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História A Era Mais Escura - O Lobo e a Serpente


Escrita por: MarleyMAlves

Notas do Autor


Olá! Desculpe a demora para postar esse capitulo, mas acho que vai compensar a espera! Gosto muito destes dois personagens e de como eles se relacionam. Espero que vocês também gostem!

Capítulo 7 - O Lobo e a Serpente


Fanfic / Fanfiction A Era Mais Escura - O Lobo e a Serpente

Ele estava de queixo caído.

Sabia que em sua mente calculista, o General tentara desvendar se seria ela quem realmente caminhava por aquele corredor; mas estava decepcionada com a falta de autocontrole do militar, que apenas ao vê-la já havia ficado tão apático quanto tivesse visto um fantasma. “Talvez seja realmente essa a reação que ando causando ultimamente”, Ponderou.

            Encostada no batente do corredor esperou alguma atitude, qualquer atitude, mas aparentemente o homem havia se perdido em um daqueles pensamentos profundos demais (como sempre costumou fazer), então sem ter mais paciência para esperar as muitas engrenagens da cabeça de Logan trabalhar, se adiantou:

            - O que foi, estou tão mal assim? – Falou enquanto olhava comicamente para a larga camisa branca que pedira emprestada da amiga; mesmo assim, nem um efeito, foi então que sorriu suavemente, e tomou um rápido instante para olhá-lo dos pés à cabeça, tanto tempo havia passado, mas ele parecia o mesmo de antes; o homem alto, com os mesmos ombros largos e cabelos brilhantes, com o rosto de expressões fechadas e mandíbula marcada, talvez a única diferença fossem seus olhos cinzas, que não importava o que lhe diziam, achava mais bonitos que os dela, mas agora, pareciam cansados e apagados.

            Por fim, decidiu dar um passo na direção dele.

Este, finalmente reagindo, apertou mais a mão em volta de sua espada, Nahash, e provavelmente forçou o rosto a adquirir aquela feição séria e chata de sempre ao falar:

            - Vai ser assim tão fácil, não vai resistir? – Seu tom de voz era forte e decidido, mas sabia bem que não passava de uma máscara para alguém que ainda não estava pronto lidava com seus sentimentos.

            - Você fala como se fosse me prender, por favor, Logan, sei que sou o menor dos seus problemas, hoje em dia. – Mila já tinha conhecimento que havia algo errado acontecendo na capital, havia percebido no momento em que colocou seus pés ali; ouviu sussurros dos cidadãos sobre tempos de crise e fome, sobre o desprezo e a indiferença da realeza, Losran não era a mesma que recordava, as ruas estavam mais vazias e menos lojas se abriam ao nascer do sol, estava escura como se morresse aos poucos.

            Deu mais um passo à frente, em direção a cozinha, em direção a Logan.

            Mais rápido do que pode prever ele sacou seu sabre, aquela lâmina magnifica agora estava com a ponta em seu queixo. Um movimento, apenas isso era necessário para que estivesse se afogando em sangue; este conflito entre razão e coração sempre fora o que a atraia de volta para ele, sabia que era cruel da parte dela forçá-lo a ter aquela luta interna, mas não conseguia evitar. Sentia falta dele.

            Alyssa, que até o momento era uma estátua na cozinha de sua própria casa, não conseguiu sufocar a surpresa e cambaleando para trás, batendo na pia.

            Olhando para Nahash, depois para Logan e por fim para a taverneira ao fundo, ergueu um dedo e com este afastou a lamina para a direção contrária a que rumou; mantendo sempre o andar casual, contornou a grande mesa de madeira até estar ao lado da amiga, o sabre seguiu apontado para ela a cada passo.

            - Pode guardar seu brinquedinho, não vou morder ninguém. – Disse enquanto recostava o corpo na beirada da pia, ao lado da rechonchuda dona do Primadona.

            - Não confio em você. – Respondeu o general com a voz áspera.

            - É um direito seu, mas... – Ergueu a mão, e apontou para o andar de baixo, onde a cantoria e a festa continuavam firmes e fortes. – O pessoal ali embaixo não é muito fã dos homens do rei, sabe, e eu acho que seria um pouco estúpido tentar me levar daqui agora.

            Após alguns instantes para considerar as opções, o homem retornou a espada para a bainha, mas seu rosto manteve aquela mesma expressão descontente e severa. Realmente parecia não confiar nela.

            Percebia o nervoso no olhar de Alyssa, ela provavelmente temia que a sua tão amada cozinha fosse para os ares em um duelo de laminas.

            - Aly, pode nos deixar sozinhos por algum tempo? Preciso ter uma conversa com nosso General.

            A taverneira olhou-a com as duas sobrancelhas levantadas, como se estivesse perplexa com sua decisão de ficar a sós com Logan; mas se moveu, vagarosamente e ainda os observando deu alguns passos em direção a escadaria, mas parou no meio do caminho e virando nos calcanhares, avisou:

            - Só tomem cuidado com a coleção de talheres ali do lado do forno, eu ganhei da dona Jeira, gosto muito deles. – Apontava para seis grandes talheres de aço pendurados na parede acima da peça de mármore.

            - Não vamos destruir nada! Não tem com o que se preocupar, juro que vai ser bem rápido. – Prometeu, lançando um olhar sincero para a amiga.

            - Certo... qualquer coisa estou lá em baixo... – A curandeira então novamente virou-se e continuou seu caminho; entretanto ainda no topo das escadas, vocalizou, voltando a andar na direção da cozinha:

            - Talvez seja melhor eu levar meus pratos de cerâmica lá para baixo...

            Não precisou dizer nada, apenas lhe lançou um olhar de advertência, o qual ela pareceu entender.

            - Tudo bem, tudo bem... descendo. – Por fim ela sumiu ao descer os degraus da escada espiralada, voltando para a alegre taverna que jazia abaixo deles.

            Os segundos que se seguiram foram longos, era como se cada instante estivesse eternamente longe de acabar, porém, finalmente quebrando o silencio infinito daquele momento, o General perguntou:

            - Como escapou? – A encarava com um misto de seriedade e indignação.

            - Você não acreditaria se eu te contasse. – Estava sendo verdadeira, sabia que ele jamais acreditaria em suas palavras, ela mesma não conseguia aceita-las as vezes.

            - Tente... – Insistiu ele.

            Desviou seu olhar do dele, o julgamento que neles percebia se tornou demais para suportar.

            - É complicado, e não é uma conversa para agora. – Desencostou da pia e pôs suas mãos sobre e mesa, demorou alguns instantes para juntar a coragem que já não tinha. – Logan, eu sei que não mereço sua confiança, mas eu juro que eu...

            - Mudei? – Interrompeu ele, completando sua frase. – É isso que ia dizer, que você mudou?

            Respirou fundo, sabia que iria ser difícil se provar para ele, depois de tudo que havia feito não tinha ideia do por que mesmo Alyssa ainda a recebera em seu lar.

            - Sei que é difícil acreditar, mas estou tentando ser diferente... – Buscava explicar, em vão, pois mais uma vez foi interrompida pelo General que agora deixava transparecer toda sua indignação:

            - Você matou aquele recruta, não Damian Adalion. Disso eu sei, só não sei por que você não matou ele também. – Revelou o homem de olhos cinzas. Sentiu algo naquelas palavras, algo além de desprezo, o que seria?

            - Não o matei por que ele não precisava morrer... – Mentia, não o matara por que o jovem de olhos azuis a lembrava de Logan, mas tinha orgulho demais para admitir isso, inclusive para si mesma. – Eu poupei a vida dele, por que era o certo.

            Foi a vez de Logan desviar seus olhos, sabia que ele queria acreditar nela e a dar mais uma chance, no entanto, ele deveria? Nem ela mesma sabia responder, mas gostaria de tentar se provar uma pessoa melhor da que era três anos atrás.

            - Eu não quero mais ser aquela mulher. – Explicou, colocando a mão em seu peito. – Quero provar para você que eu consigo ser melhor que ela.

            O General voltou a fitá-la com uma face indecifrável, não sabia o que esperar dele agora, apoio ou o contrário; assim como ela, pôs suas mãos calejadas sobre a mesa e deixou mais uma vez o silêncio agonizante atingi-los por um instante, para apenas então responder:

            - Não depende de mim, depende do rei. – Assim que o título real foi mencionado, percebeu sua espinha gelar e fantasmas voltarem para assombrá-la.

            - Que droga Logan! – Virando-se de costas, cruzou os braços ao olhar através da janela aberta acima da pia, via os telhados dos cortiços; a praça agora vazia e com as lanternas a óleo iluminando a capital naquela noite cheia de estrelas, entretanto não era para nada disso que olhava, mas sim para o castelo imponente ao longe. – Por favor, você tem que deixar o passado enterrado.

            - Você não tem direito de me pedir isso, Mila. – Não precisava vê-lo para saber que rancor queimava em seus olhos e que agora suas mãos estavam fechadas em punhos. – O que você ia fazer, como você pode?!          

            - Eu estava cega de tanto ódio, me contaram mentiras, e eu acreditei... – Aquilo tudo eram verdades, verdades tão dolorosas que faziam seu peito doer. – Me fizeram de idiota.

            - Eu estava lá, vi você matar meus homens, você me atacou e tentou me...

            - Eu nunca faria mal a você, eu juro. – Agora era a hora dela interrompê-lo.         

            Foi por isso que não se escondeu do General, por mais que quisesse, que pudesse pular pela janela e rumar para onde tivesse vontade; precisava ao menos tentar se explicar para ele, precisava que ele soubesse.

            - Será mesmo? – Questionou. – Se eu não te parasse naquele dia, você ao menos pensou no que aconteceria comigo? – Questionou Logan.

            - Eu... – Não conseguia dizer, dizer que havia pensado e decidido que não se importava, que mesmo depois de tudo que havia acontecido entre eles durante todo aquele tempo, seu egoísmo prevaleceu. Isso a destruía todas as noites quando se deitava para dormir naquela fria pedra de seu calabouço.

            - Não importa, não sou eu quem vai decidir o que fazer com você. – Disse ele por fim, livrando-a da impossível tarefa de responder sua última pergunta.

            - Sim, rei Barlowe é quem decide o destino das pessoas por aqui. – Concordou ironicamente, pois o que lhe restava então era nada além de uma forca.

Logan ficou em silêncio, tudo ficou em silêncio na verdade, até mesmo a cantoria do andar inferior havia diminuído, quem sabe pudessem os ouvir ou talvez já estivessem bêbados demais para falar e cantar.

            - Eu esqueci... – Revelou o militar enquanto meneava com sua cabeça levemente. – Eu esqueci que você está por fora das coisas.

            - Como assim? – Indagou, sem entender.

            - Rei Barlowe VI morreu dois anos atrás. – Revelou o general enquanto a encarava com uma seriedade impecável.

             - O que?Estava agora novamente inclinada sobre a mesa, era como uma criança que recebia a notícia de que iria ao parque. Sua mente pensava em tudo e em nada enquanto seu rosto transbordava animação e perplexidade.

            Havia poucas sensações que ainda não apreciara em sua vida amaldiçoada, provara sensações primitivas como o prazer da vingança, deitou-se com homens considerados por muitos inatingíveis, mas a sensação que sentira naquele momento era sem dúvidas uma das melhores que poderia existir.

            Passou as mãos por seus cabelos negros, agora tão sedosos depois do longo banho que tomara mais cedo que era difícil manter o toque longe; era como se um peso fosse tirado de suas costas, ou uma corda de seu pescoço.

            - Ele sofreu? – Era a única coisa que realmente precisava saber.

            - Dor não, algo pior, começou pouco depois que te exilaram. – Aqueles incríveis olhos cinzas ficaram distantes. – Aos poucos ele foi perdendo os movimentos, primeiro as pernas, em seguida os braços, as mãos e os dedos, pouco tempo depois não passava de um vegetal.

            Ouvia atenta enquanto saboreava cada detalhe, poderia muito estar sorrindo sem perceber; contudo, aquela parte tão quieta e perdida dela voltou a pulsar por alguns instantes, e em certo ponto do relato de Logan passou a sentir pena do antigo monarca.

            - Era desesperador, quando eu olhava para ele e via os olhos, como se ainda tivesse consciência, um prisioneiro no próprio corpo. Foi um alivio quando em uma manhã ele estava morto. O príncipe...

            - O príncipe... – Repetiu por impulso, não sabia realmente o porquê. O príncipe Aurius, o qual conhecia muito bem, e o General sabia disso, assim como sabia de sua antiga história com o sucessor do trono.

            - O rei... – Corrigiu o homem, agora pôde ver seus olhos brilhando em toda sua glória com ciúmes. Um prazer sem igual, tinha de admitir. – Ficou arrasado e o reino ficou de luto por meses.

            - Como eu não fiquei sabendo disto? Mesmo presa, mesmo longe, como? – Não sabia se o questionava, ou a si mesma.

            - Barlowe deu a ordem assim que você foi encarcerada; nunca, você seria informada de algo que ocorresse aqui ou em qualquer outro lugar. - Sua expressão era sombria conforme dizia as palavras. – Nunca receberia visitas e jamais teria sua liberdade de volta.

            - Mas quando Aurius assumiu, ele poderia... – Quando percebeu o que estava dizendo, o quão idiota a frase iria terminar, se calou.

            - Não, Mila. – Podia jurar que o militar havia mudado de tom, por um momento foi como se ele sentisse pena dela. – Ele não podia fazer nada contra o comando do pai, como você sabe, uma ordem só pode ser revogada pelo governante que a fez; se ele morrer, seu comando se torna irrevogável. Seria uma desonra para o novo regente desobedecer uma instrução tão forte do pai, até mesmo por que o povo iria se virar contra ele.

            Silêncio, uma vez mais o silêncio recaiu sobre eles, na taverna a energia havia retornado, o som estava mais alto e com muitas vozes e gritos, a mercenária achava engraçado a ideia de que bem acima de um bar de mercenários conversavam uma das mulheres mais temidas do mundo e um dos generais mais respeitados do continente.

            - Pelo jeito. - Voltou a dizer, novamente de costas para o homem, mas agora pegando uma garrafa de vinho da estante e duas taças do armário. – Mesmo respeitando as leis do “papai”, o novo rei não está agradando os súditos.

            Encarou o rótulo da garrafa fazendo uma careta enquanto questionava a qualidade da bebida; um instante, depois dando de ombros, começou a encher as taças com vinho tinto.

            - O problema não é o rei, algo está nos espreitando e não sei o que é. E odeio não saber das coisas. – Havia preocupações verdadeiras no rosto de Logan, algo que arrepiou todo o seu corpo.

            - Se você me pedisse, eu ajudaria a descobrir. – Ronronou, dando-lhe um meio sorriso mais do que felino.

            Segurando uma taça em mãos, colocou a outra na mesa em frente ao comandante. Logo, recostando-se no mármore da pia, o encarou enquanto tomou o primeiro gole da bebida.

            Encarando-a de volta e depois a taça em sua frente logo em seguida, respondeu:

            - Posso cuidar dos meus próprios problemas. – Estava de braços cruzados, ainda era uma muralha a ser quebrada; mas aos poucos, aos poucos iria convencê-lo de suas intenções.

            - Se você diz. – Retrucou dando de ombros mais uma vez antes de tomar mais do vinho.

            - Você deveria ir embora daqui. – Começou Logan, olhando-a com seriedade. – Essa cidade só trouxe desgraça para você e vice-versa, esqueça tudo o que aconteceu e vá embora para bem longe, esse não é seu lugar, Mila.

            Por um momento ficou fitando o vinho tinto na taça em sua mão pálida; a verdade é que esta seria sem dúvidas uma ótima ideia, estranho nunca ter pensado nela antes. Estranho não querer ir embora.

            - Se eu for embora daqui vou voltar à aquela vida desgraçada, fazendo a única coisa que sei. – O liquido em sua taça cristalina mexia-se conforme o movimento de seu pulso, fazendo a sua vontade, vermelho como sangue. – Eu já disse, não vou ser aquela pessoa de novo.

            Por um instante conseguiu ver através dos muros que eram as expressões do General, por um segundo seu rosto se tornou nada além de pesar, era o suficiente para ela. Ele ainda se importava.

            - Se é o que você escolhe, não posso tomar decisões por você. – Foi o que disse antes de começar a se mover em direção a escada.

            - Logan. – Chamou, e no mesmo instante o militar parou e olhou-a por cima dos ombros. – Acho que você já deve saber, mas no caminho para cá eu torturei e matei três homens que vinham na estrada com uma carroça, os cretinos tinham acabado de matar uma mulher e uma criança. – Não sabia exatamente se sua atitude seria aceita ou reprendida, mas não faria a diferença, porque sua consciência estava limpa, mas queria que o general soubesse quais eram seus ideais agora.

            - Eu imaginei que tivesse sido você. – Esperava ver um sorriso por mais suave que fosse, esperava que pudesse ver o rosto dele se abrir ao menos uma vez naquela noite. – Eles mereceram. – Nada, ele apenas se virou e desceu a escada em espiral.

            Se viu sozinha na linda cozinha de Alyssa. Por que, mesmo com tantos sons abaixo dela era como se estivesse mais uma vez na fria cela da masmorra? Por que não conseguia dizer a ele o quanto sentia sua falta? Não importava, nunca iria dar certo e sempre souberam disso; mesmo assim se prendia a uma vaga esperança infantil. “Estou acima disso, estou acima disso...”, continuava repetindo a si esperando que um dia quem sabe, esquecesse aquele sentimento doloroso que sangrava em seu peito naquele momento.

            Se virou para a janela, esperando vê-lo sair do Primadona, tomando mais um gole de vinho, olhou para a lua, estava grande e brilhante, muito mais do que ela se lembrava; na verdade o céu era muito maior do que se lembrava, as estrelas eram muito mais bonitas, singulares e mágicas.

            Sentiu que ficaria ali a vida toda se não ouvisse em meio aos risos e gritos abaixo o som das folhas de madeira balançarem.

            Logan Orioth saiu caminhando com seus característicos passos largos e pesados, os cabelos castanhos oscilavam ao vento noturno e seu sobretudo o dava um ar sombrio e intimidador; podia sentir-se mal por tê-lo decepcionado de tal maneira, mas naquele momento se sentia bem, pois ao menos pode o ver mais uma vez.

            Ele não olhou para trás enquanto caminhou pela rua escura e vazia, e nem deveria, pois, sem mais conseguir evitar, Mila voltou a admirar o céu noturno, não buscava nada, pois tudo que pediu, sonhou e alucinou nos últimos anos estava bem a sua frente.

            Carência era uma fraqueza que não estava disposta a expor.


Notas Finais


Não esqueçam de me deixar suas opiniões e criticas! Quero muito saber o que vocês estão achando da história!


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