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História Canções Perdidas - Capítulo 8


Escrita por: GiuBlue

Notas do Autor


Oi gente, foi mal a demora. Fiquei de castigo e depois a internet caiu então eu tenho meus motivos. Como vou sair, não vou prolongar as coisas por aqui. ;) Bjs eu espero que gostem do capítulo.
PS: Ameeeeeei de coração todos os comentários, obrigada mesmo. Pelos favoritos, pela consideração e por serem as melhores leitoras do mundo inteiro kkkkk. Amo vocês de coração.

Capítulo 9 - Capítulo 8


Fanfic / Fanfiction Canções Perdidas - Capítulo 8

Acordei cedo. A neblina tomava conta da fazenda acompanhada do som matinal da natureza. Por algum motivo ainda sentia-me aquecida. Talvez tenha sido o toque do Harry na minha mão... Hã? Eu pensei isso mesmo?

 Balancei a cabeça tentando esquecer o que eu tinha pensado. Normalmente naquele horário da manhã, todos já estavam de pé e comendo no café da manhã.  Dei uma olhada no celeiro e balancei a cabeça novamente. Para de pensar nele boba. Fiz a minha higiene, a típica trança e corri para cozinha morrendo de fome. Encontrei Nora, Bel e Harry sentados a mesa e mamãe trazia mais alguns pães frescos dentro da cestinha.

 - Bom Dia família! - Grite.

 - Bom Dia! - Responderam gritando também. Eu acho que era bastante visível que naquela casa não havia pessoas psicologicamente... Normais.

 - Tem o que pra comer? Estou com fome! - Falei sentando-me ao lado de Harry. O prato dele estava com pães e bacon.

 - De tudo, você escolhe. – Disse Lucy. 

 - Ai que bom! – Peguei uma panqueca em cima da mesa e colocou no prato. Depois aproveitei os pães frescos e a manteiga. Harry estava sentado à mesa e muito calado. Bel e Nora estavam com os uniformes escolares iriam para o último dia de aula. 

 - Bom dia gente! Lika nós temos um problema! - Adam irrompeu na cozinha.

 - O que houve? - Perguntei com a boca cheia de panqueca.

 - É urgente! - Ele falou.

 - Diga o que é. - Pedi tentando mastigar rapidamente. Lucy me mandava um olhar acusador. Eu quase podia escuta-la dizendo “Pare de falar de boca cheia”.

 - A caminhonete quebrou!

 - De novo?! Fala sério! Manda o Noah arrumar! 

 - Ele não chegou ainda. Como é que eu vou levar as garotas?

 - Ei! Não posso faltar é a minha última prova hoje. – Nora disse.

 - Ahm... – Murmurei.

 - Eu não estou disposta a fazer segunda chamada. – Bel reclamou.

 - Ok, ok. Vocês podem esperar até o fim do meu café da manhã? – Questionei. – Eu estou com fome. – As garotas reviraram os olhos.

 - Me diz um dia que você não esta? – Adam pediu. Lhe lancei um olhar “assassino” por assim dizer.

 - Você é um retardado. Já te disse isso né?

 - Você me lembra direto. - Ele falou rindo. 

 - Ah que bom que você sabe.

 - Gorda.

 - Idiota. 

 - Louca.

 - Retardado.

 - Psicopata.

 - Vassoura quebrada.

 - Epa! Ai já é demais. - Ele falou te fazendo rir.

 - Vocês dois não sei não, hein? - Falou Lucy. – Já tomou café Adam?

 - Não tia. – Adam respondeu um pouco encabulado. Eu nunca soube direito por que na frente da minha mãe ele sempre agia daquela forma. Acho que tinha muito haver com o respeito que tinham por meu pai.

 - Sente-se, eu sei que gosta de panquecas. – Mamãe sorriu. Com as bochechas coradas ele sentou-se ao lado de Nora. Voltei minha atenção para a comida sem ligar para as perturbações entre Adam e Bel.

 - Adam. Tu vai fazer o que hoje?

 - Vou arrumar a cerca, ela ainda está quebrada. - Balancei a cabeça aceitando.

 - Certo então, eu vou arrumar a caminhonete e dar um banho no Manga. Depois eu vou lá, viu?

 - Manga? Boa sorte. - Adam riu. - Nunca mais eu dou banho naquele cachorro. Ele é o capeta. Chega ser pior que a Bel...

 - Ei! - Bel reclamou. O rostinho ficando irritado. Todos na mesa sorriram. 

 - De boas baixinha. - Adam falou bagunçado seu cabelo. - Apareça mesmo Lika. - Ele falou. – Eu vou precisar da sua ajuda.

 - Ok. Eu estou indo, boa aula meninas. Você vem Harry? - Chamei e ele se levantou para me seguir. Já estávamos do lado de fora de casa quando ele perguntou.

 - Dormiu bem? – Ele perguntou enquanto saímos pela porta da cozinha. Pela lateral da casa nos direcionamos para a oficina. Quando parei para pensar na pergunta dele lembrei-me das horas revirando na cama pensando naquele par de olhos esmeraldas.

 - Hum-rum. E você? - Mas é óbvio que o dono do par de olhos esmeraldas não podia ficar sabendo disso.

 - Nem tanto.

 - Por quê?

 - Dormi morrendo de dor de cabeça.

 - Mas você está melhor?

 - Estou sim, foi fraca. Coisa boba. - Ele falou tentando me despreocupar.

 - Por que não me falou antes, eu teria te dado um remédio.

 - Era coisa boba, não tinha por que você se preocupar.

 - Já preocupou, se sentir isso de novo me avisa tá bom? 

 - Ok. 

 - Nossa que ótima enfermeira eu sou. Coloquei meu paciente nas tarefas da fazenda, sem nem saber se ele esta completamente bem. Meu Deus não quero seguir essa profissão. – Ele riu.

 - Eu estou ótimo, não se preocupe. - Ele falou em vão. - Lika?

 - Sim?

 - Você estuda?

 - Claro que estudo. Vou terminar o ensino médio esse ano.

 - Então se você estuda... Por que você não vai com as suas irmãs?

 - Você se esqueceu da parte "Isolada do mundo"? O colégio das meninas fica na cidade, e eu não posso ir pra lá lembra? 

 - Mas por que suas irmãs vão e você não?

 - Nem eu sei. Nunca entendi isso.

 - Nossa...

 - Liga não já acostumei. - Falei indiferente. Caminhamos até a antiga oficina da fazenda, onde normalmente eu fazia meus trabalhos de "mecânica". Normalmente era um susto quando eu dizia que mexia com ferramentas, mas meu pai me obrigou, a saber, tudo sobre esse tipo de coisa desde a infância, não era algo difícil para mim. Harry paralisou assim que viu a pequena construção de ferro e com o automóvel caindo aos pedaços que se escorava sobre ela.

 - Isso ainda anda? – Ele se questionou.

 - Depois que passar pelas minhas mãos... - Respondi e entrei na oficina para pegar as ferramentas. Abri o capô do carro e olhou o que havia de errado.

 - Posso ajudar em alguma coisa? - Harry perguntou.

 - Você não “pode” ajudar você “vai ajudar”. - Coloquei as ferramentas na carroceria e entrou na caminhonete.

 - Como assim? - Sai de dentro e olhou para ele.

 - A gente vai empurrar esse troço pra dentro da oficina. - Falei já me posicionando para o trabalho duro.

 - Só nós dois? A gente vai aguentar?

 - Ora Harry! Você carregou aqueles galões de leite, não é possível que você não vá carregar a caminhonete até ali. Eu e o Adam conseguimos imagine você. Bora! Coragem Harry Potter. Onde estão seus poderes sobrenaturais? - Brinquei. 

 - Quando eu os achar, eu te aviso.

 - Agora é sério, me ajuda aqui. - Ele colocou as mãos do meu lado e nós dois empurramos a caminhonete até a oficina. Eu não havia derrubado nem um pingo de suor, mas o Harry estava todo ofegante pelo esforço. - Às vezes eu me pergunto se você está recuperado o suficiente pra fazer essa tarefas.

 - Não se preocupa comigo, já te falei. Eu estou bem. - Ele falou rindo. - Mais alguma coisa?

 - Não. Fica aí. Isso aqui é coisa rápida daqui a pouco eu termino. - Ele assentiu. Puxei a caixa de ferramentas e comecei a trabalhar na caminhonete. - Então... Tem algum assunto pra conversar?

 - Se passar a noite com dor de cabeça e pesadelos é um assunto... Então sim. - Ele respondeu.

 - Pesadelos?

 - É. Mas é algo bem bobo você não vai nem achar pesadelo.

 - Uê? Talvez pra você seja. Pode desabafar, sou toda ouvidos.

 - Tá... Eu sonhei com a mulher que queria me machucar. Aquela lembrança. – Virei minha atenção ligeiramente para ele.

 - Aquela lembrança? Tipo a AQUELA lembrança?

 - É. - Coloquei os cotovelos no capô do carro e olhei para ele.

 - Uau! Ela deve ter sido bem marcante pra fazer você ter pesadelos com ela.

 - Pô Lika, ela provavelmente quis me matar. Ela queria me matar no meu pesadelo, e eu não conseguia fugir por que estava preso...

 - Você estava preso?

 - Bom... Em pesadelo é sempre assim né?

 - Não. Em meus pesadelos estou sempre correndo de alguma coisa, mas nunca presa.

 - Será que isso tem alguma coisa haver com a realidade? - Ele perguntou.

 - Eu não sei Harry, mas eu não duvido. - Voltei a mexer na caminhonete.

 - Rapunzel... Você vai me levar na biblioteca hoje?

 - Primeiro não me chame de Rapunzel. Segundo: Vou, eu te prometi, não foi. Eu não quebro promessas. - Falei entretida no meu trabalho.

 - Por que não quer que eu te chame de Rapunzel?

 - Por que Rapunzel é uma princesa, e eu não sou uma princesa. 

 - Você parece uma princesa. - Ele falou. Sorri da cantada dele.

 - Hm rum, sei.

 - Estou falando sério. Longas tranças, isolamento do mundo. Eu vejo muita semelhança.

 - Mas a Rapunzel da história que você conta é frágil, inocente e indefesa. Eu não sou assim. Nunca fui e nunca vou ser. 

 - Estamos colocando as semelhanças na balança. Não as diferenças. 

 - Até por que se colocássemos as diferenças, eu acabaria ganhando a discussão não é? - Perguntei sorrindo e olhando para ele.

 - Não, por que tem uma semelhança entre vocês duas que ganha de todas as outras diferenças.

 - Ah posso saber qual é?

 - As duas tem um príncipe pra resgatá-las. – Corei sobre sua afirmação.

 - Posso saber onde está o meu príncipe? – Perguntei para ele. Quando me virei percebi que ele já estava próximo demais de mim. Perigo! Foi o que pensei.

 - Perto. Bem perto. - Ele sussurrou. O hálito de hortelã soprando sobre meu rosto.

 - Então por que esse príncipe não me salvou ainda? - Falei me afastando e deixando ele com cara de tacho.  Dei a volta na caminhonete e girei a chave. O motor rugiu, pronto para ser usado. - Terminei.  Entra aí. - Chamei. Ele se sentou no banco de passageiro e eu comecei a manobrar a caminhonete para fora da oficina. O barulho ensurdecedor do motor, não deixava nem minha cabeça pensar. 

  - Pra onde vamos agora? - Harry perguntou.

 - Nós vamos dar um banho em Manga. 

 - Bom... Pelo menos é uma tarefa fácil.

 - Isso é o que você pensa. 

 

 

 - Presta atenção Harry. Quando a gente chegar à horta da minha mãe, eu vou distrair ele enquanto você vai por trás e segura o Manga. Ele não vai ter morder, provavelmente vai correr. Mas aí você o segura e eu começo a dar banho nele, ok?

 - Ok. Mas e se isso der errado?

 - Bem... A gente vai ter que tomar banho depois daqui mesmo, então... - Falei enquanto ele segurava a bacia com shampoo para cachorro e toalhas. Detalhe: as toalhas não eram para o Manga.

  Eu e Harry estávamos dando a volta na cede procurando pelo meu cachorro. Para achar Manga, não era difícil. Ele sempre estava no fundo da casa debaixo da mangueira comendo a sua fruta predileta. Vocês já devem saber qual é né? Pois é. Nós demos a volta na casa chegando na pequena horta de Lucy. E bem ali estava Manga devorando uma manga caída e ao seu lado em cima da árvore estava Kaka, apenas observando seu companheiro comer. Manga desfrutava do lanche com tanto gosto que dava até pena de interromper. Até que o cão chupando manga não é tão feio. Nós seguramos a risada para não assusta-lo. Peguei a mangueira e desenrolou em minhas mãos, enquanto Harry se aproximava de Manga por trás. A bacia com sabonete estava do outro lado. 

 - Manga. Meu lindo. - Chamei. Ele tirou a atenção de seu lanche e olhou para mim desconfiado. Ele sabia que quando eu usava esse tom com ele, queria alguma coisa.  - Meu cachorro perfeitinho, vem aqui com a Lika. Vem meu bebê. - Cheguei mais perto. Ele me seguia com os olhos, esperto. - Vem meu fofo, tão lindo. Own. - Me aproximei falando carinhosamente com ele. Óbvio que o cachorro não confiava em mim. Na verdade ele era o único que não caia no meu poder de persuasão e mentira. - Manga... Meu lindo...? - Chamei. Foi nesse momento que Harry o segurou por trás e eu liguei a mangueira. A questão foi... Manga saiu correndo com a fruta em sua boca. Imaginem a situação: eu molhando Harry pensando que era Manga, Manga correndo pelo quintal. Ok não deu muito certo. Pulei para o plano B, que seria correr atrás daquele cachorro retardado. Segurei a mangueira com força e corri atrás de Manga. - PEGA HARRY! - Gritei.

 - Estou indo! - Harry gritou correndo atrás de Manga também. Ele já estava todo molhado e dava risadas. A terra molhada debaixo dos nossos pés virando lama não estava ajudando nem um pouco. Manga corria como um bobo pelo quintal enquanto eu e Harry corríamos atrás dele. Refiz minha estratégia dando a volta e deixando Harry e o Manga correrem. Quando eles voltaram na minha direção mandei a água na direção dos dois rindo como uma pateta. 

 Mas outro quesito interrompeu tudo. Manga, o alvo principal, desviou o caminho enquanto o retardado do Harry voou para cima de mim. Não tinha como parar. Ele simplesmente caiu, me fazendo soltar um gritinho assustado. No momento nós dois estávamos molhados, sujos de terra e se acabando de rir.

 - Harry! - Gritei rindo e olhando para seus olhos esmeraldas e as covinhas tão lindas. DEUS COMO ELE É PERFEITO! Pensei. O sol da manhã bateu sobre ele fazendo um tipo de aureola sobre seu rosto. Seus cachos molhados se destacaram, seu rosto pálido se iluminou, sua risada ecoando, seus lábios avermelhados se destacando. Eu nunca vi um anjo sorrir, mas não deveria ser muito diferente daquilo. - Não ria da nossa situação.

 - Você também está rindo. - Ele falou sem se levantar. 

 - Eu estou sendo esmagada! – Retruquei gargalhando. Manga deu uma volta vitoriosa sobre nós ainda com a fruta na boca, como se dissesse EU GANHEI SEUS BURROS! Ele soltou a fruta e deu uma lambida em nossos rostos. - Seu sínico. - Murmurei emburrada. Ele se sentou ao nosso lado com a língua para fora. Harry levantou-se e fitou o cachorro.

 - Seu cachorro idiota. - Ele falou. Nós dois gargalhávamos ainda. - Nojento, queria me ver sujo... Agora quer banho? Não dou mais. - Ele falou chateado e rindo.

 - Deixa de coisa. – Levantei-me e peguei o shampoo canino. - Agora fica quieto Manga. Eu tenho que te dar banho. Me ajuda aqui Harry. - Pedi pegando o shampoo e espalhando sobre o pelo do cachorro. 

 - Eu não deveria. - Ele falou se levantando e me ajudando a espalhar o shampoo nele.  - Mas vou ajudar... Por que eu quero ter uma visão privilegiada da blusa molhada colada em você. - Ele falou. Virei meu rosto rapidamente para ele. 

 - Seu pervertido! – Gargalhei abraçando minha cintura e tentando esconder meu corpo. Ele riu também e piscou para mim, obviamente me fazendo corar. Ele deveria parar com isso! Revirei os olhos e voltei a atenção para o anti pulgas do meu cachorro.

 


Notas Finais


Gostaram? :P kkkk Espero que sim, beijos gente.
PS: Teve uma leitora que me pediu pra colocar as fotos dos personagens nesse capítulo. Eu realmente não tive tempo flor, prometo colocar no próximo. Sem enrolação. :D
'Xoxo Giu


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