Passei a noite com JungKook. Dessa vez, dormi no sofá. Acordei cedo e liguei para Jimin.
- Jimin? - Chamei.
- O que? - Ele respondeu. Dava para perceber claramente que estava segurando o choro.
- Eu preciso da sua ajuda.
- Para que?
- É difícil de explicar. Posso te encontrar pessoalmente?
- Ok. Onde?
- Você pode vir aqui? Eu não posso deixar JungKook sozinho.
- Ok. Já estou indo.
Alguns minutos depois, Jimin chegou. Recebi ele e sentamos no sofá. JungKook ainda estava dormindo.
- O que você precisa de mim? - Eu preciso de ajuda com uma questão relacionada a JungKook.
- Provavelmente eu não posso ajudar. Eu não consigo fazer nada depois que Yoongi. . .
- Então Jimin caiu em prantos. Confortei Jimin o abraçando e dando tapinhas leves em seu ombro, e deitando a cabeça dele em meu colo. Não adiantou muito, mas pelo menos Jimin parou de chorar.
- Ele. . . me pediu em noivado. Ele me pediu em noivado e eu recusei. E agora eu não posso voltar e dizer que eu quero casar com ele por que ele está morto! - Jimin disse, voltando a chorar.
- Calma, Jimin. Calma.
- Calma? Como você quer que eu me acalme sabendo que meu namorado, quase meu noivo morreu? Você ainda pode ir lá e pedir JungKook em namoro, em noivado, você ainda pode beijar ele. Mas eu não. O meu namorado morreu.
- Jimin, pare de pensar um pouco nisso.
- Eu não posso, eu não consigo fazer isso! É como se um pedaço de mim tivesse sido arrancado e eu não consigo mais viver sem ele. Eu não consigo.
- Park Jimin. Ouça o que eu tenho para falar e pare de chorar. Só cinco minutos. Depois, eu deixo você chorar o quanto quiser.
- Ok. - Ele disse, limpando as lágrimas.
- Eu tenho uma semana para conseguir 800 mil dólares em dinheiro.
- Como?
- É a única forma que eu tenho de pagar a cirurgia de JungKook. É a única forma de ele conseguir voltar a andar.
- Você sabe que isso é impossível. É muito dinheiro.
- Jimin, você lembra daquele homem, aquele dono de banco? Aquele que a sua mãe. . .
- Não me fale nesse homem. Só de pensar naquele . . . já fico bravo.
- Você sabe que ele é dono de um dos maiores bancos de Seul.
- Sim, e daí?
- E daí que essa é a oportunidade perfeita de você se vingar dele e eu conseguir o dinheiro para a cirurgia.
- TAEHYUNG! Você não pensou nisso! Você não quer roubar o banco dele, não é?
- É a única maneira de conseguir o dinheiro.
- Não, eu não vou colaborar com isso. Não sou um criminoso.
- Mas ele é. Eu não vou ter que relembrar o que ele fez com sua mãe, não é?
- Ok. Deixa eu ver se eu entendi. Você quer assaltar um dos maiores bancos da Coreia, e quer que eu o assalte com você?
- Não. Você não tem que assaltar. Só preciso que você se finja de refém.
- Como é?
- É simples. Vá no banco na mesma hora que a gente, então eu vou entrar lá e te fazer de refém. Eu vou com você até o cofre, lá você me ajuda a carregar o dinheiro. Assim, vai parecer que você é um refém verdadeiro. Então nós não correremos risco de ter um refém não colaborativo, e os policiais não vão deixar nada acontecer com Park Jimin.
- Expliquei, receoso de que Jimin não aceitasse participar.
- Uau. Quanto tempo você demorou pra bolar isso? - Ele perguntou, surpreso.
- Uma noite.
- Taehyung, é um plano muito bom, mas. . . ah, quer saber? Eu vou participar disso. Por Kookie. - Disse Jimin, com uma cara de que não estava com fé de que o plano daria certo.
- Então, está tudo pronto. - Mas. . . você vai assaltar o banco sozinho? Sem ninguém para te ajudar?
- Não. Bem, Jung-Hyung me ajudou a conseguir algumas armas com uns amigos dele e. . .
- Tentei dizer, mas fui interrompido por Jimin.
- Armas? Tae, você não vai. . . machucar ninguém, não é?
- Não, as armas não são de verdade. Plástico puro.
- Tudo bem.
- E, como eu estava dizendo, o irmão de JungKook falou com uns amigos dele e tem um que está disposto a nos ajudar. O nome dele é SungMin Baek e ele é um ex-presidiário por tráfico. Agora, ele vai entrar no ramo de roubo de bancos. É mais lucrativo.
- O jeito que você fala tá me dando medo.
- Desculpa. Continuando, nós iremos depois de amanhã até a sede do banco. Você sabe onde fica. Depois, te passo mais informações, mas acho que o roubo vai acontecer próximo das quatro da tarde. Então, é isso.
- Tae.
- Oi?
- E se. . . o plano não der certo? E se alguma coisa acontecer com você?
- Então, eu vou pedir pra você cuidar de JungKook. Mas não se preocupe. Nada de ruim vai acontecer. - Bem, vou ter que ir agora. Tenho que acertar os documentos da minha saída do grupo.
De tantas preocupações, esqueci disso.
- Jimin. Por que você saiu?
- Porque eu não ia conseguir ficar no BTS sabendo que que vou ter que conviver sem o Yoongi. Não tem mais sentido continuar. E penso que você devia fazer o mesmo. Agora, vou ter que sair. Annyeong.
- Annyeong.
Fiquei pronto para o grande assalto. Em menos de 48 horas, faria a maior loucura da minha vida. Por JungKook.
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