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História Can't Remember To Forget You - Sizzy - A sorte nunca está ao meu favor...


Escrita por: Dessinha1206

Notas do Autor


Dessa vez eu fui mais rápida!
O capitulo de hoje tá meio amorzinho, já que temos uma das personagens mais fofas presente nele.
Eu realmente não quero enrolar por que todos queremos ler o capitulo, mas eu queria agradecer ao melhor namorado/Simon do mundo por escrever o quarto do Simon pra mim. Eu não tinha ideia de por onde começar e ele me ajudou MUITO. Além de sempre estar me ajudando com o que colocar na fanfic. É isso... Te amo chatão <3
Espero que gostem e boa leitura!

Capítulo 6 - A sorte nunca está ao meu favor...


Fanfic / Fanfiction Can't Remember To Forget You - Sizzy - A sorte nunca está ao meu favor...

Primeiro você começa com um amor, depois vem às brigas, depois a separação, e quando vai ver, está sofrendo!

- Ruan Dias

– Você precisa parar com isso – ele diz, sua voz está, não sei, diferente.

- Como assim? – Pergunto voltando a abotoar a camisa.

- De morder o lábio desse jeito. – Minhas mãos param não conseguindo se mexer, ele percebeu?

- Por quê? É só um hábito... – Não consigo terminar já que em poucos passos ele vem na minha direção, me prensa junto à mesa e colando sua boca a minha. Minhas mãos vão direto para seus cabelos, que descobri agora serem macios; suas mãos seguram minha cintura como se já tivesse feito isso um milhão de vez quando sua língua descobre a minha; por um vasto segundo abrimos os olhos para buscar ar, nesse momento nossos olhos se encontram e não é estranho, não há culpa, nem arrependimento, só há ânsia pelo próximo beijo. Em segundos nossos olhos já estão fechados e saboreando o prazer recém-descoberto no beijo do outro.

Acho que passei a noite relembrando do momento em que nos beijamos. Eu ainda me perguntava o porquê, faziam alguns dias e enquanto ele não estava perto eu nem lembrava que ele existia. Okay, isso é mentira. Eu pensava muito nele, mas por Deus...  Por que beija-lo era tão bom?!

- Srta. Lightwood – ouço a porta ser aberta e a empregada gentil que conheci da outra vez que vim aqui entrar no quarto. – Simon pediu que trouxesse essas roupas para a Srta. – Sentei-me na enorme cama e olhei para a mulher não muito mais velha que eu e pedi que ela colocasse as roupas no pé da cama.

Assim que ela saiu do quarto, levantei e peguei as roupas, levando-as para o banheiro comigo. Eu já disse que todos os cômodos dessa casa são enormes?! O banheiro deles era do tamanho do meu quarto! Com azulejos brancos, uma banheira, um boxe e o armário que fazia conjunto com o espelho horizontal, o banheiro era completamente impecável. Coloquei as roupas encima da pia e abri o chuveiro, já que se eu entrasse na banheira nunca mais iria querer sair. Minutos depois, que mais pareceram horas de relaxamento, me enrolei na toalha e fui ver a roupa que haviam me trazido. Uma blusa de alcinha vermelha e uma calça jeans rasgada, vesti os dois e voltei ao quarto para colocar os sapatos meia pata vermelhos que eu usei na noite passada e por sorte combinavam perfeitamente com a roupa que me emprestaram; arrumei a cama e depois de fazer uma trança desajeitada no meu cabelo, sai a procura de Simon para agradecer e ir para casa.

Nunca me considerei tímida, então sempre foram poucas às vezes em que fiquei nervosa em algo que envolvesse alguém além de mim; mas nesse momento, aquela sensação horrível que todo mundo já sentiu uma vez na vida, onde parece que você tem um vazio na barriga se apoderou de mim, e a pior parte disso é não saber o porquê. Tá, talvez seja por causa do Simon. Já que sempre que estou perto dele alguma merda acontece e isso me deixa um pouco nervosa, mas nervosismo não é comigo. A ultima vez que senti isso foi... Acho que no meu primeiro encontro com Meliorn há dois anos!

- Isabelle, o que está fazendo aqui? – Lily perguntou surgindo do nada, provavelmente enquanto eu encarava a porta do quarto do seu filho.

- Hã... Simon me deixou dormir aqui – respondo. Era verdade, não era?! Ela não precisava saber da historia inteira.

- Hmmm... Vocês dois...?

- Não! Eu só não queria ir pra minha casa – digo e me lembro de que Clary provavelmente deve estar preocupada já que não voltei pra casa e deixei meu celular na boate. – Na verdade, só ia agradecer pela hospitalidade e já ia embora.

- Ah não, fique! Preciso de ajuda para escolher minha roupa para um encontro. Para ser sincera, é um primeiro encontro e não tenho muitas amigas pra me ajudar a escolher uma roupa decente – ela pediu e eu concordei, Clary podia esperar.

- Quem é ela? – Escutei alguém perguntar, era uma voz fina, feminina e de criança.

- Essa é a Isabelle, Becca – respondeu Lilian para a filha que vinha pelo corredor de mão dada com uma das empregadas.

- Ela cansou de te esperar para tomar o café, senhora – disse a empregada.

- Tudo bem. Você pode voltar ao serviço, Maureen. Venha Becca, você e Isabelle vão ajudar a mamãe a escolher uma roupa – Lilian pegou na mãozinha da pequenina que saiu andando toda alegre balançando as marias-chiquinhas.

- O closet não é lá encima? – Perguntei vendo que Lilian abria outra porta no corredor em que estávamos.

- Sim, aqui é o meu quarto – ela respondeu entrando no cômodo. – Trouxe algumas roupas em potencial aqui para baixo. Sente-se Isabelle, vou provar uma das roupas. – Caminhei até umas das poltronas de cor nude, me sentei e vi Lily entrar no banheiro ao lado da grande cama de casal. Rebecca saiu correndo quando a mãe entrou no banheiro e se jogou no meu colo, para logo se ajeitar e encarar a porta pela qual a mãe sairia ansiosamente.

***

Há algumas semanas, Natalie – a antiga secretária da Lily – me disse que Lilian Ferraz adorava manipular os outros para fazerem o que ela queria, e acho que estou começando a acreditar já que sem perceber ela me fez concordar em cuidar da Rebecca enquanto ela fosse ao encontro. Sempre me gabei por coisas que eu conseguisse fazer, mas cuidar de crianças nunca foi uma delas.

Tanto que só a possiblidade de ser mãe já me deixa assustada, crianças são indecifráveis e não é só pela fala estranha, elas tem energia demais pra mim. Não é atoa que colocaram Rebecca na aula de ballet. A garotinha ainda estava toda animada por que tinha uma apresentação de noite, ela ensaiava os passos a cada 10 minutos repedidas vezes e se eu não prestasse atenção ela brigava comigo!

Eu até perguntei por que Simon não ficava com ela, mas durante o almoço ele respondeu que tinha ensaio da banda dele. O que me deixou muito surpresa, por que eu nunca imaginaria que ele tem uma banda! Lily parecia apoiar bastante à escolha dele de ser músico, mas pelo o que ela disse, Richard achava aquilo a pior coisa que poderia acontecer. O filho de um advogado tão importante quanto ele, músico.

Por essas e outras eu não quero ter filhos, acho que eu seria muito mole com eles por ter tido uma mãe tão severa. Maryse ainda não olha direito na minha cara por ter escolhido seguir carreira com moda e às vezes me sinto mal por dar graças a Deus por isso.

Esse também é um dos motivos pelo qual Meliorn e eu brigamos bastante, ele ama crianças, mas não entende que desde a ultima vez, eu não quero mais engravidar. A possibilidade tinha encantado ele, foi uma das nossas piores crises, mas quando nos acertamos tudo começou a dar certo. Ele ainda deve acreditar que se tivéssemos filhos, tudo voltaria a ser flores e arco-íris, mas não é bem assim.

***

- Tem certeza que eu estou bonita? – Perguntei pela segunda vez antes de entrarmos na igreja.

- Quando você não está bonita? – ele retrucou. Meliorn nunca perdeu a chance de me dizer o quanto me achava atraente, mas desde que havia descoberto sobre a gravidez, que já entrava para o quarto mês, ele dizia com menos frequência se eu estava bonita ou até mesmo arrumadinha o suficiente para ir ao casamento da irmã dele. – Do jeito que você está demorando vamos chegar depois da Bianca, e ela é a noiva!

- Já estou indo – depois de olhar uma ultima vez no espelho do carro, abri a porta do passageiro e sai. Esse era um daqueles dias em que a única coisa que você quer é sua cama, ficar embaixo do edredom e assistir a uma comedia romântica com seu namorado pelo notebook.

Meliorn segurou a minha mão enquanto subíamos as escadas da frente da igreja; acho que ele disse umas mil vezes para eu não usar saltos, que eu correria o risco de cair e prejudicar a droga da gestação, mas mesmo assim eu os coloquei, era um casamento e não é porque meu namorado idiota esqueceu de colocar a camisinha que eu não usaria os meus melhores amigos em um evento mais chique do que os que eu costumava frequentar.

Bianca trabalhava com decoração e por tal motivo seu casamento não poderia estar menos do que estava, a igreja estava linda, enfeitada da cor vermelha, a maior parte dos convidados já tinha chegado e isso incluía a família inteira do meu namorado, que não gostavam de mim.

Recentemente o que a gente mais fazia era brigar, eu não queria ter filhos e Meliorn parecia super feliz em relação à gravidez, mas só a isso. Quando ele me ligava era só pra perguntar se seu filho ou filha estava bem e fazia tempos em que não passássemos uma noite juntos, não com segundas intenções, eu tinha começado a me sentir inchada e sexo era a ultima coisa em que eu pensava, mas eu andava mais carente e queria a atenção do meu namorado.

Quando Bianca e Calleb – o noivo - ficaram sabendo que eu seria a acompanhante de Meliorn no casamento, eles logo desistiram de chamá-lo para padrinho e quando Mark – o melhor amigo de Meliorn, vulgo melhor amigo da irmã gêmea dele também, Bianca – entrou na igreja no lugar de padrinho, os olhos do meu namorado se entristeceram e eu sabia, que no fundo da mente dele, Meliorn estava me culpando.

Todo o cerimonial começou e Bianca estava esplêndida; ao contraria do irmão, ela tinha os cabelos cacheados e volumosos, o que ajudou a deixa-la ainda mais linda como noiva em seu vestido branco rendado.

Quando a parte dos votos começou, meus olhos desataram a chorar e eu não sabia o porquê de estar chorando por aqueles que eu sabia que não gostava de mim. Mas o juramento de amar outra pessoa para o resto da vida era lindo e eu não conseguia me conter.

- Por que está chorando, Isabelle? – Perguntou Meliorn no meu ouvido, seus braços estavam ao meu redor no banco de madeira da igreja e mais ninguém além dele parecia ter notado que eu, a cunhada indesejada, estava chorando horrores.

- Os Lightwoods nunca foram grandes religiosos, - digo passando o lenço que ele me entregou abaixo dos olhos – mas tudo é tão lindo que me faz querer... você sabe... casar e construir uma família.

- Construir uma família. Pensei que estivesse decidida a entregar nosso filho para adoção, o que você sabe que nunca aconteceria – ele disse me fitando confuso, dava pra ver o pingo de esperança surgindo em seus olhos.

- Eu estive repensando... – respondi baixinho sabendo o que aquilo significava.

- Está falando sério? – Ele perguntou incrédulo, parecia que ele havia esquecido de que estávamos em uma igreja lotada e com toda a sua família presente. Quando confirmei com a cabeça, ele abriu o sorriso de orelha a orelha que ele poucas vezes mostrava principalmente em publico, eu nunca tinha o visto fazer aquilo. Principalmente agora que ele tinha se afastado e qualquer tipo de sorriso destinado a mim era raro. Ele enfiou a mão dentro do terno azul marinho que usava e tirou uma caixinha vermelha aveludada. – Isabelle, você aceita se cas...

Esse provavelmente é o momento mais esperado na vida de qualquer mulher apaixonada, mas mesmo assim a ideia ainda era muito nova para mim; então quando ele começou a falar, eu me levantei e sai correndo igreja afora. Meu estômago estava embrulhando e eu sentia meu almoço voltar junto com uma queimação horrível. Foi espontâneo me inclinar pra frente quando tudo o que tinha no estomago voltou e caiu na calçada. Senti alguém segurando os meus cabelos e passando a mão nas minhas costas enquanto tudo que eu havia comido caía na calçada.

- Você está bem? – Meliorn perguntou ele parecia preocupado.

- Estou, é só... Muita coisa pra um dia só e esses hormônios não ajudam – respondi e ele sorriu outra vez me abraçado em seguida.

- Okay, eu espero o tempo que for. E sabe por quê? – neguei com a cabeça – Porque eu sei que você é a mulher da minha vida, Isabelle.

- Belle, tá me ouvindo? – Rebecca estralava os dedinhos pequenos na frente do meu rosto.

- Estou, mas ahn... Você pode repetir o que falou? – Pedi olhando para garotinha que sentava de novo a frente da sua casa de bonecas.

- Tudo bem, mas presta atenção. – Ela respondeu pegando dois de seus bonecos. – Esse aqui é o Ken, - ela disse mostrado o boneco loiro – essa é a Barbie, ela namora o Ken. Mas aquela ali é a Tereza, e a Tereza quer roubar o Ken da Barbie. Entendeu? – Confirmei com a cabeça. – A Tereza até tentou roubar o Ken, mas eles nunca ficariam juntos, sabe por quê?

- Não, por quê?

- Por que a Barbie é a mulher da vida do Ken, eles são almas gêmeas e nada, nem ninguém pode separar eles – ela respondeu, ficou quieta por um instante, me encarou e deu de ombros. – Além disso, a Tereza não é tão bonita quanto a Barbie!

- Isabelle? – Ouvi Maureen chamar, levantei indo até a porta onde ela segurava o telefone. – É pra você.

- Obrigada - pego o telefone da mão dela. – Alô?!

- Izzy, é a Lilian. Hmm... Para com isso! – Ouço ela gritar.

- Que? – Pergunto sem entender

- Não é nada. Izzy, você poderia levar Becca para a apresentação de dança? Acho que não vou chegar a tempo. – Ouço-a rindo e alguém pedindo pra ela desligar no fundo. Meu Deus...

- Tudo bem – respondo e ouço-a suspirar, não sei se aliviada ou por outra coisa.

- Obrigada!

- Magina, divirta-se! - Digo e ela desliga na minha cara.

- Quem era? – Pergunta Rebecca depois que entrego o telefone para a empregada.

- Sua mãe. Que horas é a apresentação? – Pergunto para garotinha.

- Tem no convite, eu pego pra você. – Ela corre até onde sua mochila está pendurada e o puxa de dentro. – Ela vai, Belle?

- Infelizmente não, querida – respondo e vejo que já estamos atrasadas. – Você se troca antes de ir ou lá junto com as outras garotas?

- A roupa fica lá – ela responde meio tristinha.

- Ah, por favor, não chore – peço quando os olhos dela começam a ficar marejados. Tudo estava indo tão bem, por que ela tinha que chorar? – Eu prometo que sua mãe vai a todas as suas outras apresentações.

- Jula de dedinho? – Rebecca perguntou com a voz manhosa.

- Juro de dedinho – entrelacei seu pequeno dedo no meu e ela voltou a sorrir, um pouco mais fraco, mas sorriu. – A pergunta na verdade é: Quem vai levar a gente?

- Simon! – Ela grita alegre e sai correndo corredor a fora.

- Por que o Simon? Vocês são ricos. Não tem motorista particular? – Pergunto seguindo ela.

- Tio Michael tá de férias – ela responde e abre a porta sem ao menos pedir licença.

A primeira coisa que eu pensei quando entrei no quarto do Simon foi: “Como eu consegui beijar o dono disso?”

Não pelo fato das inúmeras referências a cultura pop, mas pelo fato da total desarrumação. Claro, a ruiva não é um poço de desarrumação, mas aquilo era o cúmulo da desarrumação. O quarto era grande, com paredes azuis e possuía duas portas: a de onde nós entramos e outra, em um dos cantos do quarto, que estava completamente escancarada dando vista ao banheiro. O chão era um campo minado de All Stars de todas as cores e formas e palhetas de violão de todas as cores e formas. Entra a porta do banheiro e a parede com um pôster de uma cabine telefônica azul - acho que era de uma série, talvez o Alec, ou o Magnus saberiam qual era -, tinha uma cama de casal com dois travesseiros cinzas e um cobertor preto completamente desarrumado e com o que eu presumia que fosse o pijama dele. Encima dela tinha um pôster de uma banda chamada Rock Solid Panda, provavelmente da que ele participava. A cama ficava de frente para o rack da grande TV e duas grandes caixas de sons ligadas ao mesmo e a CD players. Encima do rack tinham dois vídeo games - de começo isso me espantou, mas aí eu lembrei que ele era rico o podia ter quantos vídeo games ele quisesse e pensei que o Max gostaria de vê-los - e inúmeras caixas de filmes e CDs provavelmente já assistidos e escutados. Encima disso tudo tinham duas estantes, uma com gibis e alguns livros e outra com vários filmes entre eles Star Wars ,o Jace e a ruiva adoravam esses filmes. Atrás do rack, como uma grande foto de inspiração, tinha mais um pôster, dessa vez um diferente. Era um homem de costas usando uma roupa medieval, segurando uma espada de lamina longa e cabelos brancos platinados atacando um monstro.

Em um canto do quarto tem um armário, também aberto mostrando mais bagunça, e no outro uma escrivaninha com um notebook aberto. Entre os dois tinha um violão completamente à mostra, que parecia que ele tinha acabado de usar e uma janela.

- Becks? Isabelle? O que vocês estão fazendo aqui? – Ele pergunta se levantando da cama e deixando um livro encima dela, Os últimos dias de Krypton. Parecia bem... O estilo dele. Não que isso fosse um problema.

- Precisamos de carona pra minha apresentação, Si – fala a garotinha erguendo os braços e pedindo colo. Ela já não está meio velha pra isso?! Ela já tem cinco anos! 

- Tudo bem, eu levo vocês e fico pra assistir também a minha bailarina favorita – ele responde e põe Rebecca no chão, ela sai correndo corredor a fora de novo.

- E aí? - Ele perguntou abrindo os braços e girando. — O que achou do meu templo da nerdisse?

- As inúmeras empregadas que trabalham aqui não limpam o seu quarto? - Eu perguntei me segurando para não tentar arrumar tudo aquilo e quase me esquecendo de que tenho que correr atrás da pequena.

- Eu as proibi de entrar aqui. Ninguém toca nas minhas coisas. Se alguém encostar um dedo eu faço o que aquele loiro do Geralt de Rivia vai fazer com aquele monstro. - Ele disse apontando pro pôster atrás da TV.

- Ele não é loiro, ele é platinado. - Digo como se fosse obvio.

- Vocês duas estão se dando bem? – Ele pergunta andando ao meu lado enquanto voltamos para o quarto da caçula.

- Ah, digamos que ela é um pouco mais fácil do que eu pensava – respondi, ele riu pelo nariz e sorriu daquele jeito fofo, quando um lado da sua boca subia antes do outro e as covinhas apareciam. Meu Deus, era tão encantador...

- Acho que ela gosta de você então, porque Rebecca é uma pestinha – ele diz passando a mão na cabeça da irmã que olhava com cara feia para ele por tê-la chamado de pestinha ou talvez por ter bagunçado seu cabelo, ela era tão vaidosa quanto à mãe.

- Vocês já estão de saída? – Maureen apareceu do nada. O que esse povo tem?! Eles querem me matar do coração?!

- Acho que sim, Maureen. Isabelle vai pegar as coisas dela e já estamos de saída – ele respondeu; vi as bochechas da garota corarem por ele ter se dirigido a ela pelo primeiro nome, ela gostava dele?

- Mas meu cabelo tá bagunçado! – Disse Becca chamando a atenção de todo mundo.

- Eu arrumo para você – disse Maureen entrando no quarto junto a Rebecca. Enquanto a loira arrumava o cabelo da mais nova fui ao quarto de hospedes onde havia dormido para pegar minhas roupas.

Quando entrei o quarto, vi uma sacola encima da cama com o que provavelmente era o vestido que eu tinha usado na noite passada. A peguei e virei pelo calcanhares dão de cara com Simon atrás de mim.

- Vocês tem que parar de aparecer tão silenciosamente. Quase me matam do coração toda vez que fazem isso! – Digo, ele ri e tenho vontade de beijá-lo novamente. Não tenho certeza se é pela proximidade ou pelo jeito natural como ri que faz qualquer um querer acompanhar.

- Desculpe... É que já são 17hrs e a escolinha de ballet dela é meio longe. Não podemos chegar atrasados. – ele suspira - Minha mãe prometeu pra ela que nunca mais chegaríamos atrasados, da ultima vez ela perdeu a apresentação.

- Ah, tudo bem. Já podemos ir – respondi.

***

Se eu disser que me lembro de alguma coisa da apresentação vai ser mentira, porque a única coisa em que prestei atenção foi na fascinação em que Simon via irmã dançar; ele contagiava qualquer um – o que parecia ser uma qualidade marcante dele. Seus olhos brilhavam ao ver a pequena, como se ela fosse uma estrela e ele vivesse para admirar ela; falando nisso, algumas mães solteiras descaradas o encaravam da mesma forma. O que me causava ciúme, admito. Mesmo ele sendo completamente impróprio.  

- Vocês gostaram? – Perguntou Rebecca enquanto saiamos do auditório de mãos das com ela.

- Tinha como não gostar?! – retrucou Simon arrancando um sorriso vergonhoso dela.

Assim que as portas da van estão fechadas com nós lá dentro, Rebecca reclama de fome; ela não era a única, então decidimos jantar em alguma lanchonete.

Se existir companhias mais adoráveis, eu ainda não as conheci! Os Lewis eram extremamente simpáticos e, perto de Rebecca e Simon, assunto era o que não faltava; eles contavam histórias de como infernizavam a vida da madrasta e como a avó tinha proibido eles de visitar a casa dela por fazerem barulho demais, só por que Simon tentou ensinar Rebecca a tocar o pequeno teclado que pertencia a seu avô já morto.

- Não acredita nele, Belle! Eu sei tocar teclado direitinho – disse a mais nova irritada com o irmão.

Quando já tínhamos terminado de comer, a conta foi paga e eu finalmente voltaria pra minha casa. Não que o dia tivesse sido ruim, claro que não. Porém a saudade de casa sempre prevalecia quando eu passava um tempo longe dela.

Dar tchau para a projeto de gente foi difícil, ela encrencou que queria que eu dormisse na casa dela, e eu até o faria se Simon não tivesse intercedido por mim e explicado que eu precisava ir para minha própria casa.

Eu subi as escadas familiares calmamente, já descalça como quase sempre; era um habito terrível, mas muito reconfortante. Eu estava sem a chave do apartamento então bati na porta de Jordan para pedir a chave reserva que ele guardava para mim e para a ruiva.

Depois de várias tentativas tocando a bendita campainha, percebi que teria que tentar a sorte ou então esperar Clary chegar. Noites de sábados sempre eram passadas na casa de Jace. Graças a Deus! Também eram as noites em que Meliorn ia em casa, a porta ficava aberta e ele podia entrar livremente.

Eu sabia que não, a sorte nunca estava ao meu favor e quando entrei pela porta do pequeno apartamento onde eu morava, encontrei meu namorado sentado no sofá quase pegando no sono. O barulho da porta o fez se levantar e me fitar, com o olhar caído, triste e sabendo o que vinha pela frente o mesmo disse:

- Acho que precisamos conversar...


Notas Finais


Gente linda, eu venho aqui divulgar pra vcs a fanfic desse meu namorado. Ela tbm eh de TMI e não se enganem pela capa, ela não é Climon.
Link: https://spiritfanfics.com/historia/dont-count-the-miles-7735424


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