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História Cartas nas Sombras - Em momentos de epifania, meu cérebro ria.


Escrita por: FresadelaLuna

Notas do Autor


Desculpem a demora para postar, Puddins! <3

Capítulo 17 - Em momentos de epifania, meu cérebro ria.


Fanfic / Fanfiction Cartas nas Sombras - Em momentos de epifania, meu cérebro ria.

“Ei, eu estou me sentindo o.k., está bem

Porque ultimamente eu tenho me sentido tão estranho

Como eu sido re-arranjado, alterado

E essas vozes, aquelas que eu posso ouvir na minha cabeça

Oh esses caras estão me dizendo que eu estaria melhor morto

Eles estão me pintando de vermelho”

 

 

Seus olhos caíram sobre mim, indecisos, procurando entender o que havia acontecido comigo. E a resposta vinha em forma de arma, apontada diretamente para a sua cabeça.

O Sr. C tentou manter o sorriso, claro, estava pregado em seu rosto, mas mesmo assim ele parecia sério e terrivelmente assustador.

- HAHAHA! Olha o tamanho dessa coisinha! - disse ele, alto, abaixando-se com a mão nos joelhos, tentando ficar no mesmo nível que Lucy - Que merda de roupa é essa? Parece um saco de lixo colorido!

Lucy o encarou. A varinha tremia e vez ou outra ela franzia o nariz, tentando conter as lágrimas que eu sabia que queimavam os seus olhos.

- Deixe ela em paz, Sr. C! - disse entre os dentes, dando um passo à frente, a arma firme nas mãos - Eu e ela vamos embora!

Ele se ergueu quase que no mesmo instante, coçando a carne exposta da testa.

- Ah, vamos, benzinho! Você disse que ela iria me surpreender!

Andei cautelosa até Lucy e a coloquei atrás de mim, vendo-a agarrar-se em minhas pernas.

Estiquei a arma para ele com mais firmeza.

- Pode ir na frente, querido...

Ele soltou uma risada curta e, andando rapidamente, chegou a caminhonete, sendo apresentado pelos grunhidos e rosnados de Bud e Lou.

- Olhem só, parece que a mamãe de vocês realmente fez algo de útil, huh?

Seus olhos caíram sobre o saco que enrolava o corpo do garoto, e ele rapidamente começou a desamarrá-lo, estourando as fitas e rasgando o plástico, deixando com que parte do cadáver gelado e cinzento aparecesse. O Sr. C fez questão de arrancar as luvas para poder tocar o morto, até que tirasse todo o material por completo e visse o rosto vidrado encarando o nada, enquanto o sangue seco marcava o grande corte na garganta e a língua ainda mole.

- Você fez isso, coisinha? - perguntou para Lucy, que voltou a se encolher, prendendo seus dedos com mais afinco no meu jeans.

Ele riu, parecendo intrigado, mas não surpreso.

- Qual é! - ele se agachou novamente, apoiando suas mãos nos meus joelhos, olhando fixamente para a sua filha atrás de mim - Não consegue ver o quanto eu estou contente?

Recuei um passo assim que ele esticou a mão esquerda para tocá-la e Lucy tropeçou, caindo no chão. Virei-me para pegá-la, sendo rapidamente jogada contra o chão num empurrão. Meus cabelos tamparam a minha visão por poucos segundos antes de sentir o punho do Sr. C contra o meu rosto, fazendo-me expulsar uma bola de sangue da minha boca quase que instantaneamente.

Estiquei minhas mãos, ouvindo o grito espantado de Lucy ao meu lado, tentando se levantar para me ajudar. Agarrei a lapela do macacão do Sr. C, tentando trazê-lo para mais perto, sem notar que ele agarrava com força um pé-de-cabra.

Senti o ferro pressionar-se contra a minha garganta, esmagando a minha traqueia.

Chutei suas pernas, mas elas não saíam do lugar, pareciam duas rochas fixas no chão, esperando o momento certo para serem usadas.

Consegui ver Lucy se jogar sobre as costas do Coringa, batendo com a varinha na cabeça verde enquanto um dos braços se enroscava em seu pescoço. Olhei ao redor, procurando algo que pudesse acertá-lo, mas só havia areia e terra.

Bud e Lou ganiam, rindo como se estivessem querendo atacar, mas eu os havia treinado o bastante para saber que eles não iriam fazê-lo sem o meu consentimento. Eu só precisava de uma palavra. Só uma palavra. Nada mais do que isso.

Mas eu não conseguia falar, as palavras não saíam porque o meu pulmão estava ocupado demais tentando reter oxigênio.

A atmosfera evaporava aos poucos, em salpicos de areia, sorrisos e verde.

Ouvia seus risos e como ele se divertia vendo Lucy montá-lo, tentando me defender em vão.

- Ah, benzinho, está vendo como eu estou fazendo nossa filha se divertir? - riu alto, o suor pingando em tom rubro - Porque não me contou sobre ela!?

O ar não entrava, as veias pulsam abaixo de minha pele e minhas palavras continuam não querendo sair.

Chutei e me debati.

Sr. C, frustrado, jogou Lucy para trás, fazendo-a bater contra o metal da caminhonete. A garganta afrouxou. O ar entrou e eu só conseguia sentir as pulsações dolorosas em minha jugular.

Tomando um último suspiro, eu já sabia o que fazer.

- COMAM! - gritei, mesmo que só com um fiapo embolado de voz.

Bud e Lou pularam da caminhonete no mesmo instante, jogando-se contra um Sr. C que ria alto enquanto era atacado por dentes e unhas afiadas.

Erguendo-me, joguei-me contra Lucy, puxando-a para perto de mim.

- Parece que o papai não está de bom humor hoje, huh? - perguntei, arrumando seus cabelos desgrenhados, vendo-a como lidava com aquilo.

Seus olhos chorosos pareciam mais calmos agora.

- Eu quero que você entre nessa caminhonete! - pedi - E se tudo der errado, fuja! Não hesite! Corra para nossa casa e me espere lá! Se eu não aparecer até amanhã de manhã, quero que você vá para a casa da Tia Hera, huh? - murmurei, abrindo a porta do carro e a colocando lá dentro, fechando-a logo em seguida, vendo-a afirmar pelo vidro.

Olhei para os corpos de pelo contra o Sr. C, vendo como o focinho de Bud sangrava e parte da clavícula de Lou parecia deslocada.

"Ele estava acabando com eles!", gritou Harleen na minha cabeça.

- PAREM! - gritei, vendo-os sair de cima do meu pudinzinho, Bud mancando e Lou, ainda rindo.

- Estávamos só brincando, docinho! - riu ele, batendo o pé-de-cabra nas mãos - É a nossa vez!

- Você não deveria estar chateado com a ausência da filha que você nem conhecia, Pudinzinho! - gritei, sorrindo, cuspindo uma bola de sangue no chão mais uma vez - Você tem um gorila com você!

- Não docinho, eu tenho um filho e ele com certeza vai querer uma irmãzinha para brincar de “que pedaço você quer”!

Mordi o lábio, correndo em sua direção, sem notar que seu punho já estava levantado quando me acertou pela última vez.


Notas Finais


Docinhos! Estou criando uma nova fic denominada Carne Muerta que é sobre zumbis!
Quem quiser dar uma olhadinha... Eu iria amar!!! <3
https://spiritfanfics.com/historia/carne-muerta-6919507


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