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História Cariño! - Reconciliação


Escrita por: vamofarosella

Notas do Autor


Reciprocidade. É tudo relativo, mas quando mesmo se espera, ela te surpreende. Fica meio bobo, sorri com os olhos e é presenteado, quando sorriem de volta.
Desfrutem.

Capítulo 20 - Reconciliação


Ficaram se olhando por algum tempinho.

- Você não vai falar nada? - Perguntava enquanto estalava os dez dedos das mãos.

- Quero que você comece. - O olhava fixamente. - Mas vamos sair daqui que o sol já tá de rachar nesta manhã.

- Você quer entrar?

- Vamos. Essa hora…- Olhava para o relógio em seu pulso. - a Bel já deve ter levado a Fran para escola.

Paola pega a chave, coloca no portão e o abre. Adentrando, fica à espera que Fogaça entre também.

- Vai ficar aí parado?

Ele criou forças e entrou, logo parando para que ela seguisse primeiro.

 

Estavam em uma situação um pouco desconfortável. Desejavam estar colados, mas Henrique sentia a culpa pesar sobre seus ombros e Paola sentia um pouco de tristeza, mas estava pronta para ouvir o que ele falaria, estava pronta para então que colocassem um ponto final em tudo e recomeçarem.

Entravam na casa, o chef demonstrava um pouco de nervosismo. Parou na sala, colocou as duas mãos nos bolsos e novamente, esperava que ela estivera sempre a frente.

 

- Não vai sentar? - Falava enquanto coloca sua bolsa e as chaves em cima da mesa.

Fogaça balançou a cabeça em concordância e sentou no sofá, com os cotovelos apoiados nos joelhos e as mãos entrelaçadas. Olhava baixo, o que dara apenas para ver o movimento dos pés da guapa que ia até a poltrona que está a frente dele. Ela se sentou, abriu o botão da calça para se sentir mais confortável por conta do bebê e o fitou com o olhar.

Henrique coçou levemente a têmpora de seu olho esquerdo e passou a vê-la logo depois, olho no olho.

- Você sabe que eu estou errado e... eu sei que eu estou errado nessa história. - Sentiu o peso das palavras saírem de sua boca, mas por certa parte começou bem já admitindo estar errado. Paola respirou fundo, soltando o ar preso em seus pulmões lentamente.

- A gente ficou “namorando” - Fez aspas com as mãos - e você ainda estava com o fulano lá. Eu não sabia o que acontecia entre vocês e porra...como eu sofria com isso. Mesmo sabendo que você era minha, mesmo sabendo o quanto seu sotaque ficava mais lindo falando meu nome quando eu te fodia nesses encontros que tínhamos. - Passou agora sua mão na barba sem tirar os olhos dela. - Não sei bem o que me fez duvidar de você, mas eu fui um burro mesmo. Puta que pariu. Talvez, estava ressentido ainda que queria ir além com você, como casal, e você nada fez ou falou sobre isso.

- Aí você quer colocar a culpa disso tudo só porque não te chamei para morarmos juntos? - Ela o interrompeu.

- Não...não é isso. Talvez eu precisasse de um tempinho para colocar minhas ideias em ordem. Eu te amo demais a ponto de sempre te colocar em primeiro lugar em tudo que faço.

Fogaça se levantou e passou a andar de um lado para outro. - Sabe Paola, quando sai daqui fui lá pra aquela serra que te levei outro dia, lembra? - Ela balançou a cabeça e ele continuou. - Fiquei um tempinho ali, me desconectei de tudo...consegui pensar em nada, senti uma leveza no meu corpo, mas não tinha encontrado ainda algo que tirasse a tristeza que estava sentindo.

Ele parou de frente a ela, procurou forças para continuar, sentiu que seus olhos marejaram. Sentiu que qualquer coisa que ele pudera falar agora, algumas lágrimas pudesse sair de seus olhos.

 

(...)

 

Naquele dia da briga, após ficar algum tempo sobre a rocha apreciando o belo cenário que estara à sua frente, decidiu subir na moto e voltar para seu apartamento.
Se distraiu um pouco com granola, jogando a bola para a mesma pegar e voltar correndo entregando a ele o objeto todo babado. Era uma brincadeira sadia e só ele sabia bem como a cadela o fazia tão bem.

 

Já era noite quando deitou em sua cama, olhando para o teto e um silêncio se fez presente, a menos que tudo que se podia ouvir era o tic tac do relógio que se encontrava no criado mudo próximo a cama. Estava largado em meio aos seus pensamentos, até que granola apareceu com a bola azul na boca o chamando para brincar.

- Oh, to cansadão agora granola. - Falou passando a mão na cabeça dela, o que a fez balançar o rabo e abrir a boca, fazendo com que a bola rolasse para debaixo da cama. Granola, por seu tamanho não conseguiu pegar. Começou a latir chamando atenção de seu dono com um olhar pidona.

- Não faz assim, meu! - Fogaça se levantou, logo se deitando sobre o chão e pôde ver a bola próximo a uma caixa. Pegou as duas coisas que estavam lá e abriu a pequena caixa.

Haviam fotos, muitas fotos por sinal. De seus filhos, dele com Fernanda, dele novinho e dele com ELA. Sim, Henrique não acreditou que havia guardado a única foto que haviam tirado na época do Julia e junto a ela, estava a carta que ela havia mandado.

(...)

 

- Eu comecei a ler a carta, lembra do trecho, logo no ínicio que você escreveu assim:

“ Você apareceu em minha vida e trouxe felicidade, parece que teus beijos e abraços me tornaram dependentes de você. A calma virou rotina, os risos eram constantes e contagiantes. Se alguém soubesse da gente e me perguntasse se eu estava bem com você, eu responderia: Bem demais, como NUNCA antes eu estive.”

Fogaça falou cada palavra sem ter sido esquecida ou trocada, Paola o olhou incrédula por ele se atentar a algo que até mesmo ela não se lembrava até ele falar.

- Foi ai que me fez perceber que pudesse estar perdendo o amor da minha vida outra vez. - Continuou. Ele se abaixou, se ajoelhando próximo e ela se ajeitou saindo do encosto, mirando-o fixamente. - Me desculpa por ser um bobo...tão apaixonado!

 

A lágrima rolou sobre a face da argentina, segurava firme seus lábios na tentativa que nenhuma outra escorresse, em vão. Mais uma, outra...e outra rolava pela pele clara.

- Bem que disseram que estar grávida de gêmeos, o emocional da mulher se duplicava… - Falava entre risos, levando seu dedo indicador aos olhos tentando enxugar o líquido que saia e olhando para cima.

Fogaça abriu a boca, arregalou os olhos.

- Gêmeos? Você disse, G Ê M E O S?

- Sí. - Balançou a cabeça e sorriu.

No impulso ele foi de encontro ao ventre da guapa, dando-lhe vários beijos e a abraçou.

- Desculpa por tudo lindinha. Prometo que não vou ser mais um filho da puta como fui ontem. Tudo que há de melhor em mim, você sabe que é seu.

Selaram o momento com um beijo calmo. Apenas aproveitando o momento. QUando o ar se fez necessário, colaram as testas, um pouco ofegantes.

- A reciprocidade sorriu pra nós. - Falava entre um sorriso, passando a mão pelo rosto do tatuado finalizando que então, estava tudo bem com eles.

 


Notas Finais


Um amor esses dois. aff!
Obrigada pelos comentários viu? to amando ♥


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