"...carpe diem, quam minimum credula postero". - Horácio
— Aproveite o dia. — sussurro, cerrando os olhos e apertando as minhas mãos uma contra a outra. Um objeto se encontrava entre elas.
Carpe diem.
Nunca entendi corretamente essa frase, sempre a levei ao pé da letra, como: "aproveite o dia, não deixe pra amanhã o que pode fazer hoje." Mas o significado é bem mais profundo que isso.
O que sabemos sobre o amanhã? Planejamos um dia inteiro, queremos que a semana passe depressa, desejamos o fim do mês e ansiamos que o ano termine.
Mas, não conhecemos o futuro. Não podemos prever o que acontecerá daqui há alguns milésimos, quem dirá um ano. 365 dias para que a sua vida dê uma volta 360°.
Aproveite o dia. Se tiver que perdoar, perdoe. Se tiver que se declarar, se declare. Se tiver que amar, ame. Não viva sobre arrependimentos, não deixe que o medo do desconhecido faça com que perca a sua vida.
Então suspiro e abro os olhos, encarando a porta escancarada e o homem ali parado, molhado pela chuva que caía do lado de fora.
— Me desculpe. — eu disse, baixinho, mas tendo a certeza de que ele havia me ouvido então nossos olhos se encontraram e eu sorri, estendendo minhas mãos e lhe devolvendo seu pertence.
Um bracelete de prata.
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