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História Canções Perdidas - Capítulo 1


Escrita por: GiuBlue

Notas do Autor


Ai gente eu não aguentei kkkkk, eu tinha que postar o primeiro capítulo pra vocês kkkkk. Eu espero que vocês gostem. Ele é bem introdutivo, vocês vão ver. As coisas estão começando a andar. Eu gostaria de agradecer as leitoras e leitores que já favoritaram a fanfic. Eu só tenho a agradecer :D Enfim, boa leitura kkkk.

Capítulo 2 - Capítulo 1


Fanfic / Fanfiction Canções Perdidas - Capítulo 1

Eu vivia em uma fazenda, praticamente dentro do mato. Praticamente não, ela era dentro do mato. Pense na vila, dentro do povoado de uma cidade. Então... A fazenda era a alguns quilômetros dessa vila. Ok... deu pra perceber que o lugar fica no fim do mundo e o pior: eu nunca tinha saído dali. Nunca havia tocado um dedo nas cidades. Sabia que existia por que meus familiares viajavam apenas para repor tudo o que se precisava dentro das fazendas. Eu não tinha contato com o mundo exterior. Não tinha internet, televisão nem nada do tipo. Toda a minha família vivia nas fazendas vizinhas. Resultado: era quase como viver em uma minicidade. Tias, tios, avós, irmãos, primos e mais primos... entendeu minha situação? Desde a morte do meu avô, meu pai havia se tornado o chefe da família, ele tomava conta de todos nós. Eu costumava o chamar de... O Poderoso Chefão. Ele e minha mãe me proibiam de sair daquele território de mato. Eu odiava aquilo.

 Todas as minhas primas já haviam ido ao menos à cidade, menos eu, é claro. Nunca entendi por que meus pais me prendiam tanto, já havia contestado milhares de vezes. Eu já tinha dezessete anos. Aquilo me revoltava bastante. Na verdade, tanta prisão havia feito do mundo meu maior sonho, quero dizer... meu segundo maior sonho. O primeiro era cantar com One Direction. Sim, eu era directioner. Como? Por causa do meu único contato com o mundo. Meu rádio. Todos os dias as músicas deles tocavam nas minhas estações prediletas. Amava aqueles garotos, mesmo não sabendo como eram suas aparências. Os amava por suas vozes, pelo modo como cantavam com suas almas. Todos da família achavam o fato de eu os amar um absurdo. A maioria na verdade gostava de músicas sertanejas e country. Algo mais rústico. Eu era a única que curtia músicas pop. 

 Mas aquilo não era bem uma novidade pra eles. Tenho que admitir que nunca fui certinha feito as outras três irmãs. Na verdade, era a única que usava calças jeans e botas direto. Era a única que montava cavalo todos os dias e ajudava os vaqueiros a cuidar do gado. Era espirituosa e mesmo não querendo chamava muito a atenção dos homens que trabalhavam na fazenda. Sinceramente? Eu nunca, se quer, dei atenção a nenhum deles. Meu pai e meus quatro irmãos (é isso mesmo eu disse quatro) me adoravam por isso. Era a predileta, por que não era uma garota... digamos: Normal. Perto das meninas que moravam ao redor da fazenda eu era bem complicada quando o quesito se referia a homens, afinal vivia rodeada por eles. Praticava atividades... masculinas, já que cuidar da casa nunca havia sido o meu forte. Minha mãe me expulsava da cozinha toda vez que aparecia. 

 Como eu disse eu era a irmã predileta tanto que quando era para tirar onda da cara das garotas, Brandon e Gray, os gêmeos, sempre me procuravam para pedir opinião... ou até mesmo para participar e ajudar pessoalmente da brincadeira. Aqueles dois não prestavam sinceramente. Ah sim! Esqueci de apresentar meus irmãos. 

 Ok. Meus irmãos eram uma onda e era divertido viver com eles. Éramos oito ao total. Luke o mais velho de 23 que estudava direito, Tom o que provavelmente herdaria as terras, pois era o que mais se preocupava com elas entre os irmãos, tinha 20, Brandon e Gray os gêmeos mais loucos e pretensiosos das redondezas com 19, Kate a mais bonita que estudava pintura em um colégio interno e voltava nos fins de semana que lhe convinha (ela odiava a fazenda), Nora com 16, a melhor dona de casa e minha melhor amiga e Isabel de 10, a mais nova e a que mais se parecia comigo em questão de personalidade.

Se eu quisesse realmente detalhar a minha família incluindo primos e tios teria que ser escrito um livro inteiro. Quando todos se reuniam para algum evento, acho não tinha nenhuma reunião familiar no mundo que fosse tão grande. Eu me perguntava por que aquele povo gostava tanto de parir. 

Voltando ao assunto directioner.

 Meu primo Adam, era o meu melhor amigo e vizinho, fomos criados juntos e aprontávamos de tudo um pouco. Ele vivia tentando me tirar de perto do rádio. Nunca dava certo. Sou uma garota muito persuasiva. Naquele dia em especial, nós dois estávamos atrasados para nossas tarefas, fora as aulas com o nosso tutor: Jack Jones. Ele era legal, maluco dos pés até o último fio de cabelo ruivo. Aprovava minha rebeldia mais até do que Adam, meu padrinho e braço direito do meu pai. Ajudava ele em tudo. Eu adorava Jack. Ele havia me ensinado a cavalgar, a tocar violão e piano, havia me ensinado a ler e a escrever. Ele era a benção na minha vida com toda certeza. Havia conseguido colocar uma biblioteca na minha casa, o lugar especial onde eu passava a maior parte do meu tempo com o rádio e havia me dado minha égua, Chica Rosa. É um nome sem sentido se não for levado em conta seus olhos rosados.

 De acordo com Jack eu terminaria o ensino médio esse ano. 

 Estava tocando Kiss You, música antiga. Era do último álbum TMH. O novo álbum já havia lançado e a turnê já iria começar. Quando de repente o locutor impediu a música.

 - Atenção, alerta urgente! - Ele começou a falar. - Aconteceu uma tragédia esta madrugada. Um ídolo importante da música pop, da banda One Direction, Harry Styles... – Aumentei o volume e encostei o ouvido no rádio. Eu estava escutando ansiosa, quando o Adam apareceu tentando me tirar da biblioteca.

 - Lika, vamos logo! O Jack vai arrancar nossos cabelos, e se a gente quiser ir nessa excursão temos que chegar cedo! 

 - Adam calma aí! Eu já vou! - Ele ficou me olhando da porta, aquela vareta em pessoa. O guri era alto e magro, um verdadeiro poste ambulante. Meu primo vivia em uma casa ao lado, já que tio Chuck (irmão do meu pai) era sócio de Cameron, ele vivia fora cuidando financeiramente de tudo. Tia Mae, mãe de Adam, ficava em casa e não saia para nada nesse mundo, ela gostava da fazenda e fazia muita companhia para minha mãe, Lucy. 

 - BORA Lika sai do lado desse rádio.

 - Espera! Tem uma notícia nova sobre a banda!

 - Essa é sempre a sua desculpa.

 - CALA A BOCA! Deixa eu escutar! 

 - ... está... - O Homem continuou. Segurei minhas mãos, ansiosa.

 - Espera que eu vou acabar com isso! – Segurei o rádio. 

 - Desapare... - O locutor continuou. Quando ele ia terminar a frase Adam tomou o rádio da minha mão e o jogou no chão espatifando meu meio de comunicação com o mundo.

 - NÃO! EU VOU TE MATAR ADAM! – Gritei.

 - Foi pra o seu próprio bem, você sabe que essa era a única forma de te tirar daí... Fora que se a gente não for agora seu pai vai embora sem nem escutar nossos argumentos pra ir junto. - Ele falou simpático. Sabia que era fingimento, mas em parte ele estava certo. Meu pai iria viajar para cidade e nós dois queríamos muito ir. Haveria um rodeio e ele era grande influência nesses momentos. O nome Cameron Fox fazia as pernas de grandes peões tremerem. Ele era importante e eu queria ir pelo menos uma vez, pelo menos para sentir um pouco do gostinho da liberdade. Respirar novos ares parecia algo tão bom. Cam, meu Pai, iria ficar lá por um mês, ou seja, metade do verão. Imaginar “os ares” que podia respirar me dava calafrios. Era um bom tempo até para mudar a cabeça dele e deixar-me estudar em um internato como Kate fazia

 Adam pensava diferente. Ele não queria ir para poder sair da fazenda, afinal ele ia para cidade quase toda semana buscar Kate, no colégio interno. Na verdade, ele queria ser peão assim como os outros brutamontes que seguiam meu pai. Eu não concordava com aquilo, os capachos eram muito brutos e sem sentimentos pareciam robôs de baixa tecnologia. Não queria que ele se tornasse algo daquele tipo, mas quem eu era para questionar? 

 - VOCÊ SABE QUE AQUILO ERA A MINHA ÚNICA COMUNICAÇÃO COM O MUNDO! - Gritei.

 - Bom você está prestes a ir para o mundo lá fora... se a gente sair agora e parar de discutir!

 - ADAM ACONTECEU ALGO GRAVE COM A ONE DIRECTION E VOCÊ QUEBROU MEU RÁDIO!

 - E o que isso tem haver? Eles não são ninguém mesmo. - Arquejei.

 - Repita. – Pedi em um tom cruel. 

 - Não são ninguém...

 Gritei e pulei em cima dele fazendo ele cair no chão.

- SEU I-D-I-O-T-A! - Soletrei dando socos na cara dele. - VOCÊ NÃO TEM MEDO DA MORTE, NÃO?! FALAR MAL DELES NA MINHA FRENTE?! ESCUTA ESSAS PALAVRAS AQUI! - Gritei dando tapas na cara dele a cada palavra. - EU-SOU-DIRECTIONER! NÃO SE DEVE FALAR UMA COISA DESSAS NA FRENTE DE UMA FANÁTICA! NUNCA MAIS! EU DISSE NUNCA MAIS, FALE ISSO NA MINHA FRENTE! - Segurei seus ombros e o joguei no chão. - NUNCA MAIS!

 - PARA! SUA LOUCA! - Ele gritou.

 - VOCÊ NÃO DEVERIA TER FEITO ISSO ADAM! - Gritei. - I-D-I-O-T-A! - Gritei de novo. - EU TE ODEIO! RETIRE O QUE DISSE! RETIRE! - Não demorou muito para os meus gritos espalhafatosos e gemidos de dor chegarem até a cozinha. Nora chegou apressada na biblioteca e viu aquela cena ridícula. Minhas mãos estrangulando Adam.

 - Veronika! Você tá doida? - Ela perguntou indo na minha direção para me afastar dele. Bel chegou logo atrás ela olhou para nós dois e começou a rir.

 - Deixa Nora, ele deve ter merecido. - Ela riu mais. Nora seguiu a risada da baixinha, mas depois caiu em si.

 - Mas e se ele ficar com um olho roxo e todo mundo ficar sabendo que ele apanhou da Lika?

 - Pior pra ele. - Falou Bel.

 - Não pra isso eu não ligo, a questão é se o tio Chuck ficar sabendo e contar pra o papai. Se papai ficar sabendo ele vai dar um castigo na gente por não ter feito nada. É covardia pra o Adam se a gente não o ajudar. A Lika é mais forte.

 - Valeu pela consideração. - Falou Adam enquanto eu o estapeava.

 - Vish é mesmo. Ou o papai vai ficar orgulhoso pela Lika ser mais forte que o Adam. - Bel considerou.

 - Bel... Qualquer pessoa é mais forte que o Adam. - Falou Nora.

 - Pô... será que vocês podem parar de considerar que em mais forte que eu e me ajudar logo? - Adam perguntou desesperado. As duas deram uma gargalhada e foram tirar-me de cima do garoto. Foi até rápido por que eu estava com as mãos grudadas no colarinho da camisa dele. Elas me levantaram tentando me soltar do meu primo.

- Argh! Me soltem deixe eu terminar o que eu estava fazendo! - Gritei. 

 - Misericórdia, Adam o que foi que você fez que deixou a Lika tão azoada, hein? -  Perguntou Nora enquanto ria.

 - Eu só falei um negócio sobre a banda dela. - Ele falou enquanto limpava o canto da boca suja de sangue. Ele não estava tão ruim quanto merecia apenas com o rosto vermelho com a marca das minhas mãos, arranhões nos braços despidos e o canto da boca com sangue.

 - Boa ou ruim? - Perguntou Bel preocupada agora. Ele deu um sorriso cruel pra mim.

 - Meu filho, você quer morrer é? - Perguntou Nora repreendendo ele. - Perdeu a noção do perigo, olha Bel. - Falou Nora dando risada.

 - Tá doidinho. - Concordou Bel rindo. 

 - Fez mais alguma coisa, além disso? - Nora perguntou. 

 - Ele-Quebrou-Meu-RÁDIO! - Sibilei seca.

 - Putz! - Reclamaram elas em uníssono, fazendo uma careta e virando a cara.

 - Tá de brincadeira, né? E ainda quer ajuda esse louco. Tá querendo morrer ainda hoje pelo visto. - Falou Bel.

 - Né isso. Tu é um idiota mesmo viu. Eu não admiro nada a Lika tá querendo te matar. - Nora riu. - Você não sabe que esse rádio é mais importante que ar pra essa criatura? - Ela apontou pra mim. - Pelo amor Deus! Por que em nome de Cristo, você quebrou o rádio da menina?

 - Por que a gente tá atrasado pra ir com o seu pai pra cidade. - Falou Adam. - Na verdade se a gente quiser ir, temos que sair agora! 

 - Eu não vou a lugar nenhum enquanto eu não arrancar a sua cabeça! Imbecil! - Falei.

 - Espera, vamos resolver logo isso aqui, depois você arranca a cabeça dele. - Falou Nora.

 - Voltando ao assunto... desde quando isso é motivo pra você quebrar o rádio? - Perguntou Bel. 

 - É o que eu estou tentando entender. - Sibilei de novo. - Argh! Deixa eu matar ele logo!

 - Não soltem ela! - Ele pediu. 

 - Vocês vão tentar ir com o papai pra cidade de novo? - Perguntou Bel.

 - Tentar não. Dessa vez eu vou mesmo. - Ele falou. - Se essa louca se acalmar. 

 - Louca o CARALHO! VOCÊ QUEBRA O RÁDIO E EU SOU LOUCA!? - Gritei irritada. Isabel desatou a rir de novo. 

 - Olha a boca Lika. - Pediu Nora. Ela não gostava de xingar. Na verdade eu é a única das irmãs que xingava. Meu pai nem liga já que trabalho com os vaqueiros. Já Lucy desaprova tudo. Eu simplesmente ria quando ela reclamava.

 - Você xingar só vai piorar minha opinião sobre você ser louca. - Ele falou.

 - Como se sua opinião valesse alguma coisa. - Ironizei. Ele fez uma careta.

 - E a sua, vale, né? - Ele retrucou.

 - Se não valesse você não iria ter pedido minha ajudar pra falar com meu pai.

 - Se valesse tanto você já tinha ido à cidade há muito tempo. - Ele falou. Cerrei os olhos.

 - Eu já disse que vou te matar, não disse? Tô só esperando a hora certa. - Ele riu feito o retardado que era. - Já decidi... agora é a hora certa! – Soltei-me das garotas e corri atrás dele. Ele correu para o outro lado da biblioteca e colocou a mesa entre nós. - Saia daí e seja homem o suficiente pra me enfrentar!

 - Nem morto! - Ele falou. Grunhi e corri atrás dele de novo. Adam saiu da biblioteca e eu fui atrás. Quando chegamos à cozinha um barulho estranho ecoou pela casa. Um barulho rouco e alto. No momento até esqueci que estava atrás do idiota.

 - O que foi isso? - Perguntei. Ele olhou para trás. Eu estava parada na escada e, ele próximo à porta.

 - Cara... SÃO OS CAMINHÕES! - Ele gritou. Arregalei os olhos. - BORA PEGAR AS MOCHILAS, TÃO NA BIBLIOTECA! – Nós voltamos a subir as escadas correndo de novo, mas por um motivo bem diferente. As mochilas eram caso Cameron concordasse e nos levasse. Já estaria tudo pronto se ele deixasse. O que talvez não iria mais acontecer porque ele estava indo embora. Nora e Bel ainda estavam lá em cima conversando e se assustaram quando nos viram chegar apressados.

 - Ué? Não estavam brigando? - Nora perguntou.

 - Troquei de objetivo. - Gritei das escadas. Ela deu risada e Bel também. 

 Nunca corri tanto na minha vida. Foi tudo muito rápido. Quando chegamos do lado de fora da casa, o barulho dos motores já estava longe. Eles estavam longe. Agachei-me e passei a mão pelos cabelos nervosa.

 - Eles já foram... - Murmurou Adam.

 - Não eles ainda estão aqui. - Falei irônica.

 - Que merda! - Ele reclamou e chutou o chão levando um tombo. Sai da posição e olhei para ele com os olhos cerrados.

 - A culpa é sua! 

 - Minha?!

 - É sua sim! - Ele se levantou para me encarar. 

 - Você que se atrasou, não eu!

 - Adam, você quebrou meu rádio!

 - Se eu não tivesse quebrado, ainda estaríamos lá em cima escutando a tal notícia.

 - Se você tivesse deixado eu escutar a notícia a tempo, teríamos ido tranquilo com meu pai! 

 - Não teria não. - Ele falou. Refleti um pouco.

 - Tá, você quebrou o rádio e deu na mesma bosta! Aliás, eu quero um novo. De preferência igual ao antigo!

 - Como se eu fosse te dar...

 - Vai dar sim! Meu aniversário é mês que vem. Pode ir tratando de comprar um novo. - Falei indignada e irritada. 

 - Argh! Que merda! - Ele reclamou de novo, deixando a discussão de lado. - O que é que a gente vai fazer agora?

 - Passar o resto do mês arrependidos. 

  Puxei-o pelo braço para a oficina de Jack. Se o Adam não havia morrido pelas minhas mãos, morreria pelas mãos do Jack. 


Notas Finais


Gostaram? Espero que sim. Um beijo gente, até o próximo capítulo. Será postado esse sábado as oito ;)
'Xoxo Giu Blue


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