História Cartas para leres - 19 de Setembro de 1992

19 de Setembro de 1992 

Se for explicar como foi o dia de hoje você não acredita porque foi inacreditável. 

Tudo normal, uma seca como sempre, até aquelas explicações com Theo. Eu estava na biblioteca esperando ele quando quem apareceu foi uma rapariga ruiva de olhos verdes. Ela estava sorrindo bastante e apresentou-se como Lydia, a irmã dele. Achei estranho já que ele não é ruivo mas não perguntei, vai ver e era um ponto delicado para eles. Disse que ele não poderia aparecer, não deu motivo, e que me dava carona para casa se eu precisasse. Agredeci mas neguei. Ela despediu-se e foi embora. 

A parte louca ainda não é esta, espera um pouco.

 Eu estava na paragem do autocarro, à espera do autocarro obviamente, e ele apareceu (O Theo, não o autocarro, esse não deve ter chegado nunca). Pegou-me na mão e guiou-me para dentro do seu Mustang, limpíssimo, algo que me admirou. Posso tentar passar para aqui o que ele me disse. 

-Eu sei que parece estranho mas preciso mesmo da sua ajuda numa coisa. 

-Ok. 

-Ok? Já aceitou? 

-A únìca coisa que alegrou a minha semana foi esta corrida até o seu carro. Não tenho nada a perder. 

-Ótimo. Então o plano é 

Desculpa te deixar no suspense mas minha mãe está chamando para jantar. Amanhã continuo. 

Com amor. 

Malia.