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História Cartas Para Mim Mesma 2 - Catástrofes


Escrita por: Mari2121

Notas do Autor


Olá gente! Um capítulo pra vocês! Queria que ele fosse mais... fofo nesse último dia de 2016, mas fazer o que né kkk! Boa leitura e espero que gostem!

Capítulo 12 - Catástrofes


Assim que cheguei em casa liguei para que Erik me esperasse em frente ao shopping as 17.30. Fiz as coisas que precisava entregar amanhã na escola e me arrumei. Estava muito ansiosa, e acho que até demais, pois fiquei por volta de 40 minutos tentando arrumar meu cabelo de uma maneira original, mas no final acabei deixando ele solto e natural mesmo.

Quando era 17.00, procurei minha mãe que estava cozinhando o jantar e perguntei:

-Mãe, pode me emprestar dinheiro para que eu vá ao cinema?

-Vai ao cinema com quem? -Ela perguntou sorrindo daquele seu jeito.

-Sozinha. -Precisava mentir, eu sabia que se falasse com alguém ela começaria com as perguntas e eu já estava atrasada.

-Você tem certeza? -Ela deu uma risadinha. -Não vai sair com aquele tal de Matt?

-Só me empreste o dinheiro mãe. -Minha mãe estava tão desenformada que eu me segurava para não cair no riso. 

Ela então desistiu de me interrogar e apenas me deu o dinheiro. Eu sai correndo e chamei um táxi. Cheguei no shopping as 17.20 e fiquei esperando por Erik. Comecei a me preocupar, já eram 17.35 e Erik ainda não havia aparecido. Ele era tão pontual sempre. Será que havia desistido de vir por algum motivo? Será que havia acontecido algum acidente?

Quando eram 17.42 ele finalmente chegou. Quando o vi caminhando em minha direção ele parecia um pouco abatido. Imediatamente me preocupei. Será que havia feito algo? Mas quando ele me viu caminhou em minha direção e sorriu dizendo:

-Pode me dizer o que viemos fazer aqui?

-Bom, nós vamos ao cinema. -Disse, já mais calma ao ver seu sorriso.

-Ver o que exatamente?

-Sabe, estive muito curiosa para ver esse filme supostamente tão bom para tirar o oscar de "Coração De Fogo". -Eu sabia que era um filme nada romântico, afinal, era um filme sobre a segunda guerra mundial. Mas imaginava que dentro do filme poderia haver algum romance fofo, e se não tivesse, de qualquer jeito sabia que era o estilo de filme de Erik, e eu estava realmente curiosa para ver se ele mereceu o prêmio. Além disso tudo, "Coração De Fogo" também não era um filme muito romântico, e mesmo assim só nutria boas lembranças em relação a este meu "encontro" com Erik. Resumido, imaginava que nada poderia dar errado.

-Uma boa escolha, parece um filme ótimo, mas saiba que se eu não gostar são pontos negativos pra você.

-Você está contando pontos? -perguntei não segurando o riso.

-Talvez.

-Bom, o importante não é o filme, e sim o fato de estarmos juntos...

-Tudo bem, mas o filme precisa ser bom mesmo assim. -Ele disse rindo.

Eu simplesmente sorri e fui em direção ao cinema. Compramos nossas pipocas e nossos ingressos e fomos para sala 10. Quando o filme começou, achei um ótimo filme, mas no decorrer dos acontecimentos pensamentos involuntários começaram a surgir em minha mente, e foram esses pensamentos que deram início aos acontecimentos catastróficos daquele dia, catastróficos o suficiente para evitar ver qualquer filme naquela sala por um bom tempo.

Bom, o que se deu foi o seguinte: na metade do filme estava tudo bem. Eu e Erik curtindo aquele interessante filme sobre os mistérios da segunda guerra mundial, uma pipoca amanteigada excelente e aparentemente nenhum problema. Mas então algo me chamou a atenção. Erik estava simplesmente vendo o filme. E bom... Isso é comum para quando amigos vão ao cinema, afinal, geralmente se vão ao cinema para ver o filme. Mas isso é diferente quando um casal vai. Afinal, comecei a me lembrar que na época em que eu e Matt íamos ao cinema ele era muito romântico. Independente do filme que fossemos ver, ele sempre fazia aquela cena muito cliche, muito cliche mesmo, mas fofa, de colocar seu braço atrás de minha nuca e me abraçar com esse braço. E ele sempre fazia isso de uma maneira desajeitada que me fazia rir. Éramos mais um casal fofo no cinema, que se abraça e se beija sem ligar para o quão cliche isso é.

Mas com Erik era diferente. Ele nem encostou em mim durante o filme. Não estávamos nem dividindo uma pipoca, para que "eventualmente" nossas mãos se encontrassem durante o filme. Era algo muito mais frio, muito mais "modo amizade". Cada um na sua cadeira, cada um com sua pipoca, cada um com sua vida.

Isso começou a me incomodar um pouco, mas tentei afastar esses pensamentos. Afinal, estávamos ali e era o que importava. Mas minha mente é teimosa, e insistiu em continuar me enviando essas imagens de que estava numa "friendzone" que tanto me irritava. 

Comecei a pensar naquele ridículo título que recebi de "teste". Que romântico Hein? Então eu não era nada mais que um "teste de laboratório"? Ele estava fazendo em mim um "test drive" como se eu fosse algum "carro" que precisa ser avaliado antes de decidir se gosta ou não? Já havíamos passado tantos momentos lindos e maravilhosos juntos, e ele ainda precisava decidir se queria me dar uma chance ou não?!

Ah, outra coisa ridícula, era aquele seu maldito mistério para me revelar porque raios ele estava aqui por uma semana. Achei que ele confiava em mim, achei que ele sabia que podia me contar qualquer coisa. Mas não! Insiste em guardar segredo. Por que ele estava aqui por um semana? Por que podia decidir entre ficar ou ir? E, principalmente, eu estava aqui, o apoiando e amando, e ele ainda precisava que eu fizesse de tudo para ser seu "motivo"?! E ele era minha "meta"?! Ele acha que minha meta de vida é ele?! Ele estava simplesmente brincando com meus sentimentos?! Será que  no final, Matt estava certo?!

Tudo isso começou a me enlouquecer interiormente e fazer com que aquele incomodo dentro de mim se tornasse uma raiva e frustração incontroláveis. 

Então, de repente, quando parecia estar tudo calmo naquela sala de cinema, mas minha mente estava um caos. Eu me levantei, e, sem cerimônias ou explicações, sai da sala. 

Não se passaram nem um minuto e Erik saiu correndo pelas portas atrás de mim. Ele me segurou pelo braço perguntando:

-Ei Lu, onde você vai? 

Eu olhei com desprezo para seu braço que me segurava e murmurei:

-Parece que alguém perdeu o nojo de encostar em mim.

-O que? -Ele perguntou confuso.

Eu não disse nada e simplesmente continuei andando. Havia cansado de correr atrás dele, afinal, sabia que provavelmente isso era apenas um joguinho com os sentimentos da idiota que venerava ele.

Ele, que estava absolutamente perdido, não entendendo minha súbita raiva, me segurou de novo e perguntou ainda mais confuso:

-Eu fiz alguma coisa?

-Me deixe voltar para casa. -Disse retirando meu braço rapidamente.

Ele parou absolutamente pasmo, sem entender a situação, e eu continuei andando.

-Mas... E o filme?

-Pode ver sozinho, afinal, minha compania não faz diferença certo?

-Então é isso, você vai embora sem me explicar nada?

Simplesmente continuei caminhando. Ele, por fim, se irritou e disse:

-Certo, pode surtar e ir embora. Eu paguei pelo meu ingresso e gostei do filme, vou ficar aqui, com ou sem você.

Ele deu meia volta e eu pude escutar as portas se fechando atrás de mim.

Sai correndo do shopping, tinha lágrimas nos olhos. Aquilo não podia estar acontecendo... Peguei um táxi e voltei para casa, absolutamente acabada por dentro.

Quando cheguei em casa, queria apenas entrar, me jogar na cama e escutar alguma música para me acalmar. Mas algo aconteceu para deixar aquele dia ainda mais desastroso.

Assim que destranquei a porta, vi minha mãe no centro da sala com o celular na mão chorando. Fiquei absolutamente aflita e corri em sua direção. Ela, assim que me viu me aproximando, começou a dizer, entre lágrimas:

-Luísa, seu irmão sofreu um acidente de carro...



Notas Finais


Então gente, esse cap está meio... intenso kkkk! Mas as coisas vão melhorar, #Erisa pra sempre! Um feliz ano novo pra vocês, meus queridos leitores que tanto me apoiam e incentivam, e um ótimo 2017! Tenham paciência comigo kkkk! Beijos e até o próximo cap!


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