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História Caos - A Fase de Batalhas


Escrita por: fabricioreis9

Notas do Autor


mais um capítulo :D
continuação direta do último... espero que gostem!

Capítulo 8 - A Fase de Batalhas


Laura

 

Aiden não atendeu sua ligação o que deixou Laura ainda mais apreensiva. Não podia permitir que algo acontecesse naquele concurso, bem debaixo do seu nariz.

- Senhorita? – o tal de Hank chamou sua atenção – Sei que pretende envolver a polícia, mas teria como não me envolver nessa...

Laura olhou para a expressão assustada do homem. Poderia ter dito que a polícia já estava envolvida a partir do momento em que ele decidiu falar com ela, mas a garota tinha que ter cuidado com o que poderia estar prestes a acontecer.

- Apenas, tente impedir seus colegas de lacrarem os portões. Vou tentar não te envolver, mas quero um contato seu para que possamos conversar melhor depois – Laura estendeu seu celular para Hank.

Ele digitou um número com as mãos trêmulas e salvou seu contato no aparelho da menina. Ambos deixaram o banheiro e seguiram em direções opostas no corredor. Laura verificou o horário e percebeu que a primeira batalha estava para começava em meia hora. Discou o número de Aiden e esperou que o rapaz conseguisse atende-la dessa vez. O rapaz atendeu após cinco toques.

- Oi – sua voz era um sussurro quase inaudível. – Os organizadores disseram que não deveríamos usar celulares agora, me escondi pra consegui te atender.

Aquela informação era totalmente desconhecida para Laura. Nunca a tinham proibido de usar seus eletrônicos na sala dos coordenadores. “Tudo está muito estranho...”

- Vou encurtar a história, um delator me avisou que alguma coisa deve acontecer nesse torneio hoje. Precisamos descobrir o que, e tentar impedir o quanto antes.

- Aquela coordenadora esquisita... ela saiu da sala também, por alguns minutos, mas já voltou.

Laura ficava mais apreensiva a cada segundo. Usar o celular tudo bem, mas sair da sala era sempre proibido em concursos, uma vez que eles tinham comida e banheiros disponíveis, só podiam deixar a sala no momento de suas batalhas.

- Vamos assistir a batalha dela enquanto eu penso no que fazer. Boa sorte.

Sem hesitar, Laura correu pelo estreito corredor do estádio, de volta para a sala dos juízes, a fim de verificar se algo anormal tinha acontecido. O Sr. Sukizo tirava uma soneca em um sofá no canto do recinto e a Enfermeira Joy degustava alguns petiscos localizados em uma mesa ao centro. Laura decidiu se sentar e respirar fundo enquanto pensava em um plano. Subitamente, as imagens transmitidas pela televisão de Unova sendo destruída vieram a sua mente. “Se forem os Inconformados...” pensou Laura com nervosismo enquanto batia o pé contra o chão. Depois do último ataque, sabia que eles não hesitariam em machucar o povo para alcançar seus objetivos, seja lá qual fosse.

- Ei – a Enfermeira Joy encostou no ombro da menina – Você está se saindo muito bem como juíza, não precisa ficar nervosa.

Laura assentiu com um sorriso. Mal sabia a enfermeira que todos podiam estar correndo um grande perigo. Antes que pudesse responder, Vivian entrou na sala, radiante como sempre.

- Juízes, hora de assumirmos o palco!

A menina demorou para se levantar. Ela podia muito bem chamar reforços, cancelar o concurso, e instaurar o pânico na pacata Celadon, possivelmente, a troco de nada. Laura decidiu seguir seu instinto e apenas acompanhou seus companheiros pelo curto trecho que ligava o recinto em que eles estavam, até o palanque dos juízes. Enquanto se dirigia para o seu lugar, a garota puxou o celular mais uma vez e mandou uma mensagem de texto para Hank.

“Me avise se receber mais alguma informação. Laura.”

Sentou-se na banca e reparou na tela eletrônica que as opções de nota tinham mudado. Agora, havia foto das duas coordenadoras que estavam prestes a se enfrentar e logo abaixo uma barra amarela, simbolizando a pontuação total que ambas começariam. Botões com opções como “+5”, “+10”, “-10”, entre outros, estavam disponíveis para que Laura e os outros juízes pudessem descontar ou conceder pontos conforme a batalha prosseguisse.

- Senhoras e senhores, vamos finalmente iniciar a nossa fase de batalhas! Deem boas vindas as nossas queridas coordenadoras, Hayley e Flora! – Vivian anunciou para a multidão ensandecida.

Hayley entrou no palco sorrindo e distribuindo beijos para seus fãs, enquanto Flora permanecia com uma expressão carrancuda enquanto caminhava para o lado oposto do campo de batalha. Ambas se encararam ferozmente enquanto Vivian explicava as regras da batalha.

- Todas as batalhas seguirão as regras padrões dos concursos da região de Kanto, ou seja, apenas um pokemon poderá ser utilizado até o final da rodada. Não é permitido o uso de qualquer item especial ou qualquer outro dispositivo que viole os termos dos concursos. O vencedor será aquele que tiver com mais pontos ao final de cinco minutos. O coordenador perderá a batalha se sua barra de pontuação chegar a zero ou se seu pokemon não estiver mais em condições de batalhar. Podem começar!

- Não pense nem por um momento que vou pegar leve com você só por ser uma iniciante – Debochou Hayley enquanto erguia sua pokeball – Hora do show, minha bela Cutiefly!

Laura se surpreendeu ao ver a rival usar um companheiro novo na batalha. Ao ser liberado da pokeball, a menina ficou estupefata ao ver um pokemon totalmente desconhecido por ela. Possuía um corpo pequeno e amarelo, com largas asas e uma cara branca que expressava uma clara felicidade de estar em batalha. Laura achou o inseto um dos pokemon mais fofos que já tinha visto e se questionou onde Hayley teria conseguido tal espécie.

Flora permaneceu inexpressiva e liberou seu Pachirisu sem nem ao menos responder a provocação da adversária.

- E que tenha início a primeira batalha do Concurso de Celadon! – Bradou Vivian.

- Cutiefly alce voo e desfira o seu Draining Kiss. – Hayley orientou com leveza para sua pokemon.

- Desvie. – Flora disse para seu Pachirisu.

O inseto levantou voo pelo estádio e voou perto da plateia, os levando a loucura, antes de direcionar seu ataque ao pequeno esquilo azul e branco. Formando pequenos lábios rosados próximo a região de sua boca, Cutiefly direcionou o golpe de forma veloz contra o pokemon de Flora, que apesar de sua velocidade, não conseguiu desviar e foi atingido em cheio. Pela primeira vez a expressão de Flora se alterou, com uma clara surpresa ao ver seu pokemon ser atingido.

Laura quase se esqueceu que tinha que julgar a batalha e logo se virou para sua bancada eletrônica, onde descontou pontos de Flora.

- Pachirisu, acerte-o com o Electro Ball.

- Desvie com graça minha querida – A voz de Hayley esbanjava confiança.

O pokemon elétrico assumiu sua postura de ataque e produziu uma esfera de energia azul na ponta de sua cauda e mandou em direção a pequena Cutiefly, que conseguiu desviar no último segundo, dando mais uma de suas piruetas no ar. A plateia iniciou um coro, maravilhados pela performance de Hayley, enquanto Flora perdia mais pontos.

- Já é hora do nosso combo minha Cutiefly, Silver Fairy Wind no chão!

Todos aguardaram o movimento da pequena, porém Laura tinha quase certeza que não existia tal golpe que Hayley ordenou. Surpreendendo a todos, o inseto começou a rodear o palco, batendo as asas com força total para disparar seu golpe contra o chão, ora emitindo um brilho prateado, ora um brilho rosa.

- Incrível! A Cutiefly está usando os golpes Silver Wind e Fairy Wind de forma alternada. - Vivian narrou para a plateia

O Pachirisu corria pelo palco, desviando dos ataques, que se chocavam contra o solo e refletiam um no outro, criando um dos efeitos mais lindos que Laura já havia presenciado. Era possível notar uma veia saltando da testa de Flora, que conforme estudava como prosseguir, perdia tantos pontos que sua barra de pontuação já se encontrava em menos da metade, enquanto a de Hayley permanecia cheia.

- Chega desse lixo. – A calma da voz da mulher de outrora havia desaparecido. – Quick Attack!

Hayley sorriu ao ver o esquilo desviando dos golpes de seu pokemon. Logo, o Pachirisu tomou impulso e deu um salto, pronto pra acertar a Cutiefly.

- Hora de acabar com isso. – Hayley sorria confiante. – Stun Spore!

- Agarre-o Pachirisu! – Bradou Flora.

Em vez de finalizar o Quick Attack com uma investida, o esquilo agarrou a pequena pokemon, que se distraiu e não conseguiu reproduzir o golpe ordenado pela coordenadora. Nesse momento, a expressão de raiva de Flora se tornou algo macabro, com a moça dando um sorriso de diversão.

- Não tenha piedade.

Apesar de não ser um comando direto, Pachirisu deu um sorriso quase tão bizarro quanto o de sua treinadora. Uma pequena faísca azul surgiu em sua bochecha, e com um alto brado do pokemon esquilo, todo o seu corpo começou a brilhar e produzir energia. A Cutiefly, ainda presa ao pokemon, choramingava ao sentir toda a força do golpe elétrico que emanava do corpo do inimigo. O golpe de Pachirisu era tão poderoso que Laura conseguia sentir a eletricidade estática em seus cabelos, mesmo estando a vários metros de distância dos dois. A luz que o golpe produzia era tão forte, que os dois mal eram visíveis diante da tempestade elétrica produzida pelo Pachirisu.

Hayley correu para o centro do palco, chamando desesperada pelo seu pokemon que começava a perder altura. O pokemon de Flora finalizou seu golpe e saltou para longe de Cutiefly, deixando o mesmo cair nos braços de Hayley, totalmente sem consciência.

Laura encarava o palco estupefata com a virada do jogo. Em um segundo, a vitória certa de Hayley foi dizimada por um dos mais poderosos golpes elétricos que ela já tinha visto. A plateia, antes eufórica, discutia aos cochichos sobre a força bruta que Flora usava. A mesma mal ficou pra ouvir Vivian anunciar sua vitória, deixando o palco com seu companheiro sob os ombros. Hayley deu um beijo em sua Cutiefly e a retornou para sua pokeball. Despediu-se rapidamente do público e correu para a saída do palco, sem olhar para Laura.

A garota estava tão entretida na batalha que não percebeu que seu celular tinha vibrado. Quando foi checar, viu uma nova mensagem do tal Hank.

“Chefe acabou de mandar uma mensagem, temos que abrir caminho pra essa menina aí que tá lutando agora. ”

A mão de Laura começou a tremer quando leu a mensagem. Poderia tentar descobrir do que ele estava falando, que caminho ele se referia, mas decidiu que era hora de agir. “Essa mulher é perigosa, e agora já sei que ela está aqui por outra razão”.

Levantou-se de supetão da bancada de juízes e murmurou para os outros juízes.

- Não tô me sentindo muito bem, vou ali atrás e já volto. – E se pôs a correr antes que eles tivessem a chance de argumentar.

Laura disparou pelo corredor logo atrás da bancada dos juízes e foi seguindo pelo enorme labirinto que era a arena de Celadon, tentando seguir as placas para chegar a sala dos coordenadores. Mandou uma mensagem para Aiden, resumindo o que o funcionário de Contesta tinha lhe informado e questionando se Flora havia voltado pra sala.

Já sentindo uma gota de suor escorrendo em seu rosto devido a correria, Laura virou em um último corredor e deu de cara com um enorme segurança guardando uma porta. O homem utilizava o mesmo terno da comissão que Hank e os outros funcionários da comissão do concurso utilizavam.

- Ãh, aqui é a entrada para a sala dos coordenadores?

- Sim – o segurança arqueou a sobrancelha para ela. – Mas até onde eu saiba, você não está participando desse concurso senhorita Modesto.

- Bom, na verdade eu preciso falar com um dos coordenadores...

A expressão do homem parecia se fechar mais a cada palavra dita pela menina.

- Creio que não será possível. – O homem começou a fuçar no bolso até encontrar um rádio. – Vou pedir para um dos meus companheiros vir até aqui.

Laura começou a suar frio enquanto tentava articular uma desculpa para o homem não acionar a todos onde ela tinha se metido. Antes que o guarda pudesse acionar seu rádio, a porta da sala dos coordenadores se abriu lentamente, revelando a figura de Aiden.

- Ah, desculpa achei que era o banheiro – o menino balbuciou.

- Volte já para dentro ou eu vou... – o homem corpulento tombou ao mesmo tempo que o som de um leve disparo pode ser ouvido.

- Laura! – Aiden sussurrou com veemência.

- Calma, não foi nada. – A garota ainda estava com a pequena pistola em mãos. O momento de distração do homem foi o suficiente para menina sacar a arma de um de seus bolsos e acertar o cara no meio das costas. – Essa munição que eu usei não machuca... muito. Mas contém uma mistura de veneno de Seviper com Sleep Powder, o carinha aí vai ficar apagado um tempo.

Aiden ajudou a arrastar o homem corpulento para o canto do corredor enquanto contava o que tinha acontecido na sala.

- A tal da Flora voltou pra sala depois da vitória, mas nem se sentou nem nada. Veio direto para essa porta que você estava tentando entrar. – O rapaz arfou de cansaço ao finalmente largarem o brutamontes desacordado. – Mas tinha outro segurança nessa entrada, ela começou a cochichar com ele. Consegui ouvir apenas alguma coisa sobre ir para o subsolo.

Aiden olhou para os lados tentando imaginar para que lado a mulher misteriosa e o segurança poderiam ter ido.

- Fiquei colado na porta depois disso, pensando numa brecha pra escapar... até que ouvi sua voz.

- Você é um lindo e já tá quase podendo ingressar na academia da Interpol – Laura deu beijo rápido no namorado, grata pela sua ajuda. – Vamos descobrir onde é o subsolo.

Os dois desataram a correr pelos infinitos corredores do estádio de Celadon.

 

 

Amanda

 

 

“Estamos passando por um breve intervalo devido a uma rápida indisposição da juíza Laura, mas vamos retornar as batalhas o mais breve possível”

A mensagem de Vivian ecoava por todo o estádio, chegando inclusive ao nível subterrâneo, local onde Amanda e o funcionário da comissão estavam.

- Mas o que caralhos tá acontecendo agora? – Amy questionou irritada.

- Esse concurso devia ter sido adiado. – o homem engoliu o seco. – Com tanta loucura acontecendo, era de se imaginar que algo fosse dar errado.

Amy percebeu que o homem de fato não fazia ideia do real motivo do concurso estar acontecendo, e sabia menos ainda da missão que ela tinha vindo desempenhar.

- Senhorita – Começou o homem com a voz trêmula. Ele era mais baixo que ela e se contraia todo quando falava. Era possível notar algumas gotas de suor escorrendo pela sua careca. – Sei que meu chefe mandou seguir suas ordens a risca...

O homem não teve chance de terminar a frase. Amanda ergueu o punho e acertou a face do homem com tanta violência que ele desmaiou antes mesmo do corpo bater no chão.

- Eu queria ter vindo sozinha mesmo.

Amy estava absolutamente cheia daquela missão. Odiava ter que ficar bancando a coordenadora. Ela só não tinha jogado todo o disfarce para o ar em respeito as ordens de seu líder, por quem nutria um respeito incondional. Apesar de tudo, quase colocou tudo a perder, ao ficar irritada com a batalha contra a outra coordenadora e fazer seu Pachirisu usar sua força bruta para vencer a disputa. Seu disfarce de Flora provavelmente não duraria outra partida.

A moça chegou ao fim de mais um corredor do gigantesco estádio e finalmente se deparou com o local que estava procurando. Uma faixa de interdição sinalizava que o acesso não era permitido. Amy claramente ignorou o aviso e abriu a porta.

Após alguns segundos tateando a parede em busca de um interruptor, Amy conseguiu iluminar o local, que ela sabia se tratar de um pequeno museu financiado pelo próprio Contesta. Como o local ainda não havia inaugurado, era possível notar algumas obras fora do lugar, além de material de construção espalhado por todo o recinto. Apesar disso, alguns dos artefatos já estavam dispostos nas vitrines, indevidamente, sem qualquer dispositivo de segurança.

Antes que Amy desse mais um passo, sentiu seu celular vibrar entro da pequena bolsa a tiracolo que ela utilizava, e para sua surpresa, era uma mensagem de Nataniel.

“Amy

URGENTE

Abortar

Retire a encomenda

NADA DE MORTES”

Ela leu e releu a mensagem algumas vezes  não acreditando nas palavras. O punho de Amanda se fechou e ela sentiu a fúria transbordando pelo seu corpo. Ela aceitou participar da missão devido a importância do que ela teria que fazer, e sabendo que poucos lidariam bem com as consequências. Agora, ela se sentia impotente, servindo apenas de transporte para uma maldita pena, que poderia ter sido entregue a eles pelo próprio Contesta.

Engolindo a fúria, ela foi ao canto do recinto, aonde algumas peças da enorme coleção de quinquilharias do presidente da comissão estavam expostas. Sua atenção estava totalmente direcionada a uma enorme pena multicolorida, exposta com destaque em meio a várias pedras e fósseis irrelevantes para ela. Uma bela placa foi confeccionada para a identificação da pena, onde os dizeres “Pena do lendário Ho-Oh” pareciam ter sido gravados a ouro.

Sem cerimônia, Amy quebrou a redoma em que as relíquias estavam expostas e tomou a pena para si, guardando ela na bolsa. Distraída com a beleza da pena, não ouviu os passos de dois adolescentes que agora estavam na porta do futuro museu.

- Mãos pra cima! – Uma voz feminina reverberou pelo recinto.

Amanda se virou surpresa e reconheceu a jovem Top Coordenadora que estava julgando concurso e um dos coordenadores participantes, o mesmo loiro que estava de olho nela, instantes antes da primeira disputa. A menina, que antes parecia delicada, trajando um vestido verde digno de uma princesa de conto de fadas, exibia uma expressão feroz ao apontar uma pistola na direção de Amy.

Com um reflexo rápido, Amy se jogou atrás deum suporte de algum objeto do museu, grande o bastante para cobrir seu corpo, e sacou sua pistola, dando um tiro na direção dos dois, a fim de amedronta-los.

- Eu colocaria essa arminha de brinquedo no chão se fosse você gracinha.

Amy olhou de relance pela lateral de seu esconderijo e viu que os dois tinham se escondido, temendo serem alvejados. A garota não respondeu a provocação da mulher mais velha, mas pode ouvir ela cochichar alguma coisa, e o som inconfundível de uma pokeball sendo utilizada. Antes que ela pudesse olhar por cima da sua cobertura, a luz do recinto foi apagada.

“Merda”

Amy olhou para os lados mais uma vez, tentando prever o que os dois estavam tramando contra ela. Pensou em mandar seu Pachirisu utilizar o Flash, para iluminar o local, mas pensou que aquilo iria atrapalhar mais do que ajudar. Havia também aquela pokeball negra, que ela levara para realizar a operação.

Antes que ela tomasse uma decisão, ouviu um ruído em seu canto esquerdo. Virou-se lentamente com a pistola erguida, tentando desvendar o que se aproximava. Um pokemon pequeno se esgueirava para perto de Amy. Ela supôs que fosse um Gloom devido ao que parecia ser uma flor onde deveria ser sua cabeça, mas não tinha certeza devido a escuridão. Ela carregou a munição de sua arma, pronta para dizimar o monstrinho, quando o mesmo deu um salto e soltou um som horrível, assustando-a.

Sem perceber, um segundo pokemon surgiu no flanco direito de Amanda e a prendeu, entrelaçando o corpo esguio por todo o corpo da moça. Amy rugiu de raiva quando ouviu os dois adolescentes vindo em direção dela.

- Bom trabalho Milotic!

Amy se contorceu até que conseguiu tatear uma pokeball dentro da sua bolsa. Apertou o botão da esfera e torceu para que fosse a que ela esperava.

Um brilho intenso emergiu da mão de Amanda, quando uma enorme criatura emergiu no recinto. O pokemon era tão grande que o casal e o Gloom foram jogados para trás, junto com diversas outras antiguidades que enfeitariam o museu no futuro. O Milotic que aprisionava Amy se soltou e correu em socorro de sua treinadora, enquanto o monstro liberado dava um rugido de fúria. Seus olhos vermelhos brilhavam com intensidade, ao tempo em que uma aura roxa emanava de seu corpo, iluminando o recinto.

Amy retirou de sua bolsa um bracelete e não perdeu tempo em acioná-lo. Ao apertar o botão, foi possível notar a coleira presa no pokemon colossal brilhar, ao mesmo tempo em que ele parava de rugir, expressando uma calma momentânea.

- Calma Palkia... sou eu. – Amy usou sua voz da forma mais suave que pode.

Com o lendário sob o controle, ela olhou para os dois jovens com desprezo. Quase fora capturada por dois pirralhos, que agora estavam no canto da sala com o olhar assustado, sem saber como reagir diante do monstro colossal que Amy tinha invocado. “Nada de mortes”. A mensagem de Nate ecoava na mente de Amy, enquanto ela respirava fundo com os punhos semicerrados.

“Que se foda então”, pensou ela.

Amy saltou sob as costas do dragão e dirigiu a palavra para os dois.

- Hoje vocês deram sorte. Adeus. – Ela se direcionou para o lendário.- Para o alto, Palkia! Abra o caminho.

Antes que eles pudessem ter qualquer reação, o dragão soltou um golpe poderoso pela boca que abriu um rombo no teto. Amy teve que proteger a cabeça para não ser atingida pelos pedaços de concreto que iam para o chão.

O dragão alçou voo com Amy em seu lombo, destruindo o teto dos corredores subterrâneos do estádio, até que ambos surgiram no meio do palco. Amy achou bem conveniente que o museu se localizasse exatamente no meio do estádio, poupando a plateia da destruição do lendário em busca da liberdade.

Toda a população de Celadon gritou sob a imagem assustadora de Palkia. Amy amaldiçoou mais uma vez o fracasso da missão e deu ordem para que o dragão alçasse voo mais uma vez, alcançando rapidamente o céu, deixando para trás o estádio destruído.

Amy tinha conseguido cumprir as ordens de seu líder. Pegou a pena, abortou a missão original e saiu sem matar ninguém, apenas usando uma das armas da organização e deixando o mundo todo vê-la destruindo o estádio.

“Nate vai me matar...”

 

~//~


Notas Finais


Obrigado pela leitura :DDD


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