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História Cartas para Peter - O Reencontro


Escrita por: Kim_SeokBiia

Capítulo 1 - O Reencontro


Fanfic / Fanfiction Cartas para Peter - O Reencontro


Querido Peter,
          Quanto tempo você ia levar pra perceber que eu não to bem? Que na verdade eu nunca estive? E que eu sinto a sua falta!! Ta bom admito... Eu também menti, eu disse que estava tudo bem, eu sorri. Eu sei que errei, eu faço tudo errado. Mas não podiam saber o que eu estava passando, eles iam rir de mim, eu sei que iam. E você é claro estaria junto, você também riria de mim, porque você é assim. Você não liga pro que eu sinto, feliz ou triste, pra ti nunca fez diferença.

Sabe aquela nossa foto antiga, de quando eramos crianças? Eu ainda tenho ela aqui. Sabe, des desse tempo eu já te amava. Lembra aquele dia em que estávamos correndo como duas crianças felizes pelo parque e eu caí no chão, eu chorava e você preocupado tentava me acalmar e dizia que estava sempre ao meu lado, que eu não precisava chorar que logo aquela dor ia passar, e carinhosamente você beijou minha testa, se levantou e estendeu a mão pra mim, me ajudou a levantar e nós saímos andando juntos, lado a lado, com os dedos entrelaçados. Você me levou até a porta da minha casa, eu me despedi e quando fui entrar você me puxa para um abraço, o melhor abraço que já recebi, eu entrei e dormi, quer saber?! Eu sonhei com você... E sim foi naquele dia que eu me apaixonei, foi naquele dia que eu me vi perdidamente apaixonada por você. Nossas brincadeiras idiotas da infância, vão ficar marcadas em minha memória, pena que você as esqueceu... tão rápido quanto esqueceu de mim, assim... Como num passe de mágica. E então os anos se passaram e nós crescemos, você se mudou para o Brasil e disse que íamos manter contato, e que você me ligaria toda noite, mas nos distanciamos, eu te acompanhava pelas redes sociais, você só ficava mais lindo a cada dia. Como sempre, tu rodeado de amigos; e eu sozinha num canto qualquer, largada e sem você.
          Até que descobri que você tinha voltado pro Canadá e estaria na minha escola, quase morri de felicidade, achei que quando nos encontrassemos novamente, você viria falar comigo, que lembraria de mim, mas não você Nem olhou pra mim, já tem quase um mês que você voltou e não falou comigo, só me ignora.

Hoje você estava lindo sentado numa mesa cheio de amigos, conversando e gargalhando, e eu estava num canto só te observando, admirando-te, amando-te. Fiquei pensando e pensando, criando coragem, até que eu me levantei, respirei fundo e fui falar com você, eu estava tremendo, minhas mãos suando e meu estomago se revirando. Quando cheguei perto de ti eu disse: "Oi!"  -  e você olhou diretamente pra mim, acompanhado das outras pessoas ali naquela mesa, alguns riam e cochichavam, mas você ficou calado me observando, com uma expressão indescritível. Fiquei esperando por sua resposta, mas você não disse nada, os risos e comentários das pessoas rodavam pela minha cabeça, meus olhos se encheram d'água e foi naquele momento que eu me arrependi amargamente de ter ido falar com você. Uma lágrima escorre pelo meu rosto, eu a enxugo, viro-me de costas e com passos longos e rápidos eu saio andando antes que eu desabe por inteiro e comece a chorar ali na frente de todos. Não estava muito distante da mesa quando sinto alguém me puxar pelo braço fazendo com que todos ali nos olhassem, fiquei surpresa ao ver que era você, paralisei e fiquei te olhando, tinha que ter algum motivo pra você ter me parado ali na frente de todos. A cantina estava toda em silêncio esperando uma ação de um de nós dois, até que você me puxa para um abraço, não um abraço qualquer, o abraço. Pude me lembrar de quando éramos crianças, era o mesmo abraço, o mesmo cheiro, o mesmo sentimento, o mesmo calor, a mesma intensidade. Ficamos ali naquele abraço apertado por alguns segundos, até que você se soltou de mim - confesso que queria continuar ali em seus braços por toda minha vida - você me olhou e disse: "Oi! Desculpe não a ter respondido ali na mesa e por ter te pego de surpresa, é que ainda não consigo acreditar que é você, você mesmo Harley Benks, meu amor platônico da infância. Garota você não tem noção do quanto eu te procurei, onde esteve? Como está linda! Senti muita falta da minha pequena... Como é bom te ver!!" - você estava com um sorriso de orelha a orelha, me olhava com esses olhos brilhantes e eu não podia acreditar, você lembra de mim, sentia a minha falta. Como é possível? Sempre achei que tu tinha me esquecido, e qu... Pera "Paixão platônica da infância?" como é possível?!! Eu abro um sorriso maior ainda e respondo: "Sim, mas acalme-se sou apenas eu... Bom Peter Mendes, eu na verdade estive aqui esse tempo todo, mesmo endereço, telefone, cidade, país, planeta, galaxia. Enfim, quem sumiu foi você. Oops, e que história é essa de amor platônico?" - ficamos conversando por quase 20 minutos, você me contou das suas péssimas experiências com namoradas, do seu novo gato e de muitas outras coisas talvez nem tão interessantes, mas que amei ouvir, você fala muito Peter, mas eu amo a sua voz, essa voz pouco rouca que eu senti muita falta. E então, o sinal que anuncia o fim do intervalo toca, e temos que voltar pra sala, você tem aula de cálculo e eu filosofia, claro você como sempre em exatas. Mas foi bom conversas com você meu amor, saber que você também sentiu a minha falta e que não me esqueceu. Sabe, no fundo eu sempre soube que você ainda lembrava de mim. Melhor dia da minha vida!
          E então o dia se encerra e eu finalmente posso sorrir. Peter, meu amor, não vá mais embora. Fique aqui ao meu lado e me ame, tanto quando eu te amo. Querido, essa foi a minha carta de hoje, o dia mais feliz da minha vida, olha meu amor, eu estou esperando ansiosamente para o dia em que eu possa te abraçar novamente.                                                                                                                                                                PS:  Amo-te! 
                                                                                                                                                                                                De sua pequena,                                                                                                   Harley!
 



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