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História Cariño! - Pedaços de Nós


Escrita por: vamofarosella

Notas do Autor


"Em matéria de amor, eles são mestres em superar os obstáculos das diferenças, mesmo quando falta o apoio de quem está por perto. O que sobra na maioria deles, aliás, é perfeição, semelhança e afinidade. Talvez a superação das diferenças seja, inclusive, o tempero ideal para o amor."
Desfrutem.

Capítulo 21 - Pedaços de Nós


Já era uma sexta feira a noite, Jacquin e sua esposa, Rosângela, haviam convidado seus amigos do masterchef para um jantar em sua casa. Queriam comemorar a chegada dos herdeiros e o futuro que os reservavam quanto a próxima temporada que já estava com tudo se encaminhando, esse o maior motivo.

Paola já estava com 7 meses e meio de sua gravidez e já estava evitando de ir aos seus restaurantes para averiguar o andamento, o que Fogaça ficou cuidando disso para ela, pessoalmente. Nos últimos meses, a vida deles estavam um pouco monótonas, mas sempre regadas a companheirismo e compreensão.

Fogaça chegou em casa - sim, eles finalmente se acertaram e estão vivendo juntos na casa de Paola - tirou a jaqueta e se aproximou da amada, que estava com a Fran deitada com a cabeça em seu colo.

- Hola, muito cansativo hoje? - Ela deu um beijo rápido em Fogaça, que se abaixou um pouco para dar um beijo na cabeça da pequena.

- Foi um pouco. - Se sentou do lado da guapa, colocando seu braço por cima do ombro feminino. - Então...o Jacquin me ligou o dia inteiro insistindo que a gente fosse ao jantar que ele nos convidou. Tem certeza que não quer ir? - As últimas palavras foram ditas em sussurro perto do ouvido, logo dando uma leve mordida em seu lóbulo.

Paola inclinou sua cabeça ao sentir arrepios provocados pelo tatuado. - Tengo! Pode levar a Fran para o quarto dela? - Segurou o queixo do homem, puxando-o para perto de si o que fez os lábios se encontrarem em um beijo.

Fogaça retribuiu o beijo, logo se distanciando e balançando a cabeça em concordância. Deu um leve resmungo, se levantou e pegou a loirinha em seus braços a levando para seu quarto. A chef continuou a ver o filme que as duas estavam assistindo.

O celular que estava perto dela, acendeu a luz indicando que havia chegado uma mensagem. Paola o pegou e com o indicador desbloqueou a tela dele. Havia uma mensagem de Ana que logo foi aberta.

“ Paola, cadê vocês? Já estamos aqui na casa do francês. Vem logo! “

A argentina riu. E logo bloqueou, quando Fogaça estava descendo as escadas.

- Cariño! - Ela chamou a atenção do tatuado que estava indo para a cozinha tomar uma água.

Henrique se virou, levantou as sobrancelhas e esperou que ela continuasse.

- Vamos então para esse jantar. - Ela se levantou com um pouco de dificuldade e ele foi para junto ajudar.

- Tem certeza?

- Nossa, quer ir ou não? - Colocou uma mão na cintura e a outra estava entrelaçada com a de Henrique.

- Já é lindinha. Vamos nos arrumar então.

- Mas ligue antes para Bel vir ficar com a Fran. - A mulher falava subindo as escadas com a ajuda dele.

Enquanto Paola estava no banho, Fogaça terminou de falar com a Bel e entrou no banheiro logo tirando sua roupa também. Abriu o vidro do box e surpreendeu a guapa abraçando-a por trás.

- Mas o que é eso?

- Vai dizer que nunca me sentiu assim? - Sussurrou no ouvido dela, sentindo a cabeça dela encostar em seu ombro. Paola apenas sorriu e deixou que a água escorresse por todo o corpo, acompanhado de leves carinhos das mãos masculinas por todo o ventre dela.

Enquanto Henrique alisava a barriga, ela depositava beijos por toda extensão do pescoço com marcas trilhando um caminho até sua boca.

Beijavam sem pressa, mas com o desejo de terem a troca de sabores que tanto gostavam.

- Meu, eles se mexeram lindinha! - Interrompeu o beijo ao sentir pequenos chutes. - Porra, finalmente consegui sentir. - Falava com entusiasmo.

- É porque eles estão sabendo que o pai está fazendo um bem danado a mamãe deles. - Se virou, logo colocando seus braços em volta do seu pescoço. Tinham um espaço entre eles, ocupado pela tamanha barriga, mas o que não impedia de se envolverem cada vez mais com beijos e mais beijos molhados.

- Já está assim? - Ela olhava para baixo. Ele ri de lado.

- Só de pensar em você eu fico assim, imagina nessa situação. - Ele ri, o que faz a guapa soltar uma gargalhada, logo o puxando mais para si e continuando o beijo que não haviam terminado. Perderam um pouco a noção do tempo.

- Vamos, já estão esperando demais! - Carosella se soltava dele, sai debaixo do chuveiro e se enrola em seu roupão. Fogaça terminou o banho e a acompanhou saindo do banheiro.

Paola colocou um vestido longo, leve e de cor clara. Penteou seu cabelo em um rabo de cavalo folgado no alto, passou uma maquiagem básica, colocou uma rasteirinha também básica e esperou Fogaça calçar seu sapato. Sendo assim, saíram de casa.

Já no carro, estavam próximos da casa de Jacquin, quando Paola sentiu uma leve pontada.

- Ai! - Falou passando a mão na barriga.

- O que foi? Tá tudo bem? Podemos voltar. - Falava preocupado.

- No, no...no é nada, estamos quase chegando. - Se ajeitou no banco.

 

(...)

 

Tocaram a campainha e esperaram que alguém abrisse a porta. Ficaram conversando quando escutaram e perceberam a maçaneta se mexer.

- Mas se não é meu casal preferido! - Jacquin falava animado, deixando os dois entrarem. Paola entrou primeiro dando um selinho em seu amigo, sendo seguido de Henrique que fingiu que também ia dar um selinho no francês. - Também quer um beijinho? - Fez seu famoso biquinho em direção a Fogaça.

- Sai pra lá meu! - O tatuado ria logo dando um abraço no gordinho.

Paola terminava de falar com Rosângela, Ana e Pato que estavam sentados no sofá. E Henrique e Jacquin chegavam junto dando algumas gargalhadas.

- Olha Pôla, não sei se vou aguentar vários Fogacinhas nesse mundo não. - Riu. O que fez todos presentes rirem muito.

- Eu aguento sim, afinal um vai ser meu afilhado. Vocês não quiseram mesmo saber os sexos deles né? - Padrão falava, logo colocando a taça de vinho branco em sua boca para beber.

- No Aninha, preferimos ficar así, sem saber mesmo. - A guapa deu de ombros.

- Até que eu queria saber mesmo, cêéloka...mas né?! - Olhava para Paola.

- As mulheres é quem mandam, né Jacquin?. - Rosângela completou, em ironia. Tirando mais gargalhadas de todos.

A noite estava sendo ótima, todos riam e se divertiam como nunca. Pato falava com entusiasmo os planos para a segunda temporada do programa, todos explanaram suas ideias e o que esperavam disso.

- Eu espero realmente, que não tenha tanta participante bo-bo...Aiii! - Não conseguiu terminar de falar fazendo uma expressão de dor.

Todos ficaram preocupados.

- O que foi Paola? Está tudo bem? - Padrão falou tocando no ombro da argentina.

- Pro hospital..pro hospital...acho que vai nascer! - Gritou.

Fogaça se desesperou um pouco não sabendo o que fazer, andava de um lado pro outro resmungando que era melhor estarem em casa, até que Rosângela o segurou pelo braço dando uma acorda pra vida nele.

- Reage, tua mulher tem que ir pro médico agora. Vai você, Aninha e ela em seu carro e eu vou com Jacquin e Pato que não podem dirigir por conta da bebida. Nos encontramos lá.

Fogaça balançou a cabeça em concordância, pegou a guapa em seus braços e saiu às pressas com Ana.

 

(...)

 

Haviam chegado quase ao mesmo tempo no hospital. Com dificuldade, o tatuado a levava em seus braços e a angústia dele ficara cada vez maior por conta dos gritos dela.

Assim que entraram, Ana Paula encontrou uma cadeira de rodas e Fogaça a colocou nela.

Todos corriam a procura de alguém para ajudar, até que viram a médica obstetra de Paola.

- Doutora, doutora...acho que os bebês vão nascer.

- Mas já? Venham, venham. - O enfermeiro com a ajuda de Henrique, colocaram a chef na maca e levaram para a sala de parto.

- Henrique…- Ana Paula chamava o amigo. - Assim que nascer, avise a gente logo, pelo amor de Deus! - Levou suas mãos á cabeça. Fogaça acenou de acordo e seguiu com eles.

À espera já estava ficando cada vez pior. Ninguém aparecia para dar notícias. Ana, Pato, Jacquin e Rô estavam sentados na recepção do hospital apreensivos.

A porta que dera para a emergência se abriu rapidamente. O enfermeiro que estava junto a médica, deu a notícia que os bebês haviam nascido. Todos ficam alegres por demais, um momento lindo e especial.

- Mas e ai? quais os sexos? Ele foi embora e nem disse, droga! - Padrão resmunga com os amigos.

 

Foi um parto cesário, Paola e os bebês tiveram que permanecer no hospital por alguns dias até que estivessem prontos para ter alta.

Fogaça não saia nenhum instante do lado da argentina, até que pela primeira vez os bebês entram no quarto que ela estava para a amamentação.

Paola segura o primeiro bebê que estava enrolado com uma manta branca e com o outro braço segurou o segundo bebê que estava com uma manta na cor amarelo claro. Ao vê-los, seus olhos brilhavam e se enchiam de lágrimas.

- Temos que decidir os nomes deles, lindinha…- O tatuado falava se aproximando deles. - Se você quiser, pode ser Flora e Artur, quando você me disse o significado desses nomes…

- No, no…- Paola o interrompeu. - No quiero mais. Já tivemos um desses dois há muito tempo. - A lágrima corria sobre a face dela. - Você escolhe o nome dela e eu escolho o dele. - Finalizou.

Fogaça abre um largo sorriso, não esperava essa atitude dela e nesse momento então...Ele se aproximou selando um longo beijo nela. Se afastou e falou em quase um sussurro.

- Então ela vai se chamar Liz. - Passou o dedo indicador na testa da menina.

- E ele…- Olhou fixamente para o pequeno. - Será Gael. - Soltou o ar que a pouco segurava, logo depois dando um beijo em  cada um.

 

.

.

.

 

“...

A vida era assim, uma coisa estranha. Faltava algo para ser feliz. Tentei relembrar minha vida antes da sua chegada, mas não consegui. Tudo agora tem seu desenho, seu cheiro, sua cor.
Você não me deu respostas, mas foi a resposta para os meus questionamentos tão profundos. Lembro-me de todas as vezes em que, inutilmente, eu procurava um canto para me esconder calada, pensando que você não me dera tanta importância. Me enganei.

Então você chegou, não trouxe quase nada, veio com um sorriso sereno e que sorriso lindo. Algumas ideias revolucionárias, muitos sonhos e entrou para o meu mundo. Foi de repente. Era uma manhã de janeiro, sol, alegria e no meio das cores do verão eu vi o seu sorriso, tocava uma música, mas eu nem lembro qual era, de repente tudo ficou em câmera lenta,as pessoas presente no restaurante, a sub-chefe na época que tentava me chamar a atenção que foi em vão, as cores ficaram mais fortes e eu sorri dentro do peito. E eu sorri, alargando cada vez mais a minha boca. Era você. Você foi escolhido para estar ali na hora certa.

E quando você sentiu meu olhar, veio como uma atração magnética até mim. O verão passou deixando marcado um forte sentimento entre nós, e então você ficou. Começamos uma linda história; foram sonhos, devaneios, um mundo de possibilidades e uma louca vontade juvenil de acontecer com a vida a todo instante. Muitas xícaras de café, de chá...Algumas taças de vinho. E o Julia cresceu. E você sabe que teve grande importância nisso.
Mas daí chegou o inverno, bem mais frio, tudo ficou sem cor e com ele, você foi embora.

Não queria que tivesse ido, mas logo a primavera chegou. Uma nova temporada sempre começa assim quando uma termina. E así como um flor, você desabrochou de novo em mi vida. Gracias pela insistência. E tentamos mais uma vez.

Algumas noites embaladas com a luz do luar, regadas a duas taças de vinhos, embriagando dois corações tão diferentes, cheios de medos e talvez, o meu confuso. E de novo, novamente, a primavera foi como o verão, me devolvendo a alegria.
Hoje, temos nossos raiozinhos, nossas galinhas e dois cachorros, nossas crias. os meus, os seus e os nossos.

Assim finalizo, agradecendo a existência de vocês em mi vida. Granola e Rex, os anjinhos de quatro patas. As galinhas de vida digna que as crianças ainda estão decidindo o nome. A Francesca, meu raiozinho de sol. O Gael e a Liz, minha duplinha dinâmica - cenoura e abobrinha -, O João e a Olivia, que amo tanto também.

E a você, meu tatuado. Que tem grande parcela por toda essa felicidade. Mi Cariño!, faz jus ao nome deste livro. “

Cariño! - Livro autobiográfico de Paola e com mais de 90 receitas, idealizadas pelos chefs Paola Carosella e Henrique Fogaça.

 


Notas Finais


Então gente, chegamos ao fim. Meus planos teria mais dois capítulos, mas resolvi juntar tudo nesse.
Quero agradecer cada comentário, cada favorito, cada cobrança para eu postar logo haha..Vocês foram demais, mesmo mesmo!! Digam ai o que acharam viu?! ♥
Por enquanto fico com " Inspirações " e até a próxima! ♥ Sou péssima com despedida! ;(


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