História Carrying On - The bitch died?

- Me tira daqui, me tira daqui por favor! - estava em prantos e tremendo muito.

Saímos daquele lugar e nos sentamos em um dos bancos que havia no corredor.

- Ainda não consigo acreditar no que acabei de ver. - Daise dizia. - Se acalma, precisamos chamar alguém.

- Tem muito sangue lá, o que será que aconteceu? - perguntei ainda em prantos.

- Eu não sei.

- Ela tava olhando pra mim Daise, parecia pedir socorro.

- Jenna não fica pensando nisso, vem temos que pedir ajuda.

Seguimos a caminho da sala do diretor, então encontramos nosso professor de literatura.

- Meninas que grito foi esse? - perguntou. - Jenna o que houve, por que está tão assustada?

- Sr. Smith, é o banheiro estávamos indo agora na direção pedir ajuda. - Daise falou.

- O que tem no banheiro?

- Acho melhor o senhor ver com seus próprios olhos. - respondi com a voz trêmula pelo choro.

Caminhamos com ele até a porta do banheiro.

- Fica aqui ta? - Daise me falou e eu concordei com a cabeça. O professor Smith e ela entraram no banheiro, mas logo sairam. Ele estava tenso, também não era pra menos. Passou a mão em sua testa suada.

- Vão chamar o diretor, rápido! E falem pra ele chamar a polícia.

Concordamos e saimos novamente em direção a sala do Sr. Connor.
Daise bateu na porta então entramos.

- Sr. Connor, o professor Smith pediu para o Sr. ir imediatamente no banheiro feminino. - ela falou.

- O que ele quer comigo no banheiro feminino? - perguntou suspirando.

- Ele também pediu que o senhor ligasse para polícia. - Falei para que ele percebesse que a situação era grave. Imediatamente ele se levantou pegando o telefone e discando o número.

- Vocês sabem o que aconteceu? - perguntou enquanto fazíamos o caminho de volta.

- Ele pediu para que não falássemos nada. - respondi.

O diretor saiu as pressas do banheiro em direção a sua sala, e logo ouvimos sua voz no alto falante.

- Alunos, as aulas por hoje estão encerradas, peço que vão imediatamente para suas casas.

Depois disso o sinal tocou, e todos começaram a sair das salas.
Zayn e Wallace nos viram e vieram até nós.

- Zayn! - me levantei e fui correndo abraçar ele.

- Ei o que aconteceu? Por que está assim tão nervosa?  - perguntou acariciando meus cabelos.

- Tem a ver com o diretor ter nos liberado? - Wallace perguntou.

- É a Raquel. - falei.

- Ela ta pertubando você de novo?

- Não, ela não ta pertubando a Jenna de novo. - Daise o respondeu. - Na verdade ela não vai pertubar mais ninguém.

- O que você quer dizer?

- Ela ta morta no banheiro.

Eles arregalaram os olhos, e olharam pra mim perguntando "como assim?"

Como Daise conseguia não está nem um pouco abalada. Será que... não ela jamais faria uma coisa dessas, jamais! Conheço minha melhor amiga e sei que ela não teria coragem, apesar de ter dito que queria se vingar pelo que ela fez comigo. Ela me prometeu!

- Como assim morta? - Wallace finalmente perguntou. - ela ainda ta lá?

- Está. - respondi.

Ele caminhou em direção ao banheiro.

- Ei rapazinho, onde pensa que vai? - O professor Smith o impediu de prosseguir.

- Ver o que aconteceu! - ele repondeu.

- Nada disso! Pode voltando para o seu lugar, ou então vamos pedir gentilmente que você saia do colégio. - ele bufou. - Vamos anda. - o professor trouxe ele de volta até onde estávamos.
- Meninas, - se dirigiu a mim e Daise. - peço que não saiam até a polícia chegar, acredito que eles vão querer o depoimento de vocês.

- Tudo bem. - respondemos.

- Por que eles iriam querer falar com elas? - Wallace perguntou.

- Wallace, como você é lento. Foram elas que encontram Raquel. - Zayn disse.

- Então vocês viram? - perguntou assutado.

- Imagina, a Jenna está tão nervosa assim por que quebrou uma unha. - Daise falou revirando os olhos.

- Não pensem muito nisso, tentem esquecer um pouco ok? Eu vou indo, os pais dela já devem estar chegando. - o Sr. Smith disse e se retirou.

- Como ela estava?

- Não ouviu o Sr. Smith? não queremos falar disso. - Daise o respondeu.

- Ah qual é, contem por favor, prometo que não pertubo mais. - suspirei.

- Eu voltei no banheiro pra buscar meu celular - comecei - tava tão distraída que acabei esquecendo ele lá. Então quando entrei no banheiro ela tava lá, jogada no chão coberto de sangue com os olhos abertos, parecia que tava me encarando. Foi horrível, tudo o que eu mais quero é esquecer.

- Como acha que ela morreu, acha que pode ter sido acidente, ou algo pior? - Zayn perguntou.

- Não, não foi acidente...

- Ela tinha facadas na barriga. - Daise completou. Todos nos encaramos.

Finalmente a polícia chegou, eu queria sair logo daquele lugar e ir pra minha casa. Eles entraram no banheiro e ficaram uns minutos lá. Dois deles sairam conversando com o professor, e ele apontou para onde estávamos, os policiais caminharam em nossa direção.

- Foram vocês que acharam o corpo? - um deles perguntou. Aquela palavra "corpo" me causava arrepios.

- Sim fomos nós. - Daise respondeu.

- Vamos querer o depoimento de vocês, poderiam nos acompanhar até uma sala?

- Claro. - respondi me levantando.

Ele abriu a porta de uma das salas de aula, eu e Daise entramos, e quando Zayn foi entrar o policial o impediu.

- Vamos conversar apenas com as mocinhas.

- Uma delas é de menor, não pode pegar o depoimento dela sem um responsável. - Zayn o respondeu.

- Zayn, por favor chamar minha mãe aqui não é uma boa idéia. - disse.

- Sem condições de deixar você ai sozinha. - encarou o policial. O mesmo supirou e deixou que ele entrasse. Contamos tudo o que tinha acontecido e então ele nos liberou.

*

Estavamos eu, Zayn, Daise e Wallace na sala de casa.

- Posso ficar com ela essa noite... - Daise dizia.

Minha mãe entrou as pressas em casa.

- Filha... - veio correndo me abraçar. - O diretor me ligou e contou o que aconteceu. Meu anjinho, você está bem? - ela perguntou acariciando meus cabelos.

- Estou mãe. - respondi.

- Oi meninos, desculpe minha falta de educação, é que fiquei muito preocupada.

- Tudo bem. - responderam.

- E você Daise como está? - minha mãe perguntou.

- Estou bem, obrigada por perguntar.

- Meu Deus, como isso foi acontecer dentro de um colégio! - minha mãe dizia indignada.

- Mãe, - a chamei. - Daise vai ficar aqui em casa essa noite ok?

- Claro querida.

- Ótimo. - respondi.

- O Sr. Connor disse que as aulas serão retomadas na segunda. - falou minha mãe.

- Pelo menos alguma coisa boa com a morte dela! - Daise falou e todos nós a encaramos.

- Daise por favor! - Wallace a repreendeu. Ela torceu o nariz.

- Eu e Wallace já vamos indo, qualquer coisa me liga e venho correndo. - Zayn falou e veio selar nossos lábios.

- Te amo. - disse.

- Também te amo.

Eles foram embora e eu e Daise subimos pro meu quarto, ela cantarolava enquando pintava as unhas.

- Tomara que Bob volte logo de viagem, estou com saudades. - falou.

- Por que não está nem um pouco abalada? - perguntei ao vê-la tão tranquila.

- Eu não sei, foram tantas coisas em um só dia, acho que não caiu a ficha ainda. - continuei olhando pra ela. Eu queria perguntar, presisava ouvir da boca dela que ela não era capaz de fazer aquilo. - Ai meu Deus, não está pensando que eu a matei? - perguntou quando percebeu o jeito que eu olhava pra ela.

- Daise não é que eu ache que você seja capaz de fazer uma coisa dessas, mas você queria se vingar pelo que ela fez comigo, e saiu da sala por quase meia hora, só preciso ouvir de você que não fez isso.

- Jenna, eu não fiz isso. Não seria capaz de tirar a vida de alguém.

- É muito bom ouvir isso. - a abracei.

- Vamos esquecer isso ok? Quero saber novidades.

- Acho que não tem nada. - falei.

- Ah qual é, nem que você e o Zayn tranzaram? - arregalei os olhos.

- Como você sabe disso?

- O jeito como estão agindo, é diferente.

- Diferente como?

- Não sei, só diferente. Mas então como foi?

- Foi bom.

- Foi bom? Só isso que tem pra contar?

- Daise vai durmir! - taquei um travesseiro nela.

- Nada disso, pode me contando. - ela tacou de volta.

Ficamos conversando até tarde, e então pegamos no sono.