Cansei de esperar ele, sempre é a mesma coisa eu passo dias e noites chorando e me alto mutilando, me machucando para tentar amenizar a dor do meu coração. E ninguém sabe sobre isso, nem amigas nem minha mãe eu mesma fiz questão de eles não saberem.
- Ana vem para o jantar.- Ouvi minha mãe gritando da cozinha.
- Ja vou.- Limpei minha lágrimas de desespero e dor causado pelo meu gilete e tampei com o meu casaco os braços cortados.
Desci as escadas e sentei na cadeira à frente da mesa.
- Mãe, oque tem para o jantar?.- Perguntei a ela.
Eu simplesmente colocava a minha mascara que tampava os meus reais sentimentos e me demonstrava emocionalmente normal para uma adolescente de dezesseis anos.
- Tem lasanha, arroz, carne e de bebida um suco de maracujá. - Falou ela sorrindo.
Outro motivo para mim esta me cortando é a minha família incrivelmente instável. Minha mãe era viúva e ela trabalha duro para nos sustentar. O meu pai como visto ja era morto e eu era filha única. Eu e minha mãe brigávamos o tempo todo porque ela não tinha tempo devido ao trabalho.
- A comida está ótima mãe. - Sorri dando mais uma garfada na lasanha.
- Que bom Júlia. - comemos e eu a ajudei a lavar os pratos e as panelas.
Subi para o meu quarto e vi várias notificações no meu celular.
" Júlia haha você não vai acreditar o Rafael está namorando com a Karyna."
Mayra.
" Nossa, eles não viviam se brigando pelos corredores da escola?"
Júlia.
"Sim, mas sabe aquele ditado: Quem briga se ama. Pois então não é totalmente uma bobagem, aquele ódio era amor repreendido."
Mayra.
" Bom pra eles né, tchau mayra.
Júlia.
Deixei o celular encima da cama, peguei a toalha e fui para o banheiro. Me despi e fui para a frente do espelho. Eu tinha as marcas do gilete pelos braços e pernas.
Eu era uma menina bonita. Tenho olhos azuis pele branca, nariz arrebitado e fino e lábios simétricamente perfeitos. Meus peitos eram medianos e tenho belas pernas e um bumbum grande.
Mas eu não era boa o bastante pra ele, para o Lucas.
Entrei no Box de vidro e liguei o chuveiro. A água quente batia em meu corpo fazendo arder as recém marcas de mutilação em meu braço.
Fechei os olhos ignorando a dor e deixando a água cair em mim.
A água quente ja estava embaçando o box de vidro. Não sei quanto tempo perdi ali tomando banho. Decidi sair do banho. Me enrolei na toalha de banho e ir para meu quarto.
Coloquei meu pijama e olhei para meus braços.
"Pra que viver".- Pensei comigo mesma. Peguei meu gilete meu caderno e minha caneta. Resolvi escrever uma carta sucida. Conforme eu ia escrevendo as lágrimas iam caindo.
" Mãe sei que você vai ser a primeira a ler isso, primeiramente eu queria te pedir desculpa por me suicidar e te deixar, mas eu precisava fazer isso. Eu ja não suportava mas essa vida eu te amo muito e sentia que estava atrapalhando você. O papai se foi e assim com ele se foi a minha alegria e euforia. E também o menino que eu amava e você nem sabia pois nunca teve tempo deeu contar pra você, ele não me deu atenção ele me ignorava e zoava o nome dele é Lucas Mendes. Agora vou estar ao lado do meu pai eu espero. Te amo mãe e por favor não fique depressiva e acabe como eu morta. Adeus."
Júlia.
Arranquei a folha e coloquei encima da cama. Sentei na cama e fui fazendo profundos cortes em minha veia e finalmente chegando no pescoço eu cortei a veia arterial.
Minha visão ficou turva e cai de bruços na cama, cheia de sangue.
Esse foi meu fim.
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