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História Cartas para o Amor que se foi sem chegar - Quarta Carta


Escrita por: brullf

Notas do Autor


Não sei como lhe explicar as injustiças do mundo, Dom.
Mas lhe peço, filho, nunca deixe de ser o meu vento norte!

Capítulo 4 - Quarta Carta


Fanfic / Fanfiction Cartas para o Amor que se foi sem chegar - Quarta Carta

Há dias que simplesmente são assim, Dom, a saudade de você é maior do que eu. Sinto falta de todos os dias que não vivemos juntos. E tudo que posso fazer é procurar refúgio no interior da imaginação. E penso você adormecendo nos meus braços, você correndo na praia, você vigiando as gaivotas se despedindo do mar e se encantando com aquele balé de asas e gracejos.

Tem algo de seu que abraça a minha pele, Dom. Algo de saudade. Algo que me torna vulnerável a cada lembrança sua, meu menino-flor. E na sua ausência, tudo se suspende. E sorrio a um céu que não sabe de mim nem do seu nome. Sinto você em cada brisa, em cada flor que nasce. 

Preciso esparramar muito as poucas palavras com que tento traduzir a falta de você, meu pequeno. Os adjetivos de grandeza não a descrevem bem. É tanto sentir que não me cabe e transborda pelo olhar. Queria ter tido ao menos a memória da curva do seu sorriso!

Caminho repartida por entre longes e metamorfoses do tempo. Meus olhos calados advinham sempre a mesma estação: é outono, sempre outono, aquele que nunca terminou depois que você partiu. E me resta apenas uma esperança em cinza, guardada numa caixa torácica de um coração sem abas.

São os seus dedinhos de luz que ajeitam os desvios das minhas lágrimas, filho. E as suas pequenas mãos são asas sagradas com as quais você me guarda.  Eu sinto! As suas mãos de pétalas, que nunca pude ter entre as minhas, guardam beijos de cura. E a sua boquinha de rosa faz com que eles voem devagarinho, como breves passarinhos no céu do meu peito.

Aí do outro lado da janela do horizonte, é a sua mãozinha que guia a minha mão-aprendiz numa prece-poesia como quem me serena e me acolhe. Não sei muito bem do tempo que passa sem você, meu menino-flor. E também não sei como lhe explicar as injustiças do mundo. Mas lhe peço, filho, nunca deixe de ser o meu vento norte!

Sonho mais do que posso ter, Dom. E ninguém sabe desse meu doce devaneio que é estarmos juntos, meu filho, sem nunca nos encontrarmos. O molde perfeito do meu amor não poderia ser outro que não o seu coração, meu menino-flor, mesmo que ele não bata mais.

Eu amo você... infinito!

 

Mamãe.



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