1. Spirit Fanfics >
  2. Cartas nas Sombras >
  3. Mestre dos Bonecos

História Cartas nas Sombras - Mestre dos Bonecos


Escrita por: FresadelaLuna

Notas do Autor


Desculpem ter adiantado a fic!!! Mas domingo vai ter outra do mesmo jeito ❤❤❤❤

Capítulo 2 - Mestre dos Bonecos


Fanfic / Fanfiction Cartas nas Sombras - Mestre dos Bonecos

"O que há de errado com mais um pecado?”

 

 

Desliguei os aparelhos transmissores, cortando os fios, quinze minutos antes da chegada do Comissário Gordon. Exigi sua presença, juntamente com o GCPD, assim que me vi completamente sozinho naquele cômodo abandonado.

- Como ele teve coragem de fazer isso? - perguntou Harvey, companheiro de trabalho de Jim - Arrancar o próprio rosto! - ajeitou o chapéu na cabeça, dando distância do pedaço de pele preso à parede apenas pelo sangue.

- Ele é um maníaco psicopata, ele é capaz de fazer qualquer coisa - respondeu Gordon.

Continuei olhando com mais afinco para aquela camada grossa de pele, enrugada, branca, de pequenos pelos verdes nas partes das sobrancelhas e totalmente vermelho no que deveria ser seus lábios. O corte, por mais que parecesse disforme, não poderia ter sido feito sozinho, muito menos com alguém que não soubesse o que estava fazendo. Se tratava de linhas retas e precisas. Precisão. Alguém experiente em remoções de pele.

- Eu preciso levar isso para a análise no meu laboratório, Gordon - virei-me para o Comissário.

- Não, nada disso, isso vai ficar no Departamento - interveio Harvey.

- Ele tem razão, Batman, não podemos deixá-lo com a evidência de um crime.

- A questão não é a evidência, Jim, mas os cortes, consegue ver?

Gordon se aproximou da pele, limpando as lentes do óculos para conseguir enxergar melhor. Sua expressão tornou-se pálida assim que ele os botou, e, boquiaberto, deu dois passos para trás.

- Não pode ser - negou.

- O que não pode ser?

- Eu o derrubei… Anos atrás, digo… Ele deveria estar morto agora, provavelmente… Esses cortes, eu me lembro deles.

- De quem?

- Do Mestre dos Bonecos.

- Tem alguma coisa, algum indício de um possível paradeiro dele?

Gordon permaneceu em silêncio. Era óbvio que ele não fazia ideia.

- Então eu vou encontrar.

 

Raju era o informante mais conhecido de Gotham City. Ele trabalhava para o Pinguim, mas esse não era o motivo de sua fama, mas sim pelo preço que ele pedia, no caso, extremamente pequeno para um trabalho tão grande.

- Onde ele está!? - gritei.

- Meu Deus! Me solta! Está me afogando! - gritou, esfregando as mãos no rosto coberto de água e urina misturada.

- Isso? Eu só estou molhando o a seu cabelo - revidei, voltando a afogar seu rosto na privada.

Assim que surgi no banheiro público com um homem gritando por ajuda, todos que estavam presentes, sumiram, restando apenas cabines imundas com privadas estúpidas e fedor acre.

Sua respiração tornou-se rápida e ele cuspiu a água que engoliu tentando respirar embaixo d’água.

Virei-o para mim.

- E-eu conto. Eu conto! Ele está no edifício em construção… A-aquele! Que estão criando para a produção de fogos de artifícios!

Em resposta pelo seu trabalho, joguei-o contra a parede e saí do banheiro público, entrando no BatMóvel.

Enquanto me dirigia a fábrica, me dispus a acreditar que aquilo não era uma ajuda do Coringa, não era uma mera coincidência ou possibilidade vã de ter me entregue, indiretamente, um indício que me levasse a ele. Era impossível. Talvez o Mestre dos Bonecos tivesse algo que ele quisesse. Ou talvez fosse mais uma armadilha daquele Palhaço Lunático.

A noite continuava em seu ápice, gritante e ausente de qualquer luz, além da lua e das pequenas lâmpadas que piscavam nos postes retorcidos, conforme eu me aproximava de meu destino.

Uma fábrica em construção… O que eu mais poderia pedir mais esta noite?

Ativei a tela holográfica frente ao painel, dando a visão de Bárbara.

- Preciso que me diga o que sabe sobre o Mestre dos Bonecos - ordenei

- Okay, Batman, só um minuto… - seus dedos batiam ágeis contra os botões dos teclados -... Certo… Achei! O Mestre dos Bonecos, The Dollmaker, era conhecido antigamente como Dr. Francis Dulmacher, escondendo sua real identidade de Wesley Mathis, um assassino serial que caçava suas vítimas e eram canibalizadas por ele, usando suas peles sabe Deus para quê! Ele teve um filho, o nome dele é Barton Mathis, foi levado ao orfanato ainda quando criança, segundo seus registros psicológicos, Barton era levado pelo pai nas caçadas, o que induziu transtornos e traumas ao garoto. Ele fugiu um ano depois do orfanato, causando diversos assaltos e roubos noturnos.

A imagem de um homem na casa dos trinta anos, surgiu na tela. Mesmo que o semblante calmo o descrevesse friamente como um homem são, o modo como estava ferido, segurando a placa de identificação, mostrava supostamente o contrário. Logo após, um rosto mais velho apareceu, destacando os mesmos cabelos escurecidos do homem anterior, porém, de aparência mais jovem.

- Jim disse que o pegou uma vez. Há quanto tempo faz isso? - indaguei.

- Cerca de… Trinta e seis anos…

- Isso dá a ele 66 anos de idade. Obrigada, Bárbara.

Desliguei a tela e segui com o BatMóvel com mais cautela ao ver as solenes piscarem do outro lado da rua, frente a fábrica, criando uma barreira meia lua com policiais do lado de fora, apontando as armas para o que quer que estivesse em meio as sombras.

Sai do automóvel no mesmo instante.

Merda!

Eu havia pedido para Jim trazer seus homens para vigiar o lugar.

Maldição!

- Graças a Deus - gritou Harvey, vindo em minha direção - Tem um maldito lá dentro. Ele pegou o Gordon. Não conseguimos entrar por causa de um monstrengo que não morre! Dê seu jeito, Morcego.

Nunca gostei do modo como Harvey insistia em falar comigo, mas de qualquer forma, isso não me importava. Cápsulas estavam caídas no chão por todos os lados e isso era um nítido sinal de perigo.

Andei até chegar ao centro da rua. Ativei minhas lentes de visão noturna, enxergando nada além de uma quantidade obscura de caixotes em frente ao portão aberto. A fábrica parecia ter terminado seu trabalho externo, mas não o interno.

Segui em direção ao portão escancarado, podendo sentir a presença de algo grande.

Me aproximo cada vez mais. E logo algo me puxa pelo braço, me jogando para dentro. O grito de fúria soa como uma bomba: aguda e explosiva, assim como um animal ao rugir. Sinto meu corpo bater contra os caixotes e se espremer contra a parede de cimento. Atordoado, nego com a cabeça e me ergo rapidamente.

Corro os olhos com minhas lentes pelo cômodo e o vazio me diz que tudo não passou de uma ilusão. Dou mais uma olhada, desta vez, atrás de mim, e a besta ressurge do inferno. É a mistura corporal de um Gorila coberto por pele humana, costurada uma a outra, com a cabeça deformada de dentes expostos e gengivas podres que babavam.

Suas mãos grossas apertaram a minha garganta antes que eu pudesse me defender. Mesmo que o capacete e o tecido, que desce pelo pescoço, fossem grossos o bastante para aguentar qualquer pancada, não eram projetados para conseguir aguentar pressão maior que a de um trem. E mesmo que eu não quisesse admitir, ele pressionava minha traqueia como se fossem folhas de palha seca.

Eu não… Consigo… Respirar…

 

As luzes pareciam claras demais para um lugar comum. Os sons ensurdecedores de gritos pareciam vir de algum lugar perto. Pisquei diversas vezes para que eu conseguisse enxergar o que estava a minha frente. Soube que ainda me encontrava com a máscara quando me dei conta de que as lentes de visão noturna continuavam ativas. Desativei-as no mesmo instante.

Eu estava em um octógono extenso, de grades grossas e holofotes com iluminação forte o bastante para que eu não conseguisse enxergar o que havia além deles.

Um pequeno silêncio surgiu, e em seu lugar, nada. Os passos que se sucederam a partir deste momento não faziam som algum. Os sapatos sociais surgiram a minha frente, juntamente com um jaleco ensanguentado e luvas de borracha cirúrgicas. Os cabelos, sintéticos, formavam gomas arruivadas. Mas o que me apavorou foi a pele. Não havia um tom único nela, mas sim diversos. Uma junção de pele apodrecida e esverdeada que se misturava com as novas e amarronzadas em meio a linha vermelha que as juntava umas as outras. Seus olhos, completamente brancos, me fitavam, assim como o monstro que me atacara anteriormente, agora, atrás do Mestre dos Bonecos.

Tentei avançar em sua direção e prendê-lo, mas cordas de aço prendiam meu corpo, transformando-me num ventríloquo humano. Quanto mais eu tentava, mais me prendia a elas. Sabia disso porque fui eu quem os criei. Estavam usando minhas próprias armas contra mim.

- Onde está o Comissário Gordon?! - gritei.

- Não se preocupe com ele, eu me preocuparia com você - disse ele.

Sua voz era dotada de pigarros e rainhos que pareciam ter tomado conta de suas cordas vocais, respirando com dificuldade.

- Eu vou acabar com você Wesley! - rugi entre os dentes.

- É bom que tenha falado dele. Normalmente ninguém nota o rosto que está exposto bem a sua frente, não é mesmo? - ergueu as costuras para que eu notasse os cortes perfeitamente alinhados - Meu pai sentiria orgulho de mim… Não acha?

- Barton…? Você é o filho dele!

- Pensou que um velho ficaria feliz em trabalhar até sua idade avançada? Não…! Além do más, fico feliz que o Coringa tenha cumprido sua parte no trato ao te trazer para mim! Sabe quantas pessoas ficariam felizes em ter sua pele?

Ele tentou tocar em meu queixo nu, mas desviei meu rosto, sendo agarrado mais firmemente pelos fios de aço.

- Quero que se saia bem nessa minha demonstração gratuita, nossos compradores são bem exigentes quanto a conserva e estado em que meus produtos se encontram.

- Cadê o Jim!? - voltei a repetir, gritando, desta vez, mais alto.

O som de metal arrastando no chão não me desconcentrou, ao menos não até o objeto surgir do lado vazio de Barton. Era uma menina de longos cabelos loiros, de roupa de enfermeira, curtas o bastante para aparecer sua calcinha bege, da mesma cor que seus saltos e meia calça rasgadas. Embora sua pele parecesse intacta, seu rosto era feito de porcelana cinzenta, com o formato rosado de uma boca e dentes lisos, e olhos fundos e completamente negros. Uma rachadura vinha da testa ao fim da bochecha esquerda.

- Você deveria me deixar tentar com ele.

- Não desta vez, Matilda - revidou Barton, virando-se para ela.

- Mas você disse que eu poderia me divertir com ele!

- Uns minutos antes de eu aceitar o preço final dele, tudo bem?

De cabeça baixa, ela voltou para as sombras, arrastando a marreta para longe, sendo acompanhada pela aberração logo atrás.

- Não machuquem a pele, não posso vender um produto danificado! - como um aviso, o Mestre dos Bonecos desapareceu.

Risadas ocas e profundas soaram atrás de mim e eu me virei repentinamente.

Uma quantidade de seis Coringas surgiram. Não estavam sem rostos como o original, mas eram homens do mesmo porte que ele, porém, com os rostos costurados de forma idêntica. Cada um segurava uma faca afiada. E se jogando das grades, pularam em minha direção.

Assim como eu, eles também estava presos. No entanto, seus fios eram diferentes dos meus, era de algum tipo de plástico, forte como nylon só que mais grosso.

Me esquivando, comecei a chutá-los, socá-los e empurrá-los para longe, podendo ouvir os gemidos contidos enquanto meus músculos queimavam, sendo puxados pelos aços.

Ouvi gritarias e preços altos sendo ditos. Tudo por um pedaço da minha pele. Minha maldita carcaça.

Consegui a faca de um dos Coringas e golpeei a perna de dois, o bastante para que não se movessem e nunca mais andassem. Estourei seus tendões.

Sendo enroscado pelos fios, lembrei-me de que eles me prendiam desta forma devido a magnetização… Se eu ao menos conseguisse apertar o dispositivo do meu punho esquerdo…

Fui empurrado contra a grade. A lâmina quase atravessou o meu olho direito. Desviei minha cabeça e dei uma joelhada no estômago do meu adversário, vendo-o ser puxado para cima, se mantendo de pé involuntariamente.

Puxei meus punhos e apertei o botão. Os fios se libertaram de algo além do escuro e voltaram para dentro do dispositivo.

Consegui acabar com os outros três Coringas restantes em poucos segundos, quebrando a mandíbula de um, enfiando a faca no braço do outro, prendendo-o no chão do octógono e desmaiando o último com um chute direto na garganta.

Agarrei a grade atrás de mim e a pulei, podendo enxergar uma quantidade extremamente grande de pessoas costuradas, risonhas, que se juntavam a indivíduos de alta classe, que bebiam em taças caras e fumavam charutos rústicos.

Evitei me importar com elas e corri para a porta mais próxima.

Vi Raju ao lado de um segurança, que segurava uma maleta aberta frente aos olhos do Mestre dos Bonecos.

- Quero que ele me traga o Batman depois de ter acabado com ele, isso em 24 horas, depois me devolvam ele sem qualquer defeito na pele. Sou muito exigente em relação a conserva do meu trabalho.

Corro em direção a eles e Raju corre, assim como o segurança.

O Mestre dos Bonecos tropeçou em seu jaleco e caiu, agarrando um caco de vidro no chão e o mirando contra mim. Torci seu pulso no mesmo instante, mas o vidro não caiu. Soquei o seu rosto. O rosto de seu pai que ele costurou em si mesmo.

O monstro correu em minha direção, mas algo o atingiu e o jogou para longe. Mesmo de aparência raquítica, o Mestre dos Brinquedos demonstrava força mínima para um combate contra mim.

Algo atingiu meu queixo, me jogando para trás. A marreta se ergueu no alto da minha cabeça, juntamente com o corpo retorcido de Matilda.

Disparos sucessivos a jogaram no chão, sangrando enquanto guinchava, segurando as aberturas. Sua máscara de porcelana rolou pelo chão e eu me ergui, vendo entre os resquícios de luz que ultrapassavam as madeiras que cobriam as janelas, um Comissário Gordon que se aproximava cambaleante, segurando o canto do abdômen enquanto segurava sua arma.

Pressionei o pescoço de Barton com um dos pés e esperei que Jim se aproximasse.

Do outro lado pode-se ouvir um estalo, um grunhido e o som de algo se partindo. Poucos segundos depois, a vestimenta azul e preta surgiu, segurando em suas mãos, duas barras de aço negras, interligadas.

- Eu cuido desse aí - disse Asa Noturna, andando até nós.

Assim que ele agarrou Barton pelos pulsos, eu me distanciei, pegando Gordon pelo braço e o enroscando em meu pescoço, deixando com que o peso de seu corpo caísse sobre o meu.

- Acho que eles arrancaram algo de mim - disse ele entre os dentes, segurando a própria dor - Tem um corte perto do meu rim esquerdo...

- Eles vão saber o que fazer. Daqui algumas horas prometo ir te visitar no hospital, mas agora eu tenho que encontrar um pássaro que vive num Iceberg.


Notas Finais


Puddins!!! Não me abandonem só porque essa fic é mais focada nos dois juntos (Batman e Coringa) do que no Coringa e a Harley!!! Estou suuuuuper empolgada porque é algo que eu queria muuuuito fazer!!! Além do mais essa fanfic vai ser bem grandinha e CLARO QUE VAI TER PONTO DE VISTA DA HARLEY SIM, PRINCIPALMENTW COM A VAGABA DA HIEMA!!!
A Quarta Temporada já tá confirmada uahahahshayha sim!!!! To loka pra fazer essa lindeza porque vai tratar de um serumadinho muito especial que começa com L e termina com Ucy.
Vai se passar alguns anos depois de todos esses eventos e vai se concretizando num ápice que eu não posso spoilar. Só quero dizer que essa fic é o amor da minha vida então não deixem ela morrer. Quero que vocês vejam como todo esse enredo vai se entralaçar até chegar no final, ou seja, o momento decisivo de todos os personagens e não vou mentir, vai ter morte pra caramba audbjqjajaja.
Espero que me ajudem nesta batalha sangrenta❤❤❤❤🍮
E maaaaissssss!!!
Pra quem tava pedindo a fanfic de Batman e Harley, cá está Puddins!!!❤❤❤🍮
Espero que aproveitem ^^
https://spiritfanfics.com/historia/quando-a-piada-se-transforma-em-escuridao-6398565


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...