Pov: Marcelina.
Ainda estamos aqui no hospital esperando notícias da minha mãe. Paulo já não tinha perguntado umas quatro vezes mas sempre recebe a mesma resposta. "O senhor tem aguardar". Meu pai foi esfriar a cabeça um pouco.
—. Paulo se ela não sobreviver?..-. Eu Perguntei.
—. Nós temos que ser fortes, não só pela mamãe mas também pelo nosso pai é nossos filhos.
—. Eu sei, mas é que..-. Ele me interrompe.
—. Eu sei, eu sei. Vem aqui..-. Ele estende seus braços e eu vou até ele.
"Ser fortes" duas palavras que eu não conseguia engolir de jeito nenhum, mas naquele momento era necessário.
—. Mamãeee..-. Ouvi a voz de um dos meninos.
—. Oi, o que vocês estão fazendo aqui?..-. Perguntei indo até eles.
—. O papai nos trouxe.
—. Mário o que eu te disse?..-. Falei com ele.
—. Me desculpa querida. Eles imploraram.
—. Tudo vai.
—. Não vão falar o tio mais divertido de vocês?..-. Paulo disse.
Os meninos foram correndo para o colo dele. Aproveitei para conversar com Mário.
—. Você está bem?..-. Me pergunta. Eu apenas assentiu como um não e o abraço.
—. Eu tenho que ser forte..-. Disse entre as lágrimas.
—. Você é.
—. Eu tento. Os meninos desconfiaram de algo?..-.Pergunto.
—. O Pedro sim..
—.Oque você disse a ele?.
—. Eu não posso mentir para eles.
Apenas fiquei quieta e voltei a falar com eles.
—. Meninos agora vocês vão sair para comer um lanchinho com seu pai, depois nos encontramos Ok?..-. Perguntei.
—. Você está bem mamãe?..-. Pedro me pergunta.
—. Claro, agora vão.
Mário os pegou e os levou longe.
—. Vocês são a família Guerra?..-. Uma enfermeira veio até a gente.
—. Sim..-. Paulo disse.
—. Aconteceu alguma coisa?..-. Perguntei.
—. Infelizmente a mãe de você não resistiu.
—. Ela morreu?..-. Paulo pergunta.
—. Infelizmente..-. Ela disse.
—. Não, não. Meu Deus..-. Eu disse desesperada.
—. Nós podemos ver ela?..-. Perguntou Paulo.
—. Claro, sabem o quarto?..-. Assenti com a cabeça.
Ela se despediu de nós dois e fomos em direção ao quarto.
Quando chegamos vimos nossa mãe ali deitada, mas como nem uma vida.
Aquele momento foi um dos piores. Paulo tinha pegado em sua mão e a beijado, eu fiz o mesmo, só que disse algumas palavras antes.
—. Eu vou ligar para o pai..-. Paulo disse.
—. Ta bom..-. Disse e ele saiu.
—. Ah mãe eu realmente não tenho palavras em descrever a senhora, eu acho que são tantas coisas que eu nem sei por onde começar. Você é a jóia mas preciosa que eu tenho, você era e sempre vai ser uma ótima mãe e uma ótima avó para os meus filhos e os do Paulo. Falando em Paulo, não sei como teve paciência com aquele garoto na adolescência, mas é como dizem " Os sentimentos de uma mãe nunca mudam" e você sabia que ele era assim por causa da Alícia. Muito obrigada pelas coisas que fez e descanse o máximo possível, porque você precisa. Nós te amamos..-. Dei um beijo em sua testa e sai sorrindo, não por sarcasmo, mas sim por saber que ela sempre estará comigo.
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