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História Capítulo único - RafaLili - Dúvidas


Escrita por: rai_stn

Notas do Autor


Essa é minha primeira fanfic RafaLili. Espero que gostem. Fiquem à vontade quanto aos comentários.
Boa leitura e até lá embaixo!

Capítulo 1 - Dúvidas


Carol: Lili ele não teve culpa de nada. Eu o influenciei.

Lili: Não dá pra acreditar Carolina. Eu vi a foto do Rafael e da Elisa na cama.

Carol: Mas fui eu quem tirou a foto Lili! Eu sei do que eu tô falando.

Lili: Mas não dá pra acreditar..

Carol: Lili presta atenção: eu não viria até aqui, me humilhar na sua frente, ainda mais pelo Rafael, se isso não fosse verdade. Eu errei muito, e quero mudar. Achei que você deveria saber a verdade.

Lili: Que verdade? Que o Rafael usou a Elisa pra se vingar do Germano?

Carol: Não! Que eu usei o Rafael pra me vingar da Elisa e do Arthur! Lili você precisa acreditar em mim. Ou então estará errando ao julgar o Rafael, que só topou em me ajudar porque estava abalado com tudo que estava acontecendo.

Lili fica perplexa com o que acabara de ouvir. Não sabia o que falar, nem o que fazer.

Lili: Carolina sai da minha casa, por favor!

Carol: Tudo bem, eu vou. Mas vou com a consciência limpa. Porque eu vim até aqui, esclareci tudo. Se você não acredita ou não quer acreditar, isso já não é mais problema meu. Tchau Lili.

Carol sai da casa de Lili a deixando sozinha na sala.

Lili pega o celular e liga para Elisa. Ela pede para que a garota vá até sua casa pois precisam conversar.

Uns minutos mais tarde, Elisa bate a porta.

Elisa: Oi dona Lili, aconteceu alguma coisa?

Lili: Na verdade, é sobre isso que eu queria falar com você.

Elisa: Sobre o quê?

Lili: Sobre o que aconteceu entre você e o Rafael na viagem para o Uruguai.

Elisa: Dona Lili não aconteceu nada! A Carolina colocou um 'boa noite Cinderela' na minha taça de vinho. O Rafael já estava bêbado. Então fomos os três para o hotel. Subimos e caimos no sono. A Carolina se aproveitou da situação para tirar aquelas fotos.

Lili: Tem certeza que é só isso?

Elisa: Tenho! Olha dona Lili, eu nunca faria isso com o Arthur. E tenho certeza que o Rafael foi manipulado por aquela cobra da Carolina! Ela queria se vingar, viu que o Rafael estava abalado e o usou para acabar com meu namoro com o Arthur.

Lili: Foi o que ela me disse...

Elisa: A Carolina falou com você?

Lili: Sim. Ela veio aqui esclarecer as coisas. Me disse que esse era o jogo dela. E ela acabou envolvendo o Rafael no meio.

Elisa: E a senhora acreditou?

Lili: Eu não sei. Eu fui falar com o Rafael e a conversa não foi nada agradável.

Elisa: Desculpa me intrometer, mas... o que aconteceu? Vocês discutiram?

Lili: Sim. O Rafael me insultou. Eu não sei, mas ele não me pareceu nada bem.

Elisa: Eu também fiquei péssima quando o Arthur não acreditou em mim... E acho que o motivo dos insultos do Rafael foi o mesmo motivo que tive para me afastar do Arthur. Porque quando a pessoa que a gente ama não acredita na gente, dói tanto que parece que estamos em uma sala de parto, esperando por um bebê que vai nascer morto.

Ela falou com um nó na garganta. Realmente doía. Doía muito. E não era uma dor passageira.

Lili: Eu estou um pouco confusa. Mas, obrigada Elisa!

Elisa: Você não acredita no que eu te disse, não é? - Ela falou olhando para o chão. - Não tem problema. Você não é a única!

Lili a olhou confusa. A verdade era que ela não sabia se estava acreditando nisso tudo ou não. Não conseguiu organizar e processar todos esses acontecimentos em sua mente.

Elisa simplesmente saiu. Deixou Lili sozinha em meio aos seus pensamentos. Já não sabia mais que argumentos utilizar. E já não era mais necessário repetir essa cena para cada um que duvidasse de sua palavra. Bastava somente o próprio conceito sobre si mesma e sobre seus atos.

---

Levantou-se lentamente ao ouvir o som da porta. Alguém batia insistentemente.

Rafa: O que você faz aqui?

Lili: Preciso falar com você.

Rafa: Achei que tivesse dito que nunca mais queria olhar na minha cara.

Lili: E eu não queria mais olhar pra essa sua cara! Mas eu não sou um monstro Rafael! E quando eu estou errada ou faço algo imprudente, eu tento consertar os meus erros. E é isso que eu vim fazer aqui!

Rafa: Consertar os seus erros? Do que você está falando? - Ele soltou um riso estranho e sarcástico.

Lili: A Carolina veio conversar comigo. E falei também com a Elisa.

Rafa: Carolina? Elisa? Você foi perguntar sobre as fotos não é mesmo? - Ele soltou mais um riso sarcástico.

Lili: Para de ser sarcástico! Rafael, eu precisa processar tudo o que estava acontecendo!

Rafa: E preferiu acreditar nas palavras da Carolina, a amante do seu ex marido, e na Elisa, a filha do seu ex marido com a empregada? Ou talvez não seja mais seu ex marido, não é mesmo?

Lili: Para com isso Rafael! Você está se comportando como uma criança!

Rafa: Eu me comportando como uma criança? Quem prefiriu voltar com o ex marido que teve uma filha com a empregada não fui eu, Lili!

Lili: Olha, eu vim aqui, conversar outra vez com você, mas pelo que vejo, outra vez me equivoquei. Você não está nem aí para os sentimentos de ninguém!

Rafa: E você, por acaso ligou para os meus sentimentos? Por acaso acreditou em mim? Não, não é mesmo?

Lili: Tente se colocar no meu lugar Rafael! O que você pensaria se me visse na cama com outro?

Rafa: Na verdade isso foi justamente o que aconteceu, não é? Você já foi correndo para os braços do Germano! Não deu nem tempo...

Lili: Cala a boca Rafael! Não me ofenda! Você diz que fala a verdade, mas não acredita na verdade alheia!

Rafa: A verdade? Sabe qual é a verdade? A verdade é que ultimamente, as mulheres preferem se aconchegar em uma relação preguiçosa e na vida cotidiana. Não querem quebrar a rotina e se transformar. A maioria das mulheres, quando chegam aos seus quarenta anos, não querem mais se aventurar e conhecer o novo. Querem seguir com um casamento fracassado, cheio de mágoas e ressentimentos. Traições, intrigas e brigas.

Ele fez uma pausa para olhá-la nos olhos.

Rafa: Tente ao menos voltar no tempo, quando você tinha seus vinte anos, onde ainda estava descobrindo o mundo. E me diga: você continuaria com seu casamento com o Germano? Mesmo depois de descobrir que ele te traiu e teve uma filha com a empregada?

Lili apenas ficou o olhando. Não sabia o que responder. Na verdade, aquela era a primeira vez que alguém a colocava naquela situação. Nunca havia parado para pensar daquela maneira.

Rafa: Responda Lili! O que faria? Seguiria em frente e continuaria com seu casamento?

Lili: Eu não tenho mais vinte anos, as traições do Germano, são passado!

Rafa: Passado? O que eu fiz também ficou no passado. As palavras que te disse na última vez que você esteve aqui, também são passado. Mas você está aqui, me julgando e jogando tudo na minha cara!

Ela paralisou. Estava errada. Seus conceitos estavam errados. Sua vida estava outra vez desmoronando.

Ela não sabia mais o que falar. As palavras não saiam. E tinha medo de falar algo.

Ele sabia das consequências de seus atos. Sabia que errou, errou feio. Mas se ele errou, estava errando por amor, por ciúmes, por ódio e no fundo por vingança. 

Rafa: Vai me dizer que no fundo, bem lá no fundo, você não sentiu ciúmes?

Ela o olhou perplexa. Sentiu ciúmes?

Rafa: Ou vai me dizer outra vez que não eram ciúmes, era decepção?

Lili desviou o olhar e foi em direção à porta. - As vezes, o ciúme pode ser confundido com mágoa ou ódio. As vezes, o ciúme pode ser tão grande, a ponto de nos cegar. E as vezes, o ciúme pode ser tão invisível, a ponto de deixar-nos vulneráveis. Ou talvez, não seja ciúmes, seja realmente decepção!

Ela abriu a porta e saiu. Deixou Rafael novamente. Mas dessa vez, ele tinha dito aquilo que queria dizer. Tinha feito o que queria fazer, bom, nem tudo...

Gostaria de ter tido mais coragem. De tê-la feito responder todas as suas perguntas, que agora, eram apenas perguntas vazias.

Gostaria também, de voltar no tempo. Tentar consertar seus erros. Mas ninguém é perfeito, e o que é pra acontecer, simplesmente acontece.

Não importa o quão bom você é. Não importa o que você faz para as pessoas. O que importa, é o que elas vão pensar de você. Porque você pode ser a melhor pessoa do mundo, mas sempre tera alguém para apontar o dedo e te julgar. Pois assim é a vida, hoje você julga e amanhã é julgado.

Não importa a sua idade, seu sexo, sua etnia, credo ou cor. O que importa é a idealização que fará de si mesmo.

E quando precisar fazer uma escolha, quando estiver em dúvida entre duas coisas importantes, coloque-as em uma balança de pratos. Certamente verá que o lado mais pesado irá abaixar. Mas não se contente com esse resultado. Porque nem sempre o que é visível é o melhor ou o mais correto. Tenha sempre em mente que, cada um tem seu valor.

Dizem que os fins justificam os meios, porém para cada fim desastroso, houve um começo e um meio maravilhoso. Não chore porque algo acabou, pois o peso de cada lágrima, não se iguala ao peso de cada sorriso.

---

Nem sempre teremos nossos finais felizes. Nem sempre veremos o que queremos ver. Mas a mensagem que é transmita e o sentimento que é passado, ficarão sempre na memória de quem um dia os sentiu.

Não esconda aquilo que sente. O coração pode se quebrar em mil pedaços, mas de que adianta estar quebrado se o amor que um dia existiu está reluzindo de cada célula de seu corpo?

Não se feche para o mundo. Crie o seu próprio mundo! E viva aquilo que puder e quiser viver!


Notas Finais


E aí eu fico pensando, como a Lili foi capaz de perdoar as traições do Germano, mas não perdoou e nem acreditou nas palavras do Rafael? Como foi capaz de dar uma segunda chance para quem não pensou nela na hora de trair? Penso eu, que, para dar uma segunda chance, temos que ver se realmente valeu a primeira! E vocês, o que acham?


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