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História Can't Remember To Forget You - Sizzy - Minha (ex)melhor amiga.


Escrita por: Dessinha1206

Notas do Autor


Voltei, mas só eu percebi que meu projeto Terminar CRTFY antes de bater um ano tá indo pro lixo?
Vou olhar de novo, mas tenho quase certeza que são daqui a nove dias e a menos que eu pare de dormir, estudar e fazer tudo que eu tenho pra fazer durante essa semana, eu não vou conseguir, vocês me conhecem, as vezes enrolo meses pra escrever, a pri é meio injusta comigo, ela me ama poxa!
Era só isso, espero que vcs curtam o capitulo, bem dramatico, sem hot T.T, mas um bom capitulo (eu acho)

Capítulo 26 - Minha (ex)melhor amiga.


“Sinto falta do pensamento de eu e você para sempre”

- Strangers, Halsey (feat Lauren Jauregui)

— O que você acha? — Perguntou levantando a camisa preta; a pele, geralmente branca, adquiria um tom avermelhado em suas costelas onde as palavras Acheronta Movebo foram escritas.

— É bonito, o que significa? — Perguntei olhando para seu rosto que abria um dos seus sorrisos especialmente meus. Já estava tarde e eu deveria ir logo para casa antes que Maryse descobrisse que sai para vê-lo.

— É um derivado de Flectere si nequeo superos, Acheronta movebo, que significa em latim “Se eu não posso mover o Céu, eu levantarei o Inferno.” — Sebastian desceu a bainha da blusa, se aproximando com seus passos graciosos e o olhar felino até mim. — Bem poético, não?

— É bem a sua cara — respondi enquanto suas mãos subiam para o meu pescoço, ele deu de ombros, os olhos quase pretos fixos nos meus.

Sebastian se inclinou, por ser mais alto que eu, adoraria que seus finos lábios se encontrassem com os meus.

— Alguém pode ver, e eu tenho que ir Jonathan... — Segurei em suas mãos, as tirando do meu pescoço.

— Amanhã, no mesmo horário, na minha casa. Nossos pais vão estar na reunião do concelho no Garde e você não vai ter que se preocupar com o horário.

Ele deixou um rápido beijo nos meus lábios e me virou, mandando-me embora.

Lembrar de Sebastian era estranho, como ele era comigo e com os outros. Eu já o havia achado especial para mim, eu era apaixonada por ele, e até um pouco cega. Talvez tivesse sido uma adolescente mais fácil se não tivesse sua influência encima de mim, mas ele era um Morgenstern, ou pelo menos, era adotado por um e aquela lábia, e a confiança eram de família. Não me surpreendo em saber que ele convenceu Clary a trair Jace, ou até mesmo a engravida-la, ele também tinha esse efeito com as mulheres, desde as mais novas às mais velhas.

— Isabelle, o que você sabe sobre ele? Sobre Sebastian Verlac Morgenstern? — Havíamos chego até a garagem. Simon não respondeu a minha declaração, é claro que não, mas estava, ou parecia, mais tranquilo até agora. Onde ele desceu de Trish e perguntou estranhamente sobre Sebastian, alguém de quem eu não costumava falar.

Nunca guardei rancor da época em que terminamos. Quer dizer, não sei se considero nosso relacionamento um namoro, ou algo que teve começo, meio e fim, ele era independente, e por um lado, acredito que eu também, mas ao contrário dele, eu não ficava com outras pessoas, todos nos conheciam e achavam que eu não era ciumenta, ou apenas fingiam que não. A questão é, Sebastian — na época Jonathan —­ era persuasivo e com o tempo parei de me preocupar com as outras ao saber que era a única que recebia um eu te amo dele, ou o mais próximo disso.

— Não acredito que contou a ele! — A doce voz de Clary, estava mais afiada que o normal quando ela passou pela porta da garagem.

— Eu não... Não é isso que você está pensando — tentei falar enquanto seus olhos verdes pareciam querer me engolir. — Alias, por que essa pergunta agora Simon? — Queria mudar de assunto, se Clary não fizesse um show, talvez Simon pudesse esquecer que ela também conhecia o nome dele. O que eu estou pensando? Ela já foi acobertada por tanto tempo, e eu não tenho nada a esconder sobre Sebastian. Que se dane!

— Eu sempre cuidei de você! Queria que deixasse essa boca fechada pelo menos uma vez, mas não. Quando você vai parar de se fazer de vítima e fechar essa boca, Isabelle?

— Eu nunca... Não acredito nisso... — Passei a mãos no rosto tentando entender o que ela estava fazendo. — Eu não contei nada para ele! — Não ligava se minha voz estivesse se elevando, Clarissa estava fora de si e alguém precisava dizer isso pra ela.

— Eu não acredito em você, imagino como disse que sua melhor amiga enganava você, por que é só assim que você consegue manter as pessoas, por pena de você!

— Por que você não cala a boca? — A pergunta saiu antes que eu pensasse. — Ao invés de falar sobre a minha vida e como eu sou uma vítima, por que não repensa nessas suas defesas. Você não teria que vir aqui gritar comigo se não fosse uma vaca traidora! Eu estou pouco me fodendo para se você não me contou, mas você está enganando meu irmão e o pior é que eu estou deixando! E ainda por cima vem querer brigar comigo na minha casa, na frente do meu namorado!

Não me importa se Simon iria descobrir, ou se o resto da casa escutasse. Estava cansada dela, dessa Clary que eu não conheço. Eu queria minha melhor amiga, a que não mente, trai, nem esconde coisas, de volta para mim, longe do idiota do meu ex namorado. É só isso o que ele faz, corrompe as pessoas, e nem Clary escapou das mãos dele.

— Izzy, por que você está gritando? — Era Jace, com seu olhar preocupado, mas não por minha causa, por ela, pela pessoa que ele também ama, aparecendo na garagem. Eu nem via mais as motos, era só Clary, sua cara vermelha de raiva e a barriga com aquele maldito bebê que estragou tudo.

— Pergunta para ela! — Minha voz saiu desafinada, ao mesmo tempo em que eu ficava com mais e mais raiva.

— Do que a Izzy tá falando Clary? — Ele abraçava ela de lado, tentando alcançar seus olhos com os dele, mas ela me fuzilava. Eu queria desaparecer, por que ela nunca mais olharia na minha cara depois daquele dia.

Virei-me procurando Simon, ele parecia perdido olhando da ruiva para mim. Ela parecia ter começado a chorar, os soluços escapavam da boca, suspirei e respondi a pergunta que nos levou a aquilo.

— Sebastian é meu ex namorado e o pai do bebê da Clary.

Eu nunca tive uma amiga como ela. Clary era minha irmã de coração, eu me preocupava mais com ela do que comigo mesma muitas vezes. Não queria que nossa amizade acabasse. Não queria. Não podia acontecer... Éramos Isabelle e Clary, inseparáveis.

— Por favor, sem detalhes desnecessários, mas como foi? — A ruiva se jogou no sofá, suspirando em seguida. O primeiro encontro com Jace tinha virado a noite e ela parecia ter acabado de chegar de uma exposição de arte importante de tão radiante.

— Pegue vinho, tenho muito a te contar, Isabelle. — Levantei do sofá com meu pequeno baby-doll; — Ah, e muito a te ensinar!

Éramos as primeiras a saber de tudo da vida da outra, e a primeira a tentar concertar as dificuldades da outra.

— Vi Meliorn sair daqui um caco, o que aconteceu? —Ela entrou no quarto na ponta dos pés, se sentando ao meu lado na cama.

— Ele veio me dizer que a irmã dele não me quer no casamento dela, e que talvez seja melhor nós não irmos. Já que, eles não sabem que eu estou grávida...

— Vou falar com ele, vocês não podem esconder isso de todo mundo!

Dava para ouvir a briga do meu quarto enquanto eu me jogava na cama com Simon atrás de mim. Ele estava quieto, mas não distante, acho que não sabia o que fazer comigo. Nem eu sabia. Tinha acabado de perder minha melhor amiga, talvez meu namorado, e quando voltasse para Nova York, meu único amigo.

Não percebi quando parei de escutar a voz de Jace, mas em algum momento no meio da noite peguei no sono.

***

Simon ainda dormia quando acordei, tomei meu banho e coloquei a primeira roupa que encontrei na mala. Desci as escadas rápido o suficiente para não perceber que minha mãe já estava acordada conversando com Bridget na cozinha.

— Isabelle! — Ouvi ela me chamando antes que eu passasse pela porta de entrada. Parei esperando ela continuar. — Você teve algo a ver com Jace e Clary brigando ontem?

— Talvez, por que? — Perguntei cruzando os braços, ela veio até mim com a expressão preocupada.

— Ela saiu daqui mais cedo e disse estar voltando para Nova York, e seu irmão saiu ontem e não voltou até agora. Estou preocupada, eu nem ao menos entendi o motivo dessa briga...

— Clary traiu Jace, o bebê não é filho dele. — Tentei fingir indiferença para que ela não suspeitasse que fui eu que praticamente entreguei a noticia para o meu irmão mais velho. Mesmo tentando se tornar uma versão melhor de si mesma, eu ainda teria que ouvir um sermão, mas não tinha como isso passar mais vezes, Maryse ficava puxando assunto sobre o bebê dentro do carro, enquanto Clary exibia os chifres do meu irmão com sua barriga redonda.

— Você tem certeza disso? — Fiz que sim, tentei não olhar e ver sua reação.

— Vou tentar achar Jace... — respondi antes que ela continuasse a me perguntar mais coisas. — Não demoro.

A pé seria difícil chegar até Alicante, onde Jace provavelmente estaria enchendo a cara como nos velhos tempo. É isso que Idris parece fazer com as pessoas. Mas não era pra lá que eu iria.

Além do lago Lyn, o único lugar em que ninguém me encontrava era na casinha que Sebastian tinha construído com o pai, ficava a poucos metros da minha casa e eu sempre costumava ir a pé.

Eu não sabia o porquê de estar tão louca da vida para ir atrás dele, mas depois de ter absoluta certeza que Sebastian, O Sebastian, era o pai do filho da Clary, havia mexido comigo e com tudo que eu deixei para trás em Idris.

Era velha, mas ainda uma boa casa, pelo menos para ficar chapada com seu até então namorado. Depois dele brigar com o pai, ele se mudou para lá e comecei a ir cada vez mais. Até o dia em que eu decidi ir para Nova York e terminar o que eu tinha com ele, Jonathan enlouqueceu, lembro dele ter ficado bravo o bastante para querer que eu saísse de perto dele e me empurrar, eu bati a cabeça e depois daquilo não o vi até aparecer na noite de natal em Nova York, como se nada tivesse acontecido.

Eu o superei, na época parecia algo tão imenso, mas quando conheci Meliorn, nada se comparava a ele, e Sebastian era apenas um babaca do meu passado. Aparentemente isso é um ciclo na minha vida amorosa, babacas antigos, namorados novos que não se comparam a ninguém. E no meio de tudo isso, não me lembro nenhuma vez de ficar sozinha, além do primeiro semestre da faculdade.

Tudo bem, isso não é sobre mim.

Quando bati na porta, senti meu estomago revirar. Eu não deveria ter ido atrás dele, muito menos até ali, onde eu poderia relembrar de tudo o que aquele relacionamento foi para mim.  

— Pensei que demoraria mais — Sebastian abriu a porta de madeira, um sorriso presunçoso no rosto. — Vamos lá, estou esperando seu tapa na cara e depois os prováveis socos no peito por ter dito aquelas coisas para o seu namoradinho.

Ele queria isso, estava pedindo, era divertido para ele o jogo, as brincadeiras, o ódio, ele gostava disso. Respirei fundo, passei por ele e peguei a chave da moto que estava na frente da casa.

— Você não merece minha atenção, só esquece a Clary, okay? Ela não é pro seu bico, vou tentar resolver a burrada que ela fez. — Disse saindo da casa e correndo para a moto. — E por favor, não chegue perto da minha família de novo.

— Hey, eu não deixei você pegar minha moto!

— Eu não ligo — empurrei ela pela trilha em meio as arvores que escondiam a casa até chegar na estrada.

Foram mais de três bares até encontrar Jace, seus dedos estavam machucados como a maçã do  com sangue pisado e hematomas escuros, ele bebia uísque a essa hora da manhã e provavelmente deveria ter se metido em briga.

— Vamos embora, Jonathan! — O chamei pelo nome, ele odiava isso, mas era o único jeito de o fazer me seguir.

Quando Jace se chateava só Alec conseguia falar com ele, e no momento Alexander está na Índia, no Peru ou onde quer que seja sua Lua de Mel. Éramos parecidos nesse ponto, nos afastávamos quando algo nos chateava.

Sentei no banco ao seu lado ao perceber que ele me ignorou.

— Um uísque com gelo e limão — pedi. — Então, quanto é a sua vontade de socar a cara de alguém? Estou vendo que já começou com o estrago — apontei com a cabeça para suas mãos envolta do copo.

— Estava encontrando velhos amigos — ele sorriu de lado, os olhos entregavam o quão mal ele estava, eram vazios por trás do dourado que sempre fora vivo.

— Morcego? — Perguntei arqueando a sobrancelha, ele deu de ombros como se não fosse importante. — Tudo bem, nós dois sabemos em quem você quer bater; mas nós dois também sabemos que isso não vai adiantar de nada, você pode ficar aqui enchendo a cara e cair bêbado num beco escuro por aí, ou pode voltar pra casa, tomar um banho e não causar decepção pra nossa mãe, sei que se lembra de como ela ficava quando éramos mais novos. Estou do seu lado, sabe disso, só que você precisa se ajudar.

— Você sumiu por semanas, não falou com ninguém além da nossa mãe, e acha que tem algum direito de dizer o que eu devo fazer? — Dei de ombros. A garçonete colocou o copo na minha frente com a bebida, ele bateu o próprio copo no meu como um brinde e tomou mais um gole. — Há quanto tempo você sabia?

— Desde o casamento — respondi, ele concordou olhando para o resto da bebida.

— Ela disse que me ama apesar de tudo, — ele respirou fundo — não sei se acredito. Nunca passamos por crises desde que começamos, e não sei quando me tornei insuficiente para ela. Clary é, ou era, minha vida... Esquece.

— Não, isso é bom, você consegue falar, eu não. Essa é a diferença entre nós, você sempre teve Alec pra te escutar e eu sempre fui sozinha, não estou acostumada a desabafar com ninguém além de Clary, então me perdoe se sou uma fujona, não poderia encarar você sem pensar que também estava te traindo.

— Cala a boca e me abraça Izzy — ele levantou da cadeira ao mesmo tempo que eu e praticamente engoliu me corpo pequeno com seus braços.

Talvez conseguíssemos superar isso juntos. 


Notas Finais


Faz tempo que eu não divulgo meus outros bbs aqui então tá ai os links xuxus:

I Have Written You Down:
Sinopse:
Dois escritores. Um escritor de fantasia, nerd e uma pessoa que odeia livros de romance adulto e uma escritora de romances adultos, que é apaixonada por fantasias e romance (afinal ela escreve sobre isso) são obrigados por seu editor, Magnus Bane, a escreverem um livro juntos. Simon Lewis, quase nos seus trinta anos, deve deixar seus traumas passados e seu ódio de lado para poder escrever com Isabelle Lightwood (longe dos seus trinta) que deve superar seus problemas e alcançar sua real independência e, quem sabe, descobrir quem ela realmente é.
O que os dois não sabiam era que, um simples livro, poderia juntar duas pessoas de uma forma muito maior do que simplesmente “parceiros de escrita”...
Link: https://spiritfanfics.com/historia/i-have-written-you-down--sizzy-8739962

Keep the Love in a Photograph
Sinopse:
Não escolhemos quem somos, ou como somos. Para alguns isso é indiferente presos na imaginação de que você escolhe tudo ao seu redor, sem ter a minima ideia de que somos todos presos a um destino; para outros isso é perturbador, viver à sombra de alguém que os outros veem, alguém que você sabe não querer ser.
Mas a verdade é que todos esperamos aquela pessoa que te vê diferente, que te faz se sentir diferente.
Isabelle era assim, e do jeito mais diferente, ou talvez mais surpreendente, vai conhecer aquele que ela sempre esperou.
Link: https://spiritfanfics.com/historia/keep-the-love-in-a-photograph--sizzy-9327032

Só deem uma olhada depois de comentar hein <3


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