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História Capitu - Six


Escrita por: LMesquita e EngMonroe

Notas do Autor


Boa noite, monamoures!!! Como está sendo o fim de semana?
Estava com saudades!
Mais um capítulo escrito pra vocês, amanhã pretendo postar mais um pra compensar a demora.
Boa leitura a todos e espero que gostem! <3

Capítulo 6 - Six


Fanfic / Fanfiction Capitu - Six

Se o que vês no meu olhar

Ainda é pouco

Para te dar a certeza

Deste desejo sentido,

Pede-me a vida,

Leva-me tudo que eu tenha

– Se tanto for necessário

Para ser compreendida."
 

Isso é loucura!

 

 

 

Os dias se passaram e a rotina agitada em Chicago ficava ainda mais corrida. Meu trabalho no hospital estava indo muito bem, contrapartida minhas relações familiares estavam o oposto disso. Mal tinha tempo para ver minha mulher e minha sobrinha e isso era estranho para nós, já que sempre fomos acostumados a sentarmos todas as noites a mesa e compartilharmos nosso cotidiano, enquanto apreciavamos o jantar ou um fim de semana agradável em família. Tudo isso tinha ficado de lado para darmos mais atenção às nossas responsabilidades corriqueiras. Os meus plantões não se encaixavam com os horários de Amy e Bel. Ao chegar em casa, nunca as pegava acordadas e pela manhã cada um assumia sua função e as únicas palavras que  trocavamos era um "bom dia". Estávamos nos afastando e isso me incomodava e me afetava muito! 


 

Consegui ir para casa cedo numa noite de Sábado, pois um dos médicos plantonistas resolveu me dar uma folga. Sozinho no meu escritório, ouvindo uma música calma, minha companhia era um bom livro e uma xícara de chá. Naquela semana eu estava desanimado e entristecido, o motivo: Amy e eu havíamos nos desentendido dias atrás. Era a primeira vez em anos do nosso casamento que ficávamos tanto tempo sem nos falar e aborrecidos um com o outro. Eu detestava desavenças! Sempre resolvemos nossas diferenças no diálogo, mas dessa vez não teve conversa. Acho que o pouco tempo que tínhamos agora para nós, acabava nos deixando estressados e parecia que tudo era trabalho e mais trabalho. Amy estava focada na carreira dela e eu na minha, e isso fez com que nos distanciamos. Certa vez ela me cobrou atenção, disse que eu não era mais o mesmo e estava trocando minha família pelo hospital. Fiquei chateado com o modo que ela disse, me acusando de ser ausente, um defeito que desconheço mas não o neguei. Confesso que estou sim distante dela e de minha sobrinha, mas, o meu trabalho é algo que faço com todo meu coração e nele eu não tinha tempo de ocupar minha cabeça com todas as bobagens que perturbavam meus pensamentos ultimamente. As coisas na qual eu penso me causam arrepios, medo... e eu acabo não me reconhecendo no meio dessas ideias estúpidas que tomam conta a minha mente.

 

 

Tenho que esquecê-la!
 

 

 

 

Minha calmaria foi interrompida pela campainha. Quem poderia ser tão tarde da noite? Segui em direção a passagem principal e ao abrir a porta fui invadido com o brilho dos grandes olhos de Capitu, que se cravaram nos meus sem dizer absolutamente nada. O flashback daquele dia na estrada veio imediatamente e senti minhas as palmas de minhas mãos suarem. Minha memória havia armazenado cada vírgula que tinha saído de seus pequenos lábios, fazendo meu corpo inteiro se arrepiar.

"Boa noite, Sr. Wyler!" Finalmente disse.

....

"Boa noite."

"Desculpa aparecer aqui a essas horas, mas eu precisava devolver o livro que a Bel emprestou a mim e ao Jake, para estudarmos para a prova de Sexta. Ela está?" Continuei a encarar seus lindos olhos, acompanhando sua respiração que fazia o tecido branco de seu vestido se mover de forma delicada e sutil.

"...Bel está na casa de uns primos, junto com minha esposa. Deixe o livro comigo que eu entrego a ela!"

"Por favor, o senhor poderia fazer isso por mim?"

"Absolutamente." Capitu tirou o livro da mochila e me entregou. Senti a pele macia das suas mãos pequenas e a encarei mais um pouco. Olhar para ela me causava um prazer inexplicável! E como todas as outras vezes que nos encontramos, o tempo parou e ficamos nos olhando, e nos olhando, e nos olhando...

"Capitu," Um rapaz veio ao nosso encontro. Ele me fitou por um segundo e me comprimentou. "Boa noite, Sr. Wyler!"

"Boa noite...?!"

"Jake." completou. "Eu e sua sobrinha somos da mesma turma no curso de psicologia."

"...Ah, sim! Claro!... Boa noite, Jake! Como vai?"

"Bem, obrigado!" "Entregou o livro pra Bel?" Ele questionou Capitu.

"Bel não está em casa, mas o Sr. Wyler disse que entregará por nós."

"Agradeça Bel por mim e Capitu, senhor! Esse livro é absurdamente caro e nem um de nós dois o temos. Foi muito legal da parte dela ter nos emprestado para nos preparar para a prova."

"Eu direi isso a ela!" estampei um meio sorriso. "Agora se me dão licença, preciso me recolher. Amanhã o dia começa bem cedo para mim!" Encurtei o assunto.
Queria ser breve, mas mesmo assim a doçura do olhar daquela garota pareciam não se afetar. Nem os convidei para entrar, evitava o máximo a presença de Capitu.

"O senhor está bem, Sr. Wyler? Parece triste." Observou a menina.

"Impressão sua, estou apenas cansado!" Ela havia percebido minha indiferença e aquilo não me deixou nem um pouco confortável.

"Não é impressão, vejo nos seus olhos que algo está te afligindo!"

"Está colocando seus estudos de psicologia em prática me analisando?" Ironizei cruzando os braços, sem perceber meu tom rude.

"Desculpe. Não quis ser invasiva!" respondeu desconcertada. Percebi em poucos segundos o quão estúpido fui, mas tentei manter a seriedade na minha face. 

"Vamos, Capitu! Está ficando tarde. Boa noite Sr. Wyler e mais uma vez obrigado e desculpe pelo incomodo!" Jake quebrou a barreira constrangedora que havia sido levantada e Capitu insistia em me olhar, determinada, como se estivesse pronta a me provocar a qualquer momento.  

"Até mais, Sr. Wyler e obrigada!" Foi só o que disse. Calado, fechei a porta e coloquei as mãos no rosto, respirando fundo e liberando a tensão de meus ombros pesados.
 

 

 

 

 

 

Seguiu-se a noite, solitária e silenciosa. Olhei para o lado da cama onde dormia minha mulher e estava vazio. Ela permanecia desapontada comigo de fato, pois jamais havia me deixado aqui só e sem aviso antecedente.

Amy e Bel faziam falta! Me trazia um aperto muito grande no peito a ausência delas.
Deveria ter ficado de plantão essa noite, eu pensei.
 

23h56
 

00h10
 

00h57
 

01h30

2h45 da manhã...

Consegui pegar no sono, até que
meu telefone começou a tocar insistentemente.

"Alô?"

"...Evan?" Do outro lado da linha uma voz sussurrada me respondeu.

"Sou eu! Quem é que tá falando?"

"Preciso de ajuda, Evan!..."

"Que tipo de brincadeira é essa? Quem é?"

"...Estou muito mal e preciso da sua ajuda! Vem me buscar, Evan! Por favor..." a suplícia naquela voz abafada me deixou desesperado. Esse não era o número de minha esposa e nem de minha sobrinha, não podem ser elas, falei com Bel a poucas horas e estava tudo bem! Em pensamento só vinha um nome...

"Capitu?! É você?"

"Me ajuda, Evan! Me ajuda..." a ligação caiu.

"Merda!"

Mais que depressa coloquei uma roupa, peguei minha maleta de trabalho e corri para casa da garota de olhos misteriosos sem mais pensar em nada. Não sabia ao certo, mas meu coração dizia que Capitu estava me chamando e eu precisava ver que ela estava bem e segura em casa. Deus do céu! O que ocorreu a essa garota? Era tão tarde quando ela foi até minha casa. Por que não a acompanhei? São poucas quadras de diferença, mas e se alguém a pegou no meio do trajeto? Aquele garoto que estava com ela, um fedelho, aposto que mal sabe se defender! Me sentirei responsável se algo de ruim tiver acontecido!

Já na frente da casa dela, vi todas as luzes apagadas, menos a de um cômodo da parte de cima. Toquei a campainha e ninguém me atendeu. Ao meu espanto, mexi na maçaneta e a porta se abriu fazendo um ruído que ecoou na pequena saleta vazia e escura. Chamei por Capitu e nada! "Alguém pode ter invadido, acho melhor acionar a polícia."
Silenciosamente subi as escadas, assustado, esperando encontrar o pior. Temia que algo trágico tivesse acontecido. Os móveis e objetos da casa estavam intactos! Não pode ter sido um assalto. Fui subindo até chegar ao corredor, onde no fundo tinha um quarto com a porta semi aberta e com uma iluminação fraca. Adentrei vagarosamente, olhei em volta e vi velas sobre a penteadeira e escrivaninha. As paredes de cor lilás, enfeitada com alguns quadrinhos de madeira e prateleiras de livros e alguns discos de vinil; cortinas brancas de seda dançavam ao ritmo da brisa que vinha pela janela refrescando aquela madrugada abafada. Ursos de pelúcia e bonecas ao chão e em cima do roupeiro, enfileirados, davam um ar infantil. Observei todo aquele espaço e quando mirei a cama no centro do quarto, fiquei petrificado!

 

Capitu...

 

Meus olhos percorreram aquele corpo pequeno e completamente nu, que descansava de bruços sobre o colchão. Fui seguindo com o olhar as curvas de suas costas, indo para as nádegas perfeitamente arredondadas, dando sequência para suas pernas roliças, até os pezinhos rosados. Os cabelos compridos e bagunçados cobriam o rosto angelical e sereno da garota. A pele dela parecia ser tão macia... Minhas mãos imploravam para tocá-la e medir cada centímetro de Capitu. Cheguei mais perto, sentindo meu coração aumentando a frequência cardíaca. Minha boca e minha garganta estavam secas e um calor infernal me contagiou. Afastei os cabelos do seu rosto, com muito cuidado e senti sua respiração na minha mão. Ela estava dormindo como uma criança inocente. Céus, e como ela é linda! Sorri involuntariamente, encantado e abobalhado.  Queria sentar aos seus pés e continuar admirando a sua beleza. Ela mais parecia um anjo, perfeita! Senti uma vontade louca de tocar seus lábios, que aparentavam ser tão doces. Os acariciei levemente com as pontas dos meus dedos, olhando com obsessão, pronto para experimentá-los com a minha boca. Quando me dei conta da covardia que eu estava prestes a cometer, me afastei rapidamente, sem me reconhecer, com repulsa de mim mesmo. Jesus, o que eu estou pensando?
Saí daquela casa imediatamente, sem acordar Capitu. Entrei no meu carro, ainda transtornado, confuso!...
Minhas mãos tremiam, meu coração batia forte e minha respiração estava em descontrole. Eu não sei o que está acontecendo comigo! 


Notas Finais


Gostaram? Espero muito que sim!!!
xoxo ♥
Vídeo da Fic: https://youtu.be/fBcFno9eH24. ❤


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