História Caneta - Belas palavras...

Não sei quem sou. Não sei o que sou, mas sei que por minha causa ela se senta à mesa todos os dias. Seus dedos são macios, mas sua pegada é firme. Deslizo para lá e para cá, um ciclo infinito que sempre irá se repetir. Com ela pude compreender muitos sentimentos. Não sei quem sou, não sei meu nome, mas sei que ela nunca me esquecerá.  Sei que sempre sentirei o cheiro do papel, sentirei a tinta fluir. Nunca saberei quem sou, mas sempre saberei minha função vital: escrever belas e rudes palavras, como uma rosa cheia de espinhos.