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História Cartas para Peter - Eu me importo!


Escrita por: Kim_SeokBiia

Notas do Autor


Capítulo bem cumpridinho... Thank you, sir!! Perdoem os erros, please...

Capítulo 14 - Eu me importo!


Fanfic / Fanfiction Cartas para Peter - Eu me importo!

Querido Peter,

Eu devia ter uns 09 ou 10 anos, lembro-me como se fosse ontem, estávamos brincando de pega-pega, nossa brincadeira favorita. Eu amava sentir o vento em meu rosto balançar meus cabelos. Até que tropeço em algo e caio no chão. Olhei para minhas pernas que estavam cobertas de sangue. Inevitavelmente comecei a chorar. Olhei para o lado, e você me encarava paralisado, parecia perdido e confuso. Não o culpo, você só tinha 11 anos. Eu não conseguia parar de chorar pois meus joelhos estavam doendo muito e não tinha nenhum adulto ali para nos acudir.  Ficou me encarando por mais alguns segundos, parecia pensativo. E eu, só tinha você naquele instante. E então você saiu do transe no qual estranhamente se encontrava, e me ajudou a levantar e a caminhar até sua casa que era a mais próxima,mas que naquele instante parecia ser a mais distante. Entramos pela porta da frente, sentei-me no enorme sofá da sala de estar. Você seguiu para o banheiro, e parou de frente à uma estante branca, com um puco de esforço conseguiu pegar uma maleta no topo da estante.

Minhas lagrimas já haviam sido controladas. Então você ajoelhou-se na minha frente, tirou de dentro da pequena maleta um lenço em formato retangular, e começou a limpar cuidadosamente meus joelhos. Ver você ali, na minha frente, cuidando de mim, fez surgir uma dúvida em minha cabeça... "Por que?" você me olhou confuso e eu acrescentei: "Por que se importa tanto comigo... ??"  você olhou novamente para minha perna, passou o lenço mais duas vezes e o tacou dentro da maleta, olhou pra mim novamente, suspirou e disse "Pra falar a verdade, eu também não sei..." você estava com um olhar distante, parecia pensar muito no que falava. "É algo parecido com instinto. Eu não sei. Sinto como se fosse o meu dever te proteger e cuidar de ti. É incontrolável. Não consigo vê-la chorar e não fazer nada a respeito. Eu simplesmente... Me importo!" você não conseguia olhar em meus olhos, e eu percebi bem isso. "Okay! Então você não sabe..." eu disse de forma sarcástica, tentando encontrar seus olhos. Até que você fixa seus olhos aos meus e fala sério. "Eu acho que... Eu gosto de você!"  ficamos nos encarando por quase dois minuto, e um estranho silêncio reinava nos dois minutos da minha vida... "Eu não sei... Há alguns dias que venho te enxergando de forma diferente. Eu não sei, mas não consigo parar de pensar em você..." você dizia sério. Me encarou por mais alguns segundos, pegou mais um lenço e continuou a limpar minhas pernas. "É, eu acho que... Eu também..." quando eu disse, você levantou rapidamente a cabeça... "Eu também me importo muito com você..." e foi só o que eu consegui dizer. Eu não estava mentindo.

Mas não me culpe por não ter admitido ali, naquele momento que  eu também gostava de ti. Eu só tinha 10 anos. Era um sentimento novo pra mim. Nunca havia sentido algo assim antes. Mas, de alguma forma, era bom. Era algo que eu não sabia explicar. Mas era real!

Eu também gostava de você. Também não conseguia te ver chorar, eu precisava estar ali pra te alegrar. Eu também me importava. Eu só precisava organizar meus pensamentos e decifrar o que exatamente era aquilo que eu sentia por você. Entender o que era aquilo que eu sentia quando você chegava perto. Entender o porque de um sorriso bobo aparecer em meu rosto sempre que o assunto era você. O porque de meus pensamentos serem sempre sobre uma pessoa só. Entender como você conseguia me fazer sorrir até com a piada mais sem graça, e entender porque você me fazia sentir como se fosse a melhor piada já inventada só por ter sido citada por ti.

Hoje percebo que mesmo que mesmo quando éramos crianças, eu já era completamente dependente de ti. Que mesmo sem saber o que era o amor, eu já te amava. E mesmo que naquele tempo, eu não o amasse  ainda o suficiente, eu sentia algo grande. Algo maior que eu. Algo inexplicável...

Quando ficávamos um dia sem nos ver eu ficava tão triste, era como uma tortura pra mim. E consequentemente, quando você estava triste eu ficava também. E quando eu, com todo meu esforço ainda não conseguia te fazer sorrir, eu me culpava por não conseguir fazer você esquecer da dor, nem que por um segundo... Quando você chorava, minha vontade era chorar junto, mas eu tinha de me manter firme e apenas te consolar. Arrisco-me dizendo que eu sentia o mesmo que você, se não pior. Se possível fosse, eu seria capaz de arrancar sua dor, e a tornaria minha. Tudo pra não sentir a dor de te ver sofrer.

Mas ver-te sorrindo... Ah Peter, era minha maior alegria. Meu passa-tempo favorito dês de sempre. E ainda hoje, não amo só o seu sorriso, amo tudo, pois quando se trata de você, nem as flores, nem as estrelas, nem o céu, nem a literatura... Nada. Nada supera, nada ultrapassa meu amor por ti... E meu único e maior objetivo, é sempre, verdadeiramente e completamente, amar você até o meu último suspiro...

PS: Amo-te!

De sua pequena,

Harley!



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