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História Capacidade Humana - Um Herói


Escrita por: c-cris

Notas do Autor


Segue a continuação galera, espero que gostem!

Capítulo 4 - Um Herói


Na cozinha...
             – Andrei por favor me deixe levar seu filho. Ele precisa de cuidados, esta sonolento, ele é apenas um bebê.
– Tome! – Pega uma faca que estava em seu bolso e a entrega. – Para sair daqui terá que matar alguém. – Abre uma bolsa que ela até então ainda não tinha percebido, mas que pude ver que continha munição e algumas coisas de bebê. De lá ele tira uma mamadeira e entrega a Sara.
– Coloque aqui o leite que você preparou! – Enquanto ela faz isso ele se abaixa procurando algo em um armário de produtos de limpeza e volta com uma garrafa de ácido. Abre a tampa da garrafa e a coloca do lado da pia onde a criança está.
Abre o ralo da pia e deixa escoar a água para maior choro de Tom.
– Se você quiser sair daqui terá que matar alguém! – Repete insanamente a mesma frase, quase como se falasse isso para si mesmo, Sara acreditava que ele estava tendo um surto ou algo do tipo, naquele momento ela tinha certeza que ele já não estava mais racional como no momento em que conversou com ela e isso a assustava bastante.
Ela tinha a faca na mão e o leite já feito em um copo na outra, pensou em esfaqueá-lo para assim poder em fim sair dali e levar Tom junto, mas lembrou da imagem de seu pai morto a facadas pela sua mãe e não queria dar a imagem do pai sendo esfaqueado ao pequenino que estava tão próximo, resolveu então colocar a faca presa a sua calça e por o leite na mamadeira em seguida entregando ao bebê.
Quando menos espera do nada ela é surpreendida pelo mesmo agente de algum tempo atrás e Gil, o agente aponta a arma para a cabeça de Andrei que estava de costas e se assusta e fica estático ao perceber o cano da arma contra sua cabeça. Tom estava muito entretido sugando a mamadeira avidamente para perceber o que acontecia até que ouviram um grito estridente do bebê, o pai louco derrubou propositalmente o ácido na pia assustando ao agente que instantaneamente tentou socorrer o pequeno que gritava em desespero. Com esse momento de distração Andrei acerta com sua arma que ainda tinha em mãos a cabeça do agente o fazendo desmaiar, porém antes que ele pudesse fazer algo mais Grissom pega a faca que estava presa a calça de Sara e a enterra uma vez no ombro do terrorista dando assim tempo para que Sara socorresse o garoto, o levou a uma outra pia maior, abre a torneira jogando água no pezinho do bebê que foi atingido pela química.
Por sorte a queimadura foi pequena, porém de terceiro grau e Tom foi levado ao hospital para receber o tratamento adequado. Sara só foi relaxar quando viu o grupo de paramédicos tirando Tom de seu colo para atendê-lo. Ela se deixou cair sentada no chão exausta com toda aquela situação, não tinha a mínima noção do que aconteceu com Andrei, só lembrava de ver Grissom o acertando com uma faca no ombro.
Ela já não aguentando mais põe as mãos no rosto e começa a chorar violentamente, liberando toda a tensão de seu corpo, então sente dois braços a envolvendo e a puxando para seu peito, sabia bem de quem se tratava, não confundiria aquele cheiro em lugar nem um. Se deixou ser consolada até que conseguiu parar de soluçar, não sabia exatamente por quanto tempo ficou ali, mas quando finalmente se acalmou percebeu que a poucos centímetros seus amigos estavam observando a cena dela sendo consolada por Grissom.
Se liberta gentilmente do abraço de Grissom e lhe dá um beijo na bochecha e sussurra um obrigada em seu ouvido. Levanta com sua ajuda e vai até seus amigos que a recebem com mais abraços e palavras de carinho.
– Qual é Sara? Precisavamos sabermos nessas circunstancias a identidade do seu namorado misterioso? – Brinca Greg depois de abraçá-la.
Ela olha meio confusa para Grissom que só dá de ombros, com a brincadeira do amigo dá um leve sorriso e diz.
– Bem, agora sabem que meu namorado misterioso é também meu herói, não fosse por ele só Deus sabe o que seria do pequeno Tom. Em falar nisso o que aconteceu com Andrei? – Diz lembrando do terrorista.
– Está sendo atendido e depois será preso e acusado de duplo homicídio, maltrato a menores, terrorismo e distúrbio a paz civil. O pequenino está recebendo uma cirurgia no pezinho e seus avós estão se encaminhando para o buscá-lo no hospital.
Sara respira aliviada com tudo aquilo se resolvendo da melhor forma.
– Sara desculpe querida, mas agora você é quem precisará ser processada como vítima, então por favor deixe Cat fazer isso e depois te liberto para ir a sua casa tudo bem?
– E meu depoimento?
– Amanhã conversamos.
– Tudo bem então.
Catherine passa a mão carinhosamente no braço de Sara e a conduz até seu carro para que assim Sara tivesse alguma privacidade. Chegando lá Kat não diz nada, só tira amostras dos ferimentos no rosto de Sara, penteia seus cabelos e por fim raspa em baixo de suas unhas.
– Sara? Ele fez algo com você?
– Fora um soco, uma coronhada e pânico? – Sara deu um pequeno sorriso.
– Sim?
– Não Kat. Por que?
– Eu sei que passou por maus bocados, você está tão abalada que me parece que ele fez algo mais e você não quer contar. Sei que a cituação não é fácil, não estou querendo reduzir a visão, só estou preocupada, desde que te encontramos com o bebê que você está com um olhar perdido, nem mesmo percebeu que de alguma forma cortou a perna.
Só então sara viu a panturrilha da calça levemente molhada em sangue.
– Como isso aconteceu?
– Eu acho que quando você tentou socorrer tom derrubou aquele copo e se cortou. – Disse apontando para o copo que a minutos atrás Sara utilizou para dissolver leite para o pequeno faminto.
– Deve ser. Nem dói!
– Mas você precisa de cuidados, não sabemos o que pode ter entrado em contato com a ferida, você estava com um bebê que sofreu uma queimadura química no colo, o produto pode ter entrado em contato com você. Não podemos arriscar.
– Está tudo bem Kat! Eu prometo, só quero ir pra casa, assim que chegar lá farei uma higienização e um curativo na perna.
– Tudo bem então, mas você não vai sozinha pra casa...
– Então querida, está pronta? – Diz Grissom se aproximando das duas com as chaves do carro de Sara na mão.
– Você tem que continuar pra ajudar os meninos no caso Gil.
– Não Sara! Está tudo bem, pode deixar que nos viramos aqui. Vá Gil e faça com que ela cuide dessa perna.
– Obrigada Kat.
Gil estende a mão para Sara que a pega e se deixa guiar ao carro.
Catherine por sua vez vai ao encontro dos rapazes que estão aflitos vendo tudo aquilo.
– Cara, nunca pensei que sentiria tanto medo pela vida de um de vocês. – Diz Warrick sério.
– Poxa Rick, que consideração!
– Não quis dizer que não  me preocupo com vocês mané! – Diz dando um tapinha na cabeça de Greg. – Só nunca imaginei um de nós numa situação dessa.
– Mas temos algo que não me sai do juízo.
– O que Nick? – Diz Katherine se chegando junto a eles.
– Sara estava abalada demais, como se o cara tivesse feito algo mais a ela. Geralmente a vítima fica assustada com uma situação dessa, mas mesmo depois que o cara foi preso ela ainda se mostrava tão tensa quanto quando ele estava com a arma apontada para a cabeça dela.
– É verdade! Nunca tinha visto ela chorar daquele jeito, viram como ela tremia o corpo todo? – Diz Warrick
– Meninos, vamos deixar de fazer observações inúteis, o que Sara mais precisa agora é de nosso apoio e que processemos essa cena de crime para que assim não exista a menor possibilidade de ele se safar da cadeia.
Todos concordaram e foram ao trabalho.
...
- Chegando ao apartamento de Sara Gil tranca a porta.
- Querida vá tomar um banho enquanto preparo um lanche. Depois faremos um curativo nessa perna e você irá dormir ok?
- Tudo bem! – Ela respondeu sem animo e seguiu para o banheiro.
Gil estava na cozinha pensando nas palavras que Kat disse a Sara enquanto a processava, quando achou que já tinha tempo suficiente para Kat ter terminado ele foi até onde elas estavam com a intenção de levar Sara pra casa, só que estancou quando ouviu a conversa das duas e só resolvei interromper depois que viu que mudaram de assunto.
Ele tinha ideia do que poderia ter atormentado Sara, porém tinha medo de perguntar, pois sabia que se sua desconfiança estivesse certa ele seria grande causador de todo aquele transtorno que via nos olhos dela. Distraído como estava nem percebeu quando ela entro na cozinha, só quando viu ela se encostar na bancada a seu lado percebeu.
- Ei? – Disse e a envolveu pela cintura. – Sentes-se melhor?
- Um pouco.
- Esta com fome?
- Na verdade não, mas vou comer um pouco, me sinto fraca.
- Muito bem! Sente. – Ela sentou em um banco do outro lado do balcão e ele pouco depois sentou a seu lado lhe entregando uma salada de frutas adocicado com mel e um suco de laranjas.
Ela comeu monotonamente sem falar nada e ele fez o mesmo, não achava que fosse um bom momento para perguntas. Quando terminaram foram para o quarto.
- Deite querida, só vou tomar um banho e já me junto a você.
- Tudo bem! – Respondeu ela e deitou tentando relaxar.
Sara acorda e está em uma sala, porém sua visão é como a de uma criança, ela olha pro chão e vê que está vermelho de sangue, levanta o rosto assustada reconhecendo bem aquele lugar, era a sala de sua antiga casa que morou quando criança e onde sua mãe assassinou seu pai a facadas.
    Na ocasião em questão ela não chegou a ver seu pai morto, mas lembra bem da imensa quantidade de sangue no chão da casa e que ela sonolenta entra na sala e escorrega no sangue, a policia estava entrando no local, então uma policial a vê e imediatamente a pega no colo e a retira da casa, não permitindo que Sara visse mais nada a não ser o chão ensanguentado e sentir um cheiro de ferro devido a estar banhada com o mesmo sangue.
Agora, ao contrario de na ocasião real ela via um homem com uma faca enterrada no ombro e levanta do sangue onde escorregou e vai a seu encontro pensando ser seu pai, quando o vira percebe que é Andrei e logo depois ouve o choro de Tom. Levanta o rosto e lá esta o garotinho, bem a seu lado, sentadinho chorando a plenos pulmões. Sem mais nem menos ela está adulta novamente, então pega Tom o mais rápido que pôde com a intenção de assim como a policial o tirar dali e não permitir que ele fosse atormentado pelos mesmos fantasmas que ela.
Porém quando ela menos espera Andrei que achava estar morto agarra seu pé com uma mãe e com a outra puxa a faca que tinha cravada em si. Quando Sara percebe a ameaça começa a entrar em desespero, porém não consegue se mexer ou gritar por socorro.
- Gil? Gil? Gil...
- Amor? – Grissom acorda com os sussurros de seu nome e percebe que é Sara que sonha. Percebe que ela está com uma expressão atormentada e soa bastante. – Sara querida? Acorde por favor? Eu estou aqui! É só um sonho amor. – Tenta acordá-la, quando não recebe respostas começa a balançar-lhe o braço com um pouco mais de força, até que ela em fim abre os olhos que mostravam um medo que ele nunca tinha visto, nem naquela tarde quando ela estava como refém.
Ela percebendo a preocupação nos olhos de seu namorado, tenta inutilmente se acalmar, porém acaba rebentando em lagrimas novamente. Gil a aconchega em um abraço e aguarda até que ela esteja mais calma, quando percebe que isso ocorreu pergunta.
- Querida eu não queria perguntar isso agora, mas sinto que você precisa falar... Seu estado agora não é só relacionado ao sequestro é?
- Não Gil...
- É relativo a seu pai? – Ela apenas balançou a cabeça positivamente.
- Não sabe o quanto eu lutei pra apagar da minha cabeça as memórias do dia em que meu pai morreu, e quando vi que Tom poderia ter exatamente o mesmo tipo de lembrança que eu...
- Sara? Seu pai alguma vez levantou a mão pra você?
- Não, mas...
- Amor? Ele foi capaz de causar uma queimadura química no próprio filho! Ele não é digno de que se atormente dessa forma, e de mais a mais Tom não lembrará desse ocorrido, ele é apenas um bebê!
- Que quando começar a perguntar pelos pais terá a noticia que seu pai teve um lapso e matou sua mãe, seu tio e tentou matá-lo? Acredito que é bem pior do que o que eu passei Gil.
- Não se tiverem pessoas ao redor dele pra fazer tudo isso não passar de passado!
- Acredita que os avós dele serão bons guardiões?
- Bras me disse que são um casal adorável e que Andrei possui uma irmã mais nova recém casada que pretende adotar Tom como filho.
- E como ele irá adotar a criança? Já decidiram que ele perderá a guarda?


Notas Finais


Por favor comentem!!!


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