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História Carry On HIATUSEM CORREÇÃO - Trick or Treat - Especial de Halloween


Escrita por: Calla_Michaelis

Notas do Autor


Helloooooooooo people! o/

Não vou ficar enchendo as notas de desculpes, estive ocupada e não pude escrever por um tempo, apenas isso. Peço perdão por toda essa demora.

E aqui estamos com nosso primeiro especial de Carry On! Não sei se vão haver outros, tudo vai depender da minha criatividade, mas espero que consiga fazer um no natal também ;)

- Os comentários do último capítulo estão pendentes, mas assim que der vou responder.
- O capítulo se passa em algum momento no futuro, onde os boys namoram e tal.
- Pouco Lysmin, sorry por isso, mas ainda estou trabalhando minha escrita nesse casal.
- É um capítulo simples, sem grades coisas, então baixem essas expectativas hahahahaha.
- O próximo capítulo está em andamento e se tudo der certo sai ainda essa semana ;)
- A prima e tia de Castiel serão explicadas num futuro próximo nos capítulos normais.
- Perdoem os erros, só dei uma lida por cima, quando der corrigirei.

- Quem tá assistindo Yuri!!! On Ice bate aqui e vamos surtar junto! o/

Boa Leitura! :3

Capítulo 10 - Trick or Treat - Especial de Halloween


Talvez vocês irão ver

Alguém colocando um feitiço em mim

 

Rock and Roll

Sacudindo a meia noite

Roubando sua alma

Rock and Roll

Sacudindo a meia noite

Tome o controle

 

Batendo, batendo, batendo

Por uma surpresa doce

É o doce ou a travessura

Trick or Treat - Fastway

 

Alexy observava a imagem da garota com longos cabelos negros caindo sobre a face. Seu vestido que um dia fora branco estava sujo e rasgado nas pontas e suas pernas exageradamente pálidas revelavam pés descalços, por entre as mechas de cabelo podia-se ver um rosto branco com machas escuras sob os olhos negros assustadores.

— Prontinho! — Rosalya exclama animada terminando de ajeitar o vestido da garota com uma tesoura em mãos.

— Valeu Rosa. — A garota sorri mostrando que não era tão assustadora quanto sua fantasia demonstrava e sai correndo para se posicionar.

O azulado suspira olhando em volta. Com certeza aquele seria um evento dos grandes, dezenas de estudantes da universidade corriam de um lado para o outro com decorações assombrosas e algumas fantasias eram tão realistas que o garoto quase sentiu medo deles pularem em cima de si e o matarem.

A ideia fora de Rosalya e Lynn, mas o projeto acabou se tornando algo extra-curricular. Estavam em uma casa grande que havia mais afastada do bairro, o imóvel era antigo, tinha uma ar de mansão abandonada e graças aos contatos de um dos colegas eles conseguiram o lugar para fazer aquilo.

Estavam no pátio dos fundos da casa, o lugar era bem extenso e cercado por árvores grandes, ali seria onde a festa de Halloween da universidade seria realizada, mas para chegar lá, os jovens da cidade teriam que cruzar a "Mansão-assombrada" onde dezenas de estudantes disfarçados dos mais variados assassinos e assombrações se espalhavam prontos para lhe dar um susto.

A decoração da mansão estava incrível. Os elementos realísticos de filmes de terror se espalhavam pelos cômodos escuros tornando a experiência muito mais assustadora e não menos estupenda.

Alexy suspira pelo que parecia ser a décima vez naquela hora fazendo Rosalya revirar os olhos.

— Vai ficar depressivo pelos cantos agora?

O azulado faz um bico emburrado para a amiga, Rosa estava perfeita em sua fantasia de Alerquina, com os cabelos platinados divididos e pintados de rosa e azul nas pontas.

A garota se aproxima sentando ao lado do rapaz que havia se atirado em uma das cadeiras espalhadas pelo pátio semi organizado.

— Kentin não vem?

O futuro designer dá de ombros.

— Hoje é um dia tumultuado no trabalho dele. Ele disse que ia tentar, mas acho que é difícil.

— Não é fácil namorar com um cara que corre a cidade salvando vidas.

Um sorriso brota nos lábios de Alexy, sentia tanto orgulho do trabalho do namorado que sempre que pensava nisso seu peito se enchia de alegria.

— Tem razão. — Ele fala levantando-se sendo seguido pela garota — E eu tenho que me esforçar aqui também.

— E fazer algumas pessoas chorar! — Lynn aparece gritando animada em seu vestido de enfermeira. A garota estava com uma maquiagem obscura que lhe deixava perfeita para o papel de enfermeira assassina e os objetos cirúrgicos que ela carregava consigo eram bastante realistas.

Os dois riem da piada da garota. Diferente de Rosalya que iria coordenar a festa do lado de fora, Alexy e Lynn foram escalados para ficarem dentro da casa-assombrada.

— Alguma notícia do pessoal? — Rosalya pergunta para os dois enquanto pegava sua maleta de maquiagem e ajudava Lynn com alguns retoques.

Alexy balança a cabeça.

— Mais ou menos, Violet e Kim vão vir juntas direto dos dormitórios, Melody não vem porque está participando de uma festa dos parentes dela, mas disse que talvez desse uma escapada para vir dar uma olhada. E meu irmão vem mais tarde porque está em um daqueles eventos geeks. — Fala balançando a mão em desdém.

— Prya vem, Bia também. Lysandre não disse com certeza, mas acredito que ele aparece com Armin. Castiel e Nathaniel vão se atrasar porque segundo o ruivo ranzinza estão com uma priminha dele recolhendo doces pela cidade.

Rosa solta uma risada.

— Aposto que Nathaniel arrastou ele para isso.

— Com certeza!

Os três dão risadas e logo mais entram na difícil batalha de deixar a máscara do azulado perfeitamente encaixada, ele estava de palhaço assassino, mais clichê impossível, mas ele gostou do resultado, dava medo de verdade se ele fizesse a atuação certa.

Uma das diretoras do comitê organizador da festa surgiu gritando para que os "assustadores" fossem para a casa que cada um seria designado para um cômodo desta. O azulado suspira e se despede de Rosa abraçando Lynn pelo pescoço e seguindo para a casa em sua companhia.

Era hora do show.

 

~ & ~

 

— SEBASTIAAAAAAAN! — Três garotas brotam na frente de Armin gritando enlouquecidas em seus ataques de fangirl.

Armin sorri parando para tirar uma foto com as meninas e nem tem tempo para respirar já sendo atacado por um grupo de fãs querendo autógrafos.

Lysandre observava de longe impressionado com o quanto o moreno era famoso. Armin tivera que ficar dentro da área destinada para Youtubers junto com os seus colegas, mas mesmo assim estava sendo constantemente atacado pelas pessoas tanto para dar autógrafos quanto para tirarem fotos com seu cosplay.

Lysandre conseguiu um passe para ficar na sala com eles depois que alguns inscritos o reconheceram — de alguns vídeos do moreno e seu grupo de amigos — e começaram a tumultuar uma área.

— Eu. Estou. Mortaaaaa! — Bliss se joga ao seu lado desligando a câmera onde ela registrava vários momentos do evento.

— Já está quase na hora de acabar. — O cantor comenta olhando as horas no celular.

— Graças aos céus, meus pés estão me matando! — Paul senta-se do outro lado do albino retirando as luvas de motoqueiro que ele usava.

— Armin que não está tendo descanso. — Lucian surge animado, sendo o único que parecia ainda ter energia para seguir no evento pelo resto da noite se fosse necessário.

— Também, o desgraçado ficou perfeito de Sebastian! — Bliss fala apontando para ele que sorria dando autógrafos — Deixou meu cos de Megurine Luka no chinelo.

— Vocês ainda vão naquela festa do seu irmão, não é? — Paul pergunta para o vitoriano que afirma com a cabeça.

— Vocês não vão?

— Eu vou! — Bliss ergue ao mãos parecendo recarregada, aparentemente a palavra festa é seu botão de "ligar".

Paul ri da colega.

— Acho que vai ser divertido, então eu vou.

Armin aparece na frente do quarteto olhando emburrado para Bliss e Paul que se sentavam nos dois lados de Lysandre.

Bliss faz um biquinho.

— Oh bebê, se quiser sentar ao lado do Lys eu deixo você ficar no meu colo.

Mas para a surpresa de todos, principalmente do moreno, Lysandre o puxa para cima de si, o fazendo sentar-se em seu colo.

Armin cora instantaneamente, principalmente qua do Bliss saca seu telefone tirando foto e um grupo histérico de garotas começam a dar gritinhos do lado de fora da grade que separava a área VIP delas.

— O que foi? — O cantor pergunta quando os olhos azuis escondidos por uma lente vermelha se prendem nos seus.

— Cala a boca. — O moreno ainda a envergonhado o puxa para um beijo deixando o albino surpreso com a atitude e as garotas mais enlouquecidas que agora tiravam fotos e gravavam tudo.

— VIADAGEM GRATUITA! — Um dos Youtubers conhecido deles que estava ali grita para as pessoas do lado de fora — QUEM QUER VER YAOI AO VIVO?!

Armin esconde o rosto no pescoço de Lysandre enquanto o resto do grupo dava gargalhadas quando uma multidão surgiu para ver o que acontecia.

 

~ & ~

 

Alexy ri quando duas garotas saem correndo e gritando de dentro da sala.

Estava sendo muito divertido. Ele zanzava pela casa com uma caixinha que reproduzia uma risada sinistra e quando via gente se aproximando ligava esta. Ele usava uma espécie de facão falso e corria atrás das pessoas que gritavam e se desesperavam antes mesmo que ele se movimentasse.

Ele parou em uma das salas vazias para descansar um pouco, o lugar parecia que não era limpo há séculos, mas obviamente isso fazia parte da decoração, de vez em quando algumas pessoas perdidas apareciam por ali e ele as assustava, mas aquela área estava mais tranquila.

A mansão realmente era enorme, ele estava no terceiro andar desta, em uma espécie de sala de estar ou de descanso, os móveis já estavam por ali quando eles pegaram o imóvel, mas eles tinham que cuidar para nenhum estragar ou iriam ter que reembolsar (o que não seria barato), mas até o momento tudo estava ocorrendo bem.

Um barulho chama a atenção do azulado que se prepara ligando a caixinha de som. Uma risada macabra ecoa pela área e quando uma sombra surge no arco da porta ele começa a andar arrastando o facão com sua melhor pode de maníaco.

— Alexy? — A voz familiar faz o designer parar e olhar confuso enquando a silhueta se tornava visível.

— Kentin? — Ele retira a máscara que tanto dera trabalho para prender, mas fora um alívio respirar normalmente de novo.

O bombeiro para depois de entrar na pouca iluminação do quarto, ele estava ofegante e coloca a mão no peito tentando respirar fundo com o corpo curvado para a frente.

— Ainda bem. — Ele puxa o ar — Faz ideia do quanto eu te procurei por aqui? Eu tomei tanto susto que não sei como não infartei, eu achei que Lynn fosse realmente me matar! — Ele para por um momento e olha para o azulado dos pés à cabeça, logo em seguida ele cai na gargalhada.

— Do que você está rindo? — Alexy cruza os braços emburrado sentindo que ele era a piada do momento.

— Você está tão fofo sem essa máscara!

— Desculpe se não consigo ser tão assustador! — O outro responde sarcástico.

O bombeiro apenas sorri se aproximando do namorado do que tentava parecer chateado.

— Isso é um elogio. — Ele coloca as mãos na cintura de Alexy puxando seu corpo fazendo este se chocar com o seu, um ofego escapa de ambos.

— Você não devia estar trabalhando? — o azulado murmura sentindo os lábios quentes deslizando por seu pescoço.

— Fui liberado. Houve confusão na escala de hoje e teve gente que não precisava ir e apareceu pra trabalhar.

— Isso parece coisa do Anthony. — Alexy ri enquando o outro subia os beijos por sua mandíbula.

— Sim. — O bombeiro solta uma risadinha olhando para o namorado — A lerdeza dele salvou meu dia.

Os braços de Alexy circulam o pescoço do castanho o puxando ainda mais para si.

— Me lembre de agradecer à ele depois.

Puxando o bombeiro consigo, Alexy caminha até cair sentado em uma descansadeira. Kentin senta em seu colo colocando uma perna de cada lado de seus quadris finalmente o puxando pela nuca para um beijo.

Sem brecha para respirar, as línguas se encontram em uma dança frenética e sincronizada. Os beijos nunca eram o suficiente com esses dois, por isso não demorou muito para que as mãos hiperativas deslizassem por seus corpos e os quadris começassem a se movimentar em busca de atrito.

Alexy geme não resistindo em levar as mãos até o traseiro do moreno afundando os dedos na carne macia dali.

Um grito no fim do corredor assusta o casal que se separa bruscamente quase caindo no chão.

Os dois se olham e caem na risada ao perceberam que estavam quase transando em uma casa do terror.

— Acho melhor eu descer para ir cumprimentar os outros lá na festa. — Kentin fala ajeitando os suspensórios de seu uniforme de bombeiro, pelo menos já estava vestido para a ocasião.

Alexy assente mordendo o lábio inferior desejando trancar aquela porta e acabar aquilo que começaram, mas ele tinha obrigações a cumprir, sem falar que a casa logo seria esvaziada e liberada para quem quisesse dar susto gratuito nos outros.

— Eu vou descer daqui à pouco.

Kentin o puxa para outro beijo e o azulado quase flutuou com a intensidade de sentimento que rolou naquele simples gesto.

— Continuamos em casa. — o castanho sorri se retirando logo depois deixando Alexy de pernas bambas ali.

Ele nunca desejou tando que uma festa acabasse logo.

 

~ & ~

 

Castiel bufa pelo que parece ser a sétima vez naquela noite.

— Você está fazendo um trabalho perfeito, sabe, assustando todas as criancinhas com essa cara de mal. — Nathaniel comenta sarcástico deixando o ruivo mais irritado do que ele estava.

— Não enche, era para estarmos na festa da faculdade ou em casa fazendo uma maratona de filmes de terror.

Nathaniel revira os olhos para a infantilidade do outro.

— Não vai demorar muito, Castiel. E ela é sua prima, o que custa dar uma volta com ela para pegar alguns doces? — Pergunta retoricamente.

— Minha tia tem tempo livre pra fazer essas baboseiras.

— Ela tem que ficar em casa para dar doces caso contrário quando ela chegasse ia encontrar o lugar encoberto por papel higiênico.

O ruivo bufa mais uma vez.

— Tanto faz, só vamos acabar com isso.

Nathaniel suspira fechando os olhos. Castiel realmente estava em um dia ruim e sem paciência para lidar com crianças, mas o loiro não podia negar um pedido da tia do guitarrista, logo ela que deu todo o apoio para os dois quando começaram a namorar, uma vez que os pais de Castiel não estavam por perto quando aconteceu. Por isso convenceu o guitarrista a colocar sua fantasia de vampiro e praticamente o arrastou junto.

— Cassy! Cassy! Cassy! — O rosto do ruivo se fecha ainda mais quando sua priminha aparece correndo o chamando pelo apelido que tanto odiava.

— Escuta aqui seu projeto de Chucky...

— O que foi Izzy? — O loiro corta as palavras do namorando ignorando os resmungos deste.

— O titio daquela casa não tem doce e estava brabo. — A pequena de seis anos de idade faz um bico triste, estava fantasiada de boneca Annabelle e estava tão fofa que chegava a ser mais assustador.

— Então apenas vamos seguir para a próxima casa. — O ex-representante começa a caminhar com a pequena, mas uma mão segura em seu ombro o fazendo parar.

Ele olha para Castiel que sorria para si e arregala os olhos.

— Não!

— É a regra, loiro. — Castiel o chama pelo apelido recente debochado.

— O quê? — Isabelle pergunta com os olhos cinzentos brilhando de curiosidade.

— São doces ou...

— Nós não temos quê...

— Travessuras!!! — A garota ergue os braços animada com a ideia.

— Porque não conversa com seus amiguinhos enquanto eu convenço esse loiro certinho a nos ajudar? — O guitarrista de abaixa na altura de sua prima parecendo de melhor humor.

— Siiiiiiiiiiiiiiim! — Isabelle sai correndo em direção a um grupo de crianças que trocava informações sobre as melhores casas para pegar doces.

Castiel se vira para Nathaniel que estava com os braços cruzados parecendo uma mãe brava.

— Quantos anos você tem mesmo?

O ruivo revira os olhos se aproximando do namorado colocando as mãos em sua cintura, não comentou mais cedo, mas o ex-representante estava uma delícia em sua fantasia de religioso caçador de vampiros, com as calças brancas coladas em suas coxas deixando em evidência seu bumbum avantajado que passou o dia inteiro lhe tentando a apertar ali.

Lynn falou algo sobre escrever fanfictions depois que o ruivo lhe mencionou o que iriam usar na festa, vai entender.

— Você fala como se não tivesse sido o rei das Travessuras de Halloween.

Nathaniel bufa, mas cora levemente.

— Eu era criança.

— E agora vamos apresentar a magia das Travessuras para minha prima.

— Pare de tentar me convencer com sexo. — O loiro murmura quase ronronando ao sentir os lábios alheios brincando com o lóbulo de sua orelha e as mãos grandes deslizando por suas costas.

— Eu não ousaria. — Castiel sorria — Até porque estamos cercados de crianças.

— O que é sexo?

A dupla pula de susto se afastando rapidamente olhando a pequena Isabelle que surgira do nada ao seu lado.

— Algo que você vai aprender quando for mais velha e não vai querer para de fazer.

— Castiel! — O loiro o repreende com os olhos arregalados.

Mas Izzy ficou confusa e não quis mais perguntar sobre o assunto, logo ela começa a contar para os dois rapazes o que seus amigos fizeram nas casas onde lhe recusaram doces e isso deu tempo para que o ex-representante pudesse se recompor do calor repentino que lhe atingiu aos toques do seu namorado.

Logo voltaram à ideia de fazer travessura com o homem que recusara doces à criança e ainda fora grosseiro com esta. Depois de várias negativas do loiro Castiel e Izzy começam a lhe encarar com carinhas de pidões parecendo tão comicamente fofos que Nathaniel teve que sorrir.

E ceder.

 

— Isso vai dar ruim. — O loiro murmura por detrás dos arbustos.

— Isso são palavras vindas do rei das Travessuras? — Castiel debocha.

Ele bufa.

— Podemos ser presos por isso.

— Legal! — Isabelle exclama empolgada pela ideia.

— Isso não é legal, Isabelle. É perigoso.

— Ui, o senhor certinho tá na área.

— Cale a boca, Castiel.

Isabelle levanta espiando na volta.

— Os outros ainda estão esperando o sinal.

Nathaniel bufa.

— A que ponto chegamos. Dois marmanjos liderando um grupo de crianças para fazer uma travessura.

— Foi você que aceitou acompanhar Isabelle. — Castiel comenta debochado.

O ex-representante revira os olhos. Às vezes seu namorado era muito infantil.

Mas pelo menos agora estava se divertindo.

O loiro não sabia o que pensar. Jamais imaginou que um dia estaria de volta àqueles dias de sua infância, onde ele, Castiel e as outras crianças do bairro se juntam para aprontar alguma.

Claro que o fato de ambos estarem adultos deixava a cena mais cômica.

Castiel ergue seu braço para fora dos arbustos balançando de um lado para o outro. Alguns garotos em fantasias de super-herói saem de seus "esconderijos" e correm em direção à grande casa cor de creme, era uma das únicas não decoradas para o Halloween e os pequenos nem se importam de correr pelo gramado espalhando as folhas amareladas e secas sem dó.

— Aqui. — Castiel chama a atenção de Isabelle retirando de dentro de um saco um rolo de papel higiênico — Agora é com vocês.

A garotinha pega o objeto com um olhar determinado assentindo seriamente. A cena seria fofa se não fosse pelo item entregue e — assim que os garotos fazem sabe-se lá o que para que o homem carrancudo os seguisse para fora da casa — ela sai correndo assim como várias outras crianças que esperavam seu momento.

— Isso é tão clichê. — O ex-representante comenta tentando permanecer escondido nos arbustos.

— Foi o que conseguimos arranjar de última hora. — Castiel retruca, mas logo em seguida dá uma risada.

Nathaniel nunca viu o ruivo rir tanto. Castiel se atirou para trás com as mãos na barriga e gargalhava alto conforme as crianças enrolavam o homem em papel higiênico fazendo deste uma bela múmia rabugenta.

O guitarrista para de rir quando sente um corpo se posicionando sobre o seu, ele abre os olhos encontrando Nathaniel sorrindo sapeca para si enquanto se apoiava sentado sobre seu baixo ventre.

— Gostosuras ou Travessuras? — O loiro murmura passando a língua pelo lóbulo da orelha do namorado mordiscando por ali fazendo o outro gemer baixinho.

— Com você sempre os dois. — O ruivo desce as mãos até o traseiro do outro apertando com força realizando sua vontade desde que vira o outro na fantasia pela primeira vez.

Ambos sorriem, mas antes que um beijo se iniciasse, o ex-representante se levanta deixando o guitarrista frustrado pela sua ação.

— Vamos, tem uma coisa que quero fazer.

Castiel ergue a sobrancelha desconfiado, mas agarra a mão que se esticava para lhe ajudar a levantar. Nathaniel o guia segurando pela mão, eles passam pela confusão de crianças e papel higiênico indo para os fundos da casa do homem rabugento.

— Achei! — O loiro sorri animado indo em direção à uma cerca com roupas lavadas estendidas.

— O que está fazendo? — Confuso, Castiel vê quando o outro retira dos bolsos do casaco dois pacotinhos. Nathaniel estica um para si sem precisar de mais explicações as sobrancelhas do ruivo sobem surpresas — Pó de mico?

Nathaniel cora.

— Ele foi rude com Izzy.

Sem falar mais nada, Castiel solta uma risada fraca e começa a distribuir o conteúdo do pacote junto ao outro nas roupas íntimas espalhadas pelo varal.

— Eu não acredito que estamos fazendo isso. — O ruivo murmura sorrindo, jamais pensou que a tarde acabaria daquele jeito.

— Temos que sair antes que as crianças acabem lá. — Nathaniel agarra em sua mão e juntos eles saem correndo dali dando risadas como duas crianças que aprontaram.

E no fundo, eram basicamente isso naquele momento.

Ao voltarem pra casa de Isabelle, entregando a pequena para sua mãe (depois de um juramento de escoteiro de que o que eles fizeram ficaria em segredo) os dois rapazes se pegam caminhando lentamente pela calçada da rua observando a comoção de pessoas fantasiadas na rua.

— Até que foi divertido. — Castiel comenta quebrando o silêncio, ele olhava algumas garotinhas vestidas de princesas da Disney correndo e gritando de uma casa onde o dono estava vestido de zumbi e ri.

— É, foi mesmo. — Admite Nathaniel mesmo no fundo ainda se sentindo culpado pelo que fizeram com o homem há pouco tempo.

— Podíamos fazer isso todo o ano.

— Infelizmente Isabelle vai crescer, não vamos poder fazer isso por muito mais tempo. — Responde com um sorriso triste.

— Aí vamos ter que providenciar uma criança para nós.

Nathaniel para de andar olhando surpreso para o namorado. Um nervosismo lhe atinge e de repente seu coração começa a bater forte.

Castiel dá cerca de três passos antes de perceber que o loiro ficou para trás. Ele se vira encontrando o ex-representante estático lhe encarando de uma maneira um pouco apavorada.

— O que você acabou de dizer? — O loiro pergunta.

Castiel cora levemente desviando o olhar.

— Não me faça repetir. De qualquer modo Isabelle ainda vai pegar doces nas casas por una bons anos. E sempre há a opção de ficar em casa e dar doces para as outras crianças. — Castiel se perde na conversa parecendo constrangido.

Mas as palavras já haviam sido ditas. Mesmo que Castiel tenha se negado em dizer mais uma vez, na mente do loiro a frase ainda se repetia. Aquele tipo de assunto nunca havia sido mencionado entre o casal. Eles apenas se deixaram levar pelo relacionamento, sem conversar sobre o futuro, e Nathaniel se apavorou por de repente se pegar imaginando alguns anos mais velho andando pelas ruas com dois filhos fantasiados correndo para buscar doces nas casas.

E Castiel ao seu lado, sempre.

O momento de estupor do ex-representante é quebrado quando a mão firme de Castiel segura na sua, não havia percebido que estava trêmulo, mas deixou seu olhar se prender pelas íris cinzentas que ele tanto amava.

— Não importa se são Gostosuras ou Travessuras. — O ruivo sussurra perto do loiro lhe arrepiando — Eu aceito o que vier se você estiver do meu lado.

Porque namorava uma pessoa tão Bipolar?

Castiel se aproxima mais, iniciando um beijo calmo e sensual. Nunca se cansaria de beijar aquele lábios e aparentemente seu corpo nunca deixaria de reagir aos toques tímidos do loiro que aos poucos foi deixando o medo de lado e se entregando ao beijo.

Ao separarem-se, as testas se encostam e eles permanecem um tempo com os olhos fechados antes de sorrirem e mais uma vez trocarem olhares.

— Feliz Halloween, Sr. Certinho.

— Feliz Halloween, seu babaca.




Notas Finais


Travessuras ou Gostosuras?

Feliz Halloween, Pessoal! o/


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