_ Você disse que me amava! - disse eu com lágrimas nos olhos e a voz embargada.
_ Eu amo várias coisas. - diz ele acendendo seu cigarro sem olhar em meus olhos.
_ Eu acreditei em você, Freddie. - digo me colocando em sua frente.
_ Você acredita demais nas pessoas, Niall. - diz ele dando um trago em seu cigarro - Olha, foi bom enquanto durou mas acabou. Agora vá embora. - Diz ele se afastando.
_ Você nunca gostou de mim de verdade não é ? Só quis brincar comigo.
_ Quer mesmo saber ? Isso tudo foi uma aposta que eu fiz com meus amigos, quem conseguisse ficar contigo primeiro ganharia e eu ganhei. Já fiz o que tinha que fazer, agora tô livre. - diz ele olhando eu meus olhos. Me senti usado.
Freddie entra em seu carro, liga e vai embora me deixando ali naquela rua escura sozinho e com frio. Eu não acredito que fui usado dessa maneira, eu acreditei no amor dele e nada foi real.
Vou até o bar mais próximo e bebo até o barman me por pra fora. Não sou de beber, na verdade eu reprovo qualquer um que beba ou se drogue, mas aquela era uma causa de força maior.
_ Vá embora, o bar já vai fechar. - diz o segurança. - Quer que eu te chamei um táxi ?
_ Não, eu tô bem... Não quero ir pra casa. - digo com vontade de vomitar. Isso que dar não saber beber.
_ Então... Boa noite. - o segurança diz fechando a porta.
Sigo a rua escura, iluminada apenas pelas luzes dos postes. Ouço os cachorros latindo dos portões das casas. Tropeço nos meus próprios pés várias vezes mas continuei andando sem rumo.
Cheguei até o alto de uma ponte, olhei para baixo e só via pedras e água. Me lembro de tudo que Freddie tinha dito, de suas promessas e vejo tudo se acabar em segundos.
Pulo a cerca da ponte e fico lá olhando as águas baterem com força nas pedras. Pela altura qualquer pessoas que pulasse lá de cima morreria.
Respiro fundo, fecho os olhos e deixo meu corpo ser levado pelo próprio peso. Sinto algo me segurar e puxar de volta para o lado seguro da ponte.
Eu olho em seus olhos verdes, seus cabelos castanhos escuros, seu rosto doce me olhava assustado.
_ O que você ia fazer ? - diz ele me segurando forte.
_ Me jogar, não viu ? - digo.
_ E por que ? Está louco ? - pergunta ele aparentemente com frio.
_ Eu não tenho mais por que viver. Fui demitido do meu trabalho, não tenho onde morar e meu namorado acabou de terminar comigo... Eu nem sei se ele era mesmo meu namorado. - digo - e... Nem sei por que estou te dizendo isso. - falo levantando rápido de seus braços.
_ Talvez por que eu tenha perguntado. E isso não são motivos para se matar, tem pessoas com motivos muito mais aceitáveis que esses e nem por isso se matam.
Ele fala com tanta sinceridade e convicção. Enquanto ele falava, sorria e suas covinhas são as coisas mais lindas que eu já vi.
_ E se você quiser, pode dormir essa noite na minha casa. Não fica muito longe daqui. - diz ele se levantando e tentando esquentar suas mãos.
_ Mas eu nem te conheço. - digo.
_ Eu também não te conheço mas estou te convidando para a minha casa. - diz ele. Ele parece saber ser bem convincente. - melhor que ficar nesse frio na rua.
_ Está bem. Mas se tentar alguma coisa, eu chamo a polícia! - digo. Ele me oferece o celular.
_ Vem, vamos. - diz ele.
Fomos até sua casa, bem bonita por sinal, muito aconchegante e quente.
_ A propósito, você não me disse seu nome. - diz ele me entregando um copo de vodca.
_ Ah, eu não bebo. - digo - Me chamo Niall, Niall Horan.
_ Que nome bonito, combina com você. - diz ele sorrindo - Me chamo Harry Styles! - diz ele se sentando no sofá e tirando seu tênis. - Pode ficar a vontade, eu vou ao banheiro. Se quiser dormir pode ficar com o quarto no final do corredor a direita. - diz ele entrando no banheiro.
Vou até a cozinha procurar algo para comer pois estou com muita fome. Pego um pote de biscoito e um copo de iogurte e como.
Escuto Harry cantando do banheiro, ele tem uma voz linda.
Me perco em pensamentos. Resolvi ir para o quarto dormir e descansar um pouco. Vou até o final do corredor e abro a porta do quarto... Acho que me enganei de quarto.
_ Aí Meu Deus! - diz ele assustado. Eu entrei no quarto dele e ele estava pelado se secando, quando me viu deixou a toalha cair.
Saio do quarto rápido com muita vergonha. _ Desculpa, eu achei que esse fosse meu quarto.
_ A direita fica do outro lado! - gritou ele.
Eu entrei e me tranquei lá dentro. Jamais poderei desver o que foi visto. Nossa.
Feito na cama e fecho os olhos. Minha mente fica bagunçada com imagens de Freddie entrando no carro e me largando. Logo depois surge a imagem de Harry pelado na minha frente.
Resolvo ir dormir e esquecer o que aconteceu hoje. Ou pelo menos tentar.
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