Verona - Itália
Park Jimin
Fui para casa um pouco feliz aquele dia, e por algum motivo desconhecido, não dei atenção a Victor que dormia na cama espaçoso como sempre.
Dormi como um bebezinho e acordei de bom humor, fui até a cafeteria e me sentei perto do balcão e logo a garçonete que me atendeu na primeira vez que vim aqui veio me atender.
- Que bom que gostou de nossa cafeteria! - sorriu simpática.- O que vai querer?
- Quero um chocolate quente e um... cupcake de chocolate com morango. - ela anotou em seu bloquinho.
- E o senhor, o que irá querer? - falou para alguém atrás de mim.
- O mesmo que ele. E eu vou pagar os dois pedidos. - me virei para trás e dei de cara com Jungkook, esse cara é estranho, uma hora me odeia, e agora está pagando coisas pra mim. - Jimin, eu preciso falar com você.
- Pode falar.
- Não aqui... - a garçonete veio com os pedidos, e Jungkook logo pagou, pegou o seu café e o cupcake e eu fiz o mesmo. - Vem comigo.
Eu fui, e não porquê ele mandou, eu estava curioso, e curiosidade é a minha fraqueza. O segui até um parque o lugar era muito bonito, com algumas flores e várias árvores, nos proporcionando uma bela sobra.
- Minha avó quer que você nos ajude a procurar o Kim Jisoo. - concordei com um acenar de cabeça. - Eu consegui algumas informações, aqui em Verona tem quatro pessoas com esse nome isso irá atrapalhar um pouco.
- Você quer mesmo encontrá-lo? Pensei que não queria que sua avó fosse atrás de um "amorzinho do passado". - ele suspirou.
- Eu só quero que minha avó seja feliz. Ela me criou Jimin, meus pais nunca me deram atenção, era só trabalho e mais trabalho. - ele parecia abalado ao falar isso. - Nem todos tem motivos para sorrir Jimin.
- Claro que sim! Sorrir é o melhor remédio, é sorrindo que você acaba com a tristeza.
- Você deve ter tido uma família legal. Mesmo você sendo um baixinho irritante, até que não é de todo mal. - sorri para ele.
- Eu não tive família Jungkook, fui criado em um orfanato até os meus dezesseis anos. - ele me olhou surpreso. - Arrumei um emprego e passei a me sustentar sozinho, e faço isso até hoje.
- Sem querer te ofender, pensei que você fosse um filhinho de papai, mimado e que não se preocupava com nada.
- Você não me ofende, eu pensava o mesmo de você.
E assim se passou aquela manhã, eu e o idiota tivemos uma conversa civilizada, por incrível que pareça. Estávamos saindo do parque quando meu celular começa a tocar, era End of the day da One Direction minha banda favorita.
- Oi Víctor.
- Jimi eu não vou poder almoçar com você hoje...
- Outra vez Victor, já estou cansado de aguentar essas suas saídas.
- Amor, é por uma boa causa. Não fica bravo comigo.
- Tá legal, eu tenho que desligar, adeus.
- Mas Jim-
Desliguei o celular e soltei um pequeno grunhido de raiva.
- Me desculpe por isso. - falei com Jungkook, já que ele estava ao meu lado e ouviu a minha pequena discussão com meu noivo.
- Sem querer me intrometer, o que esse Víctor fez pra te deixar estressado assim?
- Ele novamente me trocou pelos seus amados fornecedores.
- Ele é o seu... noivo? - perguntou meio desconfortável, o que eu achei um pouco estranho.
- Sim... ele é meu noivo. Que acabou de me dispersar para almoçar com fornecedores.
- Você... quer almoçar comigo? - o olhei surpreso e pela primeira vez vi Jeon Jungkook corar. - Quer dizer... comigo e com minha avó.
- Claro. - Sorri e o segui até o seu carro.
Jeon Jungkook
Eu estou ficando louco, e o culpado é Park Jimin. O que ele faz comigo? Eu não trato ninguém dessa maneira. Desde que ela fez aquilo comigo eu acabei não me sentindo atraído por ninguém, mas depois que conheci o Jimin, tudo pareceu mudar.
Eu não sei se acho isso bom ou ruim. Ele tem um noivo! Ele irá se casar! E eu não gosto de homens. Eu não gosto de homens. Não posso e não devo. Mas aquele maldito tinha que a ser daquela maneira?!
Estou em um conflito interno, uma parte de mim me diz que isso é errado, que eu não devo ceder à Park Jimin. Mas outro lado da pulos de alegria quando ele aparece, eu fico sorrindo para ele, mesmo eu não gostando de sorrir tanto para alguém.
E quando o convidei para almoçar, eu nem me lembrei de minha avó. Eu estou perdendo minha sanidade aos poucos, e o culpado é ele.
- Jimin querido, que bom que veio. - Minha avó o abraçou, estávamos no hotel onde eu e minha avó estávamos hospedados.
- Eu iria jantar sozinho, Jungkook me convidou para almoçar com vocês e eu vim, espero não estar incomodando. - ele sorriu tímido.
- Claro que não! - Minha avó me olhou e sorriu maliciosa, Jimin corou, eu apreciei a última cena e me dei conta do que tinha falado. - Eu... a vovó gosta muito de você, até estou com ciúmes.
- De mim ou dele? - Minha avó falou e olhamos assustados para ela, que começou a rir. - Calma garotos, não precisam ficar com vergonha, estou somente brincando.
Fomos almoçar, um almoço cheio de risadas da minha avó e muita vergonha vindas de mim e do rapaz de cabelos platinados.
- Eu estava pensando...- Jimin começou e eu o interrompi.
- Senti o cheiro de queimado daqui. - ele me olhou e revirou os olhos.
- Continuando... o que acham de começarmos as buscas hoje? - falou animado.
- Acho uma ótima ideia. - vovó concordou.
- Por mim tanto faz. - falei desinteressado.
- Como você é chato Jeon.
- E você é um anão.
- Idiota.
- Bebezinho.
- Mimado.
- Baixinho.
- Poste.
- Lindo.
- Que?! - exclamou surpreso.
- Eu sou lindo. - disfarcei a tempo, não acredito que disse essa idiotice. Burro, você é um burro Jungkook.
- Vamos parar com essa birra idiota e vamos logo. Estou ansiosa. - vovó parecia feliz, sorri para ela, olhei para o lado e Jimin me observava, deve estar me achando um idiota.
- Então vamos, vou pegar meu carro e vamos a casa do primeiro Kim Jisoo.
Pelo visto seria uma longa tarde.
Pelo visto seria uma longa tarde.
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