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História Carpe Diem (EM PAUSA) - Day One


Escrita por: poetyeeun

Notas do Autor


Hallo!
Agradeço pelos comentários e favoritos no prólogo. Espero que gostem do desenrolar da história. Boa leitura. MWAH!

➡ Capítulo ainda não revisado, perdoem-me se tiver erros.

Capítulo 2 - Day One


Fanfic / Fanfiction Carpe Diem (EM PAUSA) - Day One

Todos os dias, a todo o momento, há alguém no mundo que para e pensa sobre a morte. Alguns idealizam a morte perfeita, clamando para que seja algo rápido, sem dor. Enquanto outros, simplesmente temem que esse dia chegue. O que essas pessoas não param para pensar é que, não existem maneiras de ter a morte perfeitamente planejada, a menos que seja um suicídio.

Embora eu quisesse dizer que já havia parado para pensar sobre a minha morte ou implorado aos seus céus para que ela nunca chegasse, a realidade me atingiu como um tiro certeiro.

Aos dezessete anos a minha vida mudou. Não como eu gostaria, tendo o meu primeiro beijo ou embarcando em minha primeira paixão proibida; foi algo além disso. Tudo aconteceu em uma sexta feira, onde ocorria uma breve gincana, reunido todos os alunos do colégio em competições divertidas e que necessitavam de energia. Eu era uma das melhores nadadoras do time, modéstia parte, e representaria a minha turma, mesmo que tivesse que competir com fortes oponentes. Havia participado também da corrida e desejei fazer parte da dança, pois isso atraiu os olhares de todo o colégio para as bonitas e jeitosas alunas do último ano. Foquei-me em vencer, impulsionei meus pés nos pedais que me lançariam para a água, mas tudo aconteceu sem que eu pudesse perceber.

Não me lembro de muita coisa, mas senti minha garganta fechar e meus pulmões incharem. Eu arfei, e senti meu corpo ceder, não me levando para a leveza da água, mas para o chão frio, onde eu convulsionei e tentei me auto ajudar, levando minhas mãos até a minha garganta, gritando socorro, mas ninguém me ouviria naquelas condições. Os instantes seguintes ainda são imagens embaçadas, meros vislumbres de um dia que mudou a minha vida, para sempre.

— Isso dói? - o doutor McVey pergunta ao massagear com um pouco de força entre o vão entre meus seios.

— Não. - digo a verdade. Eu já havia sentido dores piores.

— Tudo parece bem. - ele diz ao se afastar, apanhando sua prancheta sobre a pequena mesa ao seu lado, próximo a maca que eu estava deitada.

— Então ela poderá ir para casa este fim de semana? - minha mãe pergunta, completamente esperançosa.

— Se ela prometer que irá tomar os remédios... - ele olha para mim, de maneira repreensora. Rolo os olhos e me sento, cobrindo-me de forma constrangedora. — Poderei lhe dar alta, mas na segunda, ela deverá estar aqui. Hope está passando por uma fase delicada agora.

Agora ele olhava para a minha mãe que, estava transformando sua expressão leve em uma de desespero.

— Me certificarei de que ela tome todos eles. - ela diz e se aproxima de mim, entregando-me minhas roupas. — O seu irmão está louco para vê-la.

— Um tempo em família é bom. - o doutor diz e estende para a minha mãe os papéis que antes estavam sobre sua mesa. — Pode levar esses exames. No sábado, antes dela ir, quero um exame de Cintilografia Óssea, Tomografia computadorizada do tórax e uma Radiografia torácica.

Olho-o incrédula, mas antes de protestar, ele ergue um indicador no alto e o balança.

— Não questione, Hope. Você sabe que isso é necessário. - mordo meu lábio inferior com força e abaixo minha cabeça. Eu odiava a forma de como ele me fazia calar. — Agora preciso atender um novo paciente. Tenham um bom dia.

Ele me deixa com a minha mãe dentro de sua sala e passa pela porta, fechando-a atrás de si. Minha mãe se senta em uma das cadeiras enquanto eu me troco no banheiro, percebendo o quão pálida eu estava e as bolsas de olheira entregavam que eu não havia dormido. Eu sentia-me cada vez mais cansada, mas não permitia que isso transparecesse. Dava o meu melhor para isso.

Saio do banheiro e encontro minha mãe, ela se levanta e saímos juntas. Passamos pelos corredores seguintes, não deixando de olhar para alguns quartos que tinham vidros, dando visibilidade aos pacientes dentro deles. Essa era uma ala que eu não gostava de ficar, pois todas as pessoas que estavam dentro deles, teriam o mesmo destino que o meu.

O silêncio respeitoso do hospital, na maioria das vezes me incomodava, mas tenho certeza que o barulho do meu cilindro de oxigênio sendo puxado também era um grande incômodo para quem apreciava aquele silêncio. Eu já questionei o doutor, até mesmo pesquisei sobre outros meios de uma jovem com câncer de pulmão sobreviver sem arrastar isso para todos os lados.

Entramos em um dos elevadores e seguimos com mais duas pessoas. Um homem e uma criança cadeirante, uma linda menina. Eles se pareciam, deduzi que fosse pai e filha. A menina parecia feliz, mesmo estando naquela condição, e o pai tinha um porte de herói, completamente protetor. A menina sorri e acena para mim, e o seu pai aperta com um pouco mais de força onde segurava para empurrar a cadeira. Alivio apossa o seu corpo quando as portas do elevador se abrem e eles saem na frente, mas a menina ainda sorria para mim e minha mãe.

Eu tinha essa incontrolável mania de me sentar nas cadeiras do hospital e imaginar o que cada pessoa fazia ao estar sentada na sala de esperas. Minhas deduções não costumavam falhar, mas eu conseguia sonhar e imaginar coisas bonitas para aquelas pessoas, mesmo que em muitos momentos eu via a tristeza em seus olhos e a angústia.

Será que ainda tenho tempo de pedir por uma morte rápida e sem dor?

— Eu voltarei essa noite. - minha mãe diz, assim que a deixo em uma das saídas do hospital.

— Não é necessário, mãe. Amanhã é sábado, irei voltar a vê-la a tarde, quando me buscar. - dou de ombros e me desculpo com a senhora que me esbarrei ao passar pela porta. Ela apenas sorri de canto e segue seu caminho para dentro do hospital.

— Não a deixarei sozinha, Hope. Sem chances. - ela ralha e eu me controlo para não rolar os olhos.

Sua teimosia era admirável em alguns momentos, mas não nesses.

— Apenas vá, mãe. Eu sei que irá mandar Mackenzie vir me fazer companhia. - estreito os olhos e ela mexe os ombros.

— Eu não a mando aqui, ela vem porque quer ter certeza de que está bem. Ela é a sua melhor amiga, Hope, por Deus!

Dou uma pequena risada de sua frustração. Aproximo-me dela e abraço, antes, soltando o apoio do meu cilindro, embelezado por algo como uma mochila cor de roxo, feita por Mackenzie e sua paixão pela cor.

— Eu te amo, mãe.

— Eu te amo muito mais, filha. - ouço-a choramingar contra o vão do meu pescoço. Seus braços me mantinham firmes junto a ela, deixando-me um pouco com falta de ar, mas tento aguentar o tempo suficiente para fazê-la se sentir melhor.

— Mãe... Eu preciso respirar. - digo com a voz falha, realmente precisando sentir o ar em meus pulmões.

Minha mãe me solta de pressa, me olhando com preocupação, e lágrimas molhavam o seu rosto. Sempre que ela ia embora e me deixava no hospital, era a mesma coisa. O meu pai não era diferente, eu só não sabia qual deles era mais resistente a vontade de chorar, pois temiam que eu ficasse abalada por vê-los sofrendo, como a psicóloga nos disse em nossa terapia em família.

Eles não sabiam, mas eu os peguei várias vezes chorando nos cantos de casa e até mesmo fora do quarto do hospital, sempre que eu ficava internada por alguma crise ou simplesmente por eu estar dormindo, ligada a aparelhos em todo corpo em minhas narinas. Eu sentia vontade de me levantar e lhes pedir para pararem com todo aquele choro, pois eu ainda estava viva, mas preferia que chorassem o suficiente, para que no dia que eu partir, eles apenas sorriam, realizando meu último desejo.

Mas entre eles, o meu pai é o que mais se sente culpado, por mais que ele não tenha culpa de absolutamente nada. Quando eu nasci, ele ainda era um fumante, completamente viciado. A cada hora ele estava com o filtro de um cigarro entre os lábios, e eu sempre estava por perto, brincando e inalando, consequentemente a fumaça forte. No dia em que fui diagnosticada, mesmo sem fumar, os médicos disseram que foi devido a minha exposição a isso, e quando eu cheguei a descobrir sobre o câncer, já estava agravado demais. Mas, eu nunca o culparia, por nada.

— Eu estou bem, mãe. Eu falo sério. - digo ao vê-la conferindo o meu cilindro e a cânula, tratando-me como uma criança que pisa fora de casa pela primeira vez.

— Tem certeza? Podemos voltar e falar com o doutor McVey.

Eu nego com a cabeça e toco em seu rosto, de forma carinhosa.

— Vá para casa e tranquilize aquela velha ranzinza. - faço graça ao falar da minha querida avó Annabeth. — Diga que eu a amo, assim como o papai e Tristan.

Ela funga e assente.

— Obedeça as ordens dos médicos e tome todos os remédios, Hope. Você sabe que eles a mantém viva.

Eu sabia disso.

Mas ao mesmo tempo em que me mantêm viva, sinto-me como morta. Eles tiram de mim quaisquer vontades que me surgem durante o dia, tarde ou noite, fazendo com que eu deseje apenas dormir, perdendo o controle sobre meu próprio corpo.

— Tudo bem, mãe. Agora eu tenho que ir, está na minha hora de ajudar Margot com as crianças. - informo-a e seguro novamente a alça da minha mochila com o cilindro.

— Tome cuidado, filha. E não corra! - ela me alerta.

Mando-lhe um beijo no ar e entro no hospital, andando um pouco depressa pelos corredores. Aceno para uma enfermeira que entrava no elevador e ela segura a porta para mim, eu respiro fundo e me encosto contra o metal frio, odiando o fato de não ter fôlego nem para uma corrida de segundos até um elevador.

Chego ao andar da ala infantil do hospital. Cumprimento todos os funcionários, pois vago por esses corredores a mais de dois anos, e pude conversar com todos eles, me apaixonando ainda mais pelo que faziam. Um dia, em devaneios noturnos, eu coseguia me imaginar sendo uma Pediatra ou até mesmo uma grande médica, podendo curar as pessoas, prolongar suas vidas. Mas como alguém com os dias contados pode sonhar com um futuro distante?

— Boa noite, Bettany. Boa noite, Ally. - cumprimento duas das mulheres que ficavam na recepção.

Elas sorriem e voltam suas atenções para mim, encostada no balcão.

— Olá, menina bonita. - Bettany se inclina no balcão e belisca a ponte do meu nariz.

— Boa noite, querida. Pensei que não fosse mais vir esta noite. - Ally diz e beberica seu copo com café.

— Minha mãe esteve se certificando de que eu ficaria bem. - digo e Bettany sorri.

— Você tem uma mãe fantástica, Hope.

— Eu sei. - sorrio de volta.

Eu realmente sabia.

— Já estão contando histórias para as crianças? - pergunto e olho para o corredor, onde alguns pais e enfermeiros moviam as crianças.

— Estão apenas as preparando. Acho que Joe está esperando por você. - Ally diz e sorri sugestivamente. Rindo, eu rolo os olhos e me despeço delas.

Sigo até a sala de recreação e ao chegar na porta me deparo com Joe, vestido de lobo mau, enquanto Margot estava vestida Chapeuzinho Vermelho. As crianças riam ao vê-los se engraçando no palco, e todas elas prestavam bastante atenção no show que lhes eram oferecido uma vez por semana. Eles notam a minha presença e acenam para mim. Eu aceno com um sorriso contido.

— Olhem quem chegou, crianças! - Joe aponta para a porta e as crianças olham para mim. — Chamem ela para participar da peça.

— Vem logo, tia Hope! - elas pedem em uníssono.

Eu não poderia negar.

Jamais negaria algo para aquelas crianças tão doces e puras.

— Tudo bem. Porque eu sempre me fantasio da personagem que morre primeiro? - faço um trocadilho com a fantasia de vovó e Joe olha-me com repreensão. Dou-lhe um beijo no rosto e faço o mesmo em Margot.

Troco de roupa rapidamente e entro no palco, sem abandonar a cânula, por nenhum seguinte. As crianças se divertiram, ainda mais porque a encenação seguinte fora de Branca de Neve e elas também participaram, sendo os anões.

Essa era a minha forma de entreter e ser entretida. Tenho que dormir no hospital todos os dias, essa foi a recomendação do doutor McVey, manter-me em observação a risca. E para não enlouquecer, todas as noites eu ajudava Margot com as crianças, contando histórias em seus quartos, lhes fazendo companhia ou as arrumando. A maioria delas era vitima do câncer, tão jovens, podendo ter um futuro brilhante pela frente, mas a vida é traiçoeira e lhes tirou muitas chances.

Isso me entristecia. Mas elas eram tão fortes que me fortalecia também.

— Obrigada por nos ajudar, Hope. - Margot me agradece quando terminamos de guardar tudo, e as levamos de volta aos seus quartos.

— Não por isso. - lhe abraço ao me despedir. Ela estava deixando o seu plantão, sendo buscada pelo seu marido charmoso que também sempre ajudava, quando podia.

— Até mais, Hope. - ele acena de longe para mim. — Te vejo logo, Joe.

— Claro, Sven. - Joe acena de volta e se despede.

Ele e Margot eram irmãos, por mais que não se parecessem em nada. Claro, levando em consideração que são irmãos apenas por parte de pai. Enquanto Margot é uma loira com beleza delicada, de porte baixo e com rosto arredondado, Joe é alto, forte e tem uma imensidão azul em seus olhos.

Sorrimos um para o outro e tornamos a entrar no hospital, andamos, vagarosamente, sem saber ao certo o que dizer um ao outro. Joe era um grande amigo para mim, mas após termos saído algumas vezes e ter sido, sempre, um grande fiasco, as coisas meio que mudaram entre nós. Ele continua sendo próximo, mas eu não sei mais o que lhe dizer ou como me desculpar, ainda mais por ter vomitado sobre os seus sapatos quando ele tentava me beijar.

Coço a minha testa ao ter a fatídica lembrança.

— Então, eu... - falamos ao mesmo tempo.

Rimos juntos. Eu meneio a minha cabeça e paro de andar, olhando para ele.

— Fala você primeiro. - lhe encorajo.

— Não, fala você. - ele gesticula com uma única mão, em seguida, levando-a ao seu cabelo já impecável.

O que eu iria lhe dizer?

— Eu só...

— Hope, querida, pode me fazer um favor? - Luce, uma das enfermeiras, surge atrás de mim.

Olho para trás e vejo-a apressada.

— Pode buscar um pouco de café para mim no segundo andar? Parece que todas as máquinas daqui resolveram estragar hoje. Estou ficando louca, e tenho um paciente para cuidar daqui a dez minutos e preciso de um pouco de café. - ela choraminga a última parte.

— Claro! - ela sorri e me estende o seu copo.

— Você é um anjo! - ela sacode meus ombros, completamente agitada. — Estarei te esperando na sala dez.

Ela sai correndo pelo corredor e quase derruba uma das faxineiras pelo caminho. Eu e Joe começamos a rir de toda a euforia de Luce.

— Bom, eu... - olho para ele e para o copo vazio. — Acho melhor ir buscar logo esse café, ou ela irá derrubar alguém pelo caminho.

— Sim, está certa! - Joe diz e coça sua nuca. — Acho que vou indo também. Até amanhã, Hope.

— Até amanhã, Joe. - despeço-me dele.

Sem beijo no rosto.

Sem abraço.

Sem contato.

Mais uma vez, entro no elevador e saio somente no segundo andar. Procuro pelas máquinas de café nos corredores e encontro em um deles. Encho o copo de Luce e resolvo ir pelo outro elevador, pois já estava próxima a ele.

Ao passar por um quarto, ouço um grito alto que me fez sobressaltar e pela minha distração, esbarrei-me com alguém, levando todo o café quente a se derramar em algo firme e muito limpo. Solto o copo, agora vazio, no chão e levo as mãos juntas até a minha boca, deixando de lado até mesmo a alça do meu cilindro. Olho, primeiro, para o braço da pessoa que antes desse acidente possuía uma faixa branca e bem colocada, mas agora, tinha uma grande mancha escura sobre ela.

Ergo meus olhos encaro a pessoa, preparando o meu discurso de desculpas. Mas, como se o ar me faltasse ou as palavras tivessem sido levadas junto a ele, eu perdi a fala. Um sentimento estranho queimou em meu peito, bem do lado do meu coração.

Eu poderia cometer um eufemismo ao dizer que ele era bonito, mas estaria ficando louca. Meus olhos pousaram sobre alguém de beleza única, naturalmente feita para ele. Seus braços estavam a mostra, revelando suas tatuagens em desenhos bagunçados, mas bonitos. Só que, por mais que eu tivesse interesse em distinguir cada um deles, o seu rosto, olhos e lábios ganharam a minha completa atenção.

Estaria eu ficando louca em achar que já o vi em algum lugar antes?

— Me... - eu balanço a minha cabeça, em busca de foco. — Me desculpe!

Olho para o seu braço, sentindo minhas pernas trêmulas.

Uma bela maneira de chamar a atenção de um homem bonito assim, Hope!

— Está tudo bem. Eu não queria essa merda mesmo em meu braço. - ele diz, calmamente.

Sua voz.

Eu me sentia tocando o céu.

— Eu irei limpar isso. - digo e começo a tirar o meu casaco fino, apenas para ter algo com o que lhe ajudar a limpar aquela bagunça que eu fiz. 

Sem perceber, eu começo a rir, descontroladamente. Eu tinha essa terrível mania de não ter controle sobre as minhas risadas completamente fora de hora. Isso era constrangedor e vergonhoso. 

— Eu não estou rindo de você, nem da situação, eu só... Eu.. - fecho os olhos e balanço a minha cabeça. 

Levo o tecido amontoado do meu casaco preto e tento secar seu braço, mas ele segura minhas mãos. As duas.

Porque estou tremendo tanto?

— Eu disse que está tudo bem. - ele solta uma risada breve. — Acidentes acontecem. Só, preste um pouco mais de atenção na próxima vez, tudo bem? Você podia ter se machucado.

Eu acho que vou desmaiar.

— Eu... Eu, realmente, sinto muito. - digo e olho para nossas mãos. Ele segurava minhas mãos com firmeza, mesmo com seu braço enfaixado.

— Não sinta... - ele ergue as sobrancelhas.

Ele quer saber o meu nome?

Oh, sim! Eu vou desmaiar!

— Hope. - minha voz vacila.

— Hope... - um sorriso parece brotar no canto de seus lábios rosados e tão bem desenhados. — Eu sou Justin.

Justin.

Esse nome não seria difícil de esquecer.

— Eu preciso ir. O meu agente deve estar arranco os cabelos nesse momento. - ele solta minhas mãos e eu me sinto estranhamente mal por isso. — Foi um prazer conhecê-la, Hope.

— Sim... - é tudo o que consigo dizer, me sentindo uma completa idiota por isso.

— Até mais. - ele anda para trás e acena, com um sorriso que poderia ter feito minhas pernas cederem, mas eu estava tão congelada que isso, por sorte, não aconteceu.

Eu fico algum tempo o vendo se afastar enquanto a realidade volta a me tocar. Olho para os lados e vejo todo o hospital seguindo em seus conformes, apenas eu estava parada, como se estivesse em um sonho.

Um sonho bom demais para ser verdade.

Saio do corredor, arrastando minha mochila e com o copo vazio na mão livre. Apanho mais café na máquina próxima a recepção e enquanto o mesmo enche, olho para a televisão ligada em algum canal de noticias. Eu poderia ter empinado o nariz e voltado a olhar para o liquido escuro no copo, mas uma cena acompanhada por uma notícia me faz arregalar os olhos.

— ''O lutador de ''undergraud'', Justin Bieber, levou a nocaute, o décimo primeiro oponente desde que pisou sobre as lonas mundiais, agora em sua passagem por Houston. Ao fim da luta ele clamou de dor ao seu técnico. Não se sabe ao certo o que aconteceu, mas, aparentemente, não foi nada grave, apenas o seu braço saiu lesionado. Será que ele se afastará por algum tempo?''

Justin Bieber.

Agora tudo estava claro.

Eu já havia o visto, pessoalmente e por todas as suas lutas, sempre transmitidas na televisão.

Ele não era o homem dos meus sonhos. Ele era o homem dos sonhos de toda e qualquer garota. 


Notas Finais




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