E bem ao longe, ao pé da serra onde vivíamos, espreitava a pequena cidade.

  Havia uma única nuvem de chuva sobre ela e era possível ver a água caindo sobre a mesma. Era um sonho inalcançável, tão perto e tão longe, ao mesmo tempo tão bonito sendo banhado pelo pôr do sol. Suspirei e fitei as feições de Harry rindo, sabendo que ele estaria embasbacado com a mais bela das visões.

  Seus cachos castanhos balançavam com a brutalidade do vento, estavam com alguns fios dourados devido os raios de sol sobre nós. Seus pés tremiam levemente sobre o chão de pedra, terra e grama. Mas os olhos, normalmente em tom verde intenso, estavam cinzentos e maravilhados. Seu peito subia e descia ofegante com a caminhada, todavia ele parecia satisfeito. Pude ver todas as suas tatuagens, mesmo com a camiseta branca o cobrindo.

  Ele desviou os olhos daquele pequeno universo e fitou-me. Ah! Eu gostaria de poder explicar tudo o que senti quando ele fez aquele pequeno e intenso gesto. Soltei o ar pela boca e percebi que estava segurando a respiração enquanto o encarava. Mordi os lábios sentindo-me cada vez mais atraída por ele.

  Harry sorriu e eu podia dizer que vê-lo naquele lugar era uma combinação muito perigosa para mim. Eu estava pronta para ter um infarto a qualquer momento com todo aquele espetáculo bonito demais para uma garota do interior. Ele aproximou-se lentamente e segurou firmemente suas mãos sobre meu rosto.

 - Você gosta do que vê? – Questionei. Harry deu um sorriso de lado próximo demais do meu rosto. Podia sentir seu cheiro amadeirado, o calor de suas mãos e o hálito de hortelã. Era confortante estar ao lado dele. Eu me sentia segura como nunca me senti.

 - Muito. – Ele sussurrou deslizando o polegar sobre meus lábios.

   A presença de Harry emanava a minha volta, era como me aproximar de uma lareira em um dia frio e ele me acolhia à sua forma. Eu não sentia borboletas no estômago, era mais como um queimar em meu ventre, chamas que se espalhavam invisíveis por meu corpo a cada movimento dele próximo demais a mim.

  Deslizei a cesta para o chão e direcionei meus dedos ao seu pescoço, me encostando a ele, fazendo-o de apoio.

 - É um lugar muito bonito, Lika. Trás paz. – Ele disse.

 - Eu concordo. – Falei.

 - Tem mais algum lugar incrivelmente lindo pra me mostrar? – Sorri.

 - Acho que não. São só esses.

 - Só... Acha tudo isso pouco?

 - Acho. Tem tanta coisa linda nesse mundo e eu só conheço um minúsculo átomo de tudo que quero conhecer. É... Bastante frustrante.

 - Você não é feliz aqui? - Ele perguntou sério, meneei a cabeça sem sair de perto dele.

 - Em parte sim. 

 - Em parte?

 - Eu quero descobrir coisas novas Harry, não ficar presa a um mundo tão minúsculo. Eu só tenho isso, consegue entender? – Ele fitou-me com mais intensidade.

 - Olha Lika. Esse lugar é seu, não importa pra onde você for, vai poder voltar, por que é seu. A felicidade poder ser encontrada se fizer um objetivo mais alcançável. Você me ensinou isso. Posso te garantir que o mundo não é como tanto sonha. Ele é cruel, veja o que ele fez? Eu não me lembro de nada. E quer saber? - Ele sorriu. - Eu não tô nem aí. Por que eu estou feliz. Eu tenho certeza que eu nunca me senti assim em toda a minha vida. Nunca me senti tão vivo. Esse lugar me reacendeu. – Harry aproximou o nariz do meu e o acariciou. – Assim como as pessoas que vivem aqui. – Fechei meus olhos aproveitando o quão bom era estar perto dele.

 - Você sente isso mesmo? - Perguntei. Ele assentiu e puxou minha cintura colando nossos corpos.

- E muito mais. - Ele falou tirando uma das mexas do meu cabelo do rosto. – Apesar de ser muito cedo pra tudo isso e não querer apressar você... – Balancei a cabeça para que ele continuasse. – Acho, sinceramente que precisa de um apoio. Precisa sair da defensiva Veronika, não dá pra ser a adolescente rebelde pra sempre. – Meu rosto corou. – Eu vejo você. – Ele murmurou. – Vejo como tenta ser você mesma de um jeito bruto como um peão, tentando ser aceita no grupo de marmanjos e ao mesmo tempo vejo como se recrimina por não ser o que sua mãe quer. – Ele continuou. – Mas mais do que isso, eu vejo a verdadeira Lika. Uma garota inocente, ainda que não admita, que apesar dos pesares... É a criatura mais linda que eu já conheci. – Meus olhos lacrimejaram levemente. – Afinal... Você me salvou na estrada de pedra e me acolheu da forma mais absoluta. – Ele sorriu a me ver da cor de um pimentão. – Eu estou apaixonado por você Veronika Fox e quero que me deixe ser seu. – Funguei e ele limpou uma lágrima que escorreu teimosa. Encostamos nossas testa e eu ri em meio às lágrimas que em qualquer outra situação eu teria guardado.

 - Quem é você Harry? – Perguntei abismada com o que eu podia estar sentindo por ele.

 - Sabe que não sei responder essa pergunta. – Disse.

 - Beije-me. – Pedi sedenta por seus lábios. Não foram necessários dois pedidos.

  Harry abraçou minha cintura e capturou minha boca de uma forma única. Delicado e firme. Mais desejoso do que o beijo na cachoeira, mas tão doce quanto. Pareceu que as chamas me queimaram por inteiro e eu gostaria de saber se ele sentia o mesmo por mim. Separei meus lábios dos dele.

- Você tá com fome? – Questionei e ele demorou alguns segundos para se familiarizar com a pergunta.

 - Estou. – Ele respondeu com a voz rouca, mas eu não tenho certeza se ele falava realmente de comida. Nós dois estávamos ofegante. Perguntei-me mentalmente se eu me sentiria assim toda vez que o visse. Enquanto eu me sentava, pegava a cesta com as fruta e as cortava com uma faca, Harry se sentava ao lado esperando que eu terminasse meu trabalho.

 - Prove. – Ofereci um pedaço grande. Ele fitou a fruta amarelada e meneou a cabeça a engolindo logo depois. Um pouco apreensiva esperei o que ele iria dizer.

 - É... Bom. Tem um gosto diferente, mas... É delicioso. – Ele falou cortando outro pedaço.

- Fico feliz que tenha gostado. - Sorri quando ele lambeu os beiços amarelo sujos de manga. Harry não se embaraçou e pegou mais uma manga dentro da cesta assim que terminou de comer a sua.

 - Quero te fazer uma pergunta Lika. – Harry falou.

 - Pode fazer, sabe que irei responder.

 - Não sei se vai gostar dessa. – Ele fez uma careta. – O que tem entre o Noah e você?

 - Ann? – Fiquei confusa e fiz instantaneamente cara feia. - Por que essa pergunta repentina? 

 - Sei lá. Veio na cabeça agora. Me lembrei que tinha que te perguntar.

 - Você está com ciúmes sr. Potter? – Perguntei segurando o riso.

 - Não... Quero dizer Sim. Eu estou com ciúmes. Não gosto do jeito que ele te olha. É quase como se ele te comesse com os olhos. – Dei uma gargalhada alta.

- Ah cara! Não acredito nisso!

- É sério... - Ele falou ríspido como se quisesse se livrar logo daquele assunto.

 - Tudo bem, tudo bem. – Tentei parar os tremores resultado das gargalhadas. – Então... Bem... Você sabe... Eu despachei todos os peões que queriam ficar comigo e um deles foi o Noah. Só que ele foi o único que continuou insistindo em mim. - Fiquei em silêncio por um tempo.

 - Ele que te beijou não foi? - Harry perguntou.

 - É. - Falei baixo.

 - Por que deixou?

 - Fala sério Harry. Isso foi ano passado. Que tipo de garota aos dezesseis anos ainda não tirou o BV? Eu achei que estava na hora... Só que... Não estava, entende? - Falei hesitando.

 - Ele tentou alguma coisa a mais contigo?

- Harry... Não Foi só um selinho.

- Mas você queria?

 - Queria... Mas... Sei lá, ele foi muito forçado. – Ele não foi como você. Pensei. O silêncio voltou a pairar sobre nós por alguns instantes.

 - Lika?  

 - Hum? – Murmurei.

 - Você... Tipo... Sente o mesmo por mim? – Ele perguntou deitando-se sobre a grama macia da colina.

 - Talvez. – Falei deitando-me sobre seu peito olhando as nuvens rosa alaranjadas e lilases. – Você não esta brincando comigo sobre tudo isso, esta? – Perguntei rindo um pouco nervosa. Escutei a risada rouca dele e seu peito tremer enquanto o seu riso se espalhava por seu corpo. Ele me envolveu com seus longos braços e acariciou meu cabelo. Enrolando mexas e as desfazendo como uma brincadeira delicada e deliciosa. Coloquei as mãos em seu peito e olhei seu rosto, vendo cada manchinha em sua pele clara, seus olhos em tom acinzentados, os cachos caindo sobre seu rosto, os lábios cheios guardando um sorriso de lado. Estávamos tão próximos que senti meu corpo inflamar.

 - Não. Eu não estou. - Ele respondeu desviando os olhos das nuvens e olhando meu rosto. Um sorriso brotou em seus lábios e ele voltou a enrolar meus cabelos, inventando tranças e as desfazendo. Ficamos um bom tempo em silêncio apenas observando o lindo pôr do sol e escutando o som da floresta. - Eu gosto quando você fica de trança. - Ele disse.

- Pensei que gostasse dele solto.

 - Eu acho que gosto de desfazer a trança. - Dei uma gargalhada e abracei a cintura dele. 

- Por que demorei tanto a ficar com alguém? Isso é tão bom.

 - Por que eu ainda não tinha chegado. - Ele falou convencido. Revirei os olhos e fitei-o novamente. Ele me encarou como sempre fazia e o perguntei.

 - Harry... Você acha que... Um dia, eu vou poder te conhecer de verdade? Com todos os detalhes que eu não sei? – Observei seu semblante relaxado e o sorriso que parecia nunca sair dele. Tão caloroso, tão contagiante. Amava o sorriso dele.

- Eu espero que sim. - Ele respondeu continuando a olhar para o céu. Segui seu exemplo, mas logo depois meus olhos pesaram e se fecharam cansados demais para abrir.

 

Umas seis horas da noite

 

 Quando retornei a acordar o céu já havia escurecido. As estrelas brilhavam intensamente e pareciam cair sobre mim, o som noturno da natureza predominava e por incrível que pareça havia milhares de vagalumes me rondando. Quando me remexi um pouco foi que percebi a respiração calma abaixo do meu corpo e entendi que havia cochilado nos braços de Harry. Ele mantinha as mãos em meus cabelos fazendo cafuné e me olhava distraidamente.

 - O que...?

 - Shhhh. - Ele pediu. - Vai assustar os vagalumes. – Calei-me e observei o semblante alegre dele. - Ei srta. Cochilo. - Ele sussurrou em uma voz toda fofa. Suspirei/gemi daquele jeito que todo mundo faz quando acorda. - Eu não sabia que você gostava tanto de dormir. - Ele falou brincando e rindo. Sorri envergonhada e me espreguicei.

 - Com você do lado é fácil Sr. Fiquei Acordado Até Agora.

 - Eu não sei se isso foi um elogiou ou um xingamento. - Ele falou.

 - Eu só quis dizer... Que seu colo é bom. - Respondi com voz de sono. Ele riu.

 - Você perdeu o pôr do sol. Foi lindo. - Ele falou.

 - Eu vi esse pôr do sol todos os dias da minha vida. Eu não o acho tão estonteante assim.

 - Mentira. Você ainda esta viva e não viu o pôr do sol de hoje. – Revirei os olhos com a besteira que ele falou. O Harry arqueou as sobrancelhas quando o fitei de forma sarcástica.

 - Você é idiota sabia? - Ele riu. 

 - Pelo menos você acordou pra ver esse céu. - Ele murmurou olhando para as estrelas. 

 - É o mesmo céu de ontem.

 - Não é não. Esse é mais bonito.

 - Você é idiota e gay. – Ambos rimos com a afirmação.

 - Não se pode mais ser romântico?

 - Venhamos e convenhamos que açúcar demais, enjoa.

 - Se você diz então concordo.

Abracei a cintura dele e olhei minhas estrelas prediletas, "As Três Marias".

 - Esta vendo aqueles três estrelas ali? - Apontei.

 - É claro. - Abaixei a mão.

 - Elas têm um significado forte pra mim. 

 - Por quê? – Eu sorri e tentei imaginar um começo para a história.

 - Quando eu era criança, minha me contava uma história pra dormir. Era sobre uma anja que fora jogada do céu, pois aprontava muito no mundo angelical. Ela ficou encarregada de trazer o amor para os humanos através de flechas mágicas, mas não podia se apaixonar por nenhum de seus encarregados. Ela ficou conhecida como Cupido. Um dia... Um dos humanos conseguiu enxerga-la e eles começaram a se apaixonar, mesmo sendo proibido. Cupido foi castigada e transformada em uma estrela, sem saberem que ela estava grávida de três garotas... As três Maria. – Terminei a história. – Se prestar atenção as três apontam pra a estrela mais brilhante e importante. A estrela dos viajantes, dos amantes. – Eu sorri. 

 - Eu nunca tinha parado pra prestar atenção - Ele parece realmente interessado.

 - Pois é. - Fiquei silêncio por um tempo – Eu nunca soube se Cupido retornou a ver seu amado. O mais estranho é que se você olhar direito a estrelas formam uma perfeita reticência. - Falei. Harry virou a cabeça tentando entender.

 - É verdade. - Ele riu.

 - Sempre em uma boa história na melhor parte estranhamente os escritores colocam a droga da reticência depois de um bom CONTINUA. Sempre pra deixar os leitores na expectativa. - Virei o rosto pra ele. - Quando eu digo a melhor parte significa dizer que pode ser a parte mais fofa pra o protagonista ou uma confusão muito bem feita. - Ele riu. - Na minha opinião é assim também na vida real. Nas partes mais críticas de nossa vida. Temos que entender que se estiver ruim demais, que se esta muito difícil é por que não acabou, existe uma continuação. O fato das três Marias apontarem pra estrela dos navegantes não é uma coincidência. Elas estão um alinhamento perfeito pra nos lembrar que no fim... Sempre há um brilho final. Sempre tem algo pra recompensar todo o sofrimento. Sempre tem um último sonho a ser realizado. – Suspirei e olhei para Harry. - Quando eu me sinto mal, eu olho pra elas e me sinto melhor. Por que eu sei que em algum momento tudo vai ficar bem. - Terminei sorrindo.

 - Você tem pensamentos tão... Sábios. Eu fico espantado. - Ele falou me abraçando e olhando para o céu novamente. - Acho que agora eu tenho três estrelas prediletas também. - Sorri. Ele ainda mexia em meu cabelo.

 - Meu cabelo deve estar uma droga! Coisa linda vai ser pra arrumar ele depois.

 - Se quiser eu ajudo.

 - Por acaso você vai tomar banho comigo?

 - Não seria uma má ideia.

 - HARRY! – Briguei e ele riu.

 - A ideia foi sua, e você briga comigo?

 - HARRY! - Reclamei de novo. Ele soltou outra gargalhada sonora.

 - Você fica linda irritada.

 - E perigosa também. Continue pra ver se eu não faço você carregar aqueles galões de leite de novo.

 - Oh Xena, me desculpe Princesa Guerreira, não arranque minha cabeça, por favor. - Ele falou e eu acabei rindo de novo.

 - Sabia que Xena era um dos meus programas favoritos?

 - Espera... Você não disse que não tinha televisão em casa?

 - Eu não, mas o Adam tinha no quarto. Óbvio que eu era proibida de ir lá. Mas como eu disse era o meu programa favorito. - Olhei sapeca para ele.

 - Você disse tinha?

 - Seis meses depois do tio Chuck comprar a tv o Adam quebrou ela.

 - Sério... Adam tem algum problema com aparelhos eletrônicos? 

 - Foi um acidente eu queria bater nele por que ele era contra a Xena, aí ele derrubou a tv e como ele não podia me culpar por que eu estava proibida de estar ali... Ele ficou de castigo por um bom tempo.

 - Por que você não podia assistir tv com o Adam?

 - Eu sempre quis descobrir.

 - Deve ter algum motivo Rapunzel. Não tem por que seus pais te proibirem de fazer qualquer coisa envolvida com o mundo.

 - Eu também acho.

 - Deve haver alguma explicação você já perguntou a eles?

 - Milhares de vezes. Mas eles nunca explicam sempre mudam de assunto. 

 - Parece que você vive um mistério moça.

 - E pra terminar com tudo estou me envolvendo com outro. – Falei entrando na brincadeira.

 - Engraçado. Normalmente as pessoas guardam segredos por acha-los terrivelmente constrangedores. No nosso caso... Estamos com as cartas na mesa e ainda assim não sabemos qual é o nosso segredo.

 - Não é engraçado. - Você falou. Ele revirou os olhos.

 - Você entendeu o que eu quis dizer Rapunzel. - Ele virou-se para mim os olhos brilhando e começou a fazer cócegas em minhas costelas.

 - Ah não Harry! Não isso é covardia! Isso é tortura! - Gritei rindo enquanto ele remexia as mãos, contagiado pela minha gargalhada. - Ah Harry, tá bom para, para, por favor! - Ele continuou fazendo cócegas.

 - Então fala assim: O Harry é o mais gostoso do mundo e eu sou todinha dele.

 - Ah não! Não vou me entregar pra você assim tão fácil! - Dei outra crise de riso.

 - Então eu não paro.

 - Pois então a gente vai ficar aqui a noite toda por que eu não vou dizer isso!

 - A teimosia matou o gato.

 - Harry seu ditado esta errado! - Ri mais uma vez.

 - Ele cabe de acordo com a situação. Vamos Rapunzel. - Ele continuou fazendo as cócegas.

 - Não! Eu não vou dizer isso! Se for assim continue! Não vai conseguir nada!

 - Ai que garota orgulhosa! - Ele reclamou, mas continuou.

 - PARA HARRY!

 - Não paro. Fale logo.

 - Nunca. – Falei em outra crise de risos.

 - Vamos Lika.

 - NÃO!

 - Tô esperando.

 - É melhor esperar sentado! - Ele estava se cansando e apesar de tudo ele ria tanto quanto eu.

 - Não vai desistir?

 - Não mesmo!

 - Então vou mudar minha condição. Eu paro...

 - Sim...? - Estimulei.

 - Se você falar que eu sou gostoso e me der um beijo.

 - Mas isso ainda vai levantar seu ego! - Reclamei.

 - É tudo ou nada querida. - Ele falou com cara de paisagem. - Vamos logo! - Ele falou impaciente.

 - Affs! – Desvencilhei-me das suas mãos, puxei a gola de sua camiseta colando nossos lábios e fazendo nossos corpos ficarem quase grudados. O corpo de Harry estava totalmente sobre o meu, mas eu não ligava para isso. Ele colocou os cotovelos ao lado de minha cabeça, se apoiando, enquanto eu envolvia seu pescoço facilmente. Em algum momento ele escorregava suas mãos para meu rosto e ali as deixava. Paramos por falta de ar e mantivemos os olhos fixados, encostando testa com testa. - Esqueci da fala. - Admiti.

 - Esquece. Melhor que ser o mais gostoso, é ser o mais sortudo. – Corei e dei um sorriso sincero. - Eu poderia ficar aqui pra sempre com você, passar horas e mais horas, eu nunca iria me cansar. – Corei de novo.

 - Eu também não. - Falei. - Passaria horas... ESPERA Harry! Que horas são?!

 - Eu não sei. - Ele falou confuso.

 - MEU DEUS! Temos que voltar! Oito horas é o jantar! – Falei me levantando às pressas pegando a cesta e deixando um Harry paralisado no chão. - Já deveríamos ter terminado nossas tarefas! AI MEU DEUS! LEVANTA CRIATURA! – O puxei do chão e ele deu uma gargalhada.

 - Eu já te disse que você fica linda irritada e nervosa ao mesmo tempo? - Ele perguntou bobo.

 - Não é hora pra brincadeiras Harry! Minha mãe vai me matar! Oh bom Jesus cuida da minha alma! – Falei segurando sua mão e o guiando pelo corredor de pedra.

 - Calma. - Ele segurou minhas mãos tentando me parar, mas eu continuei sem olhar para trás. Caminhamos rapidamente e logo estávamos de volta à clareira da cachoeira.

  - Ei relaxa! Sua mãe não vai fazer nada contigo se acalma.

 - Ela vai sim Harry é por que você não conhece ela.

 - Lika... - Harry começou com um sorriso escondido na voz. - Eu conheço a sua mãe. Tenho certeza que ela não vai fazer nada se acalma ok? - Respirei o ar noturno e natural, tentando me acalmar.

 - Ok. - Respondi. Ele sorriu e eu não pude não devolver um sorriso. Ambos subimos nos cavalos e começamos a galopar pela floresta.

 Como já era noite tudo deveria estar escuro. Ao invés disso a lua cheia preenchia a noite, os vagalumes acendendo e desligando de acordo com o galopar dos cavalos. Assustando e voltando a brilhar, quase como se nós fossemos importantes e brilhantes demais para eles ficarem perto. Eu estava, então, começando me sentir como o Harry me descrevia. Livre. Cada vez mais leve, como se estivesse aprendendo a voar. O vento noturno passava por nós e o único barulho era o dos cascos fortes contra o chão. Nem os grilos ousavam cantar. Parecendo até que era por que eu tinha vontade de cantar, e eles estivessem dando essa oportunidade. Não demorou e o Harry começou a assoviar Paradise. Fitei-o e vi como ele estava alegre, em uma posição quase que relaxada sobre Trovão. O rosto esculpido olhando para frente e concentrado no caminho, ele virou o rosto para mim e sorriu. S=Meus olhos fixaram-se nele e logo depois para cima, e ironicamente as Três Marias pairavam bem acima da cabeça dele. Suspirei e sorri do sarcasmo de tudo. Obrigada vida, finalmente você jogou a bola na cesta certa!


Notas Finais


Romântico de mais? Água com açúcar demais? Hein? Eu não sei, vocês gostaram? Enfim espero que sim. Comentem suas lindas, amo os comentários de vocês.
PS: Uma leitora de outra fic minha, me deu a ideia de criar um grupo no whatsapp e eu estou passando a ideia para vocês, se alguém curtir tanto quanto eu a iniciativa, por favor passe seu número ali embaixo mesmo ou por MP.
Xoxo Giu
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