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História Cartas nas Sombras - Pinguim


Escrita por: FresadelaLuna

Capítulo 3 - Pinguim


Fanfic / Fanfiction Cartas nas Sombras - Pinguim

“Seu quarto custa dois mil dólares por mês

Pode acreditar cara, é verdade

Em algum lugar um proprietário está rindo até molhar as calças
Ninguém por aqui sonha em ser doutor ou um advogado ou coisa alguma
Eles sonham em negociar na avenida suja”


 

O Iceberg Hotel era um lugar extremamente irônico para um ser humano apelidado de Pinguim, pelo que soube, ele não se sentiu tão satisfeito quando, primeiramente, quiseram por o nome do lugar de Iglu. De qualquer forma, seu reino ficava centralizado no litoral de Gotham. Um enorme edifício de cristais pontiagudos com a aparência de gelos congelados, luminoso, parecendo realmente um Iceberg no centro do litoral da cidade.

Uma ponte extensa abria caminho para sua morada, mas decidi não atingir pela frente, e sim pelo ar. Acionei o piloto automático do BatWing e assim que ele pairou sobre o edifício, fui jogado para baixo, caindo sobre duas colunas de vidro.

Pelos rastreadores e as lentes de visão padronizada, pude ver toda a planta do local e aonde havia mais capangas. Por má sorte, hoje era a inauguração do seu novo empreendimento. No entanto, por sorte, ele não estava em meio aos convidados, e sim numa reunião familiar ao sul do Iceberg.

Abri uma das placas de vidro e cai num corredor de luzes obscura e ar atípico. As vozes e risadas vinham do fundo,onde uma luz clara escorria para dentro.

O corredor se abria em bifurcações. Homens falavam entre si e eu os detive, agarrando-os pela garganta sem que notassem, segurando com precisão em áreas que pudessem, tanto estancar suas respirações para induzir um desmaio, quanto omitir o som de suas cordas vocais.

Eles caíram no chão em instantes e eu desarmei suas armas, jogando as balas e cartuchos pela janela aberta logo a frente. Minhas lentes demonstravam uma quantidade suficiente de homens, que poderiam me atrasar, vindo em minha direção. Logo, dei meia volta e acionei o GPS no meu ante braço, mostrando que o Pinguim estava a poucos minutos dali, mais afundo de onde eu me encontrava.

As escadarias não ficavam muito longe, então fui até elas, esperando ansiosamente que meu cansaço físico não me julgasse mau neste momento.

Os degraus desciam em espirais, e ao chegar na ala inferior, pude ver uma fileira de cadeiras ao redor de uma extensa mesa de vidro.

Homens de terno e gravata conversavam entre si, argumentando sobre preços exorbitantes que poderiam salvar Gotham de toda sua miséria, mas eles não pensavam nisso, eles pensavam em armas e tráficos. Era isso o que os sustentava.

Me escondi em meio aos sombras sem que notassem, podendo ver a silhueta rechonchuda, em seu terno, andando de modo desajeitado até a ponta da mesa. Seus olhos fundos retratavam a falta de sono, seu óculo único era limpo por um lenço úmido, o mesmo que o ajudava a segurar seu guarda-chuva impecável.

Eu poderia atacá-los agora mesmo, mas hesitei, uma vez que eles poderiam me dar respostas.

- Vocês andam muito agitados, rapazes - disse Pinguim, se sentando, olhando para todos que se calavam - Esse alvoroço não vai levar a lugar nenhum.

- Como não? - disse um dos homens ali no meio, eu o conhecia por ser o braço direito da família Falcone, Joseph Golias - Sabe o que andam dizendo por aí? Dizem que o Coringa morreu! E sabem o que mais? Dizem que o Batman o matou!

- Conversa - retrucou um segundo homem, desconhecido para mim.

- Conversa? - gritou Golias, batendo o punho na mesa - O Batman no máximo quebrava nossos ossos e nos prendia. Agora matar? Imagina como ele vai acabar com tudo o que temos agora em Gotham?

- O Batman é um fracassado, igual ao Coringa - ergueu-se o Pinguim, gritando - dois fracos que deveriam ter sido mortos faz tempo! Agora não é disso que a reunião foi feita - começou a suavizar a voz - Estamos aqui porque muitos de vocês confiaram em mim.

- Você quer dizer: intimou - disse um terceiro - Não vejo porque preços tão altos só para guardar uma pequena fortuna.

- Porque, meu amigo - o Pinguim andou até o fim da sala, onde havia um cofre forte de aço que cobria toda a parede - Ninguém vai ter coragem de entrar aqui, muito menos vai conseguir destruí-lo para esse feito.

Mordendo o charuto que colocou na boca, arrumou o chapéu na cabeça e apontou o guarda-chuva para a porta de aço. Num só lavanco, a ponta do metal vibrou, disparando contra a porta. Uma fumaça levantou-se na sala, mas assim que ela se dissipou, não se pôde ver ao menos um arranhão.

- Viram? Nada - reclamou ele.

- E sobre os boatos? - voltou a questionar Golias - Eles dizem que você está com a Nora Freeze… O Sr. Frio não vai gostar nada disso.

- Ele sabe que estou com ela porque foi ele quem deixou ela guardada comigo.

- E onde ele se meteu?

- Ah, ele… - seus olhos encararam com mais força para Golias e ele andou rapidamente em direção ao menino - Seu impostorzinho! Gravando nossas conversas! - gritou.

Essa era a minha deixa. Atirei a ponta de aço para o teto e fui jogado para cima, sobrevoando entre os homens e parando atrás do Pinguim. Ele, assustado, apontou o guarda-chuva contra mim, mas eu o empurrei para longe, desacordando dois homens com um único chute na cabeça.

Alguns dos integrantes correram para fora e outros sacaram as armas. Eu agarrei a gola do terno do Pinguim e o trouxe para perto de mim.

- Mandem-os abaixar as armas ou você morre.

- O que você quer?

- Você mandou Raju me comprar assim que soube o que o Mestre dos Bonecos ia fazer comigo. Por quê? - brami.

- E-eu… Ah Batman! Deveria ficar feliz por alguém distinto querer comprar você.

Bati sua cabeça contra o chão e o trouxe para perto, sentindo seu hálito fétido, de peixe azedo.

- Por quê?

- O Charada me convidou! - gritou, esticando um envelope que tirou do terno, pondo-o frente a minha visão - Vê?

 

Tenho milhões de peles para costurar

Mas vivo sem tempo para pensar

Pegue meu ingresso e poderá se safar

Se assim o Batman você comprar.

Quem sou eu?

 

O endereço da Fábrica de Fogos de Artifício estava logo embaixo.

- Você não pode fazer nada comigo - cuspiu suas palavras rapidamente, jogando o papel para longe - Eu não fiz nada de errado que você possa comprovar.

Joguei-o contra o chão e me ergui, atirando pequenas pedras contra os quatro homens que sobrara, incluindo Golias. Eles tentaram atirar contra mim, mas não conseguiram.

Desativadores.

Agarrei Golias pelo pescoço.

- Eu vou voltar, Pinguim - avisei, atingindo o teto com a hastes de aço e quebrando a janela, entrando no BatWing que me esperava do outro lado, levando o capanga dos Falcone comigo.



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